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Bulbo de Amarílis

Desde que se respeitem algumas regras básicas, é fácil cultivar bulbos. Além do colorido e da variedade das espécies disponíveis que dão grande vivacidade a um jardim, alguns bulbos podem inclusive ser plantados em vasos ou em contentores e, obedecendo a algumas regras essenciais, chegam a florir dentro de casa.

Além de água, um bulbo não necessita de mais cuidados. Quando é de boa qualidade o bulbo contém dentro de si um mecanismo altamente desenvolvido de armazenagem de alimentos que, quando plantado no solo, o torna praticamente independente de tudo exceto de água.

Mesmo após um período longo de dormência, sujeito à seca, à geada ou ao calor intenso, na Primavera um bulbo volta à vida e frequentemente repete o seu ciclo vegetal, ano após ano. Os bulbos podem ainda ser utilizados ao longo de todo o ano, dependendo do tipo de bulbo, o que permite manter um jardim constantemente florido.

amarílis

Tipos de bulbos e época para plantação
Existem três tipos de bulbos, consoante a época em que dão flor: Bulbos de Primavera, de Verão e de Outono. Alguns são bem conhecidos de toda a gente, mas conhecer melhor o respectivo ciclo de vida permite-nos planear e organizar com maior eficiência  o seu cultivo e duração.

Os bulbos de Primavera mais populares são as Tulipas, os Narcisos, os Jacintos, os Crocus e os Alliums. Também os Amarílis e os Íris. Em comum, todos têm o facto de necessitarem de um período de frio debaixo do solo para que o relógio biológico inicie a contagem decrescente.

Por esta razão plantam-se no fim do Outono ou no início do Inverno, após terem permanecido uns dias guardados no frigorífico e passam todo o Inverno sem dar sinal de vida.

Quanto mais frio for o Inverno melhor para este tipo de bulbo. Em regiões de geada deve tapar-se o solo acima do bulbo com alguma proteção do tipo folhas secas, casca de pinheiro, etc.

Os bulbos de Verão são as Dálias, as Begônias, os Lírios, os Gladíolos e os Jarros. Plantam-se no fim da Primavera e dão flor alguns meses depois. Dão-se bem em geral em todo o tipo de climas, mas como são pouco resistentes às geadas e aos Invernos frios, nas regiões onde as temperaturas são mais baixas, tiram-se do jardim e guardam-se.

crocus

Depois da floração, espera-se até a folhagem ficar toda amarela, altura em que o bulbo armazena o alimento e só depois se cortam as folhas rentes ao solo. Tira-se o bulbo do chão e guarda-se num local fresco e seco, entre palha ou folhas secas, para voltar a ser enterrado na próxima estação.

O bulbo de Outono mais conhecido é o Crocus e planta-se no Verão. Quando todas as plantas de flor iniciam o seu repouso, este bulbo enche-se de cor dando vida ao jardim.

Como comprar?
Além de ser indispensável, respeitar o período indicado acima para plantar os bulbos, há ainda que conhecer a época em que devem ser comprados, para que não percam qualidades.

Leia sempre no verso da embalagem qual a melhor época para plantar, não guarde o bulbo em casa mais do que um ou dois meses e cumpra com as instruções indicadas.

O que fazer depois da floração?
A maior parte dos bulbos naturaliza-se e tornam-se plantas perenes, voltando a florir durante anos seguidos no mesmo local. Para que isso aconteça, as folhas devem cumprir o processo completo de fotossíntese e outros, que se destinam a armazenar o alimento necessário para que o bulbo se regenere.

Durante este processo nascerão novos pequenos bulbos embrionários junto do original. É um processo que ocorre durante as semanas que se seguem  ao desaparecimento da flor.

Esta a razão do porque as folhas não devem ser cortadas cedo demais e mesmo depois de terem desaparecido os bulbos que ficam no chão continuam o seu processo de recuperação para o próximo ciclo e não devem ser perturbados.

jacintos

Antes de cobri-los com terra, ponha uma tela (de galinheiro) que evitará danos involuntários ou os ataques de pequenos animais. Se necessário marque com uma etiqueta o local do bulbo, porque não vai ter sinal dele durante uma temporada longa.

Existe um relógio biológico que permite aos bulbos despertar todos os anos para um novo ciclo, criando raízes, rebentos e folhas, dando flor e morrendo para entrar em dormência novamente.

No caso do bulbo de Primavera, logo que é plantado no Outono inicia o processo de desenvolvimento embrionário das folhas e das flores, desenvolvendo rapidamente raízes e um caule, que cresce até ficar abaixo da superfície do solo, altura em que para de crescer por um tempo à medida que a temperatura exterior desce.

Quando a temperatura volta a subir, retoma o processo de desenvolvimento, rompe a superfície do solo, dá flor por um período de tempo relativamente curto e volta a morrer e a entrar em dormência.

Alguns bulbos conseguem armazenar nutrientes suficientes para alimentar não só a planta mas também a flor e as folhas durante todo o ciclo e por esta razão, alguns bulbos desenvolvem-se fora do solo, mesmo quando não foram convenientemente plantados na época própria. São quase auto suficientes.

