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Será que existe o solo perfeito, equilibrado, rico? Embora possam existir jardins onde o solo é perfeito, muitos jardineiros quando começam encontram condições terríveis: compra-se o lote de terreno, constrói-se a casa e quando tudo parece pronto para tornar aquele pequeno local no jardim dos nossos sonhos, eis que se percebe que o que até aqui era terra “normal” à vista desarmada, não passa de amontoado de entulho, pedra, argila, areia ou que há acidez em excesso.

Transformar um solo pobre num solo preparado para o crescimento saudável de uma planta não é uma tarefa tão difícil quanto se possa imaginar, desde que se compreenda quais são as componentes de um solo saudável. E é disso que trata este artigo.

O solo é basicamente constituído por partículas provenientes da erosão de rochas e por matéria orgânica. Mas a verdadeira “magia” por detrás de um solo rico são os organismos vivos – pequenos animais, vermes, insetos e micróbios – que se multiplicam apenas e só quando um solo é saudável e equilibrado.

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Minerais
Em regra quase metade do solo no seu jardim é constituído por pequenas partículas inorgânicas, resultantes de rochas que com o tempo se vão partindo em pedaços cada vez mais pequenos, principalmente devido aos fatores da erosão (vento, chuva, frio, calor e elementos químicos e biológicos naturais).

A característica básica de um solo depende muito do tamanho e da proporção destas matérias inorgânicas: a areia tem partículas maiores, o lodo tem partículas médias e o barro tem partículas muito pequenas. A quantidade de cada um destes componentes num pedaço de terra determina a textura desse solo e afeta de forma determinante a capacidade de drenagem, interferindo com a retenção dos nutrientes e em consequência, com a riqueza do mesmo solo.

matéria orgânica

Matéria orgânica
Trata-se dos resíduos decompostos de organismos e das plantas que entretanto chegam ao fim do seu ciclo, tal como folhas, ramos, liquens, musgos e outros tipos de matéria vegetal. Embora só constituam 5 a 10% de um solo, são absolutamente essenciais ao seu equilíbrio.

São estes materiais orgânicos que “colam” as partículas do solo umas às outras e as transformam em torrões ou grãos porosos, permitindo que o ar e a água circulem, constituindo o meio favorável ao processo vegetativo. A matéria orgânica que retém a umidade (quase 90% do peso de húmus é água) é ainda capaz de absorver e armazenar os nutrientes necessários. Acima de tudo, a matéria orgânica alimenta os micro organismos e as outras formas de vida existentes no solo, tornando-o “vivo”.

Conhecendo isto, você pode acrescentar a quantidade de matéria orgânica necessária, juntando por exemplo estrume animal, folhas secas, vegetais de cozinha, matos verdes, capim ou madeiras trituradas. Dado que a maior parte do solo “vivo” e das raízes se encontra nos 30 cm superiores do solo, concentre-se nesta porção do terreno e melhore-o gradualmente.

Mas não exagere na quantidade de materiais com elevado teor de hidrocarbonetos (palha, folhas, lascas de madeira, porque os micro organismos tenderão a consumir elevados teores de nitrogênio para digerir estes materiais e por essa razão, este elemento, que é essencial à saúde das  plantas, em breve desaparecerá do seu solo.

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Solo Vivo
As bactérias, os fungos, os protozoários e nematóides,  bactérias, minhocas e outras pequenas criaturas que habitam num solo saudável, são essenciais para o crescimento das plantas, pois ajudam a converter a matéria orgânica e os minerais do solo em vitaminas, hormônios e outros componentes que evitam doenças e acrescentam nutrientes próprios para a alimentação.

As secreções que digerem contribuem também para unir as diversas partículas entre si, o que permite que um solo solto e arenoso se transforme num agregado consistente.

Uma das principais funções de um jardineiro é criar as condições ideais para que estes organismos vivos cumpram a sua tarefa, providenciando fontes de alimento abundante (carboidratos de matéria orgânica), oxigênio (presente num solo bem arejado) e água suficiente.

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Ar
Cerca de 25% de um solo saudável contem ar. Todos os organismos que habitam no solo necessitam de ar para viver, sendo crucial ainda para a produção de nitrogênio atmosférico utilizado pelas plantas.

Um solo bem arejado é constituído por espaços porosos entre as suas partículas, mas não em demasia, pois nesse caso o processo de decomposição das matérias orgânicas acelera, tornando-as ineficientes. Assim, um solo com pequenas partículas – por vezes tão pequenas que não permitem que o ar sequer penetre – terá menos quantidade de ar e é barrento ou lodoso. Um solo com partículas maiores, como a areia,  terá muito ar e retém pouca água.

Para garantir que o solo do seu jardim possui uma quantidade equilibrada de oxigênio, junte bastante matéria orgânica e evite pisar ou calcar com equipamento muito pesado nos locais onde as plantas irão ser colocadas, para não o compactar demasiado. Nunca trabalhe o solo enquanto estiver muito úmido.

