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Polygonum capitatum

Esta é uma planta bela e delicada que, infelizmente, não costuma ser valorizada, ao menos aqui no Brasil. No exterior, é comum vermos pessoas dispostas a comprar mudas ou sementes de Polygonum capitatum, conhecido por aqui como tapete-inglês.

Ela costuma brotar espontaneamente em fendas nas calçadas, frestas de muros, bem como canteiros e terrenos abandonados. Apesar deste comportamento um tanto quanto invasivo, vale a pena prestar mais atenção a esta folhagem com pequenos pompons rosados.

Como seu nome popular já indica, o tapete inglês é uma planta de porte herbáceo e reptante, que se espalha horizontalmente, com bastante rapidez, razão pela qual é frequentemente utilizada como forração, em vasos, canteiros e jardins.

Uma outra forma de cultivo do tapete inglês, menos comum, é em vasos suspensos, onde a planta adquire o aspecto pendente.

Além das delicadas inflorescências rosadas, em formato esférico, outra marca registrada do tapete-inglês fica por conta das folhas, em um tom bem fechado de verde, que tende ao castanho.

Ao contrário do que seu nome popular possa sugerir, a espécie Polygonum capitatum, é exótica, originária de países asiáticos, tais como China e Índia. A planta pertence à família botânica Polygonaceae, a mesma do amor-agarradinho – Antigonon leptopus.

A planta tapete-inglês pode ser cultivada sob sol pleno ou em ambientes de meia sombra, em que apenas algumas horas de sol direto por dia são disponibilizadas, geralmente no início da manhã ou no final da tarde.

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Como uma regra geral, quanto mais luz a planta receber, mais abundantes serão suas florações, que podem ocorrer ao longo de todo o ano. No entanto, é comum que o surgimento de flores diminua durante os meses mais frios, no inverno.

Em áreas externas, como quintais e jardins, recomenda-se que o tapete-inglês seja plantado em canteiros elevados, vasos ou jardineiras, de modo que o crescimento da planta possa ser contido por uma barreira física. Caso contrário, é grande a tendência de que ela se espalhe por todos os lados, tornando-se uma praga de difícil controle.

Por este motivo, é interessante cultivar o tapete-inglês em vasos, dentro de casas e apartamentos, como uma planta de interiores, ainda que esta não seja a situação mais usual.

Particularmente, eu acho interessante a idéia de cultivar certas plantas consideradas ervas daninhas como exemplares ornamentais. No caso do tapete-inglês, é importante que o vaso fique localizado em um local que receba bastante luz. Floreiras na parte externa das janelas, além de sacadas e coberturas, são lugares perfeitos para abrigar o Polygonum capitatum.

Apesar de ser bastante resistente e crescer, literalmente, em qualquer lugar, o tapete-inglês aprecia um solo mais rico em matéria orgânica, mantido sempre levemente úmido.

Quando cultivado em vasos, é importante que estes tenham um bom sistema de drenagem, com furos no fundo e uma camada de cacos de telha, brita ou argila expandida. Sendo que os vasos de barro tendem a secar mais rapidamente, o ideal é dar preferência aos recipientes de plástico, que ajudam a conservar a umidade do solo por períodos mais prolongados.

Caso o substrato permaneça seco por muito tempo, a folhagem do tapete inglês tende a desmaiar, da mesma forma que costuma fazer o lírio-da-paz (Spathiphvllum wallissi). No entanto, basta uma rega generosa para que estas plantas se restabeleçam, em questão de horas.

A propagação do tapete-inglês é muito rápida e tranquila. Estes ramos podados enraízam-se com bastante facilidade, gerando novas plantas em pouco tempo.

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Outra forma bastante frequente de multiplicação da planta é através de sementes. As inflorescências, quando polinizadas, produzem milhares de sementes minúsculas, que são dispersas pelo vento. Mesmo no cultivo doméstico, é muito comum que várias delas germinem espontaneamente, nos vasos, canteiros e jardins. É por este motivo que a planta se alastra com tanta facilidade.

Apesar de ser quase indestrutível, o tapete-inglês não se dá muito bem com os extremos de temperatura. Tanto o calor intenso como o frio congelante são prejudiciais ao desenvolvimento da planta.

Esta é uma espécie que se desenvolve melhor em locais de cimas amenos, tipicamente subtropicais.

Ainda que seja considerado mato por muitos, o tapete-inglês é uma planta ornamental pela qual eu gosto muito, por sua resistência, impossibilidade de matar, facilidade de cultivo, além de suas delicadas inflorescências em forma de esferas rosadas.

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Aqueles que convivem com animais de estimação logo aprendem que pequenos sinais corporais, como um movimento de orelha ou o balançar de uma cauda, traduzem perfeitamente os sentimentos e pensamentos destes entes queridos. Com as nossas orquídeas, as coisas não são diferentes.

Embora mais discretas e silenciosas, estas fascinantes criaturas estão constantemente dialogando conosco, relatando suas alegrias e dificuldades, através de seus componentes físicos.

Sophronitis Cernua

Entender os sinais que as orquídeas emitem, através de folhas murchas ou amareladas, pseudobulbos enrugados ou raízes secas, é de suma importância para que as devidas ações sejam tomadas a tempo de remediar a situação.

