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planta murcha

Algumas vezes, em sua vida, você já matou algumas plantas? Se a resposta é “sim”, este artigo é mesmo para si. Aqui você vai saber que é muito mais fácil do que parece cultivar as suas plantas, basta ter alguns cuidados e alguns conhecimentos básicos.

São muitas as razões porque matamos as plantas. Mas para facilitar a sua manutenção e para evitar alguns dos erros mais comuns (como em tudo na vida é mais fácil evitar um erro do que remendá-lo) deixo aqui alguns dos erros mais comuns e formas de os evitar ou emendar.

Escolher as plantas erradas
Quantas vezes não chegamos ao viveiro e escolhemos ao acaso plantas lindas e depois não sabemos como cuidar delas? Não significa que as plantas que escolhemos sejam de má qualidade (o que também pode acontecer) ou difíceis de manter.

Significa apenas que muitas vezes compramos plantas que desconhecemos, que não sabemos como funcionam ao nível do seu ciclo de vida, período de floração e/ou frutificação, plantas cujas necessidades em termos de luz, solo e água não sabemos e depois tudo corre mal…

Como as expectativas que tínhamos para aquela planta não se cumprem desistimos e acabamos por deixar morrer. Devemos evitar comprar plantas muito sensíveis ou exigentes que não se dão bem em vasos ou em floreiras.

Como evitar este erro
Devemos sempre conhecer as plantas que compramos, qual o seu ciclo de vida (se são anuais, vivazes ou perenes), se funcionam bem em vaso, se aguentam estar ao sol, se preferem sombra, qual o período e duração da floração (no caso desta ser significativa). Quanto mais informações tivermos maior será o sucesso na manutenção da planta.

Pode dar-se o caso de não ser por culpa nossa, a morte das plantas. Há plantas muito sensíveis que não gostam mesmo de estar em vasos e floreiras e que não se adaptam às condições que temos para lhes oferecer.

planta murcha

Não mudar a planta de vaso
Muitas vezes as plantas que compramos estão no limite da sua capacidade de crescimento no vaso em que se encontram. Quantas vezes não deixamos as plantas no vaso em que as compramos meses a fio e depois ficamos muito admirados se morrem?

Na maior parte das vezes a planta necessita ser mudada de vaso quando chega a casa (não é necessário ser no próprio dia), pois ela precisa de um substrato adequado às suas necessidades de desenvolvimento que na maior parte das vezes não é aquele em que a planta está envasada.

Por outro lado, a planta precisa de espaço para crescer e desenvolver o seu sistema radicular, o que permitirá que se alimente em condições e passe a ter um crescimento saudável. Por vezes compramos as plantas por impulso e não temos em casa vaso nem floreira, nem substrato para ela e ficamos à espera de voltar ao viveiro para comprar.

Como evitar este erro
O ideal é quando compramos a planta comprarmos logo o substrato e o recipiente, no entanto convém ter sempre um pequeno stock (10-15l). São sacos pequenos que se arrumam em qualquer lado. Se não quisermos comprar recipientes, podemos reciclar algum que tenhamos em casa.

Caixas de madeira, cestos ou sacos de tela dos supermercados podem ser uma solução para quem não quer gastar muito dinheiro. O recipiente que escolhermos para a planta deve ser maior que aquele onde a planta está. Apenas mais 2 a 3 cm de diâmetro ou comprimento bastam.

No prazo de 4-5 dias devemos mudar a planta para um vaso maior e colocar-lhe um bom substrato. A planta deve sempre ficar a mesma altura que está no vaso, nem mais enterrada nem menos e não se esqueça da drenagem.

planta murcha

Escolher o substrato errado
Na hora de escolher o substrato não escolha um qualquer. Informe-se! Nem sempre o mais barato é a escolha mais inteligente.Este é um erro comum. Muitas vezes por falta de conhecimento.

Tal como as pessoas e os animais, as plantas são seres vivos que nascem, crescem e morrem e que precisam de se alimentar. As plantas podem ter necessidades diferentes em termos de substrato; há plantas que se desenvolvem melhor em terras ácidas, outras que necessitam de mais matéria orgânica e outras ainda que necessitam de substratos mais pobres.

Como evitar este erro
Para escolhermos o substrato adequado devemos saber que tipo de planta estamos escolhendo e utilizar um substrato em que ela se desenvolva adequadamente. Há substratos no mercado para tudo: hortícolas, cactos e suculentas, aromáticas, plantas acidófilas, plantas de flor, frutos, etc.

Se vai colocar no mesmo vaso duas plantas diferentes, por exemplo, uma aromática e uma hortícola, opte pelo substrato mais exigente que neste caso é o das hortícolas. O melhor mesmo é nunca juntar no mesmo vaso plantas com necessidades de substrato muito diferentes.

