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raiz para fora

Orquídea com raízes pra fora pode parecer algo estranho pra quem não está acostumado com a planta. Afinal, a beleza de suas flores e as linhas discretas da folhas parecem não combinar com raízes que, na nossa concepção, deveriam estar quietinhas dentro de um vaso.

Na natureza, estas raízes são responsáveis pela fixação das orquídeas nos troncos das árvores. Estas raízes que saem para fora do vaso, são conhecidas como raízes aéreas, responsáveis em absorver nutrientes do ambiente.

Se não damos o que a planta necessita, ela irá gerar novas raízes, em várias direções para buscar o que precisa

O motivo de orquídeas terem raízes rebeldes que insistem sem saírem do seu local e parecerem ter vontade própria, quase que como nos desafiassem.

Vamos então conhecer a “raiz do problema” das raízes expostas de sua orquídea.

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A própria natureza manda nas raízes da orquídea
O primeiro motivo pra raízes insistirem em ficar do lado de fora do vaso é a natureza da planta. Muitas espécies gostam de ser assim, com raízes assanhadas e vivendo uma vida sem vergonha.

A Rodriguezia lanceolata x Oncidium hidrophyllum, assim como a Dendrobium loddigesi, Vandas e espécies do grupo Oncidium são bons exemplos de orquídeas que expõe suas raízes.

Essas são plantas epífitas, que vivem sobre outras espécies maiores, como árvores. Então, nem pense em confinar em um vaso as raízes de uma planta que, por natureza, teriam essas partes expostas e usando-as como braços para se agarrar num tronco de árvore.

Raízes das orquídeas “pegam” nutrientes no ar
O segundo motivo para uma orquídea ter raízes expostas é para ajudar na absorção de mais nutrientes. Neste caso, as orquídeas usam seus “membros” como se fosse um rastelo, arrastando todo tipo de material que pode ser transformado em nutrientes para a planta: folhas secas, insetos mortos, excrementos de passarinhos, e por aí vai.

A diferença é que um rastelo é usado para sair “varrendo” essas sujeiras do chão e juntá-las num canto. As orquídeas ficam ali, quietinhas, usando as raízes quase como um grande guarda-chuva, esperando que algo caia na sua cabeleira e fique ali, enroscadinho pra virar adubo do bom.

É o caso de orquídeas do gênero Catasetum, que criam uma verdadeira vassourinha. A especialização nessa catação natural é tão grande que as raízes nascem para cima, facilitando que coisas pequenas caiam e fiquem ali, enroscadas.

vaso pequeno

O vaso é pequeno demais pra orquídea
Tem algum motivo, além do natural, para que suas orquídeas estejam com raízes expostas? Tem, e podem ser um destes: ou a planta foi mal plantada, ou o vaso é pequeno.

Plantas de hastes longas podem ficar instáveis e, para corrigir isso, a orquídea começa a produzir raízes para os lados, como se quisessem se agarrar em algo. Produtores e orquidófilos espertos utilizam tutores e arames para garantir que a suas longas orquídeas tenham onde se agarrar e crescerem sem se preocupar em cair, mesmo em vasos pequenos.

Jamais corte essas raízes, pois se você cortar raízes saudáveis, você pode tanto fazer com que a planta sofra para absorver água quanto deixa-la pegar uma infecção causada por algum fungo ou bactéria. Quando as raízes estão inchadas, e com uma camada branca sobre elas, pode ter certeza que elas ainda estão vivas e ativas. A camada branca ajuda a absorver a água e os nutrientes, além de proteger a parte mais fraca da raiz.

Raízes mortas podem sim ser cortadas para a planta ficar mais bonita, mas você deve escolher bem para saber qual é a raiz que está morta mesmo. As raízes mortas ficam secas e amarronzadas, já as vivas são esbranquiçadas.

Quando for cortar as partes mortas, evite cortar qualquer parte viva, pois você poderá causar uma infecção. Procure fazer a poda somente com tesouras esterilizadas com álcool a 70% para evitar o contágio de doenças de plantas.

vandas

Como fazer o vaso da orquídea não tombar
O que pode parecer um defeito, às vezes, é a natureza da planta. As Phalaenopsis, por exemplo, crescem com uma inclinação e não para o alto, como estamos acostumados a ver em vasos.

O desenho natural dessas orquídeas é quase que uma diagonal, com as folhas e a haste floral bem inclinadas. Pensa bem, se ela crescesse para cima, agarrada numa árvore, estaria quase como alguém encostado num beiral de uma casa esperando a chuva passar.

A pessoa faz isso para se proteger dos pingos, mas uma orquídea precisa de água e outros nutrientes que “caem”. Então, nada mais natural do que se segurar no tronco da árvore, e, se esticar um pouco para ter a quantidade de luz, água e nutrientes que ela precisa para crescer.

