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Iresine-herbstii

As salientes nervuras que percorrem toda a folhagem da Iresine herbstii são tão semelhantes às veias do coração que renderam à espécie o apelido de coração-magoado. Alcunha injusta, diga-se de passagem, já que a planta, que mantém o jardim colorido o ano todo, só rende alegrias.

As inflorescências, que nascem acima da folhagem, criam um efeito esfumaçado quando vistas de longe.

Uma de suas características mais marcantes – depois da intensa coloração bordô, que atinge até mesmo os ramos – é a versatilidade. Ela pode ser cultivada em renques, maciços e até como bordadura, sempre criando um efeito muito agradável.

Essas virtudes ficam ainda mais evidentes quando o coração-magoado é cultivado junto às espécies de folhagem prateada, com as quais cria um lindo contraste. Composições com folhagens verdes, como as das palmeiras, também são bem vindas, pois destacam o arbusto no paisagismo.

Iresine-herbstii-

Vistas de longe, as inflorescências têm um efeito esfumado. Elas nascem nas pontas dos caules, bem acima da folhagem, e são as responsáveis pelo nome científico da espécie – Iresine, em grego, significa “lanoso” e faz referência à semelhança das pétalas com a lã branca.

O seu surgimento causa mudanças em toda a planta: para desabrochar, as flores consomem muitos nutrientes, o que faz a folhagem perder vivacidade.

A dica para evitar que isso aconteça é cortar os botões florais antes do início da floração, que acontece no verão. Caso opte por deixá-la florescer, a poda deve ser feita logo após a florada.

Nativo do Brasil, provavelmente da região amazônica, o coração-magoado pode medir até 60 cm de altura e é típico de clima tropical. Também pode ser cultivado em regiões de clima subtropical de baixa altitude, desde que não seja exposto a geadas.

Ele aprecia sol pleno e precisa receber pelo menos três horas de luz por dia, pois é isso que garante a suas folhas o colorido característico.

Para manter a folhagem sempre vistosa, é recomendável adubar a planta a cada quatro meses com uma mistura de esterco de curral, composto orgânico e areia. O procedimento porém, não é um requisito da espécie.

Se você esquecer o coração-magoado no jardim, ele vai continuar a crescer saudável, mesmo que não receba fertilizantes. Já as podas de formação são indispensáveis e devem ser realizadas três vezes ao ano.

Rústico, o arbusto enfeita o jardim e demanda pouca mão de obra. Até as adubações são dispensáveis. Apesar da aparência delicada, o coração-magoado é pouco suscetível a pragas.

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jardinagem

Sem poder dar as caras portão afora, uma sugestão é sair de casa e ir até o jardim. Respirar ar puro, ver o céu e, ainda, tomar um sol, o que ajuda a manter bons níveis de vitamina D.

Enquanto passeia entre as plantas, notou a necessidade alguns cuidados, como tirar os galhos secos, limpar os vasos e trocar o adubo? Não há segredos. Mas, se você tem dificuldade, conheça as técnicas corretas para manter a saúde do seu “respiro verde”

Pensando em te ajudar a colocar as mãos na terra e até plantar, abaixo algumas dicas preciosas de paisagismo e jardinagem. Qual a melhor forma de fazer desde o plantio em um vaso a um grande jardim com cautela e capricho.

Há quem pense que arrumar o jardim deixará somente a casa bonita. Durante a quarentena, ocupar-se com as plantas é uma tarefa terapêutica, ideal para envolver adultos e crianças.

Os pais podem ensinar os filhos a realizarem pequenos plantios como de um vaso de flor, temperos ou de suculentas. Convide as crianças a acompanharem o desenvolvimento da planta.

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As suculentas estão em alta. Muito fáceis de cuidar, gostam de sol e pouquíssima água. As crianças vão gostar de fazer mudas a partir das folhas que se soltam quando tocadas.

Evite encharcar o vaso dessa espécie e, pela manhã, deixe-as em um local onde pegue sol. Outra sugestão é plantar grãos de feijão com os pequenos. Lembrar de manter úmido.