Utilizar uma fertilização errada ou em excesso
Muitas vezes a tendência é se a planta está com mau aspecto coloca-se adubo. Muitas vezes ao adubarmos “forçamos” o crescimento da planta e esta fica mais sensível a pragas e doenças.

O excesso de adubos pode mesmo “envenenar “ a planta e ela acabar por morrer, pois podemos saturar o substrato com sais.

As plantas em vaso precisam efetivamente de ser fertilizadas. Para tal podemos optar por adubos ou fertilizantes naturais como o húmus de minhoca. No caso do adubo, devemos perceber o que contém, para que serve e quantas vezes o devemos aplicar.

Muitas vezes adubamos a planta no período em que esta está em repouso vegetativo, quando cresce menos não porque esteja fraca ou doente mas sim porque está em “período de descanso”. Nesta fase a planta não precisa de fertilizantes, precisa de menos água e menos horas de sol, é o ciclo natural das plantas.

Como evitar este erro
Podemos diminuir a necessidade de fertilização se, ao plantar, colocarmos um bom substrato e optarmos por colocar composto, húmus de minhoca ou algum substrato novo regularmente.

Quando plantar, fertilize com húmus de minhoca ou com um adubo orgânico que permita que a planta vá utilizando os nutrientes à medida que vai precisando. A cada nove meses deve voltar a fertilizar. No caso de hortícolas e fruteiras poderá ter de fertilizar mais para garantir boas colheitas (uma vez por mês no período de produção).

Muitas vezes os substratos já são fertilizados e aí só precisamos fertilizar seis a nove meses depois. Um bom substrato poupa muitas fertilizações.

Não fertilize no inverno, mesmo que não faça mal à planta colocar adubo, vai ser inútil, pois como a planta está numa fase de repouso não vai utilizá-lo.

planta murcha

Plantar na estação errada
Muitas vezes queremos plantar naquele dia ou semana “aquela planta” que vimos no viveiro, na revista, no blog. Recebo muitas perguntas em relação às épocas de plantação, nomeadamente dos bulbos de inverno (tulipas, crocus, frésias, jacintos, narcisos, etc). Estas nunca devem ser plantadas no verão, precisam de frio para quebrar a dormência e germinarem, logo se comprarmos bulbos de inverno na primavera só os podemos plantar no outono quando já estiver algum frio.

Devemos informar-nos sobre a época das plantas. No caso das hortícolas é absolutamente indispensável saber quais as hortícolas da estação quente e quais as hortícolas da estação fria.

Em relação às flores de época a mesma coisa, embora possam existir nos viveiros flores “fora da época” assim como há “fruta e legumes fora da época”. Isto não significa que elas aguentem no exterior. São plantas criadas em estufa com todas as condições controladas e cujas florações e frutificações são forçadas.

Como evitar o erro
A maior parte das plantas vivazes (cujo ciclo de vida é de três anos ou mais) devem ser plantadas preferencialmente no outono ou na primavera. Em relação às plantas anuais de flor, temos de ter em atenção que há as de floração de outono/inverno (que devem ser plantadas no início do outono) tais como amores-perfeitos, calceolárias, margaridas-do-campo, prímulas, e as de floração de Primavera/verão, que devem ser plantadas no final da primavera, tais como petúnias, begônias, portulacas, cosmos.

Regar de forma errada
Para um jardim em vasos, a rega é a tarefa que consome mais tempo (se não quiser investir num pequeno sistema de rega gota-a-gota). Não nos devemos esquecer que em vaso ou floreira as plantas necessitam de mais água do que quando em terreno livre, pois os seus sistemas radiculares são menores e é aí que a planta acumula água. Deve ter alguns cuidados a regar, e sempre que rega com regador plantas pequenas e frágeis deve faze-lo colocando um “bico de chuveiro” no seu regador.

Regue preferencialmente na terra (substrato) e não as folhas. As sementeiras devem ser regadas com um pulverizador.

Regar a mais
Está provado que esta é a maior causa de morte nas plantas. As plantas precisam de água mas também de ar perto das raízes. Se existir água em excesso as plantas morrem por asfixia radicular.

Como evitar este erro
Regar apenas quando o solo está seco, verificar com um pau ou com o dedo nos 3-4 cm superficiais.

Ter em atenção os sinais que a planta nos dá. Se aparecem fungos ou se as folhas começarem a ficar de um verde mais claro ou amareladas podem ser sinais de excesso de água. Nestes casos deixar de regar durante alguns dias e em caso extremos mudar para um outro vaso com novo substrato e drenagem assegurada.

planta murcha

Regar a menos
As plantas precisam em absoluto de água para viver. Devemos ter atenção e nos dias de mais calor regá-las abundantemente e sempre no final do dia ou início da manhã.