Se a planta gosta de crescer inclinada, como mantê-la num vaso sem correr o risco de tornar sua orquídea uma eterna equilibrista? A solução é encher o vaso com brita. Um vaso mais pesado servirá de apoio para a planta se balançar sem cair.

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bálsamo-azul

Sendo o azul uma cor mais rara de ser observada nos seres vivos, é impressionante a diversidade de plantas suculentas capazes de ostentar este matiz em suas estruturas.

O bálsamo-azul, cujo nome científico é Senecio serpens, uma belíssima suculenta azulada, bastante apreciada pelos colecionadores. Devido ao aspecto fosco de suas folhas alongadas e cilíndricas, este senécio é conhecido como blue chalk sticks, bastões de giz azuis, nos países de língua inglesa.

O bálsamo-azul pertence à família botânica Asteraceae, a mesma de plantas suculentas famosas, tais como o colar-de-pérolas, (Senecio rowleyanus e colar-de-rubi (Oyhonna capensis).

Além de serem parecidas, estas espécies de bálsamo-azul são originárias da mesma região, ao sul do continente africano. O Senecio serpens apresenta o porte de um pequeno arbusto, com ramificações, sendo frequentemente utilizado como forração, em jardins rochosos, de inspiração desértica.

O aspecto roliço e empoeirado das folhas suculentas do senécio azul é resultado da deposição de uma camada de pruína sobre estas estruturas, substância cerosa com a aparência de um fino pó translúcido.

Quando removido, este material revela uma superfície mais brilhante e esverdeada. Como a pruína retirada não é reposta pelo senécio azul, é sempre bom manipular a planta com cuidado, para que sua aparência fosca e azulada não seja prejudicada.

Por ser uma suculenta que aprecia bastante luminosidade, o Senecio serpens costuma ser cultivado em áreas externas. Esta é uma planta que se desenvolve melhor sob sol pleno, condição que lhe confere um colorido extra, com as pontas das folhas azuladas adquirindo uma nuance púrpura.

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Muito embora possa florescer, o bálsamo-azul costuma ser mais cultivado em razão do belo colorido de sua parte vegetativa. As flores desta suculenta são bem pequenas e discretas, na coloração creme, surgindo predominantemente durante o verão.

Muitos cultivadores cortam as hastes florais, tão logo elas comecem a despontar, com o intuito de priorizar o desenvolvimento das folhas do bálsamo-azul. Durante a floração, é comum observarmos um estiolamento da planta, que se torna menos compacta.

Outro fator que pode levar a um crescimento acelerado da planta, fazendo com que ela fique mais frágil, fina e comprida, é a falta de luminosidade.

O Senecio serpens não é a espécie mais indicada para ser cultivada dentro de casas e apartamentos, por necessitar de uma luminosidade intensa, com sol direto, para adquirir uma boa aparência.

Ainda assim, é possível cultivar o senécio-azul em apartamentos, desde que ele seja mantido em coberturas e varandas ensolaradas. As jardineiras na parte externa das janelas, que recebem sol pleno, também são bons locais de cultivo para o Senecio serpens.

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Dentro de casas e apartamentos, é importante que o vaso fique bem próximo a uma janela que receba o maior número possível de horas de sol direto por dia.

Caso a suculenta a planta fique muito pescoçuda, é possível consertar sua aparência, através da realização de uma poda drástica, popularmente conhecida como decapitação. Para tanto, basta cortar a porção superior da planta, de modo a encurtar seu caule.

As folhas próximas à base podem ser retiradas. É importante que este segmento fique descansando, por algumas horas ou dias, em um local sombreado e ventilado, para que o corte seja cicatrizado. Depois disso, ele pode ser plantado separadamente, gerando uma nova planta, mais compacta.

O segmento remanescente, no vaso, continuará seu desenvolvimento normal, produzindo novas mudas. Esta é a forma mais rápida e tranquila de se fazer a multiplicação do senécio azul.

Trata-se de uma espécie que não costuma ser propagada através de suas folhas, colocadas em um berçário de suculentas, como geralmente é feito com as rodas-de-pedra, por exemplo.

Os demais cuidados com o senécio azul são semelhantes aos adotados no cultivo de suculentas, de modo geral. O solo ideal é aquele mais arenoso, semelhante ao encontrado no habitat de origem do Senecio serpens.

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Uma mistura de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais, é adequada para o cultivo desta suculenta. É importante que a areia seja de construção, uma vez que a areia da praia apresenta uma salinidade elevada, que é prejudicial ao desenvolvimento da planta.

Para quem gosta de praticidade, basta comprar um substrato próprio para o cultivo de suculentas, à venda em lojas de jardinagem e garden centers.

