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Aqui está, de um modo simplificado, dicas de cultivo visando o enfoque nos novos substratos que estão entrando no mercado atualmente.

Comecemos tratando de um gênero mais conhecido entre os orquidófilos e amadores que são as Cattleyas.

Luminosidade
As cattleyas de um modo geral podem sem cultivadas tanto em ambiente protegido como em telados, com algumas exceções com plantas amarelas que para florirem bem é melhor ser cultivada em ambiente protegido.

A quantidade ideal de luz para a maioria das cattleyas seria um sombreamento em torno de 60%. No mercado atualmente é possível comprar estas telas de sombreamento com esta malha facilmente.

Ainda dentro do fator luz, vai uma dica muito importante para quem gosta de sempre estar mexendo com suas plantas, tirando-as do lugar para olhar ou mesmo para curtir sua florada dentro de casa.

Nunca mude o vaso de posição após recolocá-lo na bancada, caso isto ocorra a planta irá sentir a diferença podendo não florir no ano seguinte.

Coloque sempre a frente da planta (o broto novo) para a direção do sol das 8:00 h, esta é a posição correta para uma melhor vegetação da mesma.

A cor ideal para a folha das cattleyas é o verde alface, caso a folha esteja muito escura a planta poderá vir a não florir.

A cor amarelada é sinal de excesso de luminosidade, podendo vir a queimar as folhas dando um aspecto feio e irreversível.

As dicas de cultivo acima são para plantas adultas, sendo que para seedlings é aconselhável uma tela de 70% para sua melhor vegetação.

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Regas
Normalmente a pergunta é sempre a mesma: quantas vezes devo molhar a planta por semana? Ou, devo molhar minhas plantas todos os dias?

Essas são as duvidas mais freqüentes entre os cultivadores de orquídeas! Mas a regra é básica…

Normalmente aconselha-se as pessoas a molharem suas plantas quando o substrato estiver seco, (não totalmente desidratado), é que tem pessoas que só molham suas plantas quando elas estão quase secando os pseudobulbos.

Então fica claro, se secar a cada 2 dias, deve-se molhar a plantas a cada 2 dias, se demorar 5 dias para secar, molha-se apenas quando estiver seca.

Mas o ideal é você colocar suas plantas aonde não demore muito para secar, pois isso é indicio que o local que estão suas plantas é um local de pouca ventilação, podendo acarretar doenças relacionadas à pouca ventilação.

O ideal é adotar o seguinte procedimento quanto às regas das plantas:

Molha-se as plantas quantas vezes secarem na semana (uma rega leve), e uma vez por semana uma rega mais rigorosa, deixando o vaso bem molhado.

Este tipo de procedimento vem nos trazendo bastantes benefícios a partir do momento que adotamos.

Então fica a critério de cada um qual procedimento adotar para suas plantas, mas desde que não fuja muito da rega.

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Adubação
1. Quando e como devo adubar minhas plantas?
2. Com que freqüência deverá ser feita?
3. Devo adubar nos meses frios do ano?
4. Posso adubar uma planta quando ela está com espata?
5. E quanto aos adubos orgânicos, devo usar?

Essas são algumas perguntas que os orquidófilos mais fazem quando se trata do fator adubação. Então vamos lá:

A questão de quando adubar uma planta varia de cultivador pra cultivador, não tendo rega geral nesse aspecto também. Muitas pessoas adubam mensal, outras quinzenal, semanal e assim por diante.

Dentre as circunstâncias que pudemos observar é o seguinte: A orquídea tem crescimento lento se comparado com outras plantas como o crisântemo, a violeta, dentre outras.

Então estamos fazendo adubações quase que diárias com dosagens bem homeopáticas, porque a planta “se alimenta” todo dia, mas em quantidades pequenas se comparado às outras plantas mais comuns.

Então temos que usar a dosagem indicada pelo fabricante do adubo e dividimos por 7 ou 10 a dosagem, exemplo: Se na embalagem do adubo marcar 2 gramas por litro, podemos pegar as mesmas 2 gramas e colocar em 7 ou 10 litros de água.

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* Como fazer esta adubação?
Ela poderá ser feita tanto com pulverizações como na rega diária, no nosso caso está sendo feita na rega diária, pois a planta não absorve apenas por via foliar, mas também pelo sistema radicular (raízes).

* Em que horário devemos adubar / molhar?
Este poderá ser feito na parte da manhã, principalmente nos dias frios, para a planta não dormir com os pés molhados, e também a planta consegue assimilar melhor o adubo se aplicado no período da manhã (até no máximo às 10:00 h), devido ao sol forte a partir deste período, podendo causar queimaduras nas plantas.

