O beijo-americano, também conhecida como maria-sem-vergonha, é uma planta de sombra que deve receber apenas o sol da manhã. Suas flores podem ser brancas, rosas, laranjas ou vermelhas. Deve ficar em ambientes com claridade natural, pois a artificial deixa ela com um tom marrom, já que não faz a fotossíntese.
Ela floresce duas vezes por ano, durando de dez a 20 dias cada vez. No vaso, ela vive entre 2 e 3 anos e mede até 30cm.
O beijo-americano é uma planta tropical, próprio para ambientes com temperatura de cerca de 25ºC.
A planta precisa ser regada diariamente. No pote 13, use cerca de 200 ml por dia. A adubação da planta deve ser feita a cada três meses, usando o adubo NPK 4-14-8.
A maneira como cresce é tão rápido que lhe rendeu o nome científico Impatiens, “impaciente, incapaz de esperar”. A forma como suas cápsulas arrebentam ao menor contato: basta um raspão para que arremessem longe as sementes, daí seu outro nome popular, “beijo”.
O jeito “dado” como se reproduz, bastando um galhinho e alguma umidade para logo criar raízes. E, claro, sua capacidade sacana de pular cerca, de extrapolar muros e jardins para ir se aninhar debaixo de árvores nativas, na mata fechada, espalhando-se tão depressa quanto tiririca, comportamento de uma sem-vergonhice tal que lhe rendeu um rótulo, esse, sim, vexatório: invasora.
A espécie veio da África, mas se adapta bem ao solo brasileiro. De moça comportada num vaso dentro de casa, a beijo-americano logo sai do controle e invade reservas florestais e áreas de proteção de mananciais, fazendo sombra às mudas de espécies nativas, que não conseguem se desenvolver embaixo da planta.
Por isso, em várias cidades brasileiras, o cultivo dessa graciosa flor africana está regulamentado, quando não proibido.
Sua popularidade é facilmente compreensível: ela pega em qualquer pedaço de terra, mesmo nos solos mais pobres em nutrientes. Existem em uma grande variedade de cores, com flores brancas, rosas, roxas, laranjas, vermelhas e bicolores, de pétalas simples ou dobradas, que florescem o ano todo.
É barata, fácil de ser encontrada e vai bem até em ambientes sombreados, colorindo áreas internas em casas e escritórios. Por ter caules e folhas carnudos, capazes de armazenar água, aguenta passar alguns dias sem água, mas o ideal é regá-la mantendo a terra sempre úmida.
O beijo-americano tem cápsulas de sementes que explodem. É uma boa opção de flor para canteiros embaixo de árvores, onde a grama não cresce direito.
Deve ser cultivada em duas partes de terra e uma de matéria orgânica (use composto ou húmus de minhoca). Evite molhar as flores para não manchá-las nem diminuir sua durabilidade.
Lançada no Brasil em 2012, a variedade de folhas bicolores pode passar mais tempo no sol do que as de folhas verde escuras, mas, no geral, essa espécie prefere sombra ou meia sombra, com muita luz natural, mas sem a incidência direta de raios de sol.
Onde plantar e como podar, regar e adubar
Com o tempo, o beijo-americano vai ficando com flores e galhos fracos. Quando notar esse comportamento, pode as pontas dos ramos – se quiser, tire mudas, mergulhando a parte cortada num copo com água até enraizar.
Não é recomendada para cidades no Sul do Brasil por não suportar frio e geada: mesmo nas regiões mais quentes do país, mudanças bruscas de temperatura podem causar queda de folhas e botões.
Se os caules ficarem pretos e moles, diminua as regas. E fiscalize as folhas regularmente, uma vez que o ar seco pode favorecer o surgimento de pragas, como ácaros e mosca-branca.
Adube a cada quinze dias durante a primavera e o verão, usando um fertilizante líquido misturado à água da rega (um NPK 10-10-10 ou Bokashi, por exemplo). E fique de olhos bem abertos para que sua planta se mantenha comportada no seu vaso ou canteiro e não vá se engraçar em jardim alheio.