Algumas dicas de como interpretar os sinais que as folhas, raízes, pseudobulbos e flores de nossas orquídeas nos enviam diariamente, nesse texto serão encontradas.

De modo geral, a principal dúvida que assola o cultivador iniciante é o porquê de sua orquídea estar com as flores e folhas murchas. Existem algumas situações diferentes que causam este fenômeno, normais ou não, como veremos a seguir.

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Orquídea com flores murchas
Após a alegria de ganhar uma orquídea, geralmente uma Phalaenopsis, e apreciar a beleza das flores por alguns meses, pouco a pouco a pessoa vai percebendo que algo está errado.

O fato de as flores começarem a murchar e secar, para alguns iniciantes, costuma causar preocupação. No entanto, este é um fenômeno natural, que segue o ciclo de vida da orquídea. As flores murcham após terem cumprido seu papel.

Na eventualidade de serem polinizadas, produzirão frutos e sementes. Caso contrário, as flores murcham, secam e caem. No ano seguinte, uma nova floração surgirá.

A duração das flores varia de acordo com a espécie de orquídea. Algumas são famosas por durarem meses, como é o caso da Phalaenopsis. Outras duram poucos dias. Portanto, é importante saber o nome da orquídea que estamos cultivando, para adequar nossas expectativas.

A seguir, costuma surgir a dúvida sobre o que fazer com a haste floral. Para dar informações sobre este tema, leia no artigo abaixo:

Orquídeas com folhas murchas e enrugadas
Prosseguindo nos cuidados habituais, é frequente que a pessoa comece a sentir que sua orquídea está murchando. Este fato, infelizmente, é muito observado em orquídeas do gênero Phalaenopsis.

Suas folhas, outrora carnudas e suculentas, começam a perder o viço e tornam-se meio amolecidas. Também é possível notar que as folhas estão enrugando. É neste ponto que o sinal amarelo acende-se, desta vez, com razão.

Folhas moles, murchas e enrugadas são um grande sinal de preocupação. Elas indicam que a orquídea está se desidratando, perdendo água através de suas folhas, em um ritmo maior do que suas raízes conseguem captar. É nesta hora que um equívoco por parte do cultivador iniciante pode piorar a situação.

Por acreditar que a orquídea está murchando por falta de água, a pessoa passa a regá-la com mais frequência. E, no entanto, as folhas continuam a enrugar e amolecer, em ritmo até mais acelerado.

O que acontece, de fato, é que as raízes estão apodrecendo por excesso de água, não por falta. Paradoxalmente, as folhas da orquídea murcham e se desidratam devido à quantidade exagerada de regas, não pela falta delas.

Para consertar a situação, o ideal é diminuir a frequência das regas. Concomitantemente, é importante colocar a orquídea em um local mais sombreado, protegido do sol direto e de ventos excessivos.

De suma importância é fornecer altos níveis de umidade relativa do ar, o que não significa dar mais água. O ambiente em torno da orquídea deve ser úmido, o que pode ser conseguido através de umidificadores de ar, fontes de água próximas ou bandejas umidificadoras.

Caso a situação seja grave e as folhas estejam muito murchas e enrugadas, é bom desenvasar a orquídea e observar o estado das raízes. Caso não tenham salvação, uma saída é recorrer à técnica de UTI de orquídeas, geralmente feita de forma caseira em garrafas plásticas. Nem sempre funciona e é meio arriscado, mas é uma última tentativa.

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Orquídeas com crescimento acelerado
Por vezes, assistimos orgulhosos ao crescimento vigoroso e bastante rápido de uma orquídea, sem suspeitarmos que algo de errado possa estar acontecendo. Quando submetidos a pouca luz, ou em ausência total dela, os vegetais sofrem um processo denominado estiolamento.

Todos os seus componentes, caule, folhas e pseudobulbos, passam a se alongar aceleradamente, em busca de luz. Como resultado, estas estruturas estioladas tornam-se frágeis e delgadas, devido ao seu crescimento anormal. Observamos este fenômeno claramente quando cultivamos uma planta suculenta, que gosta de sol pleno, em local muito sombreado.

Nas orquídeas, o mesmo fenômeno ocorre. Portanto, toda vez que verificarmos folhas e pseudobulbos muito finos e compridos, é bom atentarmos para a quantidade de luz que a planta está recebendo.

Cada gênero de orquídea requer um nível diferente de luminosidade para um bom desenvolvimento e floração. Por isso, é importante que todas as nossas plantas sejam corretamente identificada, para podermos pesquisar suas necessidades de cultivo.

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As cores das folhas das orquídeas
Ainda em relação à luminosidade, outra mensagem clara que as orquídeas nos enviam vem através da coloração de suas folhas. A principal fonte de preocupação dos iniciantes é quanto ao fato de as folhas de suas orquídeas estarem amarelando.

Podemos observar uma grande variabilidade de tons de verde, que podem chegar até o amarelado, de acordo com os níveis de luz que a orquídea recebe. Por outro lado, cada orquídea tem sua cor característica, própria de cada espécie.