Para a execução das atividades, o uso de algumas ferramentas é essencial, como tesoura de poda, regador, garfo, luvas e pás. O plantio tende a ser fácil e produtivo quando seguidas algumas regras básicas. Certifique-se de ter adubos, terra, mudas ou sementes, disponíveis em mercados ou lojas de jardinagem.

Caso tenha receio de adquirir as sementes, fique tranquilo, os “grãos” vendidos nos estabelecimentos apresentam boa procedência. Se colocar em prática as regras, dará tudo certo. Uma dica: faça as sementeiras em caixas de ovos. Depois de um tempo, transplante-as aos vasos, jardineiras e canteiros.

Importante não cobrir as sementes com uma camada pesada de terra molhada, pois o grão pode ficar sem força para germinar. Interessados em desenvolver uma horta caseira precisam escolher um local onde, preferencialmente, haja sol o dia todo. Monte os  canteiros de 1 m a 1,20 cm com bastante matéria orgânica.

Além da água, a adubação é de suma importância no desenvolvimento da planta. Existem substratos prontos, mas enriqueça a terra com “misturas caseiras”. Cascas de ovos moídas, cascas de bananas picadas (ideal as orquídeas) e cinza de madeira, que fortalece o enraizamento e floração. Já a borra de café contribui na umidade.

manutenção

Manutenção do jardim
Limpeza de folhas secas e a retirada de galhos murchos devem ser feitas para a saúde das verdinhas. Faça com cuidado, a fim de não prejudicar o desenvolvimento.

Caso os vasos estejam cheios, o indicado é retirar totalmente a planta, fazer uma limpeza dos excessos de folhas e brotos “mortos” e preparar uma nova terra, nutrindo-a com receitas caseiras.

Não esqueça de molhar com frequência. Observe a planta. Se ela estiver acostumada com sombra, não deixe-a no sol. Nos vasos em que não há a necessidade de mexer, ponha adubo químico e orgânico.

No jardim, a poda de limpeza visa aparar ramos secos e com má formação. Nos canteiros, arranque as mudas e selecione as melhores ao novo plantio, levando em consideração o espaçamento.

Nada de juntá-las. Prepare bem o solo com substrato e gesso agrícola ou calcário. No caso dos canteiros, evitar deixá-los úmidos.

As árvores merecem atenção especial. No tempo livre, faça uma nova adubação. Os nutrientes se distribuirão até a copa, parte aérea composta das folhas, galhos, flores e frutos. Os galhos internos caídos sobre outras plantas precisam ser retirados. Eles podem atrapalhar o crescimento de outra espécie.

Em épocas chuvosas, mantenha o gramado aparado baixo. O método evita o surgimento de fungos.

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Sunpatiens

Quem cuida de jardim sabe o quanto pode ser desafiador mantê-lo bonito e com flores, ainda mais no clima quase sempre quente do Brasil. Pra dar uma mãozinha e encher seu quintal ou varanda de flores, apresento a sunpatiens, uma planta capaz de florir o ano inteiro, resistente ao sol forte e o intenso calor do nosso país tropical.

Sunpatiens dá flores o ano todo
A sunpatiens é uma planta rústica, ou seja, aguenta perrengues que outras espécies não encarariam. Sol forte pra essa planta é fichinha: se recebe muitos raios solares, a sunpatiens responde com um montão de flores. Não é à toa que a planta tem sol até no nome: “sun” (sol em inglês).

Esta planta extraordinária representa um grande avanço no melhoramento de flores: Plantas mais robustas e tolerantes ao sol e calor.  Desenvolve-se sob sol pleno ou a meia sombra, seu florescimento é contínuo, desde a primavera até a ocorrência de geada.

Podem ser utilizadas em cuias, jardineiras, floreiras e principalmente no paisagismo. Estas belas plantas combinam um grande poder de florescimento com resistência, baixa manutenção e prosperam praticamente em qualquer lugar.

