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vandas Devemos estar preparados para o frio intenso e principalmente a geada que é o que causa a maior parte dos estragos em diversas orquídeas, principalmente Vandáceas, Phalaenopsis e Catasetíneas que são muito sensíveis ao frio intenso. O frio intenso e as geadas podem se tornar um problema importante para nossas coleções de orquídeas, portanto é importante que fiquemos ligados e nos preparemos bem para quando tiver risco de ocorrer esses fenômenos e para isso a melhor maneira é está sempre ligado na previsão do tempo, pois é ela que norteará todos os demais cuidados que serão descritos a seguir, mesmo que a previsão não se confirme. Vamos agora entender quais os problemas fisiológicos que o frio intenso e as geadas podem provocar em nossas orquídeas. Podemos dizer que os problemas pelo frio podem ser distúrbios imediatos, como queimaduras por frio e o congelamento totalmente dito e ainda os distúrbios a longo prazo e de efeito mais prolongado que pode ser a estagnação da planta e definhamento progressivo. Agora uma explicação de cada um desses efeitos: Distúrbios imediatos (agudos) – São aqueles distúrbios que de fato ocorrem no momento em que ocorre o frio mais intenso e as geadas e aí pode-se separar 2 tipos mais importantes:

queimadura devido ao frio

* Queimadura por frio – Ocorre quando o ar está muito frio com muito vento e geralmente o ar mais seco e tempo aberto. Nesse caso as queimaduras ocorrem pelo congelamento dos espaços entre as células dos tecidos das orquídeas terminando com o rompimento das células extravasando seu conteúdo causando aquele sintoma amarronzado a negro lembrando queimaduras e para diferenciar do congelamento total ela ocorre em menor grau e muitas vezes com pequenas lesões que podem ser pequenas manchas ou manchas médias com formato e tonalidade variada, mas geralmente não costuma matar a planta e quando ela é tirada dessa condição ela tende a recuperar; congelamento por geada * Congelamento pela geada – esse é o mais grave e pode danificar seriamente a planta levando a morte. No caso a geada branca que cobre a planta de gelo por cima e pode causar problemas precisa de noites muito frias, tempo aberto e bastante umidade no ar e pouco vento, mas a geada negra que causa o pior tipo de congelamento congelando a planta inteira precisa de noites mais secas muito frias e bastante ventilação e quando ocorre esse congelamento pelas geadas aí muitas vezes é uma planta perdida e quando ela descongela os sintomas ficam muito semelhante ao de uma podridão bacteriana, pois os pseudobulbos e folhas ficam empardecidas e moles e podem ficar com cheiro desagradável também por ação de bactérias secundárias que se aproveitam da situação. Distúrbios a longo prazo (crônicos) – Esses são distúrbios que não estão ligados a danos físicos causado pelas queimaduras de frio e congelamento, mas sim por distúrbios fisiológico muitas vezes hormonais que podem causar a estagnação da planta ou mesmo seu definhamento progressivo, muitas vezes irreversível. O principal gatilho desse tipo de distúrbio não é necessariamente a temperatura baixa, mas sim um acúmulo de horas e dias que a planta passa por essa temperatura baixa. Esse problema é mais comum para aquelas plantas tradicionalmente de climas mais quentes e que em seus locais de origem não existem esse clima frio mais intenso ou ele é raro, como é o caso das vandáceas, das Phalaenopsis e da maior parte das Catasetíneas também. Nesse tipo de situação em geral os problemas podem ocorrer quando a temperatura fica abaixo dos 10ºC, mas não significa se tiver uma ou 2 ou mesmo 3 noites com temperaturas abaixo dos 10ºC que a planta terá problema. folhas moles Não, na verdade para que ela entre em um estado de estagnação ou definhamento é necessário que se tenha um longo período com essas temperaturas muito baixas, geralmente de 2 a mais semanas consecutivas para que elas apresentem os problemas e uma vez que o distúrbio acontece, por exemplo em Vandas elas podem passar meses estagnadas ou até mais de ano, mesmo que depois as condições de clima fiquem mais favoráveis. Felizmente no Brasil essas condições ficam mais restritas a certos locais de serra e alguns pontos do Sul do Brasil, pois na maior parte o frio, mesmo sendo intenso tem um período de curta duração. Agora que já conhecemos os principais problemas que podem ocorrer com o frio intenso e as geadas, vamos ver como podemos nos prevenir contra elas. geadas Como dito antes, a primeira coisa é ficar antenado na previsão do tempo. A segunda coisa é saber quando iniciar as intervenções e para isso vamos entender como que é o comportamento básico das ondas de frio aqui no nosso Brasil. Antes de chegar a onda de frio trazida pelo ar polar sempre vem na frente uma frente fria, ou algum outro sistema que deixa áreas de instabilidades e chuva que pode durar de 1 a alguns dias e depois quando esse tempo passa costuma vir a onda de frio que limpa o tempo e costuma trazer as geadas e frio muito intenso. Uma vez que sabemos desse comportamento a melhor hora de iniciar as intervenções é exatamente o momento em que inicia as chuvas, sabendo que a previsão do tempo já alertou que vem uma onda de frio pesada com riscos de geadas depois da chuva. Existem várias medidas que podemos tomar para prevenir esses problemas, mas o mais eficiente para pequenos colecionadores é retirar as plantas do local de cultivo, caso esse seja um telado ou outros locais no quintal ou varandas e terraços abertos e levar para locais mais secos, aquecidos e protegido do vento frio, como varandas protegidas com janelões, banheiros ou interior de outros cômodos mesmo e nesse período as regas são diminuídas ou mesmo suspendidas e as adubações também até que a o frio mais crítico passe e as plantas possam voltar para o local de cultivo. proteção Em coleções maiores em que levar para dentro de casa seja inviável o melhor a fazer é suspender as regas já quando as chuvas chegam e manter suspensa até que o frio mais crítico e alertas de geada passem. Se possível também pode-se estender por cima das plantas, ou da bancada ou mesmo fechando o local de cultivo o plástico agrícola para que se tente segurar perto das plantas o máximo de calor possível para que evite o congelamento. Pode-se também para quem tem condição após fechar o orquidário com o plástico agrícola fazer um fogo controlado queimando lenha ou mesmo carvão para que se aqueça o local e ainda tem os mini aquecedores e aquecedores mais sofisticados que podem ser usados durante esses dias com riscos de geadas. Passado o risco pode-se remover a proteção e voltar as plantas para o cultivo normal até que venha o próximo alerta. folhasaovento9