Como existe uma grande variação individual nos tons de verde das folhas de cada orquídea, bem como seus híbridos, novamente é importante sabermos sua identificação, para averiguarmos se aquela coloração é normal e saudável.

De modo geral, o tom de verde ideal é aquele que se aproxima à cor da alface, nem muito escuro, nem muito claro. Orquídeas com as folhas em um verde muito escuro, via de regra, estão recebendo menos luz do que deveriam.

No outro extremo, um verde muito claro ou amarelado pode ser sinal de excesso de luminosidade. Há ainda aquelas folhas que podem apresentar tons avermelhados, devido aos pigmentos coloridos que suas flores possuem.

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Orquídeas com pseudobulbos enrugados
Este é um sinal que costuma ser mal interpretado. Orquídeas com os pseudobulbos em forma de cana, como as do gênero Dendrobium, costumam perder todas as folhas, tornando-se completamente secas e enrugadas. Muitos acreditam que suas orquídeas estão doentes ou morrendo, mas trata-se de um fenômeno normal, que antecede a floração.

Portanto, neste caso específico, folhas amarelas, que estejam secando, caindo ou com manchas, não é sinal de que há algo de errado no cultivo da orquídea.

Outro processo que também assusta muita gente, mas é natural, consiste no enrugamento dos pseudobulbos mais antigos. À medida que a orquídea de crescimento simpodial avança pelo vaso, as estruturas mais antigas vão perdendo sua função e naturalmente acabam enrugando. As folhas caem e estes pseudobulbos por fim secam e morrem.

No entanto, quando este fenômeno ocorre com pseudobulbos mais novos, na linha de frente do crescimento da orquídea, é sinal de que algo vai mal. Aqui, mais uma vez, estas plantas costumam ser mal compreendidas.

As pessoas vêem a orquídea murchando e logo concluem que lhes falta água. Na maioria dos casos, está ocorrendo exatamente o inverso. Por excesso de água, as raízes acabam apodrecendo e morrendo, processo que leva à desidratação da planta, como já mencionado anteriormente.

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Orquídeas com raízes secas
Quando comecei a cuidar de orquídeas, o que mais me fascinava era observar o crescimento das raízes. Chegava a olhar várias vezes por dia. No entanto, o que me deixava frustradíssima era perceber que elas não costumavam ir muito longe. Após alguns centímetros de crescimento para fora do vaso, invariavelmente, aquela bela pontinha verde acabava secando.

Achava que era assim mesmo, até que visitei um orquidário de verdade, com a umidade relativa do ar em níveis corretos. Para minha surpresa, conheci Laelias e Cattleyas em vasos suspensos, ostentando raízes que iam até o chão.

Mais compridas do que as de muitas Vandas que vi por aí. O segredo é que elas só se desenvolvem adequadamente quando os níveis de umidade relativa do ar estão acima de 60%. No apartamento, como é difícil controlar este parâmetro, as raízes só se desenvolvem enterradas no substrato.

Outro fator que prejudica o desenvolvimento das raízes de orquídeas é o excesso de adubação química. Os sais acumulados queimam as pontas verdes em crescimento. Os adubos orgânicos, por serem muito concentrados, também podem queimar estas estruturas, quando em contato direto com as mesmas.

Além disso, se plantamos nossas orquídeas muito soltas no vaso, permitindo que balancem, acabamos impedindo que as raízes progridam. Na fase inicial do desenvolvimento, as pontas verdes destas estruturas são muito frágeis. O constante atrito com o substrato faz com que elas sequem e parem de crescer.

Por fim, o grande inimigo mortal de todas as raízes de orquídeas é o excesso de água, como já enfatizado nas seções anteriores. Na natureza, as orquídeas de hábito epífito, que vivem sobre outras plantas, estão com as raízes permanentemente descobertas, aderidas aos troncos das árvores.

Nesta condição, elas têm a possibilidade de captar a umidade do ambiente, ao mesmo tempo que podem secar rapidamente, após uma chuva. No cultivo doméstico, principalmente quando as orquídeas são cultivadas em vasos, com as raízes abafadas pelo substrato, há o perigo de o excesso de regas causar o apodrecimento destas estruturas.

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Orquídeas com manchas nas folhas
Nem todas as manchas nas folhas de nossas orquídeas são sinais de doenças. Existem máculas perfeitamente normais, como as pintas vermelhas que surgem nas orquídeas cujas flores têm um colorido mais intenso. Esta pigmentação da flor também se revela nas folhas, pseudobulbos e pontas das raízes, principalmente quando expostas a altos níveis de luminosidade.

Outro sinal bastante comum, infelizmente, é aquele causado pela exposição excessiva da orquídea ao sol. Neste caso, as folhas adquirem inicialmente um aspecto esbranquiçado, que com o tempo vai se tornando mais escuro.

A aparência é típica de queimadura, mas pode ser confundida com um ataque de fungos. O fato é que a lesão causada pelos raios solares acaba abrindo as portas para que infestações oportunistas se instalem na folha.