Como evitar este erro
Aprender a perceber os sinais das plantas (folhas caídas e engelhadas… não falha) e regá-las antes que seja tarde demais. Se perceber que regou mas a água não saiu pelo prato, regue até esta começar a aparecer e depois pare. Regue sempre que o substrato estiver seco.

Falta de drenagem
A falta de drenagem mata muitas plantas, até porque se não há drenagem eficiente qualquer água em excesso se torna muito mais grave pois não tem por onde sair.

O sucesso das plantas começa da forma como se faz a drenagem e como se plantam o resto é só manter.

Muitas vezes os vasos não têm orifício de drenagem, acumulando água no fundo o que provoca asfixia radicular.

Como evitar o erro
Este é dos erros mais fáceis de evitar, basta furar o vaso se este não vem furado e colocar no fundo uma camada drenante em argila expandida (leca), brita ou cacos de barro de outros vasos, depois convém colocar por cima uma manta geotêxtil (ou à falta desta filtros do café abertos a cobrir toda a superfície), esta operação confere uma melhor drenagem e uma maior longevidade ao substrato que desta forma não é arrastado com tanta facilidade, tem ainda a vantagem da água que eventualmente poderá escorrer ser limpa.

luminosidade

Colocar a planta nas condições erradas de luz
As plantas têm necessidades diferentes de luz e sol. Ao colocá-las nas condições erradas, elas podem não se desenvolver em condições saudáveis, desenvolver pragas e doenças e acabar por morrer.

Este é um erro muito comum. Por exemplo, as hortícolas e aromáticas em geral precisam de pelo menos cinco horas de sol direto por dia para produzirem em condições.

Há plantas como as hortênsias, azaleias, jarros, etc que preferem poucas horas de sol direto e aguentam menos horas de luz. Nenhuma planta sobrevive sem pelo menos 3-4 horas de luz por dia.

Com evitar este erro
Este erro evita-se de duas formas, primeiro avaliando as condições de luz e sol que temos disponíveis e depois utilizando plantas que se adaptem as estas condições. Lutar contra a natureza é sempre uma tarefa inglória e se há tanta variedade de plantas, adaptadas a todo o tipo de situação (exceto a casas de banho interiores sem luz natural, aí só plantas artificiais)

Sujeitar a planta a stress
Todos nós já cometemos este erro. Comprar uma planta de manhã ou à hora de almoço (que vimos na florista perto do emprego e que até estava à porta do lado de fora), levamo-la para o emprego e ali passa ela todo o dia.

Depois voltamos para casa com ela no carro ou nos transportes sujeita a variações de temperatura, luz, correntes de ar, apertões e empurrões… Chegamos a casa e deixamo-la em qualquer sitio muitas vezes até enfiada no celofane em que a trouxemos da loja. Depois admiramo-nos que a desgraçada lhe comecem a cair as folhas e que morra.

Como evitar este erro
Não se esqueça que as plantas são seres vivos e evite comprá-las por impulso. Se por acaso o fizermos e as sujeitamos a todo este stress, quando chegamos a casa devemos retirar o celofane (não a mudar logo de vaso pois senão é ainda mais um stress), devemos regá-la bem, pulverizá-la e colocá-la num local com a luz e temperatura aconselhados.

Muitas vezes as plantas trazem umas etiquetas que nos ajudam e muito a cuidar delas, não deite fora a etiqueta.

Se a planta se estiver a adaptar bem, dois ou três dias depois pode então mudá-la para um vaso maior utilizando um substrato adequado para ela.

Nas plantas de interior, durante o inverno reduzir as pulverizações com água

Muitas vezes no verão está calor e por isso temos a tendência natural para de vez em quando pulverizarmos as nossas plantas de interior, no inverno como está frio nem nos lembramos. Acontece que uma casa aquecida é quase um deserto em termos de secura do ar.

Como evitar este erro
Não se esqueça de pulverizar as suas plantas de interior no inverno (se estas estão em locais aquecidas da casa).

planta interna

Jogar fora plantas que achamos que morreram (mas são vivazes)
Quando temos uma planta nova devemos ter o cuidado de saber como é o seu ciclo de vida. Pode ser anual (cujo ciclo de vida se cumpre num ano, como os amores-perfeitos, petúnias, manjericão, etc.); pode ser perene (cujo ciclo de vida dura 3 ou mais anos – arbustos e herbáceas como malmequeres, alfazemas, etc.) ou então podem ser plantas vivazes, cuja parte aérea desaparece no inverno e volta a aparecer na primavera ou no verão (caso do lótus, jarros, peônias).