phalaenopsis

Uma forma comum de se dividir as orquídeas em categorias é através de seu substrato, que muitas vezes serve de associação ao orquidófilo para determinar as técnicas culturais que serão empregadas para o cultivo e as exigências biológicas das plantas.

As orquídeas recebem as seguintes designações quanto ao substrato: orquídeas epífitas, rupículas ou litófilas, terrestres, saprófitas, humícolas e parasitas.

Spathoglottis-unguiculata ( terrestre)

As orquídeas terrestres crescem diretamente sobre o solo, ao qual fixam profundamente suas carnosas raízes em busca de nutrientes. Suas raízes também possuem uma enorme quantidade de pêlos absorventes, responsáveis pelo aumento da superfície de contato com as partículas que constituem o solo em até 85%.

Estas requerem um ambiente com alta umidade relativa do ar e de regas diárias, pois geralmente são muito suscetíveis ao dessecamento devido suas características morfo-fisiológicas.

As orquídeas rupículas ou litófilas vivem sobre as pedras em pleno sol. Muitas vezes protegem a ponta das raízes mergulhando-as por baixo do limo que nasce nas fendas das rochas, Mas não é raro ver orquídeas deste tipo vivendo sobre rochas que atingem altas temperaturas e notar que o calor e a insolação não provocam maiores danos às raízes.

laelia_longipes_(rupícola)_sign

Geralmente as orquídeas rupícolas formam touceiras compactas que cobrem pequenas áreas sobre as rochas. Tudo indica que estas plantas, em geral, apresentam metabolismo CAM (Metabolismo Ácido das Crassuláceas), o que lhes permite evitar a perda de água durante o dia, através da não abertura estomática durante este período, sendo que estas estruturas foliar anexa, apenas se abre durante à noite para a realização das trocas gasosas importantes para a formação de ácidos que serão estocados nos vacúolos das células, e que depois durante o dia serão utilizados nos processos fotossintéticos.

cattleya (terrestre)

As orquídeas epífitas são aquelas que se desenvolvem sobre as árvores, usando-as apenas como suporte, ou seja, como local onde possam receber níveis adequados de luz. Na natureza elas, geralmente, se nutrem através de elementos químicos e substâncias excretadas pelas folhas das árvores por se encontrarem em excesso dentro destas, assim, quando ocorrem às chuvas, os nutrientes são arrastados caule abaixo e são absorvidos em primeiro lugar pelas folhas e em menor quantidade pelas raízes das orquídeas.

