Trata-se de uma suculenta pendente, com crescimento rápido, com hastes que podem atingir 90 cm de comprimento. É uma das suculentas pendentes mais lindas. Sem dúvida é uma ótima opção para quem acha que não tem muito jeito com plantas.
O nome popular faz alusão à coloração púrpura avermelhada do caule desta suculenta, que se torna mais acentuada quando a planta é cultivada sob elevados níveis de luminosidade.
As folhas em tom de verde jade contrastam com o colar de rubi. Elas apresentam o formato de um zeppelin, distribuindo-se alternadamente ao longo de todo o caule e podem se tornar avermelhadas com o sol.
Para completar esta interessante paleta de cores, as flores surgem em um amarelo brilhante, como pequenas margaridas, no topo de hastes também na coloração púrpura, como o caule.
O colar-de-rubi pertence à família Asteraceae, a mesma que abriga as suculentas do gênero Senecio. De fato, tanto as folhas como as flores da suculenta colar de rubi apresentam formatos semelhantes aos encontrados em várias espécies de Senecio.
Além disso, e não por acaso, o colar de rubi é parente da famosa suculenta colar-de-pérolas (Senecio rowleyanus) , bem como do cobiçado colar-de-golfinhos (Senecio peregrinus). Todos estes colares são suculentas pendentes bastante apreciadas pelos colecionadores.
A suculenta colar-de-rubi é bastante versátil, uma vez que pode ser utilizada como forração ou planta pendente. Assim como muitas plantas suculentas cultivadas com fins ornamentais. É originária da África do Sul.
Em seu habitat natural, o colar-de-rubi vive em ambientes áridos, sobre rochas, acostumado a pouca água e bastante sol.
Em países do hemisfério norte, o colar-de-rubi costuma entrar em dormência durante os meses mais quentes do ano, no verão. Neste período, os cultivadores reduzem as regas, uma vez que o metabolismo da planta se torna mais lento.
Aqui no Brasil, como as diferenças climáticas entre as estações são menos pronunciadas, a suculenta colar de rubi cresce normalmente ao longo de todo o ano, sem um descanso perceptível.
Outro fato curioso é que, lá fora, a espécie Othonna capensis é chamada de little pickles, em referência ao formato de suas folhas suculentas, cuja aparência lembra a conserva picles de pepino. Mas também é bastante popular o apelido ruby necklace, colar de rubi, assim como aqui.
Cuidar desta suculenta é bastante tranquilo. Quanto à luminosidade, trata-se de uma planta que pode tolerar sol pleno, mas deve ser protegida por uma tela de sombreamento durante os dias mais quentes do verão.
Alternativamente, a Othonna capensis também pode ser cultivada em interiores, casas e apartamentos, desde que receba luz indireta em níveis adequados. Um local próximo a uma janela ensolarada, face norte, leste ou oeste, é suficiente para garantir um bom desenvolvimento do colar de rubi.
Como ocorre com toda planta suculenta, o colar de rubi tende a ficar estiolado se cultivado em locais muito sombreados. Isto significa que seu caule vai crescer aceleradamente, ficando mais fino e comprido, com um grande espaço entre as folhas. A planta adquire este padrão anormal de crescimento em busca de mais luz.
Quanto mais luminosidade puder ser fornecida a esta suculenta, mais frequentes serão suas florações, que podem ocorrer ao longo de todo o ano. Além disso, em ambientes bem iluminados, a coloração púrpura de seu caule, que é a marca registrada do colar de rubi, ficará mais acentuada.
As folhas cilíndricas também poderão adquirir uma tonalidade mais avermelhada. No jargão adotado pelos cultivadores de suculentas, no entanto, a planta com coloridos intensos, principalmente bem avermelhados, é considerada estressada.
Como toda suculenta, o colar-de-rubi precisa de um solo bastante drenável, de natureza arenosa, como encontrado em seu habitat de origem. Não é necessário preocupar-se com a adição de material orgânico em proporções elevadas, já que o ambiente desértico proporciona um solo pobre em nutrientes.
Existem substratos próprios para o cultivo de cactos e suculentas, que são vendidos prontos no mercado especializado. Alternativamente, uma mistura de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais, será apropriada para o cultivo da suculenta colar-de-rubi.
É importante que o vaso tenha uma boa camada de drenagem no fundo, composta por brita, argila expandida ou pedrisco. Embora seja tentador plantar suculentas em xícaras, bules e cachepots sem furos, é sempre melhor optar por vasos com drenagem, para evitar o acúmulo de água em torno das raízes, que pode matar o colar de rubi.
Há quem diga que a Othonna capensis é mais tolerante ao excesso de regas, mas eu prefiro não arriscar. Sempre rego quando o substrato já está bem seco.
Um método interessante para saber quando é hora de regar a suculenta colar de rubi consiste em testar o nível de turgidez de suas folhas. À medida que o substrato vai secando, as folhas do colar de rubi vão ficando sutilmente mais macias, como pequenas bexigas que vão murchando, perdendo o fulgor.
Claro que não é bom esperar até que as folhas murchem demais, mas este feeling obtido ao tocar estas estruturas ajuda a perceber quando é hora de regar a Othonna capensis.
A propagação da suculenta colar-de-rubi é bastante rápida e fácil de ser implementada. Como os caules crescem em profusão, para todos os lados, e se ramificam com frequência, basta cortar um ramo e plantá-lo separadamente.
Em pouco tempo, este corte irá se enraizar e produzirá uma nova muda. O ideal é assentar o segmento cortado sobre a terra preparada, na horizontal, de forma que as bases das folhas fiquem em contato com o solo, o que facilita o enraizamento.
Estes cortes para multiplicação do colar-de-rubi podem ser obtidos através das podas ocasionais de manutenção. Com o tempo, a planta vai se tornando cada vez mais comprida, além de descabelada.
Uma poda básica, para remoção de hastes florais secas e ramos excedentes, pode ser necessária, de tempos em tempos. Este procedimento evita que pragas como cochonilhas encontrem locais para se proliferarem.