Como evitar este erro
Saber o ciclo de vida da planta, para não corrermos o erro de deitar fora uma planta que não morreu.

Quando muda de vaso muda para um vaso grande demais
Pelo menos no final de dois ou três anos vamos ter de mudar as plantas de vaso. Muitas vezes temos a tendência, quando mudamos a planta de vaso , mudá-la para um vaso muito maior, pois achamos que desta forma tão cedo não vamos ter o trabalho de a mudar novamente.

O que pode acontecer é que ao mudar para um vaso ou floreira muito maior, vamos ter de colocar muito substrato novo (que é fofo e arejado). Pode dar-se o caso de a planta ficar com as raízes muito “soltas” com muito espaço livre e correr o risco que encharquem com mais facilidade. A planta pode não enraizar e vir a sofrer de asfixia radicular.

Como evitar este erro
Quando mudar de vaso, mude apenas para um vaso ligeiramente maior e utilize um substrato igual ao que tem no vaso de onde vai mudar a planta e adequado ao tipo de planta que estamos a cultivar.

Não controlar as pragas e as doenças adequadamente
As plantas em casa, na varanda ou no terraço têm menos probabilidades de terem pragas (animais normalmente pequenos, que aparecem em grande número e que provocam danos nas plantas) e doenças (podem ser provocadas por bactérias, vírus ou fungos), pois o ambiente é mais controlado.

Devemos ter o cuidado de comprar plantas saudáveis, atenção aos sinais quando as estamos a escolher. Manchas, pintas, pontas secas etc. nunca são bom indício.

Muitas vezes a tendência é atacar com químicos que nem sempre são os mais indicados. No caso de hortícolas e aromáticas são totalmente desaconselhados.

Como evitar este erro
Para evitar grande parte dos problemas gerados pelas pragas e doenças, nada como prevenir.

Pelo menos de 15 em 15 dias observe com atenção as suas plantas, assim evitará muitos problemas.

Remova as folhas e as flores secas e com manchas pois podem contribuir para o aparecimento de pragas e doenças. Quando retirar as flores secas retire também os caules onde estão as flores e onde não vai haver mais floração.

Nas plantas e interior não são muito comuns as pragas e as doenças. No entanto, por vezes o excesso de água (erro muito comum) pode estimular o aparecimento de fungos ou bactérias prejudiciais.

Muitas vezes as plantas aparentemente doentes não têm pragas nem doenças, apenas carências nutritivas, falta ou excesso de água, calor a mais ou a menos, luz a mais ou a menos, umidade a mais ou a menos.

Com o tempo vai começar a conhecer as suas plantas e a saber como lidar com elas.

Grande parte das pragas e doenças podem ser evitadas se as plantas estiverem nas condições ideais de luz e temperatura, se estiverem “bem alimentadas” com substrato e fertilizações adequadas e se tiverem a quantidade de água que necessitam.

luz

Como recuperar plantas murchas
Apesar de serem tomados todos esses cuidados acima descritos, as plantas acabam adoecendo, e quando a sua planta mostrar sinais que algo está errado com o seu desenvolvimento, e ficar murcha, é importante que você tome algumas atitudes para tentar recuperar a saúde, beleza e vigor de sua planta, como:
* Com o auxilio de uma tesoura apropriada para a poda, corte todas as folhas e flores que estiverem murchas, ressecadas ou queimadas. Essa tesoura pode ser adquirida em qualquer loja de artigos para jardinagem ou em floriculturas;

* Faça a limpeza do solo onde a sua planta está sendo cultivada, elimine todos os matos e ervas daninhas que cresceram (elimine os matos e ervas daninhas pela raiz para que não nasçam novamente) e limpe as folhas da planta com um pano ligeiramente úmido;

* Depois de realizar a limpeza das folhas, chega o momento de dar água a planta. Porém não é simplesmente colocar água na planta, o ideal é que seja colocada uma mistura de água com vitaminas para cada tipo de planta, desta maneira a sua planta voltará a ficar bonita e vigorosa com maior velocidade;

* Não se esqueça que a água tirada direto da torneira tem alta concentração de cloro, o que pode ser prejudicial para plantas mais sensíveis, por isso, é sugerido que essa mistura seja feita com água filtrada;

* Cuidado com as regas, pois a baixa quantidade de água resulta em plantas murchas e secas, portanto verifique se a planta e o solo não estão secos e providencie a rega com a quantidade de água apropriada;

* Cuidado com o excesso de água, que também pode causar a murcha da planta. Verifique se a o solo não está encharcado, e caso necessite, pare com as regas por um determinado período. Verifique se o solo não está com dificuldades de drenagem;

* Cuidado com a exposição a luz solar, verifique quais são as necessidades da planta cultivada, e caso esteja havendo excessos ou ausência da exposição ao sol, mude a planta de lugar;

* Cuidado com o excesso de calor, pois cada planta tem uma temperatura média ideal. A temperatura elevada causa a murcha de folhas e caules.

pombos

Cereus-repandus

Propagação vegetal de cactos.
Reprodução pelo método da estaquia.