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Água
Os restantes 25% do solo são de água. Assim como o ar, a água encontra-se nos espaços porosos das partículas do solo. Se as partículas forem maiores, a água (da chuva e das regas) escorre para o subsolo, ajudando a alimentar as raízes. No caso dos solos arenosos, os espaços entre as partículas são tão grandes que a força de gravidade faz com que a água se escoe excessivamente depressa sem permitir alimentar a raiz da planta e secando rapidamente.

Quando as partículas são médias, a água circula no sentido descendente e volta a subir sozinha através do sistema capilar, não se perdendo no subsolo. Por outro lado, o que se passa em solos demasiado úmidos é que a água enche completamente os espaços porosos expulsando o ar neles existente. Deste modo, os organismos vivos sufocam e as raízes apodrecem.

Numa situação ideal, deve coexistir uma combinação de espaços porosos médios e pequenos com uma dose equilibrada de matéria orgânica, o que estimulará a formação de torrões de solo, ou de terra solta capaz de incentivar a existência de organismos vivos e o crescimento vegetativo.

Quando conseguir que estes cinco elementos (minerais, matéria orgânica, micro organismos, ar e água) se conjuguem de forma equilibrada no seu solo, você terá um jardim não só mais saudável como mais produtivo. Se não sabe que tipo de solo tem, terá que fazer um teste.

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prímulas

Todos os paisagistas ou entusiastas pela jardinagem sabem que um canto escuro pode beneficiar-se com um toque de cor. Transforme um escuro e úmido canto de jardim em pontos brilhantes de cores com os tons luminosos das prímulas.

As prímulas perenes florescem numa ampla gama de roxos, amarelos, rosas e brancos. As prímulas florescem no início e a meados da primavera. As prímulas são normalmente as primeiras flores a florescer na primavera.

São plantas herbáceas, que não possuem caules, por isso são chamadas de acules, originárias da China e atingem de 15 a 20 cm de altura. Suas folhas lembram o formato de corações ou são arredondadas e possuem pelos irritantes na frente e no verso.

As inflorescências são grandes, compostas por flores sustentadas por uma longa haste floral que fica acima da folhagem, formando um buquê. As flores surgem no final do inverno e na primavera, são numerosas, simples ou dobradas, e delicadamente perfumadas, em uma grande variedade de tonalidades de rosa, lilás, roxo, laranja, salmão e branco. Geralmente suas flores têm cores mais suaves, se comparadas com as da espécie Primula x polyantha.

Estas prímulas de flores grandes e vistosas, emolduradas pela folhagem verde aveludada, formam lindos buquês, perfeitos para decorar a casa.

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Cultivo
São cultivadas em vasos e jardineiras, em locais protegidos ou em grupos, formando conjuntos em canteiros à meia sombra. Criam um clima romântico com suas flores em tons pastéis.

Apesar de originalmente perenes, elas deve ser tratadas como anuais, pois perdem a beleza após o florescimento e suas próximas florações dificilmente serão tão exuberantes como a primeira.

Esta espécie de prímula é considerada tóxica, e sua manipulação pode provocar irritação na pele e mucosas em pessoas sensíveis. Por isso evite deixar a planta ao alcance de crianças e animais domésticos.

Deve ser cultivada a meia-sombra. Conheça outras plantas que também gostam de meia sombra. Gostam de solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e mantido úmido.

A prímula é uma planta de clima temperado e subtropical, mas pode ser conduzida em regiões tropicais em ambientes frescos e protegidos do sol forte.

Multiplica-se por sementes postas a germinar no final do verão, início do outono, para florescer no inverno e primavera.

Para prolongar a floração e a saúde da planta é recomendável remover as flores murchas e adubar regularmente. As prímulas são plantas sensíveis. Elas não gostam de falta de água nem de excesso. Também não gostam de ar-condicionado nem de geadas.

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Para plantá-las é só seguir os passos:
Cave vales para as prímulas, com 12 centímetros de profundidade e 10 centímetros de largura. À medida que cava, solte o solo ao longo dos lados do vale.

Retire a planta do vaso, vire para trás e acerte a borda sobre a superfície dura. Solte as raízes com os dedos.

Umedeça bem a terra da raiz da prímula. Cobra a área com uma camada fina de aparas de madeira. As prímulas devem ser regadas regularmente, durante o tempo seco, de modo a que o solo fique sempre úmido.

Acrescente duas xícaras de ambos os compostos desfiados e misturados com o solo. Adicione um copo de água para garantir que tudo fique bem misturado.

Plante a prímula à mesma altura que estava no pote. Coloque-a no centro do vale. Despeje a terra ao redor da planta.

Pressione um pouco a terra para que as raízes cresçam bem e regue a um pouco a prímula.

Importante
* Cubra as Prímulas com ramos de abeto e outono e uma camada de matéria orgânica pesada nas zonas de inverno frio para protegê-las do mau tempo.

nostalgia

miltoniaregnellii branca

Miltonia regnellii é uma espécie de orquídea terrestre pertencente à família das Orquidáceas.