Insetos, tanto os sugadores quanto os raspadores, também costumam causar grandes estragos às folhas das orquídeas. A lista é interminável: pulgão, cochonilha, tenthecoris, tripes, lagartas, etc. Os ácaros, embora não sejam insetos – são parentes das aranhas e carrapatos – também causam lesões na superfície da folha e são difíceis de serem identificados, devido ao seu tamanho microscópico.

Por fim, existe uma legião de fungos, bactérias e vírus que podem deixar suas marcas e malefícios nas nossas orquídeas. Para saber exatamente do que se trata, somente com a ajuda de um profissional da área, o engenheiro agrônomo. Também é ele a pessoa credenciada para receitar os medicamentos apropriados para cada situação.

Existe também uma série de sintomas causados por deficiência ou excesso de nutrientes. No entanto, estes sinais são mais complexos e geralmente são corrigidos por profissionais. Se fornecermos uma adubação balanceada, os riscos de que estes problemas aconteçam são mínimos.

Em resumo, nem sempre flores e folhas murchas, amarelando, secando ou caindo são motivo para preocupação. É importante que saibamos distinguir quando estes fenômenos são normais, fisiologicamente falando, ou quando são consequência de alguma anomalia ou equívoco no nosso cultivo.

Muitos afirmam que é necessário falar com as plantas, para que elas cresçam e floresçam. Há até quem toque música para elas, jurando que este procedimento melhora a produção de frutos e flores.

Não sei se é verdade. O que posso afirmar, com certeza, é que o inverso é verdadeiro. Elas é que falam, com toda a certeza. Talvez não possamos ouvir, mas o fato é que as orquídeas estão constantemente emitindo sinais visíveis sobre seu estado de saúde. Cabe a nós tentarmos compreender esta linguagem, de modo a corrigir nossas falhas e aprimorar nosso cultivo.

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echeveria

As plantas suculentas tornaram-se onipresentes em nosso cotidiano. De elegantes floriculturas a feiras e supermercados, elas podem ser encontradas em todos os tipos, cores, tamanhos e preços.

Hoje em dia, elas já ocupam lugares de destaque, antes dominados pelas flores. Tem sido bastante frequente o uso de suculentas na decoração de eventos, fazendo parte de bouquets de noivas ou sendo ofertadas como lembrancinhas de festas de aniversário. Já foram parar até em ímãs de geladeira, plantadas dentro de rolhas. É uma febre.

Se analisarmos o volume de buscas que as pessoas efetuam na internet, veremos que o termo ’suculentas’ já ultrapassa em muito as orquídeas. Este aumento na procura, evidentemente, reflete-se no comércio. Já há, inclusive, espaços reservados às plantas suculentas no meio de algumas exposições de orquídeas. Da mesma forma, as áreas destinadas a cactos e suculentas vêm aumentando nos garden centers e floriculturas.

A beleza, diversidade, exotismo e facilidade de cultivo estão entre as razões para este sucesso das plantas suculentas junto ao público consumidor. Este fenômeno tem se refletido aqui no blog, onde tenho observado um aumento no interesse dos leitores por estas gorduchas.

A seguir, algumas informações interessantes sobre estas plantas, bem como dicas de cultivo e manutenção dentro de apartamento.

Classificação das plantas suculentas
Ao contrário do que muitos imaginam, não existe uma classificação botânica formal para todas as plantas suculentas. Elas não fazem parte de uma família específica. Diferentes gêneros e espécies, pertencentes a várias famílias botânicas, são popularmente agrupados sob a denominação comum de suculentas.

De forma bastante simplista, plantas suculentas são todas as espécies vegetais capazes de armazenar água em seus tecidos, quer sejam raízes, caules ou folhas. Nestes casos, as estruturas tornam-se mais espessas, adquirindo a aparência típica de uma suculenta. Em latim, ‘sucus’ significa suco ou seiva.

Todos os membros da família Cactaceae, por exemplo, apresentam esta característica. Portanto, cactos são plantas suculentas. O inverso, no entanto, não é obrigatório. Nem todas as suculentas são cactáceas.

Echinopsis chamaecereus

Para exemplificar, cito alguns cactos famosos já apresentados aqui no blog, tais como o cacto-amendoim (Echinopsis chamaecereus), cacto-orelha-de-Mickey (Opuntia microdasys, cacto-castelo-de-fadas (Acanthocereus tetragonus), cacto-dedo-de-dama (Mammillaria elongata) e cacto-dedal (Mammillaria gracilis). As opúncias também são cactos típicos bastante conhecidos.

Muito parecidos com os cactos, os membros da família Euphorbiaceae também são exemplos de suculentas. Neste grupo, talvez a representante mais conhecida seja a Euphorbia millii, popularmente conhecida como coroa-de-Cristo.

Outra família de plantas suculentas bastante famosas é a Crassulaceae. Evidentemente, faz parte dela a Crassula ovata, cujas variedades ‘Hobbit’ e ‘Gollum’ são popularmente conhecidas como suculentas orelha-de-Shrek.

Neste gênero, temos ainda a famosa Crassula Green Pagoda. Além destas, praticamente todas as plantas suculentas cultivadas pelos colecionadores possuem algum membro na família Crassulaceae.

É o caso das clássicas Echeverias, dentre as quais a Echeveria runvonni ‘Tops Turvy’, Echeveria ‘Black Prince’ e Echeveria shaviana.

