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Polygonum capitatum

Esta é uma planta bela e delicada que, infelizmente, não costuma ser valorizada, ao menos aqui no Brasil. No exterior, é comum vermos pessoas dispostas a comprar mudas ou sementes de Polygonum capitatum, conhecido por aqui como tapete-inglês.

Ela costuma brotar espontaneamente em fendas nas calçadas, frestas de muros, bem como canteiros e terrenos abandonados. Apesar deste comportamento um tanto quanto invasivo, vale a pena prestar mais atenção a esta folhagem com pequenos pompons rosados.

Como seu nome popular já indica, o tapete inglês é uma planta de porte herbáceo e reptante, que se espalha horizontalmente, com bastante rapidez, razão pela qual é frequentemente utilizada como forração, em vasos, canteiros e jardins.

Uma outra forma de cultivo do tapete inglês, menos comum, é em vasos suspensos, onde a planta adquire o aspecto pendente.

Além das delicadas inflorescências rosadas, em formato esférico, outra marca registrada do tapete-inglês fica por conta das folhas, em um tom bem fechado de verde, que tende ao castanho.

Ao contrário do que seu nome popular possa sugerir, a espécie Polygonum capitatum, é exótica, originária de países asiáticos, tais como China e Índia. A planta pertence à família botânica Polygonaceae, a mesma do amor-agarradinho – Antigonon leptopus.

A planta tapete-inglês pode ser cultivada sob sol pleno ou em ambientes de meia sombra, em que apenas algumas horas de sol direto por dia são disponibilizadas, geralmente no início da manhã ou no final da tarde.

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Como uma regra geral, quanto mais luz a planta receber, mais abundantes serão suas florações, que podem ocorrer ao longo de todo o ano. No entanto, é comum que o surgimento de flores diminua durante os meses mais frios, no inverno.

Em áreas externas, como quintais e jardins, recomenda-se que o tapete-inglês seja plantado em canteiros elevados, vasos ou jardineiras, de modo que o crescimento da planta possa ser contido por uma barreira física. Caso contrário, é grande a tendência de que ela se espalhe por todos os lados, tornando-se uma praga de difícil controle.

Por este motivo, é interessante cultivar o tapete-inglês em vasos, dentro de casas e apartamentos, como uma planta de interiores, ainda que esta não seja a situação mais usual.

Particularmente, eu acho interessante a idéia de cultivar certas plantas consideradas ervas daninhas como exemplares ornamentais. No caso do tapete-inglês, é importante que o vaso fique localizado em um local que receba bastante luz. Floreiras na parte externa das janelas, além de sacadas e coberturas, são lugares perfeitos para abrigar o Polygonum capitatum.

Apesar de ser bastante resistente e crescer, literalmente, em qualquer lugar, o tapete-inglês aprecia um solo mais rico em matéria orgânica, mantido sempre levemente úmido.

Quando cultivado em vasos, é importante que estes tenham um bom sistema de drenagem, com furos no fundo e uma camada de cacos de telha, brita ou argila expandida. Sendo que os vasos de barro tendem a secar mais rapidamente, o ideal é dar preferência aos recipientes de plástico, que ajudam a conservar a umidade do solo por períodos mais prolongados.

Caso o substrato permaneça seco por muito tempo, a folhagem do tapete inglês tende a desmaiar, da mesma forma que costuma fazer o lírio-da-paz (Spathiphvllum wallissi). No entanto, basta uma rega generosa para que estas plantas se restabeleçam, em questão de horas.

A propagação do tapete-inglês é muito rápida e tranquila. Estes ramos podados enraízam-se com bastante facilidade, gerando novas plantas em pouco tempo.

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Outra forma bastante frequente de multiplicação da planta é através de sementes. As inflorescências, quando polinizadas, produzem milhares de sementes minúsculas, que são dispersas pelo vento. Mesmo no cultivo doméstico, é muito comum que várias delas germinem espontaneamente, nos vasos, canteiros e jardins. É por este motivo que a planta se alastra com tanta facilidade.

Apesar de ser quase indestrutível, o tapete-inglês não se dá muito bem com os extremos de temperatura. Tanto o calor intenso como o frio congelante são prejudiciais ao desenvolvimento da planta.

Esta é uma espécie que se desenvolve melhor em locais de cimas amenos, tipicamente subtropicais.