Curiosidades
O sucesso no jardim nunca foi tão simples como agora com Sunpatiens, que é fácil de plantar e desenvolver. São menos propensos a doenças porque as pétalas são mais grossas e a folhagem mais resistente e, com seus caules fortes, robustos toleram baixas temperaturas, chuva e condições climáticas adversas.

Sunpatiens-5

Como cuidar e quando plantar?
A melhor época para o plantio da Sunpatiens é durante a primavera, por isso, aproveite os meses de setembro a dezembro para incrementar sua área verde com a espécie. Na irrigação diária, o conselho é evitar os horários mais quentes, dando preferência para o início da manhã ou final da tarde.

Como escolher uma sunpatiens
Veja como escolher uma boa planta, só analisando as flores da sunpatiens. Num primeiro momento, observe as cores da pétala, que deve ter um brilho sobre sua superfície, quase como um glitter.

Quanto mais brilhante as flores, mais saudável é a planta. Ao toque, as pétalas devem ser firmes, lembrando a textura de uma folha de alface bem fresquinha.

Uma planta com muitas flores
Sunpatiens são perfeitas para fazer bordaduras de jardins, já que a planta preenche bem todo o espaço. A planta dá tantas flores, que fica difícil enxergar o solo. A sunpatiens é uma planta florífera, um termo técnico que significa que dá muitas flores.

Algumas variedades de sunpatiens dá flores que duram um dia mas, são tantos botões que se formam na planta que é quase impossível encontrar uma área apenas com folhas.

Sunpatiens

Mais de 60 cores
Existem sunpatiens de cores simples e também variedades bicolores, onde o centro da flor é de uma tonalidade e, suas pétalas, de outra. Nota-se as flores mais “velhas” em comparação com as mais recentes observando a cor da pétala: a medida de a flor envelhece, seu tom fica mais claro, chegando até a ficar branco.

Também existem sunpatiens com folhas variegadas, ou seja, em duas tonalidades. Variegação é um termo da botânica que indica que uma parte da folha (ou até ela toda) nasce com menos pigmentação, tornando-se mais clara. É uma mutação natural e a planta ganha um charme a mais.

Planta fácil de cultivar
O cultivo da sunpatiens é bem simples: muito sol pra florir e, bastante água. Capriche nas regas e, se cultivar numa área bem grande, vale até uma irrigação automatizada para garantir plantas sempre floridas. Se for um quintal ou um jardim, o bom e velho esguicho dá conta do recado.

Sunpatiens não é maria-sem-vergonha
Não confunda sunpatiens com maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana): apesar de ambas serem do mesmo gênero, Impatiens, são espécies diferentes.

Enquanto a sunpatiens é um híbrido, ou seja, foi melhorada pelo homem para ser uma planta mais resistente ao sol e com mais flores, a maria-sem-vergonha é uma espécie invasora.

De origem africana, a maria-sem-vergonha, também conhecida popularmente como beijo, é tão indócil que seu cultivo é proibido em alguns locais, se espalhando rápido e tomando espaço de espécies nativas.

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Como não possui aquelas cápsulas explosivas de sementes, a sunpatiens comporta-se bem e crescerá no espaço que você escolheu em seu jardim, com o bônus de florir muito mais. E claro, é a planta perfeita para ambientes com bastante sol.

Uma curiosidade: “impatiens” vem de “impaciente” em latim, e quer dizer que a planta não se contém e sai florindo assim que tem a primeira oportunidade. Então, tudo bem se você for um pouquinho impaciente e não esperar muito pra ter sunpatiens no seu jardim.

borboletas amarelas

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Bokashi é o nome do adubo de origem oriental e, em japonês, seu nome tem dois significados: “diluir ou dissolver” e também “composto orgânico”. Esse adubo é um resultado da fermentação de produtos de origem vegetal ou animal.

Existem várias receitas de biokashi e quase sempre esse composto é feito de farinhas de osso, peixe ou sangue (origem animal), além de tortas de mamona, algodão, bagaço de cana e outros componentes de origem vegetal.