Também pertence a esta numerosa família as suculentas do gênero Sedum (Sedun moranense), (Sedum morganianum) e (Sedum makinoi).

Echeveria shaviana.

Características das plantas suculentas
Vimos anteriormente que todos os cactos são exemplos de plantas suculentas. Por outro lado, nem todas as suculentas são cactos. Afinal, o que faz com que uma planta seja considerada suculenta?

Além do espessamento dos tecidos vegetais, causado pelo armazenamento de água, e a consequente aparência suculenta de folhas, caules e raízes, estas plantas típicas de ambientes áridos realizam a fotossíntese CAM (Crassulacean Acid Metabolism). Trata-se de um metabolismo diferenciado, que foi inicialmente descoberto em plantas da família Crassulaceae, que visa atenuar os efeitos da falta de água sobre as plantas.

Plantas suculentas que habitam regiões de clima árido apresentam este comportamento evoluído, CAM, no qual os estômatos ficam fechados durante o dia, a fim de evitar a perda de água por evaporação.

Durante a noite, ocorre a abertura destas estruturas, que então permitem a captação de gás carbônico. No entanto, neste período, não há luz para a realização de fotossíntese. O CO2 coletado durante a noite é armazenado sob a forma de ácidos orgânicos.

Durante o dia, quando os estômatos se fecham, estes ácidos liberam o gás carbônico necessário à fotossíntese.

Para evitar a perda de água, muitas plantas suculentas têm um número reduzido de estômatos em suas folhas. Outras, mais radicais, apresentam folhas rudimentares ou ausência total destas estruturas, como acontece com a maioria dos cactos.

Folhas cilíndricas ou esféricas, mais espessas, são características de plantas suculentas. Além de armazenarem água, estas estruturas apresentam uma geometria que diminui a superfície de exposição ao sol, reduzindo a evaporação da água. Também com esta finalidade, as folhas das suculentas costumam ser cobertas por cera ou pelos.

Um exemplo típico e bastante extremo de planta peluda é a Tradescantia sillamontana, popularmente conhecida como suculenta-teia-de-aranha. Também temos a simpática suculenta-orelha-de-gato – Kalanchoe tomentosa, com seu aspecto aveludado característico.

orelha-de-Shrek.

Muitas espécies de plantas suculentas possuem o termo tomentosa no nome, referente à lanugem que cobre suas folhas, como é o caso da famosa suculenta-orelha-de-gato, Kalanchoe tomentosa, ou da suculenta-patinha-de-urso – Cotyledon tomentosa.

Outra planta famosa do gênero Kalanchoe é o aranto, também conhecido como mãe-de-mil ou mãe-de-milhares. Trata-se de uma suculenta polêmica devido às suas alegadas propriedades medicinais, ainda sem comprovação científica. Ainda neste gênero, temos a mais florífera espécie, Kalanchoe blossfeldiana, popularmente conhecida como flor-da-fortuna.

Por fim, muitas espécies representantes deste diversificado grupo de plantas suculentas possui a aparência típica de uma rosa-de-pedra. Suas folhas espessas costumam ser organizadas sob a forma de rosetas, de modo muito similar às pétalas de flores petrificadas.

Vasos e substratos para suculentas
A escolha do melhor vaso para cultivar suculentas passa por uma série de questões inerentes ao ambiente de cultivo e às preferências de cada colecionador. O ideal é manter as plantas que adquiridas no mesmo vaso plástico proveniente do produtor.

A suculenta já sofre um grande stress ao ser retirada das estufas de produção, onde as condições climáticas são idealmente controladas, para ficar exposta à toda sorte de maus-tratos no ambiente de comercialização.

Depois, ainda é transferida ao nosso ambiente doméstico, que também é diferente da estufa. Particularmente, acho que um transplante nesta etapa só piora a situação da planta.

Para esconder a feiura do vaso plástico, podemos sempre recorrer a cachepots decorativos. Lembrando que é importante retirar o vaso de dentro destas peças, para que a água da rega não se acumule no fundo.

cotyledon-tomentosa

O material plástico também facilita o desenvase, durante os replantes necessários quando a planta se torna grande demais. Outra vantagem é que o peso é menor, em relação aos vasos de barro.

Para quem tem grandes coleções, principalmente em apartamentos, o peso somado de todos os vasos é uma questão a ser considerada.

Por fim, vale lembrar que os vasos de plástico retêm a umidade por mais tempo, em relação aos vasos de cerâmica. Dependendo do ambiente em que ficam as suculentas, é preciso adequar a frequência de regas, levando-se em consideração a natureza do material com o qual o vaso é fabricado. Independentemente desta questão, o importante é que o vaso possua uma boa drenagem, que impeça o acúmulo de água no substrato.

Substrato este que pode ser composto por diferentes materiais. O importante é que seja bem aerado, não compactado, bastante drenável. A mistura mais comumente utilizada no cultivo de suculentas é a de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais.

Mas há quem adicione esterco curtido, húmus de minhoca e outros elementos orgânicos à mistura. É importante lembrar que plantas suculentas são originárias de regiões desérticas, de solo arenoso, geralmente pobre em nutrientes.