Ainda que seja considerado mato por muitos, o tapete-inglês é uma planta ornamental pela qual eu gosto muito, por sua resistência, impossibilidade de matar, facilidade de cultivo, além de suas delicadas inflorescências em forma de esferas rosadas.

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Aqueles que convivem com animais de estimação logo aprendem que pequenos sinais corporais, como um movimento de orelha ou o balançar de uma cauda, traduzem perfeitamente os sentimentos e pensamentos destes entes queridos. Com as nossas orquídeas, as coisas não são diferentes.

Embora mais discretas e silenciosas, estas fascinantes criaturas estão constantemente dialogando conosco, relatando suas alegrias e dificuldades, através de seus componentes físicos.

Sophronitis Cernua

Entender os sinais que as orquídeas emitem, através de folhas murchas ou amareladas, pseudobulbos enrugados ou raízes secas, é de suma importância para que as devidas ações sejam tomadas a tempo de remediar a situação.

Algumas dicas de como interpretar os sinais que as folhas, raízes, pseudobulbos e flores de nossas orquídeas nos enviam diariamente, nesse texto serão encontradas.

De modo geral, a principal dúvida que assola o cultivador iniciante é o porquê de sua orquídea estar com as flores e folhas murchas. Existem algumas situações diferentes que causam este fenômeno, normais ou não, como veremos a seguir.

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Orquídea com flores murchas
Após a alegria de ganhar uma orquídea, geralmente uma Phalaenopsis, e apreciar a beleza das flores por alguns meses, pouco a pouco a pessoa vai percebendo que algo está errado.

O fato de as flores começarem a murchar e secar, para alguns iniciantes, costuma causar preocupação. No entanto, este é um fenômeno natural, que segue o ciclo de vida da orquídea. As flores murcham após terem cumprido seu papel.

Na eventualidade de serem polinizadas, produzirão frutos e sementes. Caso contrário, as flores murcham, secam e caem. No ano seguinte, uma nova floração surgirá.

A duração das flores varia de acordo com a espécie de orquídea. Algumas são famosas por durarem meses, como é o caso da Phalaenopsis. Outras duram poucos dias. Portanto, é importante saber o nome da orquídea que estamos cultivando, para adequar nossas expectativas.

A seguir, costuma surgir a dúvida sobre o que fazer com a haste floral. Para dar informações sobre este tema, leia no artigo abaixo:

Orquídeas com folhas murchas e enrugadas
Prosseguindo nos cuidados habituais, é frequente que a pessoa comece a sentir que sua orquídea está murchando. Este fato, infelizmente, é muito observado em orquídeas do gênero Phalaenopsis.

Suas folhas, outrora carnudas e suculentas, começam a perder o viço e tornam-se meio amolecidas. Também é possível notar que as folhas estão enrugando. É neste ponto que o sinal amarelo acende-se, desta vez, com razão.

Folhas moles, murchas e enrugadas são um grande sinal de preocupação. Elas indicam que a orquídea está se desidratando, perdendo água através de suas folhas, em um ritmo maior do que suas raízes conseguem captar. É nesta hora que um equívoco por parte do cultivador iniciante pode piorar a situação.

Por acreditar que a orquídea está murchando por falta de água, a pessoa passa a regá-la com mais frequência. E, no entanto, as folhas continuam a enrugar e amolecer, em ritmo até mais acelerado.

O que acontece, de fato, é que as raízes estão apodrecendo por excesso de água, não por falta. Paradoxalmente, as folhas da orquídea murcham e se desidratam devido à quantidade exagerada de regas, não pela falta delas.

Para consertar a situação, o ideal é diminuir a frequência das regas. Concomitantemente, é importante colocar a orquídea em um local mais sombreado, protegido do sol direto e de ventos excessivos.

De suma importância é fornecer altos níveis de umidade relativa do ar, o que não significa dar mais água. O ambiente em torno da orquídea deve ser úmido, o que pode ser conseguido através de umidificadores de ar, fontes de água próximas ou bandejas umidificadoras.

Caso a situação seja grave e as folhas estejam muito murchas e enrugadas, é bom desenvasar a orquídea e observar o estado das raízes. Caso não tenham salvação, uma saída é recorrer à técnica de UTI de orquídeas, geralmente feita de forma caseira em garrafas plásticas. Nem sempre funciona e é meio arriscado, mas é uma última tentativa.