– Para se fazer mudas de cactos, o método menos demorado para ver os resultados,  é o da estaquia.

– Estaquia são pedaços da planta matriz ou, aproveitamento dos filhotes que brotam desta planta mãe.

– Para esse método é preciso alguns cuidados básicos:

-Ao cortar a estaca, o tecido cortado fica lesado, e antes de entrar em contato com a terra do substrato, é preciso que ele cicatrize, evitando assim,  a sua podridão por  eventuais ataques de fungos e bactérias.

– Para isso é preciso deixá-lo em bandejas à sombra, em local protegido de umidade, até a formação de uma película protetora, cobrindo totalmente a parte cortada.

cacto

– Uma vez cicatrizada a ferida, a estaca já estará pronta  para ser colocada num substrato feito com areia, casca de arroz carbonizada ou perlita.

– Depois das estacas colocadas nesse substrato, cobri-las  com plástico e manter mais ou menos constante a umidade.

– Quando notar que  as estacas enraizaram, transplantá-las em vasos  individuais, tomando o cuidado de não enterrá-las  mais que quatro cm de profundidade, isto para as estacas grandes.

– O substrato poderá ser feito com cascas de arroz carbonizada, areia ou pó de coco, mantidos levemente umedecidos.

– Nesta fase, quanto maior for a estaca, menor a umidade que ela irá requerer, pois sendo de grandes proporções, terá reservas  de água suficientes em seus tecidos, até o seu brotamento.

cacto-parafuso

Modo de preparar:
– Cheio os vasos com o substrato mencionados, Fazer um sulco com os dedos e colocar a estaca, sem  apertar muito, apenas fixando-a.

– Para melhorar a sustentação da planta. Distribuir na superfície do substrato,  uma camada de cascalho fino,  (esses utilizados nos fundos dos aquários).  O cascalho além  de melhorar a fixação da planta , irá ajudar na aeração  do solo e poupará a perda de água por evaporação.

– Evitando também a formação de acúmulos de água junto ao pé da planta, o que propicia o desenvolvimento de podridão do colo, uma doença fatal para os cactos.

Adubação:
– A adubação deverá ser realizada uma vez por mês.

– Poderá ser feita com adubo foliar ou granulado.

– Porém, se utilizar adubo granulado, este deverá ser totalmente dissolvido em água antes da aspersão, pois os grânulos do adubo em contato com as raízes, ou mesmo com a membrana do tronco dos cactos, fazem com que esses, por serem muitos sensíveis às concentrações dos sais minerais dos fertilizantes, venham sofrer queimaduras e mortes.

cactos

Pragas mais comuns:
Insetos costumam atacar e devorar os cactos, em viveiros e jardins:
Cochonilhas – Aplicar óleo de nim ou chá da alamanda.

Ácaro vermelho – Aplicar óleo de nim ou chá da alamanda.

Caracóis e lesmas – Usar iscas para lesmas, encontradas em lojas que vendem produtos veterinários.

Nota: A incidência maior desses ataques ocorre juntamente como o período chuvoso.

flores-e-chuva

plantas suculentas

Para quem não sabe, todo cacto é uma suculenta, mas nem toda suculenta é um cacto. Os cactos e suculentas podem se dividir em plantas de deserto que gostam de sol e plantas de floresta que preferem sombra e umidade.

São mais de 20 mil espécies de suculentas e quase 2 mil espécies de cactos espalhados pelo mundo. No Brasil temos registro de mais de 100 variedades de suculentas de diversas cores e formatos. Montei um curso especialmente para os admiradores de suculentas iniciantes.

Vamos aprender a montar um vaso corretamente, escolher o melhor ambiente, regar sem erro, fazer a manutenção do vaso, identificar pragas e fazer suas primeiras mudas.