Não é necessário utilizar um substrato muito rico em matéria orgânica, nem utilizar materiais argilosos, ou que retenham muita umidade. Uma solução segura para quem está iniciando é comprar substratos prontos, especialmente desenvolvidos para o cultivo de cactos e suculentas.

Além da mistura clássica de terra e areia, há quem utilize casca de pinus, carvão vegetal, fibra de coco, perlita, e até mesmo musgo sphagnum. É sempre bom lembrar que, neste caso do musgo, a retenção de água é enorme e as regas devem ser feitas com muita cautela.

O importante é encontrar uma composição em proporções que apresentem uma boa performance no ambiente de cultivo de cada colecionador, levando-se em consideração seu estilo de vida e hábitos de rega.

Sedum Morganianum

Frequência de regas
Nesta questão de quão frequentemente regar as plantas suculentas, não há uma regra fixa. Não podemos nos prender a uma frequência semanal ou quinzenal. O importante é sempre verificar, com o dedo, o nível de umidade do solo. Ele só deve receber água novamente quando estiver completamente seco.

Outra maneira bastante prática de se perceber que o material no interior de um vaso secou bem é aferindo seu peso. Quanto mais leve estiver, mais seco o substrato estará. O vaso de plástico, por ser bem leve, ajuda nesta verificação. Com o tempo, vamos nos acostumando a distinguir o peso de um vaso recém-regado, comparado ao de um completamente seco.

Por este motivo, evite colocar aqueles pedriscos brancos decorativos, na superfície dos vasos. Eles me atrapalham na verificação da umidade do solo. É fácil perceber quando uma suculenta precisa ser regada apenas pela aparência da terra, que se torna mais clara e esbranquiçada, aspecto bem distinto de um solo úmido.

Durante as regas rotineiras, no dia a dia, evite molhar as folhas e rosetas das suculentas, para que não haja acúmulo de água e consequente apodrecimento nos interstícios destas plantas, geralmente bem compactas.

Uma vez por semana ou a cada quinze dias, principalmente durante os meses mais quentes do ano, leve todas para uma bacia ou um tanque e dê uma boa chuveirada. O importante é deixar as suculentas secarem bem, depois do banho. Este procedimento evita o acúmulo de sujeira e, eventualmente, pragas nas folhas das plantas.

Luminosidade para as suculentas
Alguns iniciantes têm a impressão de que só é possível cultivar suculentas e cactos sob pleno sol. Isso não é verdade. Muitos gêneros e espécies de suculentas adaptam-se ao cultivo em interiores, desde que próximos a janelas bem iluminadas.

Neste caso, é importante saber quantas horas de sol cada janela recebe, bem como sua orientação. As janelas e varandas com face norte são as mais iluminadas e propícias ao cultivo de cactos e suculentas.

Aquelas voltadas a leste recebem o sol da manhã, que também é ótimo. Janelas face oeste tendem a ser muito quentes, podendo provocar queimaduras em suculentas mais sensíveis. Já as aberturas voltadas ao sul precisam abrigar plantas que necessitem de menos luz para seu desenvolvimento.

Nem todas as suculentas são iguais, no quesito luminosidade. Existem gêneros mais propícios a serem cultivados em ambientes internos, de meia sombra. Também existem aquelas que são mais resistentes ao sol direto.

Antes de montar sua coleção, o importante é avaliar o quanto de luz seu ambiente recebe. Depois desta verificação, basta fazer uma pesquisa e adquirir as suculentas que melhor se adaptam às condições que podemos oferecer.

Além disso, muitos gêneros de plantas suculentas adaptam-se tanto ao cultivo sob sol pleno como à meia sombra. O curioso é que sua morfologia e coloração mudam completamente, dependendo do nível de luminosidade ao qual são expostos. Nestes casos, o importante é fazer a transição gradualmente, de um ambiente para outro.

Haworthia retusa

Suculentas de sombra
Como a grande maioria das suculentas e cactos adora sol, vamos destacar aqui aqueles gêneros que podem sobreviver com menos luz. É o caso das espécies dos gêneros Haworthia e Haworthiopsis. J

A Hawortia limifolia, Haworthia retusa e Hawortia coarctata, são três excelentes exemplos de suculentas que não necessitam de sol direto para seu desenvolvimento. São plantas que, em seu habitat de origem, vivem em locais mais sombreados, entre pedras, e até mesmo parcialmente enterradas. Portanto, são ideais para o cultivo em interiores.

A famosa planta-jade – Crassula ovata, e seus mutantes, como a orelha-de-Sherk, são exemplos de suculentas que podem ser cultivadas tanto dentro como fora de casa.

Embora possam ficar enormes e florescer sob sol pleno, são plantas que se dão bem em interiores, desde que recebam uma boa luminosidade indireta. A suculenta Portulacaria afra também encaixa-se nesta categoria.

Todos os representantes do gênero Sansevieria, popularmente conhecidos como espadas-de-São-Jorge, são excelentes opções para quem dispõe de pouca luminosidade em seu ambiente de cultivo.