Como forçar um bulbo para que dê flor
Do mesmo modo, se plantar, por exemplo, bulbos de Narcisos numa taça com água e alguns seixos, desenvolver-se-ão e darão flor, mas dado que o meio não lhes permite reconstituir o estoque de nutrientes, não darão flor na época seguinte. Podem até nem voltar a florir.

Os Jacintos são extraordinariamente aromáticos, podendo o perfume causar mal estar a algumas pessoas. Podem ser cultivados dentro de casa, em vasos baixos e largos, com uma mistura de terra e areia suficiente para desenvolverem raízes, produzindo um efeito muito decorativo em cima de uma mesa.

Pode ainda ser aplicada uma técnica para forçar a floração do Jacinto, cujo inconveniente é impedir que a planta volte a florir tão cedo.

tulipa

Como fazer
Coloque o bulbo num jarro pequeno com um gargalo estreito por forma a que o bulbo fique com a terça parte inferior dentro de água. Tape-o com um cartucho de papel pardo ou outro semelhante e deixe ficar guardado dentro de um armário num local escuro e protegido durante um tempo.

Periodicamente tire o cartucho e acrescente um pouco de água morna tendo cuidado para não perturbar as raízes nem molhar excessivamente o bulbo.

Verificará que as raízes romperão por volta da 4ª ou 5ª semana e que o caule ou “borboto” que lhe dará origem nascerá uns 15 dias depois, sensivelmente. Quando o caule atingir os 6 cm tire o cartucho e uma semana depois traga o bulbo para a luz, onde as folhas se desenvolverão.

Se tudo correr bem, em breve terá um magnífico “cacho” de lindas flores coloridas e cheias de perfume durante uns dez dias.

Este bulbo porém, não voltará a florir tão cedo, dado que foi forçado desta maneira.

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Lamprantus

O primeiro cuidado a ter, é comprar plantas com pequenas folhas a despontar em vez dos vasos carregados de flores que murcharão no curto prazo e deixarão de ter o que mostravam na loja: verá que se cuidar bem da sua nova aquisição, ela lhe fará companhia por muito mais tempo.

Não é tão imediatamente compensador mas no médio prazo sentimos estas plantas que se formam a partir dos nossos cuidados como nossas filhas, muito mais do que como “bibelots” caros e mal agradecidos.

Se seguiu esta orientação e comprou uma plantinha sã (espreite por baixo das folhas e junto ao caule e escrutine bichinhos ou poeiras suspeitas), a primeira coisa a fazer é estudar o meio onde vem plantada, que pode ser tudo menos o meio adequado ao seu desenvolvimento. Acreditem, há pessoas capazes de tudo para vender.

Assim sendo, aprenderá a reconhecer que cada planta tem necessidades específicas que começam pelo solo de onde retiram o alimento quotidiano. Em geral um bom conselho é ter um vaso com a mesma altura da planta, embora algumas plantas gostem de ter as raízes apertadas e em pouco espaço.

E o substrato deve em geral ter três componentes: terra normal para plantas, algum meio arenoso ou semelhante que permita drenar bem e alguma matéria orgânica para enriquecer o conjunto. Verifique qual a composição na etiqueta da embalagem.

Kalanchoe

Esta é uma regra perfeitamente válida: terra normal, areia e matéria orgânica. Mas atenção, cada caso é um caso e por exemplo os cactos necessitam de uma mistura com pouca matéria orgânica e mais areia que impede o solo de ficar excessivamente úmido e assim apodrecer as raízes e um frangipani tropical exigirá muito um solo constantemente fertilizado e muita, muita água e principalmente sol.

O sol é o segundo elemento fundamental depois de termos cuidado do tipo de solo. A luz natural é o instrumento que permite ou não o desenvolvimento adequado da nova plantinha, ou seja, terá que determinar qual das suas janelas está virada a norte e aí muito poucas plantas resistirão, sobretudo durante o inverno;  e também qual a que está mais exposta ao sol porque nela certamente só consegue fazer vingar cactos e pouco mais.

petúnia

Coloque-as num local arejado, sem correntes de ar e que seja luminoso. Mais luz que sol, é o segredo. Com luz a mais ficam muito verdes, com luz a menos ficam um pouco mais pálidas.

Depois do solo e do sol o mais importante é o alimento. Como regra, fertilize com moderação, todos os quinze dias, por exemplo, exceto no inverno quando não fertiliza nada ou fertiliza uma vez por mês no máximo.  Com o tempo vai habituar-se a olhar para as suas plantas e a reconhecer quando é que estão precisadas da sua atenção.

Mas que tipo de fertilizante usar? Em geral encontra-se tudo bem explicado nas embalagens, mas pode ficar com esta ideia geral: todos os fertilizantes têm no mínimo três componentes.

Um é o Azoto que alimenta as partes verdes; o Fósforo que alimenta as raízes e finalmente o Potássio que permite ter mais flores e frutos. Simples, não é? Bom, está simplificado. É claro que a maior parte dos produtos que encontramos à venda tem tudo isto e muito mais, mas isto é o fundamental para se saber nesta fase.