Primeiro passo -  a escolha do vaso

vaso de barro
Vasos de barro:
São ótimos e as suculentas adoram, mas em climas mais secos as regas devem acontecer com mais frequência porque esse material é muito permeável e absorve muito mais água. Com o tempo eles ficam meio feinhos do lado de fora, mas se você não se importar com sua aparência rústica, acredito ser uma excelente escolha.

fibra de coco

Vasos de fibra de coco: É um produto 100% natural e biodegradável, tem estrutura porosa que permite a passagem de ar até o substrato beneficiando as raízes. Atua como regulador térmico, ótimo para plantas que ficam expostas ao sol. É leve e tem alta durabilidade. Já ouvi dizer que as plantas ficam mais bonitas e tem um maior crescimento nesse tipo de vaso.

vaso de vidro

Vasos de vidro: Ficam lindos para montar um arranjo e enfeitar a casa, mas a longo prazo as suculentas acabam morrendo. Apesar de serem bonitos presentes eu não recomendo vasos de vidro nem mistura de espécies, cada planta tem uma necessidade diferente de rega, sol e crescimento, se você quer ter plantas saudáveis e felizes escolha outro material.

vaso de plástico

Vasos de plástico: Todas as mudas vêm em vasos de plástico e devem ser replantadas num vaso maior o quanto antes. Vasos de plástico não são ruins, eles são relativamente baratos, ótimos para quem tem muitas plantas, devem ter furos para o escoamento da água e serem escuros para proteger as raízes da claridade, quebram com o tempo, principalmente quando expostos ao sol direto e devem ser reciclados sempre.

substrato

Segundo passo – o substrato
Existem várias receitas de substrato. A minha receita favorita vai:
* 2 partes de terra rica em matéria orgânica;}
* 1 parte de areia de construção;
* 1 parte de húmus de minhoca

Misture tudo e use nos vasos de suculentas. Se sua região for mais chuvosa e fria, use um pouco mais de areia para que seu vaso tenha uma melhor drenagem. É necessário que a terra seja leve e quando apertada com as mãos não forme torrões. Esse substrato deve ser trocado anualmente.

drenagem

Terceiro passo – a drenagem
Após ter escolhido o vaso e preparado o substrato, chegou a hora de montar a camada de drenagem. Para um vaso menor use pedriscos no fundo, para um vaso maior use argila expandida, não demais, apenas uma camada.

Por cima coloque um pedaço de manta de bidim ou um tecido de algodão branco que seja permeável, ele vai evitar que a terra vá embora toda vez que você regar sua suculenta, esse tecido pode ser substituído por uma camadinha de areia de construção, nunca use a de praia, ela possui sal e matará suas plantas.

Coloque terra até a metade do vaso, tire a muda do vasinho com cuidado, apertando as laterais e preservando o torrão. Centralize e preencha de terra o vaso. Não coloque terra demais, deixe um espaço de um a dois dedos da borda (dependendo do tamanho do vaso) para que a água não escorra por cima durante a rega.

Quarto passo -  a cobertura
É importante cobrir a terra com uma cobertura natural como a casca de pinus e a palha de arroz. É muito comum vermos pedrinhas brancas por cima da terra das suculentas, elas são realmente muito bonitas, mas não fazem bem às plantas. Prefira pedras de rio, são melhores.

Benefícios de uma boa cobertura natural
* Ajuda a conservar a umidade da terra, evitando que a superfície da terra seque;
* Elimina o crescimento de ervas daninhas e musgo;
* Reduz a erosão do solo;
* Evita que respingue água nas plantas durante a rega.

Sol e iluminação
A maioria das suculentas precisa de sol pleno para seu bom desenvolvimento, pelo menos 3 horas de sol direto, enquanto outras espécies se desenvolvem melhor em ambientes bem iluminados, mas sem exposição direta ao sol.

Um ambiente bem ventilado também é essencial para a boa saúde das plantas, janelas, varandas e sacadas são os melhores locais para se manter cactos e suculentas que gostam de sol. Evite deixá-las em banheiros ou estantes longe da claridade por muito tempo.

Suculentas que se tornam compridas e com folhas bem separadas sofrem com falta de luz solar. A planta saudável é bem compacta. Se a sua tiver essa aparência, leve-a para um outro ambiente com bastante sol para que ela não perca seu formato natural.

Plantas que recebem mais sol do que precisam, podem sofrer mudança na coloração das folhas, deformação e até morrer, fique atento.

rega

Regas
Suculentas são plantas capazes de armazenar umidade no tecido carnudo de seus caules, folhas e raízes. Elas desenvolveram sistemas de redução de perda de água. Em condições adversas, interrompem seu crescimento e ficam inativas. É mais fácil matá-las pelo excesso de água do que pela falta.

A periodicidade das regas vai depender do clima da região, da estação do ano, da umidade do ar, do tipo de vaso em que estão plantadas, do solo, entre outros fatores.

Por isso é tão difícil especificar uma frequência, a dica de ouro das regas é, coloque o dedo na terra, se estiver seca e solta, está na hora de regar. Para vasos pequenos ou de difícil acesso, use uma seringa. Para vasos maiores use um regador com bico fino, facilmente encontrado em mercados e lojas do ramo.