Outros exemplos de suculentas que podem ser cultivadas à meia sobra são as representantes dos gêneros Gasteria e Rhipsalis. Embora precise de bastante luminosidade para florescer, a popular flor-de-maio – Schlumbergera truncata, é outra suculenta que costuma ser cultivada em interiores com sucesso.

Crassula ovata

Propagação de suculentas
Plantas suculentas podem ser multiplicadas com grande facilidade e rapidez. Qualquer folha que é destacada da planta mãe pode gerar uma nova muda. Basta que os segmentos sejam removidos corretamente, antes que comecem a murchar ou secar, e que sejam colocados em um berçário de suculentas.

Além disso, o processo de poda drástica, popularmente conhecida como decapitação, pode gerar uma grande quantidade de novas plantas. Para conhecer mais sobre estes processos, basta clicar nos links para os respectivos artigos.

Já o processo de propagação através de sementes é mais difícil e demorado. Existem algumas empresas que comercializam sementes de cactos variados. Sementes de suculentas são mais difíceis de serem encontradas comercialmente.

Embora a germinação ocorra com relativa facilidade, é complicado obter indivíduos adultos a partir de sementes, já que muitos morrem no caminho. Também é preciso ficar atento para anúncios fraudulentos de sementes, principalmente de plantas suculentas alegadamente raras.

planta mãe-de-milhares

Suculentas tóxicas
Apesar de as plantas suculentas esbanjarem beleza e fofura, há alguns cuidados a serem tomados. O perigo mais evidente são os espinhos. Não somente os cactos, mas também várias Eufórbias costumam apresentar espinhos agressivos, que podem ferir crianças e animais domésticos.

Além disso, as plantas suculentas podem exsudar um líquido leitoso, quando cortadas. O caso mais típico é o das representantes da família Euphorbiaceae, como a coroa-de-Cristo. Esta seiva branca é tóxica se ingerida acidentalmente.

Além disso, o simples contato desta substância com a pele pode causar irritações e alergias. Ainda mais perigoso é o contato inadvertido com os olhos e mucosas.

Menos evidentes, mas igualmente perigosas, são as suculentas do gênero Kalanchoe. A planta mão-de-milhares ou mãe-de-mil , popularmente conhecida como aranto, é uma suculenta famosa por causar envenenamento em animais domésticos e até em gado.

É importante tomar cuidado com esta suculenta porque muitos atribuem a ela diversas propriedades medicinais. Contudo, experimentos científicos ainda não comprovaram estas alegações.

Outro exemplo clássico de suculenta tóxica é a espada-de-São-Jorge. Vários membros do gênero Sansevieria podem causar intoxicação em crianças e animais domésticos, se ingeridos acidentalmente.

A famosa planta-jade – Crassula ovata, é outra suculenta bastante comum na decoração de ambientes, que pode causar acidentes, graças à toxicidade de seus tecidos vegetais.

Há vários outros exemplos. De maneira geral, plantas ornamentais e suculentas devem ser protegidas do contato com crianças e animais domésticos. É importante fazer uma boa pesquisa antes de adquirir novas plantas, sempre tendo em vista os perigos potenciais para nossos entes queridos.

As suculentas são particularmente perigosas para crianças porque são fofas e suas folhas gorduchas destacam-se com facilidade, sendo um atrativo irresistível para ser colocada na boca. Todo cuidado é pouco.

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Considerações Finais
As suculentas são plantas extremamente democráticas. Talvez por isso, estejam tão em alta atualmente. Além de belíssimas e decorativas, são relativamente baratas, podendo ser encontradas em qualquer lugar.

Como se não bastasse, são plantas de fácil cultivo e ideais para quem mora em apartamento. Não é necessário fazer um curso ou ler uma enciclopédia para aprender a cuidar de suculentas. Qualquer pessoa que adquira uma pequena planta logo conhecerá os principais cuidados a serem tomados, sem muita frescura ou enrolação.

O único problema destas plantas suculentas é que não é possível parar em uma, duas ou meia dúzia. Sem que percebamos, logo estaremos contaminados pelo vírus e não sossegaremos enquanto não preenchermos cada espaço disponível com uma incrível coleção de plantas gorduchas.

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Esta simpática plantinha de folhas circulares, que se parece com pequenas panquecas penduradas nos ápices de delicadas hastes. Não é fácil de encontrar

O interessante é que esta planta, tão cobiçada, é parente de espécies bastante comuns, aqui no Brasil, frequentemente utilizadas na decoração de ambientes internos, ou, até mesmo, vistas como pragas. É o caso da brilhantina – Pilea microphylla, e da lágrimas-de-bebê – Soleirolia soleirolii.

Também fazem parte desta família botânica, Urticaceae, à qual pertence a Pilea peperomioides, as famosas planta alumínio, Pilea cardierei, e planta-da-amizade, Pilea involucrata.

O nome desta espécie do gênero Pilea faz referência à sua semelhança com representantes de outro gênero botânico, Peperomia.

Como existem várias espécies vegetais conhecidas como planta do dinheiro, a Pilea peperomioides costuma ser chamada de planta chinesa do dinheiro. Devido ao formato circular de suas folhas, também há quem a apelide de planta-panqueca, tanto aqui como no exterior.