Finalmente, mas não menos importante: as Regas. Que fazer quando a planta murcha? Regar muito, pouco ou nada? Primeira coisa a fazer: nunca regar por forma a que água saia pela base do vaso e fique no prato por mais de três quartos de hora. Como em tudo há exceções, mas em termos gerais, mais vale água a menos do que água a mais.

crisântemo

A planta precisa de água quando a superfície do solo está seca. Se a terra está a despegar-se dos lados do vaso, a planta deve estar sequiosa. Nunca, mas nunca a deixe chegar a esse ponto. As plantas não merecem tanto desleixo e para além disso, mais vale deitar o seu dinheiro directamente no caixote do lixo que o resultado é o mesmo.

Tenha um pouco de atenção de quando em quando, se possível à mesma hora do mesmo dia da semana. Domingo de manhã é uma boa altura, mas se tiver mais tempo à noite também está bem.

De princípio regue só um pouquinho, aprenderá com o tempo  a avaliar qual a quantidade adequada, sobretudo se ao tocar com o dedo no solo verificar que este não está completamente seco desde que o regou na última semana.

Nunca misture plantas compradas num viveiro que não seja da sua extrema confiança, com outras que tenha já em casa e que estejam de boa saúde. Coloque as recém- chegadas num local à parte durante uns dias, para evitar eventuais contágios.

flores

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A origem da planta-aranha, também conhecida como planta das fitas, é o Japão, sendo nativa da ilha de Honshu, onde surge em florestas e encostas pouco úmidas. Pertence à família Cyperaceae.

As espécies ornamentais entretanto desenvolvidas – ou cultivares – foram selecionadas por jardineiros japoneses e encontram-se em muitos jardins do mundo inteiro e naturalmente.

Esta planta perene possui folhas compridas, espalmadas e finas, semelhantes a ervas alongadas e tem listas amarelas a todo o comprimento. Cresce a partir de um centro muito denso em forma de repuxo e pode ocupar 25 a 51 cm de largura, ramificando-se lentamente através de rizomas subterrâneos.

As folhas da são estreitas (0,6 cm) e podem atingir 25 a 38 cm de comprimento, curvando-se elegantemente desde o meio para os lados, formando um pitoresco ninho.

Esta espécie tem as folhas raiadas de amarelo no centro com uma margem verde escura, lançando flores na primavera, a partir do extremo de um caule amarelo fino ou haste, que se bifurca em vários outros caules triangulares, onde nascem folhas e flores brancas muito decorativas dispostas em jarra.

plantaranha

Cultivo
A planta-aranha gosta de um local com meio sol ou sombra leve, o que permite que os seus tons de verde e amarelo contrastem melhor. Em climas quentes podem crescer mais altas e delgadas do que o habitual.

Dão-se melhor em solos úmidos desde que com boa drenagem, de forma a não permitir a acumulação de água e o apodrecimento das raízes.

Em locais muito quentes a planta “queima-se” nas pontas das folhas com facilidade. Sua propagação é feita a partir dos rizomas da base, separando-se em várias mudas no fim do inverno ou princípio da primavera, distanciando-as no terreno umas das outras, pois em breve ocuparão três vezes mais espaço do que o inicial.

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É aconselhável espaçá-las umas das outras uns 40 a 50 cm. Os rizomas (raízes com aspecto de cabelos finos e delicados) têm no meio uma espécie de bolha comprida e transparente, que faz parte do sistema de propagação.

Podem também ser multiplicadas a partir de novos tufos de folhas que se criam no fim de cada haste, tendo o cuidado de deixar um pouco das raízes juntamente com a nova planta e de regá-la cuidadosamente nos primeiros tempos para se agarrarem melhor ao solo.

Aliás, quando não se cortam estas hastes e se deixam as plantinhas da ponta tocar o solo, estas podem enraizar facilmente no local onde se encontram o que é aconselhável um constante acompanhamento deste processo, pois obrigarão ao jardineiro que não pretende ter estas plantas por todo o jardim, a eliminar de vem em alguns destes filhotes da planta primitiva.

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Utilização|
O aspecto elegante desta planta, que se desenvolve rapidamente para os lados em forma de chuveiro, torna-a muito adaptada a sebes baixas ou em bordas de canteiros informais, junto a gramados, por exemplo.

Também se podem utilizar no meio de sebes verdes com outras plantas altas por detrás, para contraste de cor pela variedade das folhas verdes e amarelas. Num canteiro onde não se queira plantar flores, mas se pretenda ter o solo limpo e ocupado, pode ser usada como cobertura de solo.

Pode também ser pendurada num recipiente, com a folhagem dourada a cair para todos os lados, onde ocupará rapidamente o espaço à sua volta causando um efeito muito interessante.

Estas plantas quando cuidadas devidamente, garantem um aspecto sempre novo ao seu jardim. Porém, se deixadas crescer sem manutenção adequada, tanto em vasos como no solo, facilmente terão um aspecto descuidado e pouco atrativo.

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