No deserto, chove muito em poucos dias, depois passa-se muito tempo sem chuva, use esse raciocínio nas regas, molhe bem a terra e só volte a regar quando a terra estiver bem seca, não use pratinhos, a água precisa molhar a terra e ir embora, mas sem empossar.

Muito cuidado para não molhar as folhas, a água entre as folhas pode fazer com que elas apodreçam. Prefira regar pela manhã, nunca quando o sol estiver forte ou a noite. É preferível não regar do que regar nesses períodos.

manutenção

Manutenção
Para ter suculentas saudáveis você precisa observá-las com frequência, não leva muito tempo, mas faz uma diferença enorme. A planta mostra o que precisa e você só saberá interpretar os sinais se conhecê-la bem. Se as folhas estiverem enrugadas e murchas, provavelmente precisam de mais água, se estiverem moles e amareladas, pode ser excesso de água.

As folhas e ramos secos ou danificados são uma porta de entrada para doenças e infecções. Remova essas partes com uma pinça longa. Caso um ramo quebre, passe um pouco de canela em pó para que cicatrize melhor.

O substrato deve ser trocado anualmente e de preferência, replante-a num vaso maior. Fique atento a presença de bichinhos, manchas nas folhas, escurecimentos do caule, entre outras anormalidades pois, são sinais de que a planta está com problemas.

Ao lidar com cactos, tome muito cuidado com os espinhos e não deixe ao alcance de crianças. Para retirar espinhos pequenos das mãos, use fita adesiva. Se for replantar um cacto, use uma luva própria ou uma tira de jornal dobrado para segurá-lo.

pragas

Pragas
Plantas cultivadas em condições deficientes podem ser atacados por pragas. Falta de luz, excesso de água, má ventilação e solo desequilibrado são alguns dos fatores que contribuem para que as suculentas sejam atacadas por fungos, pulgões e cochonilhas. Essas pragas sempre estão acompanhadas de formigas, então fique atento.

Pulgões atacam novos brotos, arranque-os e limpe o local com um cotonete úmido, passe canela na parte ferida. Cochonilhas tem diferentes aparências, a mais comum é parecida com pequenas bolinhas de algodão, retire tudo o que conseguir com a ajuda de um cotonete úmido, verifique se não tem nenhuma no vaso, passe um pano embebido em vinagre branco na parte de fora do vaso.

É muito importante que as plantas sejam separadas das demais enquanto estiverem em tratamento. Use óleo de neem para combater pulgões e cochonilhas. Siga as orientações de uso do fabricante e nunca use sob sol forte. Lembre-se que uma infestação é muito mais fácil de controlar quando se está no começo.

Fungos deixam as folhas moles e escurecidas, se isso acontecer, corte a área saudável e replante num outro vaso, a mantenha isolada por algum tempo até que você tenha certeza de que está tudo bem, descarte o antigo substrato e áreas afetadas da planta.

Quando fizer uma poda, use canela em pó para ajudar na cicatrização, basta jogar um pouco na parte cortada, sempre use uma tesoura limpa e afiada para o procedimento. Existe também o sulfato de cobre para combater os fungos, deve ser aplicado diluído conforme as especificações do fabricante e sempre no final do dia.

Tome cuidado com as regas e mantenha a sua planta em local bem iluminado, ventilado e com pelo menos 3 horas de sol por dia.

mudas

mudas de suculenta

Mudas
Colete folhas de suculentas e coloque-as sob uma mistura de terra e areia em partes iguais. Não é preciso enterrar as folhas, apenas as mantenha sob a terra. Coloque-as em local bem iluminado e arejado, protegidos do sol e da chuva.

Não regue na primeira semana. Nas semanas seguintes, use um conta-gotas para realizar as regas 2 vezes por semana, somente na parte enraizada da folha. Quando a planta filha surgir e estiver forte e cheia de raízes, replante-a num vaso maior.

Se sua suculenta der mudas, corte-as com uma tesoura limpa e jogue um pouco de pó de canela sob os cortes, o caule deve ter aproximadamente 3 dedos de comprimento. Deixe-as secar a sombra por 2 dias e só depois coloque-as na terra.

Regue somente na semana seguinte, usando uma seringa, cuidado para não colocar muita água. Quando as mudas estiverem bem enraizadas (após 2 meses mais ou menos), passe-as para um vaso maior.

passarinho

samambaia_havaiana

A mini-samambaia havaiana e da espécie Nephrolepis e ela faz parte da família das Davalliaceae.