* Outra questão é: posso ou devo adubar minhas plantas nos meses de inverno?
Não há inconveniência em adubação nos meses frios do ano, ainda mais com plantas que estão em pleno desenvolvimento (brotação), tem que adubar sim!

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* E quando a planta está com espata (pronta para florir), devo adubar?
Nesta outra situação não há inconveniência em estar adubando a planta também, pelo contrário, uma planta bem nutrida dará uma melhor durabilidade nas flores.

* Mas o adubo químico que eu compro não é completo? Pra que usar o orgânico?
Eis a questão: Isso vai de cada um, eu gosto de estar diversificando a adubação de minhas plantas, são sais e matérias em composições diferentes pra planta, então usamos à alguns anos com resultados muito satisfatórios.

A quantidade ideal a ser usada em um vaso adulto é de uma colher de café a cada 60/70 dias, isso dá uma media de 4 a 5 aplicações anuais.

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Veja como as orquídeas mantêm-se sadias nos habitats e como podem, com facilidade, adaptar-se às mudanças de substratos.

Exemplo 1 – Uma touceira de Oncidium varicosum, que normalmente é uma planta epífita, foi deixada sobre a pedra e aí se desenvolveu, adaptando-se ao novo substrato (rupícola).

Nota-se que as raízes, formando uma rede aderente à pedra, que tem como função absorver a umidade e nutrientes.

Vemos aí um dos mais perfeitos laboratórios de transformações bioquímicas em que os aparelhos utilizados são os fungos, bactérias e insetos e os reagentes químicos são os detritos orgânicos (folhas, gravetos, poeiras, etc) e água proveniente do orvalho da madrugada, da umidade ambiente e eventualmente das chuvas, tendo como catalisador das reações, a luminosidade e o calor do sol.

Oncidium varicosum

Exemplo 2 - No topo de um pinheiro, um ponto estratégico para distribuição das sementes pelo vento, vemos a pleno sol, uma bela “chuva-de-ouro” – Oncidium varicosum – que tem suas flores polinizadas por beija-flor e borboletas.

O desenvolvimento destas plantas em árvores (epífitas) é o mais normal de ser encontrado nos habitats nativos. É realmente impressionante nestas plantas, a resistência às longas estiagens que temos tido nos últimos anos.

Exemplo 3 – Em um galho com uma planta adulta e muitas pequenas mudas desenvolvendo-se após germinação das sementes.

Observamos também o acúmulo de detritos no meio dos pseudobulbos e raízes. Muita matéria-prima para reserva de umidade e ser transformada em nutrientes que serão transformados desde as raízes até as folhas (pelos vasos internos) e, aí vamos ter as reações físico-químicas (fotossíntese) pela ação do calor e luminosidade do sol.

Os nutrientes absorvidos pelas folhas e também os transformados pela fotossíntese, em especial os sais minerais, farão agora um caminho inverso, dirigindo-se para a planta toda. Todo este transporte é feito pela água absorvida.

Catasetum fimbriatum

Exemplo 4 – Uma orquídea nativa em varias regiões do país e que gosta muito de alojar-se em troncos de coqueiros e palmeiras – Catasetum fimbriatum. É uma planta de grande porte e que requer muito nutriente para seu ciclo de desenvolvimento anual.

Em um tronco de coqueiro que não tem galhos laterais é difícil entender como poderia acumular detritos orgânicos apenas com raízes que lhe permitem a fixação ao tronco.

Mas a natureza é própria em recursos. Parte das raízes garantem a fixação da planta ao tronco e em grande quantidade, outras crescem para cima, formando um ninho para reter detritos que caem do coqueiro ou que são levados pelo ar.

E a planta vive aí muito bem nutrida e o melhor: sem pragas ou doenças, comprovando que em plantas bem nutridas, não ocorre ataque de patógenos.

Exemplo 5 – Se percorrermos outras regiões podemos encontrar uma planta que normalmente é epífita passando para rupícola. Com facilidade, esta mudança ocorre na natureza e, assim também, as orquídeas terrestres podem passar a epífitas. E as alterações funcionais destas plantas são muito pequenas.

Cyrtopodium polyphyllum

Uma orquídea Cytopodyum no meio de troncos de arbusto e com as raízes na terra. Esta planta pode ser também epífita e com grande desenvolvimento. É comum encontra-las também em pedras (rupícolas), vegetando a pleno sol.

É difícil imagina-la vivendo em regiões de cerrado com um sol escaldante, e altas temperaturas típicas destas regiões. Temos relatos de que resiste ao fogo de queimadas em cerrados.

borboletas amarelas