Rhizanthella garneri

As orquídeas saprófitas são muito raras e são desprovidas de clorofila e nutrem-se de restos vegetais ou animais em decomposição. Segundo, apenas uma orquídea pode ser genuinamente considerada saprófita, trata-se da curiosa Rhizanthella gardneri.

Orquídeas humícolas são aquelas que se nutrem a partir de matéria orgânica em decomposição, mas que ao contrario das saprófitas, possuem clorofila e realizam fotossíntese. A primeira vista, então poderiam ser confundidas com orquídeas terrestres, mas a principal diferença está na orientação e forma radicular.

As orquídeas humícolas sempre apresentam raízes extremamente grossas e que se orientam, em geral, paralelamente ao solo, sempre encobertas pela camada de serrapilheira (camada formada pela deposição e acúmulo de matéria orgânica morta em diferentes estágios de composição que reveste superficialmente o solo ou o sedimento aquático) das matas, não se aprofundando mais do que alguns poucos centímetros do solo, ao contrario das terrestres.

As orquídeas parasitas são na realidade 3 espécies (controvérsias a parte sobre Rhizanthella gardneri), embora a crendice popular diga que as orquídeas epífitas são parasitas. Estas orquídeas são consideradas parasitas pela relação biológica do tipo desarmônica parasítica.

Rhynchostylis gigantea

Tais plantas apenas sobrevivem através do parasitismo de certos fungos que se encontram associados às suas raízes, sendo que é de fundamental importância para a vida da planta a fixação biológica de nitrogênio realizada por tais microrganismos, elemento este que é retirado do fungo e que propicia o desenvolvimento, principalmente vegetativo da orquídea.

Para o cultivo de orquídeas em recipientes, o substrato exerce grande influência na qualidade da planta, desempenhando principalmente a função de servir como suporte ao sistema radicular das plantas.

Dessa forma, o substrato selecionado deve apresentar características satisfatória quanto ao suprimento de água e ar, capacidade de retenção de nutrientes, pH adequado e consistência para suporte, a fim propiciar condições satisfatórias ao crescimento e florescimento das plantas.

xaxim-1

O xaxim é o substrato predileto pela maioria dos orquidófilos brasileiros, é formado pelas raízes adventícias de algumas samambaias das famílias Dicksoniaceae e Cyatheaceae. É considerado excelente para o cultivo de orquídeas, pois retém grande quantidade de água conservando-se úmido por longo tempo.

No Brasil, as plantas fornecedoras de xaxim, como a samambaiaçu (Dicksonia sellowiana Hook), devido ao extrativismo desenfreado, estão na lista de plantas ameaçadas de extinção do IBAMA, visto que essas plantas levam de 15 a 18 anos para atingir o estádio ideal para a extração e, na atualidade, não existe plantio visando a produção comercial.

Dessa forma devem se buscar substratos alternativos com propriedades próximas às do xaxim e que promovam bom desenvolvimento das plantas. No Brasil há vários materiais com potencial de uso como substratos, entretanto, a falta de testes e informações limitam sua exploração, existem inúmeros substratos que podem ser utilizados para o cultivo de orquídeas, como raízes de polypodium, fibra e raízes de osmuda regalis (samambaia-real), casca de barbatimão, casca de pinus, fibra de coco, e argila expandida.

Somam-se a esses, outros substratos com potencial de utilização como a casca de arroz carbonizada, pedra britada e fibra de piaçava.

Tipos de substratos
Dentre os substratos alternativos citados e outros com potencial para uso, eles possuem as seguintes características:

carvão-vegetal
* Carvão-vegetal – é o carvão comum, igual ao de churrasqueira, mas que sempre deve ser novo, pois os que já foram usados prejudicam a planta. Ele sozinho é ótimo para locais de clima úmido. Já em locais de clima seco, deve ser acompanhado de outro substrato que retenha umidade. Entretanto, é um substrato que necessita de adubação mais frequente. É muito leve, não segura a planta e, em razão de sua porosidade, tende a acumular sais minerais. Por isso, precisa de regas frequentes com água pura.