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Orquídeas com crescimento acelerado
Por vezes, assistimos orgulhosos ao crescimento vigoroso e bastante rápido de uma orquídea, sem suspeitarmos que algo de errado possa estar acontecendo. Quando submetidos a pouca luz, ou em ausência total dela, os vegetais sofrem um processo denominado estiolamento.

Todos os seus componentes, caule, folhas e pseudobulbos, passam a se alongar aceleradamente, em busca de luz. Como resultado, estas estruturas estioladas tornam-se frágeis e delgadas, devido ao seu crescimento anormal. Observamos este fenômeno claramente quando cultivamos uma planta suculenta, que gosta de sol pleno, em local muito sombreado.

Nas orquídeas, o mesmo fenômeno ocorre. Portanto, toda vez que verificarmos folhas e pseudobulbos muito finos e compridos, é bom atentarmos para a quantidade de luz que a planta está recebendo.

Cada gênero de orquídea requer um nível diferente de luminosidade para um bom desenvolvimento e floração. Por isso, é importante que todas as nossas plantas sejam corretamente identificada, para podermos pesquisar suas necessidades de cultivo.

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As cores das folhas das orquídeas
Ainda em relação à luminosidade, outra mensagem clara que as orquídeas nos enviam vem através da coloração de suas folhas. A principal fonte de preocupação dos iniciantes é quanto ao fato de as folhas de suas orquídeas estarem amarelando.

Podemos observar uma grande variabilidade de tons de verde, que podem chegar até o amarelado, de acordo com os níveis de luz que a orquídea recebe. Por outro lado, cada orquídea tem sua cor característica, própria de cada espécie.

Como existe uma grande variação individual nos tons de verde das folhas de cada orquídea, bem como seus híbridos, novamente é importante sabermos sua identificação, para averiguarmos se aquela coloração é normal e saudável.

De modo geral, o tom de verde ideal é aquele que se aproxima à cor da alface, nem muito escuro, nem muito claro. Orquídeas com as folhas em um verde muito escuro, via de regra, estão recebendo menos luz do que deveriam.

No outro extremo, um verde muito claro ou amarelado pode ser sinal de excesso de luminosidade. Há ainda aquelas folhas que podem apresentar tons avermelhados, devido aos pigmentos coloridos que suas flores possuem.

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Orquídeas com pseudobulbos enrugados
Este é um sinal que costuma ser mal interpretado. Orquídeas com os pseudobulbos em forma de cana, como as do gênero Dendrobium, costumam perder todas as folhas, tornando-se completamente secas e enrugadas. Muitos acreditam que suas orquídeas estão doentes ou morrendo, mas trata-se de um fenômeno normal, que antecede a floração.

Portanto, neste caso específico, folhas amarelas, que estejam secando, caindo ou com manchas, não é sinal de que há algo de errado no cultivo da orquídea.

Outro processo que também assusta muita gente, mas é natural, consiste no enrugamento dos pseudobulbos mais antigos. À medida que a orquídea de crescimento simpodial avança pelo vaso, as estruturas mais antigas vão perdendo sua função e naturalmente acabam enrugando. As folhas caem e estes pseudobulbos por fim secam e morrem.

No entanto, quando este fenômeno ocorre com pseudobulbos mais novos, na linha de frente do crescimento da orquídea, é sinal de que algo vai mal. Aqui, mais uma vez, estas plantas costumam ser mal compreendidas.

As pessoas vêem a orquídea murchando e logo concluem que lhes falta água. Na maioria dos casos, está ocorrendo exatamente o inverso. Por excesso de água, as raízes acabam apodrecendo e morrendo, processo que leva à desidratação da planta, como já mencionado anteriormente.

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Orquídeas com raízes secas
Quando comecei a cuidar de orquídeas, o que mais me fascinava era observar o crescimento das raízes. Chegava a olhar várias vezes por dia. No entanto, o que me deixava frustradíssima era perceber que elas não costumavam ir muito longe. Após alguns centímetros de crescimento para fora do vaso, invariavelmente, aquela bela pontinha verde acabava secando.

Achava que era assim mesmo, até que visitei um orquidário de verdade, com a umidade relativa do ar em níveis corretos. Para minha surpresa, conheci Laelias e Cattleyas em vasos suspensos, ostentando raízes que iam até o chão.

