Preste atenção nas orquídeas que crescem no habitat natural, você vai perceber que na maior parte das vezes elas se desenvolvem nas proximidades de forquilhas e bifurcações de galhos. Já reparou nisto?
O motivo é que exatamente nestes locais sempre acaba se acumulando detritos de origem vegetal como sementes, casca, pequenos frutos, folhas, etc. Também ali se acumulam detritos de origem animal como excrementos, cartilagens, cascas de ovos, insetos mortos entre outros.
Estes detritos depois de algum tempo se decompõe e se transformam em nutrientes que serão aproveitados também pelas orquídeas, principalmente através de suas raízes mas também através de suas folhas.
Já quando cultivamos as orquídeas em nossa casa elas não possuem este recurso natural e precisamos utilizar de adubos para suprir estas necessidades da planta.
Adubos para orquídeas
As orquídeas necessitam de cerca 13 elementos químicos para ter uma vida saudável. Três destes elementos elas dependem bem mais e por isto são chamados de macronutrientes primários, são eles:
Nitrogênio (N); Fósforo (P); Potássio (K).
Muitos cultivadores acabam chamando o adubo químico de NPK sem saber o motivo, agora você sabe que se trata dos macronutrientes primários.
Estes nutrientes são geralmente indicados em fertilizantes como uma relação numérica como 30-10-10, 20-20-20 (este números indicam o percentual de cada um destes elementos na formulação do adubo).
Tipos de adubos
De forma muito simples podemos dizer que um fertilizante é qualquer substância, natural ou manufaturada que, acrescentada ao substrato, incremente o desenvolvimento das plantas. É algo que a planta utiliza para se fortalecer.
Naquilo que se refere à origem destes nutrientes podemos dividir em 2 grandes categorias: orgânicos e inorgânicos (químicos).
Adubos orgânicos
Referem-se aos nutrientes contidos nos produtos que são derivados somente a partir dos restos ou um subproduto de um organismo.
Farelo de algodão, farinha de sangue, emulsão de peixe, esterco e lodo de esgoto são exemplos de adubos orgânicos.
Os nutrientes em adubos orgânicos dependem dos organismos do solo para processá-los. Eles se tornam mais eficazes apenas quando o solo é úmido e quente, o que é necessário para os microrganismos ficarem ativos.
Os nutrientes são libertados pela atividade microbiana durante um longo período de tempo. A desvantagem, portanto, é que fertilizantes orgânicos podem não dispensar os nutrientes necessários durante o tempo em que eles são necessitados pela planta para o seu crescimento.
O ideal é aplicar este tipo de adubo em períodos espaçados de tempo, eu uso uma receita caseira especial a cada 3 meses, mas o tempo em si varia pelo tipo de elemento que você usa. A frequência sempre aparece na embalagem do produto.
Dica: os fertilizantes orgânicos são mais úteis durante os meses de verão, mas não são tão eficazes durante os meses mais frios.
Adubos inorgânicos
São os fertilizantes químicos ou sintéticos que libertam rapidamente nitrogênio no solo, e são diferentes dos fertilizantes orgânicos, tais como estrume, que liberta nitrogênio mais lentamente à medida que ele se decompõe.
Por esta razão se pode aplicar mais frequentemente este tipo de adubo (eu uso a frequência de 2 luas, ou 14 dias). As instruções da embalagem porém devem
ser seguidas à risca para que nenhuma planta seja prejudicada, ou mesmo morta.
Como dissemos anteriormente, este tipo de fertilizante é conhecido como NPK por causa dos macronutrientes primários como Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K).
Como saber q o percentual de cada elemento?
A planta vive momentos distintos, em alguns períodos precisa de mais alimento do que outros. Você deve ter a percepção do momento correto de modificar um pouco a composição do adubo.
Nitrogênio (N) por exemplo é o componente essencial das proteínas e clorofila, e é necessário para o crescimento vegetativo intenso. Uma dose bem aplicada de nitrogênio deixa as folhas das orquídeas mais carnudas e com um verde mais intenso.
A falta desse elemento inibe os processos vegetativos, reduzindo o tamanho das folhas e dando-lhes uma cor verde-amarelada. Se você perceber este sinal pode ser o caso de aumentar o nitrogênio na formulação.
Já quando a planta está recebendo nitrogênio em excesso isto acaba estimulando demais o crescimento, tornando os tecidos vegetais flácidos e sem resistência para enfrentar o ataque de pragas e doenças.
Mais dicas essenciais
Esta aula acabou sendo um pouquinho mais longa do que o normal mas estes conceitos de que conversamos são pelo menos a base para que você precisa ter para diferenciar os tipo de adubos e não poderiam faltar em nosso cursinho gratuito.
Para aqueles que desejam se aprofundar nesta parte de adubos eu passo dicas de melhores adubos para cada período de crescimento (plantas jovens, adultas, em flor, que não conseguem florir).
Aquelas dicas sobre o nitrogênio (sinais que a planta dá quando precisa mais ou menos) eu também trato em detalhes sobre outros 12 elementos químicos, qual a influência de cada um deles e quais os sinais de que estão em excesso ou falta na planta (Fósforo, potássio, cálcio, magnésio, zinco, etc..) assim você sabe exatamente quanto variar um pouco.