O carvão vegetal muitas vezes é fabricado a partir do corte de árvores de matas naturais, o que incentiva a devastação de florestas. Por último, o manuseio do carvão suja as mãos. O carvão vegetal dura em média 2 anos e depois disso fica saturado de sais minerais e começa a esfarelar. Ele é indicado para Vanda spp, Ascocentrum spp, Rhynchostylis spp, Renanthera spp, Laelia purpurata, Cattleya spp e Oncidiuns spp;

casca-de-pinus

* Casca-de-pinus – é a casca da arvore da espécie Pinus elliotti e é um substrato fácil de ser encontrado e possui boa retenção de adubo. Entretanto, possui excesso de tanino e se decompõe muito rápido. Também quebra com facilidade e não fixa bem a planta no vaso, necessitando para isso de um tutor. Possui uma durabilidade media de 1 ano e é indicada para espécies de Cymbidiuns, Vandas, Cattleyas e Laelias.

ardósia

* Pedaços-de-ardósia – é uma pedra normalmente escura, utilizada para pisos e é rica em ferro, o que ajuda no crescimento e na floração. Entretanto, não retém água, mas possui uma duração indefinida e é indicado para orquídeas rupícolas como a Pleurotallis teres e a Bulbophyllum rupiculum.

cacoceramica

* Caquinhos-de-barro – são pedaços de vaso de cerâmica e telhas sempre novos, pois os mais antigos e já usados podem estar atacados por fungos.. São porosos, conservam a acidez num nível bom, além de reterem umidade e adubo. São bem arejados e sustentam melhor a planta no vaso.
Eles não possuem nutrientes pré existentes e possui uma durabilidade média de 5 anos e é indicado para as espécies de Vanda, Ascocentrum, Rhynchostylis, Cattleya e Laelia.

brita

dolomita

* Pedras-brita e dolomita - são pedras usadas em construções. A brita é de cor cinza e a dolomita é a branca, também usadas em aquários. São facilmente encontradas e ajudam no enraizamento das plantas, entretanto retêm sais dos adubos e queimam as pontas das raízes de algumas espécies, além de pesarem mais que os compostos orgânicos e necessitarem de muita adubação, por não possuírem valor nutritivo. As britas soltam muito cálcio, o que pode prejudicar alguns tipos de orquídeas e possuem uma durabilidade indeterminada, sendo indicadas para espécies de Cattleya e Laelia purpurata.

nó-de-pinho

* Nó-de-pinho – é o gomo que se forma na araucária (Araucária heterophylla) e eles são colhidos do caule de pinheiro em estado de decomposição e não possuem substâncias tóxicas. Entretanto, é difícil de encontrar na maior parte do Brasil, mas possuem uma duração longa e indefinida. É indicado para espécies de Cattleya, e micro-orquídeas.

cascadeperoba

* Casca-de-peroba – é uma casca rugosa da árvore Peroba-rosa (Aspidosperma pyrifolium). Possuem grande durabilidade, rugosas, retém pouca água e com esta casca podem-se cultivar orquídeas na vertical, prendendo as placas de peroba numa tela de alambrado ou parede.

Entretanto, por ser um substrato duro, é preciso regar as plantas mais vezes e não retém adubo. Possui uma durabilidade de mais de 5 anos e é indicado para as orquídeas epífitas que gostam de raízes expostas, como as espécies de Miltônia, Oncidium, Brassia, Brassavola, Encyclia e Cattleya walkeriana.

caroço de açai

* Caroço-de-açaí – é a semente de uma palmeira muito comum na região amazônica e é um substrato barato e abundante, na região de origem dessa palmeira (Belém e outras cidades do Pará). Conserva a acidez num nível bom para as orquídeas e retém a quantidade ideal de adubo e de umidade, além de não possuir excesso de tanino ou outras substancias tóxicas para as orquídeas.

Entretanto, em regiões úmidas, deteriora-se com muita rapidez devendo ser trocado, pelo menos, a cada 2 anos e as orquídeas com esse substrato devem ficar em locais cobertos para que não haja o encharcamento do substrato. Este substrato não é tão facilmente encontrado nas demais regiões do Brasil e é indicado para todos os gêneros de orquídeas cultivadas no Brasil.

fibra de coco

* Coco-desfibrado – é um produto feito a partir de cocos que sobram da comercialização da água e são vendidos em estado rústico. Contém macro e micro nutrientes importantes para o crescimento e desenvolvimento da planta. Possui várias opções em vasos e outros formatos a venda e possuem versões vendidas sem o excesso de tanino que é um dos problemas desse substrato, além de não reter muito adubo e ser carente de nitrogênio.