Mais compridas do que as de muitas Vandas que vi por aí. O segredo é que elas só se desenvolvem adequadamente quando os níveis de umidade relativa do ar estão acima de 60%. No apartamento, como é difícil controlar este parâmetro, as raízes só se desenvolvem enterradas no substrato.

Outro fator que prejudica o desenvolvimento das raízes de orquídeas é o excesso de adubação química. Os sais acumulados queimam as pontas verdes em crescimento. Os adubos orgânicos, por serem muito concentrados, também podem queimar estas estruturas, quando em contato direto com as mesmas.

Além disso, se plantamos nossas orquídeas muito soltas no vaso, permitindo que balancem, acabamos impedindo que as raízes progridam. Na fase inicial do desenvolvimento, as pontas verdes destas estruturas são muito frágeis. O constante atrito com o substrato faz com que elas sequem e parem de crescer.

Por fim, o grande inimigo mortal de todas as raízes de orquídeas é o excesso de água, como já enfatizado nas seções anteriores. Na natureza, as orquídeas de hábito epífito, que vivem sobre outras plantas, estão com as raízes permanentemente descobertas, aderidas aos troncos das árvores.

Nesta condição, elas têm a possibilidade de captar a umidade do ambiente, ao mesmo tempo que podem secar rapidamente, após uma chuva. No cultivo doméstico, principalmente quando as orquídeas são cultivadas em vasos, com as raízes abafadas pelo substrato, há o perigo de o excesso de regas causar o apodrecimento destas estruturas.

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Orquídeas com manchas nas folhas
Nem todas as manchas nas folhas de nossas orquídeas são sinais de doenças. Existem máculas perfeitamente normais, como as pintas vermelhas que surgem nas orquídeas cujas flores têm um colorido mais intenso. Esta pigmentação da flor também se revela nas folhas, pseudobulbos e pontas das raízes, principalmente quando expostas a altos níveis de luminosidade.

Outro sinal bastante comum, infelizmente, é aquele causado pela exposição excessiva da orquídea ao sol. Neste caso, as folhas adquirem inicialmente um aspecto esbranquiçado, que com o tempo vai se tornando mais escuro.

A aparência é típica de queimadura, mas pode ser confundida com um ataque de fungos. O fato é que a lesão causada pelos raios solares acaba abrindo as portas para que infestações oportunistas se instalem na folha.

Insetos, tanto os sugadores quanto os raspadores, também costumam causar grandes estragos às folhas das orquídeas. A lista é interminável: pulgão, cochonilha, tenthecoris, tripes, lagartas, etc. Os ácaros, embora não sejam insetos – são parentes das aranhas e carrapatos – também causam lesões na superfície da folha e são difíceis de serem identificados, devido ao seu tamanho microscópico.

Por fim, existe uma legião de fungos, bactérias e vírus que podem deixar suas marcas e malefícios nas nossas orquídeas. Para saber exatamente do que se trata, somente com a ajuda de um profissional da área, o engenheiro agrônomo. Também é ele a pessoa credenciada para receitar os medicamentos apropriados para cada situação.

Existe também uma série de sintomas causados por deficiência ou excesso de nutrientes. No entanto, estes sinais são mais complexos e geralmente são corrigidos por profissionais. Se fornecermos uma adubação balanceada, os riscos de que estes problemas aconteçam são mínimos.

Em resumo, nem sempre flores e folhas murchas, amarelando, secando ou caindo são motivo para preocupação. É importante que saibamos distinguir quando estes fenômenos são normais, fisiologicamente falando, ou quando são consequência de alguma anomalia ou equívoco no nosso cultivo.

Muitos afirmam que é necessário falar com as plantas, para que elas cresçam e floresçam. Há até quem toque música para elas, jurando que este procedimento melhora a produção de frutos e flores.

Não sei se é verdade. O que posso afirmar, com certeza, é que o inverso é verdadeiro. Elas é que falam, com toda a certeza. Talvez não possamos ouvir, mas o fato é que as orquídeas estão constantemente emitindo sinais visíveis sobre seu estado de saúde. Cabe a nós tentarmos compreender esta linguagem, de modo a corrigir nossas falhas e aprimorar nosso cultivo.

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