Esta espécie é natural da Serra do Mar de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, onde vegeta de forma epífita em locais de alta luminosidade, mas protegida dos raios solares diretos.

Pode ser encontrada em regiões de clima tropical e subtropical, sempre em altitudes entre o nível do mar e 1200 m, embora sua preferência seja pela região serrana, a 800 m de altitude.

As plantas florescem de janeiro a maio na natureza, e entre agosto e outubro nos cultivos. A inflorescência é do tipo arqueada e racemosa, podendo chegar a 40 cm de comprimento, suportando normalmente entre 3 e 10 flores de 5 a 7 cm de diâmetro, com as pétalas e sépalas de cor branca, o labelo tem cor que varia de rosa a púrpura.

Crescem em condições intermediárias com luz moderada durante o verão, e alta luminosidade durante o inverno. Durante o período de vegetação, a alta umidade é essencial para o êxito do cultivo.

Os vasos não devem secar-se por completo e devem ter suficiente drenagem para evitar o apodrecimento da raiz. Deve borrifar as plantas com frequência, se possível pela manhã para imitar o nevoeiro do habitat natural.

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Planta de médio porte e crescimento simpodial e que forma grandes touceiras. Apresentam rizoma vigoroso com raízes velamentosas. Os pseudobulbos são alongados, podendo chegar a 10 cm de comprimento, achatados lateralmente e comprimidos e bifoliados. As folhas são longas, lineares e acuminadas.

A inflorescência é do tipo arqueada e racemosa, podendo chegar a 40 cm de comprimento, suportando normalmente entre 3 e 10 flores de 5 a 7 cm de diâmetro.

Estas flores são lindas e suavemente perfumadas. Pétalas e sépalas brancas e labelo arredondado de cor varia do rosa ao púrpura.

Existem ainda algumas variedades, como a alba, totalmente branca, e a citrina, com pétalas e sépalas amarelas.

As plantas florescem de janeiro a maio na natureza, e entre agosto e outubro nos cultivos. As inflorescências possuem normalmente de 4 a 5 flores perfumadas, e estas tem 6,5 cm de diâmetro com as pétalas e sépalas de cor branca, o labelo tem cor que varia de rosa a púrpura.

Existe uma variedade mais escura que foi descrita como var. purpurea.

miltonia-regnellii

Crescem em condições intermediárias com luz moderada durante o verão, e alta luminosidade durante o inverno. Durante o período de vegetação, a alta umidade é essencial para o êxito do cultivo.

Se a Miltonia regnellii for cultivada em árvores, dê preferência aos galhos grossos próximos ao tronco, com casca rugosa.

Se plantadas em vasos estes não devem secar-se por completo e devem ter suficiente drenagem para evitar o apodrecimento da raiz. Deve borrifar as plantas com frequência, se possível pela manhã para imitar o nevoeiro do habitat natural.

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Arundo-donax

Espécie de planta pertencente à família Poaceae, nativa do sul e este da Ásia, e da bacia do Mediterrâneo. Não confundir com a “cana-da-india” originária da China e de nome científico Phyllostachys bambusoides.

Cresce por volta dos 4 m a 6 m, raramente passando dos 10 m, com ramos ocos de 2 a 3 cm de diâmetro. As folhas variam entre os 30 a 60 cm de comprimento e entre 2 a 6 cm de largura, de tonalidade verde-acizentado, cujas bases apresentam tufos.

Sua flor brota no verão, nas seções elevadas da planta, com 40 a 60 cm de comprimento, e cujas sementes raramente são férteis. Por outro lado, essa planta reproduz-se por meio de rizomas subterrâneos.

Os rizomas são rijos e fibrosos, aparentando nós, a dispersando-se pelo solo a até 1m de profundidade, compondo uma rígida base à cana-do-reino. Acredita-se que seja uma evolução a adequar-se às enchentes frequentes das regiões onde cresce, as quais poderiam enfraquecer e arrancar a planta.

Sua alta taxa de crescimento (5 cm por dia na primavera) requer grandes quantidades de água, disputando cada centímetro de solo com outras espécies vegetais locais.

Cana-do-reino

Cultivo e usos
A cana-do-reino tem sido cultivada pela Ásia (especialmente os Orientes Próximo e Médio), sul da Europa e norte da África por milênios. Tem sido usada na fabricação de varas-de-pescar, bengalas e papel. É ainda utilizada para suporte de  trepadeiras em vasos.

Tornou-se popular como planta ornamental e passou a ser cultivada também para a produção de palhetas musicais. A omissão em seu controle a tornam uma espécie invasora de rápida proliferação, ampliando sua área. Também passou a ser cultivada na América do Sul e Austrália.

Cresce em solos úmidos, frescos ou moderadamente salinos, Ele foi amplamente plantado e naturalizado nas regiões temperadas, subtropicais e tropicais de ambos os hemisférios

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