Não é recomendado para regiões frias e úmidas porque retém muita água e as raízes podem apodrecer. Possui uma durabilidade de mais de 3 anos e é indicado para as espécies de Miltônia, Oncidium e micro-orquídeas.

Fibra-de-coco-prensada

* Fibra-de-coco prensada – é um produto industrializado feito a partir do coco desfibrado, podendo ser encontrado em forma de vasos, pequenos cubos, bastões, placas ou fibras. Um dos mais conhecidos é o Coxim, que tem causado muita polêmica entre os orquidófilos. Alguns acham que é o substituto ideal para o xaxim, já para outros ele não é recomendável porque encharca.

O nome é uma referencia ao material utilizado (coco + xaxim). Este substrato conserva acidez num nível bom e necessita de poucas regas, pois é muito absorvente. Demoram mais para aparecer crostas verdes (uma espécie de musgo) comuns nos xaxins e que, em excesso, podem prejudicar a planta. É ideal para regiões mais secas e quentes.

Entretanto, não retém muito adubo e é carente de nitrogênio e ao absorver a água ele expande aumentando o seu tamanho e ao secar, volta ao seu volume original. Por esta razão, os cubos devem ser dispostos de forma desarrumada e não socadas em vasos para não estoura-los. Ele pode conter excesso de tanino provocando queimadura nas raízes e não é indicado para regiões frias e úmidas porque retém muita água e as raízes podem apodrecer. Possui uma durabilidade em torno dos 5 anos ou mais (em regiões de clima seco) e é indicado para as espécies de Miltônia, Phalaenopsis e Vanda.

tutor-vivo

* Tutor-vivo – são árvores de casca rugosa, como o Abiu (Pouteria caimito), o Marmelo (Cydonia olonga) a Jaqueira (Artocarpus heterophyllus), a Romãnzeira (Punica granatum L), a Figueira (Ficus carica), a Gabirobeira (Psidium guajava L.), o Limão-cravo (Citrus limonia osbeck), entre outras e é o substrato que melhor imita as condições naturais das matas, sendo excelente para compor situações de paisagismo e cultivo.

Entretanto, fica inviável o transporte de orquídeas para outros lugares, como exposições, por exemplo, mas possui uma durabilidade de acordo com o tempo em que a árvore permanece viva e é indicado para todas as orquídeas epífitas, devendo apenas levar em consideração o clima do lugar.

cajazeira

* Casca-da-cajazeira – é a casca da árvore frutífera cajazeira (Spnodias venulosa) que quando são grossas e duras e sem presença de cupins e brocas tem boa indicação para uso como substrato para orquídeas. Os vãos nas cascas seguram a umidade que ajuda no enraizamento e a casca desta árvore é renovável, o que a torna ecologicamente correta.

Entretanto, é difícil de encontrar e decompõem-se facilmente por causa da umidade, do calor e das bactérias, além de possuir níveis consideráveis de tanino. Possui uma durabilidade de mais de 5 anos e é indicado para Cattleya walkeriana e Cattleya nobilior.

tutor-vivo-Tronco-de-Jaqueira

* Casca-de-sambaíba - é a casca da Curatella-americana, uma arvoreta de 3 m de altura parecida com o cajueiro, mas que não dá frutos. É uma casca renovável, o que a torna ecologicamente correta, mas na hora da coleta, pode gerar acidentes, pois dentro da casca vivem animais peçonhentos como escorpiões. Possuem uma durabilidade de mais de 3 anos e é indicada para espécies de Cattleya.

sfagno

* Esfagno – embora, sejam apontados como substitutos para o xaxim, estas opções apresentam alguns problemas, já que é um musgo retirado da beira dos rios, usado para cultivar mudas de orquídeas a partir de sementes. Apesar de ser encontrado em lojas especializadas, sua coleta é proibida pelo IBAMA e ainda não há cultivadores desse tipo de substrato no Brasil.

Piaçava

* Piaçava – é uma fibra obtida da sobra na fabricação de  vassouras, é um dos substratos que muitos orquidófilos estão olhando com desconfiança, porque ele enquanto novo apresentava bons resultados, mas com passar de 1 ano começava a apresentar problemas, o que até o momento o recomendável seria evitá-lo.