O adubo bokashi favorece a estabilidade das estruturas dos agregados do solo, isto é, deixa o solo com mais porosidade para absorção de água e nutrientes, oferece estabilidade do pH, além de deixa-lo mais protegido de condições desfavoráveis.

Esses fatores favorecem o desenvolvimento das plantas. Outra vantagem para o solo é que o bokashi aumenta a diversidade e quantidade de microrganismos que são importantes pra manutenção dos nutrientes disponíveis para a planta.

Tem algumas fórmulas que ainda usam algas na sua composição – só pra lembrar que alga não é, nem planta, nem animal; algas são do reino protista.

Micro-organismos eficientes
Além dos compostos de origem animal e vegetal, o Bokashi também possui micro-organismos eficientes, conhecidos pela sigla EM (efficient microorganisms, em inglês).

Existem receitas para fazer o Bokashi, como a fornecida pela Embrapa, mas, para uso doméstico, compensa investir no adubo já pronto. Existem duas versões: o farelado e o líquido.

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Onde usar o Bokashi
Esse adubo pode ser usado em qualquer planta: espécies ornamentais em vasos, comestíveis (hortas e PANCs), cactos e suculentas, plantas suspensas, samambaias, vandas, qualquer planta. O único, porém é, se a composição do Bokashi leva torta de mamona, evite usar em locais que animais acessem, já que esse componente é tóxico.

Macros e micronutrientes
Adubos tem validade e no caso do Bokashi, isso deve ser levado em consideração também. Como sua composição leva micro-organismos vivos, o Bokashi só fará o efeito se estiver dentro do prazo.

Verifique a informação na embalagem antes de comprar o produto. Assim que abrir a embalagem, use o adubo e o restante, conserve em local seco e escuro.

Além dos nutrientes mais comuns em adubos, como o trio de macronutrientes nitrogênio – fósforo – potássio (NPK), o Bokashi também fornece os micronutrientes como cálcio, níquel, boro, zinco, molibdênio e outros.

Por ser tão completo, não use o Bokashi com outros adubos ou fertilizantes, correndo o risco de matar sua planta com uma superdosagem.

Pets e adubo orgânico
Lembra que um dos componentes do Bokashi é a farinha de osso? O odor desse composto pode atrair cães e gatos, mas não é perigoso para os pets, exceto se a receita leva torta de mamona, essa sim, é tóxica.

Se a receita de Bokashi que usar não tem torta de mamona, o único perigo é algum bicho mais xereta remexer a terra do vaso.

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Adubo de liberação lenta
O Bokashi (também conhecido como biokashi) é um adubo de liberação lenta. Isso quer dizer que os nutrientes são liberados gradativamente por um período que varia entre 1 a 3 meses. As três formas recomendadas para usar o Bokashi são: misturado diretamente no substrato

Como usar Bokashi no solo
Misture o Bokashi no substrato quando estiver trocando uma planta de vaso, preparando um local para o plantio ou então, se já é um jardim, use um rastelinho para afofar a terra e espalhe o adubo.

Lembre-se de cobrir com palhinhas protetoras para que os compostos não evaporem no sol. Uma colher de sopa para um vaso de 20 cm de diâmetro é o suficiente e, para recipientes maiores, multiplique essa quantidade.

Usando Bokashi em suculentas e orquídeas
Se a planta é epífita, como uma orquídea em uma árvore, a melhor forma é diluir o Bokashi na água e usar na rega.

Essa dica vale também para plantas que estão bem densas, onde você não consegue acessar o substrato para distribuir o adubo, como em vasos com suculentas e cactos.

Borrife nas raízes das orquídeas e, em suculentas e cactos, despeje o preparado – nunca borrife água em suculentas, para que as folhas não apodreçam.

janela lúdica

Sachê de adubo
Um truque super esperto é fazer um sachê com um tecido poroso e colocar uma colher de sopa de Bokashi farelado. Deixe esse embrulho dentro do vaso e, quando regar a planta, direcione a água para a trouxinha. Em plantas com raízes expostas ou arranjos de suculentas, o sachê funciona super bem.