Possui pelo menos 30 espécies e dessas, são tão comuns que passaram a ser tratadas como ervas daninhas. Pois não precisa de muito para que elas se espalhem no solo, basta que ele seja ligeiramente ácido e tenha boa concentração de umidade. Outro requisito que faz com que esse crescimento seja acelerado é que ela esteja em meia sombra, mas o sol pleno e sombra total não impede que elas cresçam.

A mini samambaia-havaiana é na verdade, uma variação da Marisa, porém, ela tornou-se mais popular que a espécie da qual é originária e no Brasil, entre as samambaias miniatura é mais cultivada.

A mini samambaia-havaiana precisa ficar em um substrato entre 30 a 60 cm para que se desenvolva bem e que seja um solo com composto orgânico e boa terra. A sua propagação poderá ser feita através de semente ou por muda. Ela gosta de meia sombra e precisa de muita água. Adianto que a mini-samambaia-havaiana pode ser plantada em qualquer época do ano e não possui flor e nem perfume.

Nephrolepis_exaltata

A reprodução
As plantas da família da qual faz parte a mini-samambaia-havaiana se reproduzem através da divisão dos rizomas, que se apresentam como caules bem “peludos” ou que às vezes possuem muitos esporos. Eles são aqueles pontinhos na cor marrom que estão bem embaixo das folhas. Quando são colocados em solo úmido, rico em nutrientes e fofo, em bem pouco tempo surgem as mudas.

A mini-samambaia-havaiana é excelente para colocar em ambientes internos ou fora, em lugares com meia sombra, porém, é importante que ela esteja em lugares sem correntes de vento. O lugar também deve ser ventilado e de preferência que entre muita luz natural, mas nunca deve ficar exposta ao sol direto.

Outro detalhe importante é que essa samambaia gosta de adubo orgânico, como saquinhos usados de chá, borra de café, casca de ovos trituradas, entre outros. O ideal é usar uma vez por semana qualquer tipo de adubo caseiro e em seguida, regar a planta.


samambaia-havaiana

O cultivo dentro de apartamentos
Quem não tem jardim e mora em apartamento sabe como não é fácil encontrar plantas que fiquem bem nesse tipo de ambiente. Mas, a mini-samambaia-havaiana é uma boa opção, ela tem uma aparência bem bacana é pequena e fica bem sob o ambiente do apartamento.

Além disso, é uma ótima opção para quem tem pouco tempo, pois exige menos cuidados. Para ela crescer bonita é só deixá-la em um lugar bem iluminado. O que não quer dizer que os cuidados básicos que se deve ter com uma planta podem ser ignorados.

A rega é de extrema importância, como é para qualquer planta, pois através da rega é que ela fará o processo e terá os nutrientes que precisa. A frequência é garantir que a terra permaneça úmida sempre. O vaso deve ter terra orgânica e não deixe a sua samambaia exposta diretamente aos raios solares, que acabam queimando as folhas.

Como cuidar da mini-samabaia-havaiana
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Deixe a sua mini-samambaia em um lugar que seja bem iluminado.
* O vaso ideal para se cultivar a mini-samambaia deve ser largo e raso, para que ela cresça sem problemas.
* A terra tem que ser rica em material orgânico.
* A rega deve garantir que ela ficará com a terra úmida sempre.

* A mini-samambaia deve ficar longe de crianças e animais domésticos e longe de local de passagem para não ser danificada.

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Sobre a iluminação correta
Quem gosta de plantas sabe que elas necessitam de luz para crescerem fortes e saudáveis, porém, algumas precisam dela diretamente e outras não, a mini-samambaia entra no segundo caso. Deixe-a dentro de casa sempre perto da janela, mas onde os raios do sol não alcancem.

Os melhores lugares são aqueles abertos e cobertos, como as varandas de apartamento.

Cuidado somente para que não se trate de um lugar que chegue muito vento, ela também não gosta de corrente de ar. Além de não tolerar mudanças de temperatura muita bruscas.

Falando sobre a rega e solo
A planta precisa de muita água, mas temos que tomar cuidado para não colocar demais e a melhor maneira de ter certeza se é necessário mais água é testando a terra com o dedo. Se ela estiver úmida não é necessário molhar novamente.

O solo deve ser rico em matéria orgânica, neste ambiente ela se desenvolve melhor. Compre uma muda e plante, lembrando do tamanho do vaso, largo e fundo e use uma boa mistura de materiais orgânicos.

A mini-samambaia não gosta de mudanças
Não fique trocando a sua planta de lugar, ela não gosta. Depois que ela estiver por um tempo em um determinado lugar, evite de trocá-la, esse tipo de planta não gosta disso.

Para o adubo, use sempre aqueles apropriados para samambaias e deve ser sempre aplicado diretamente no substrato.

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