Este problema é pelo fato do aparecimento de um fungo que destrói as raízes da planta, mesmo assim é um substrato em estudo e seu uso ainda não foi descartado, indicando que algum tipo de pré-tratamento o transformaria em um bom substrato.

argila-03

* Argila-expandida – é um material inorgânico, inerte que apresenta características semelhantes às britas, com a diferença de ser um material mais leve, podendo ser usado tanto para o dreno no vaso quanto para composição de mistura de substratos.

Conclusão
Como vimos o substrato ideal para substituir o xaxim deve ter as qualidades de:
* Reter bem os nutrientes depois de cada adubação para liberá-los aos poucos;
* Ser facilmente encontrado no mercado;
* Não possuir substâncias que sejam tóxicas para as orquídeas;
* Sustentar a planta com firmeza;
* Permitir uma boa aeração para as raízes;
* Reter água na quantidade ideal sem encharcar;
* Manter o pH equilibrado e durar de 2 a 3 anos em média.

Entretanto, dentre os substratos citados e outros é difícil isoladamente se chegar a um substrato ideal o que indicaria a possibilidade de se experimentar misturas de substratos que normalmente retém mais umidade com outros que retém menos umidade para tentar se aproximar de um nível mais próximo ao xaxim.

outono

epidendrum_flower1-1

O Epidendrum é um gênero da família Orchidaceae com aproximadamente 1.100 espécies, alguns botânicos se referem a ela como um mega-gênero, ocorrendo predominantemente nas Américas Central e do Sul, do México ao Brasil. É também conhecida como “orquídea estrela” ou “orquídea crucifixo”, devido ao formato peculiar de suas flores.

Recompensa o cultivador com frequentes florações de cores variadas e tem boa resistência a temperaturas altas e baixas, podendo suportar bem períodos de prolongada exposição ao sol.

Ainda assim, nem todas as espécies deste gênero vivem exclusivamente sobre as árvores, podendo haver plantas de hábito terrestre. As orquídeas Epidendrum que encontramos comumente no mercado são híbridos selecionados a partir do cruzamento de várias espécies.

Geralmente, são plantas de grande porte, podendo ultrapassar os 2 m de altura, com longas hastes portando delicadas inflorescências em forma de bouquet em suas extremidades.

Epidendrum flexuosum

Epidendrum-amarelo-9521

Recentemente, vêm sendo desenvolvidas variedades em miniatura, perfeitas para o cultivo indoor, em pequenos espaços, como apartamentos. As flores do Epidendrum costumam apresentar cores vibrantes, que variam entre o vermelho fogo, laranja, amarelo, pink e fúcsia.

A floração desta orquídea ocorre de forma sequencial, de modo que novos botões florais vão se abrindo à medida que as flores mais antigas fenecem. Deste modo, uma haste permanece florida por meses a fio.

E, embora possa florescer durante qualquer época do ano, é durante a primavera e o verão que sua floração atinge o auge.

Grande número da espécie apresentam um néctar de forte fragrância. Seus principais agentes polinizadores são as mariposas diurnas e noturnas e o beija-flor que costuma visitar algumas espécies.

epidendrum_ibaguense

As condições de cultivo variam muito, dependendo da região de onde se origina a espécie. Existem espécies epífitas, rupícolas e terrestres, e para cada uma as condições são diferentes, porém na sua maioria, são plantas que devem ser cultivadas em clima intermediário, com boa ventilação e umidade, sem necessitarem de grande adubação nem de períodos secos durante o ano.

Podem ser realizadas retirando hastes secas, sempre utilizando instrumentos de corte esterilizados para evitar entrada de doenças e lâminas bem afiadas para deixar o corte reto e não “mordido”.

Pode ser cultivada tanto em vasos como em canteiros deve se usar substratos não compactos, como casca de pinus, carvão vegetal, pedras de rio ou brita, misturados com terra vegetal e húmus de minhoca esterilizado.

Aplicar NPK, com formulação própria para orquídeas seguindo sempre as instruções do fabricante. Se for granulado não coloque junto ao caule.

Fica maravilhosa em vasos e canteiros, em baixo de árvores, fazendo composição com outras plantas.
Sua propagação é feita pela divisão da planta ou sementes.

folhas sobre lago