O bálsamo-azul está habituado à vida sobre solos pobres em matéria orgânica, de modo que não é necessário acrescentar elementos como esterco curtido ou húmus de minhoca ao substrato. Neste sentido, a adubação é bastante básica, apenas de manutenção, contendo níveis equilibrados de NPK. As aplicações devem ser semanais, com metade da dose recomendada pelo fabricante, para evitar o acúmulo de sais minerais no substrato.

É importante ter em mente que, ao contrário da maioria das suculentas, o bálsamo-azul apresenta um crescimento mais intenso durante os meses mais frios do ano, tornando-se dormente durante o verão.

O vaso para o cultivo do Senecio serpens pode ser de plástico ou de barro, desde que tenha furos no fundo. A frequência das regas deve ser bem espaçada e ajustada de acordo com o material escolhido para o vaso.

Recipientes de terracota permitem que o solo seque mais rapidamente. Já os vasos de plástico tendem a reter a umidade por mais tempo, de modo que as regas devem ser reduzidas, nestas condições.

Independentemente da periodicidade, devemos regar somente quando o solo estiver completamente seco. A verificação é muito simples, com a ponta do dedo.

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Se o material estiver úmido, a rega deve ser adiada para uma outra ocasião. Quanto mais leve estiver o vaso, e quando mais clara estiver a terra, maiores são os indícios de que o solo em seu interior já secou o suficiente.

Para quem não resiste a uma coleção de suculentas coloridas, o Senecio serpens é uma aquisição valiosíssima. Dentre as espécies popularmente chamadas de senécio azul, esta é a de maior efeito ornamental.

Além disso, é compacta, podendo ser cultivada em qualquer local, desde que haja bastante luminosidade.

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Sedum dourado

As carnudas, folhas verde-oliva desta arbustiva Sedum assumem uma tonalidade alaranjada em pleno sol. Na Primavera, estas plantas produzem perfumadas flores brancas estreladas.

Essa é uma suculenta muito amada por milhares de pessoas ao redor do mundo. Tem cultivo muito fácil, exige somente muito sol para que se mantenha saudável e com sua coloração sempre vibrante.

Ideal para cultivo em jardins de pedra, jardins desérticos junto a outros cactos e suculentas, ou sozinha como planta destaque formando uma bela moita extremamente chamativa devido a sua coloração Laranja intenso. Se cultivada em substrato bem drenável aceita regas regulares e adubações mensais.

Novas plantas podem ser iniciadas a partir de uma única folha. A planta é nativa do México. É uma planta resistente em áreas secas, embora a necessidade de proteção de invernos chuvosos e geada severa.

Sedum é um grande gênero de plantas com flores na família Crassulaceae, cujos membros são comumente conhecidos como Stonecrops.

Sedum adolphi

Ele contém cerca de 400 espécies que são encontrados em todo o hemisfério norte. São anuais variando de ervas rasteiras a arbustos. As plantas armazenam água nas folhas.

As flores geralmente têm cinco pétalas, raramente quatro ou seis. Há tipicamente duas vezes mais estames como pétalas.

Muitos Sedums são cultivados como plantas jardim, devido à sua aparência interessante, atraente e resistência.

As várias espécies diferem em suas exigências, alguns são resistentes ao frio, mas não toleram o calor, alguns necessitam de calor, mas não toleram o frio.

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Pigmeu Joshua Tree ( Sedum multiceps)

Pouco usada nos jardins brasileiros, a também conhecida popularmente de estrelinha-gorda, é uma suculenta bonita e muito versátil.

Originária da Argélia, ela é ramificada e pode alcançar até 20 cm de altura. Apresenta folhar carnosas quase cilíndricas e muito atrativas.

As inflorescências, que surgem em grande quantidade durante o Outono e Inverno, são compostas por inúmeras flores amarelas em forma de estrela, dispostas acima da ramagem, e formam um tapete de flores de jardim.

Muito rústica e de fácil cultivo, a espécie aprecia regiões de clima ameno, sendo muito cultivada no sul e sudeste do Brasil, sempre sob sol pleno.

O solo deve ser arenoso e acrescido de matéria orgânica. A estrelinha-gorda pode ser cultivada em maciços no jardim, vasos de parede, frestas de muro, espaços entre degraus e em jardineiras, onde adquire a forma de uma cascata de folhas suculentas.

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Plantas que ficam pendentes são muito apreciadas para decorar muros e jardins de inverno, o cultivo pode ser feito através de arandelas (concreto ou cerâmica) afixadas diretamente em muros ou paredes, por buchas e parafusos.

A instalação é bem rápida, fácil e contribui de forma muito ornamental na decoração destes espaços.

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