Ao contrário da maioria das plantas conhecidas na atualidade, que foram descobertas e classificadas séculos atrás, a Pilea peperomioides tem uma convivência recente com os ambientes urbanos.

Esta espécie somente foi descoberta no início do século XX, na China, tendo sua classificação formal ocorrido décadas mais tarde, já nos anos 1980, após uma trajetória tortuosa de esquecimentos e redescobertas.

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É interessante notar que a Pilea peperomioides tornou-se popular, no mundo ocidental, graças à sua rápida propagação e ao hábito de se doar mudas a parentes e amigos. Por este motivo, a planta chinesa do dinheiro também pode ser conhecida como planta-da-amizade.

À medida que esta espécie se torna mais madura, começa a emitir inúmeros brotos laterais, a partir da sua base. Estas mudas podem ser destacadas e plantadas separadamente, gerando novos exemplares para serem compartilhados com entes queridos.

Como vai se tornando cada vez mais alta, fina e comprida, a Pilea peperomioides pode ser submetida a uma decapitação, da mesma forma que procedemos com várias plantas suculentas.

A parte superior pode ser plantada separadamente e a base continuará a produzir novos brotos. É comum realizar o enraizamento destas estacas em água. Vale lembrar que, ao contrário de certas plantas, esta espécie não se multiplica através de folhas isoladas.

Cuidar da Pilea peperomioides é bastante tranquilo. A planta chinesa-do-dinheiro é uma excelente opção para quem mantém sua coleção botânica dentro de casas e apartamentos. Trata-se de uma típica planta de interiores, ainda que aprecie níveis elevados de luminosidade, sem sol direto.

Qualquer local próximo a uma janela que receba bastante luz solar é suficiente para o cultivo da Pilea peperomioides. Em áreas externas, coberturas ou varandas ensolaradas, esta planta precisa ser protegida do sol pleno, sob a sombra de outras plantas mais resistentes.

Por não tolerar temperaturas muito baixas, nem geadas, a Pilea peperomioides é perfeita para ambientes internos, onde as temperaturas são mantidas constantes, ao longo de todo o ano.

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No entanto, neste tipo de ambiente, é preciso tomar cuidado com a falta de umidade, prejudicial a esta espécie. Ambientes com ar condicionado também são nocivos à planta chinesa do dinheiro. O ideal é que a umidade relativa do ar seja mantida em níveis elevados, com o auxílio de umidificadores de ar, fontes de água ou bandejas umidificadoras, que nada mais são do que recipientes rasos com uma camada de pedrisco, sobre a qual os vasos ficam apoiados.

Uma lâmina de água se forma ao fundo, sem entrar em contato direto com as raízes da planta.

Sendo uma espécie adaptada à vida em ambientes úmidos, a Pilea peperomioides precisa de regas frequentes. É importante não deixar o solo secar completamente, entre as irrigações. No entanto, também é prudente evitar o excesso de regas, que resultem em um solo encharcado, por muito tempo.

Substrato
O substrato para o cultivo da Pilea peperomioides é aquele utilizado para a maioria das plantas de interiores, aerado, bem drenável e fértil. Qualquer mistura pronta, própria para a jardinagem amadora, dará conta do recado.

Como a planta gosta de umidade, convém dar preferência ao vaso de plástico, que ajuda a reter a umidade do solo por mais tempo. Os recipientes de barro, por serem mais porosos, tendem a secar mais rapidamente.

Qualquer que seja o material escolhido, é importante que o vaso tenha furos no fundo e uma camada de drenagem, composta por pedrisco, brita ou argila expandida.

Vale sempre lembrar que é bom evitar o uso do pratinho sob o vaso, que pode acumular água e causar a proliferação do mosquito da dengue.

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Ainda que a Pilea peperomioides possa produzir flores, elas são bastante discretas, de importância ornamental secundária. Os cultivadores costumam dar preferência ao desenvolvimento da parte vegetativa.

Por este motivo, não é necessário aplicar uma adubação muito rica em fósforo, voltada para a indução da floração. Qualquer fórmula básica, do tipo NPK, com níveis equilibrados destes nutrientes, será suficiente para garantir o bom desenvolvimento da planta chinesa do dinheiro.

Esta é uma espécie que requer pouca manutenção, não necessitando de podas constantes. É natural que as folhas mais antigas, próximas à base, amarelem, sequem e caiam.

Muitos cultivadores, principalmente os de interiores, costumam girar suas plantas, para que seus caules não cresçam inclinados. Este é um procedimento válido para a Pilea peperomioides.

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No entanto, há quem relate que este hábito causa uma deformação nas folhas circulares, que perdem seu aspecto completamente plano.

Outro fator que pode modificar a aparência planta das folhas da planta do dinheiro é a luminosidade insuficiente.

Ainda que o cultivo da Pilea peperomioides tenha algumas particularidades, o mais difícil, para quem mora no Brasil, ainda é encontrá-la à venda. Em um passado recente, esta era uma tarefa impossível.

Felizmente, hoje já existem fornecedores desta planta, mas são pontuais e difíceis de serem encontrados. Neste cenário, só nos resta torcer para que a tradição de se presentear com esta nova planta da amizade seja propagada em terras tupiniquins.

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