A palmeira-sagu é uma planta arbustiva e lenhosa, que é largamente utilizada no paisagismo, pela beleza singular formada pelo conjunto das folhas brilhantes e longas, dispostas em coroa.
É também conhecida como Sagu, Cica, Cicas, Palmeira-samambaia e Cica-elegante. Sua origem é da Ásia – Índia e Sri Lanka e pertence à família Cicadaceae, uma família da plantas com características pré-históricas.
Apesar do nome e do aspecto, ela não apresenta parentesco com as palmeiras nem com as samambaias. O nome científico circinalis, do latim “espiral”, é uma referencia aos folíolos que são enrolados quando jovens.
Na maioria dos exemplares de palmeira-sagu o tronco é simples, mas em plantas mais velhas podem ocorrer ramificações. Ele apresenta casca grossa e rugosa, de cor castanha, que pode servir de suporte para epífitas, como orquídeas.
As folhas são pinadas, de cor verde clara e muito longas, com cerca de 1,5 m de comprimento. Os folíolos são lineares, tomentosos, opostos e pendentes, dando à folha um lindo aspecto plumoso. Os mais basais são reduzidos à espinhos.
As plantas macho produzem cones alongados, de cor creme a marrom, com cerca de 30 cm, que surgem no topo da coroa. Já as fêmeas produzem sementes globosas, de cor marrom ou alaranjadas e muito tóxicas, localizadas em folhas especiais do tipo esporófilo, de cor marrom e muito pilosas que crescem no topo da coroa.
As sementes ainda são recobertas por uma camada esponjosa que lhes permite flutuar na água. A polinização é pelo vento e por insetos.
No jardim a palmeira-sagu geralmente ganha lugar de destaque, como ponto focal. Sua aparência tropical, elegante e escultural é ideal para a entrada da casa, ou isolada em gramados bem aparados.
Pequenos bosques formados pelo plantio de três ou mais exemplares também causam um efeito bastante interessante. Ainda pode ser aproveitada em linhas, emoldurando caminhos. Devido ao crescimento lento a palmeira-sagu pode alcançar preços elevados.
Apesar disso é bastante longeva, rústica e resiste a pragas e doenças, demandando pouca manutenção.
Quando jovem a palmeira-sagu pode ser plantada em vasos e conduzida em interiores, desde que bem iluminados. Suas folhas também são aproveitadas cortadas, entrando na composição de arranjos florais.
De hábitos tropicais, a palmeira-sagu revoluta necessita de uma boa dose de sol diariamente para viver bem vistosa, não precisa ser necessariamente sol direto durante todo o dia, porém é aconselhável várias horas por dia, o que dificulta o cultivo em interiores, que precisam ser bem abertos para a entrada de luz.
Tal qual a maioria das palmeiras, é aconselhável misturar muita areia grossa e fertilizante orgânico ao solo antes do plantio, isso para que ele fique com uma boa drenagem e alta fertilidade. Apenas tome cuidado para caso o solo já esteja altamente adubado, pois o exagero também não é bom para a planta.
Como cuidar
Irrigue diariamente de forma a manter o solo sempre úmido, porém sem nunca encharcá-lo, a alta drenagem caso você misturou areia ao solo ajudará um pouco a não errar a dose.
Devido ao lento desenvolvimento dessa planta, desde que ela esteja suficientemente hidratada ela provavelmente não apresentará problemas por falta de nutrientes ou excesso de ramos mortos, logo, excepto se ela contrair alguma doença como fungos ou cochonilhas, o trato da Cica será bem simples.
Cultivo
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Plantas adultas e bem estabelecidas podem resistir bem à estiagem. No entanto, se o período seco ocorrer no momento em que as folhas estão imaturas, a planta pode sofrer danos. Não tolera geadas ou encharcamento do solo.
Sua multiplicação é feita por sementes postas a germinar em substrato mantido úmido, preferencialmente em estufas. A germinação ocorre em 8 a 12 semanas.
Note que as sementes só serão férteis se as plantas fêmeas forem cultivadas próximas de alguma planta macho. Outra forma de multiplicar a espécie é através da separação das pequenas mudas que se formam no tronco da planta mãe.
Problemas mais frequentes e suas causas:
Pontos brancos ou amarelos nas folhas da cyca, escamas cerosas ou algodonosas, teias finas.
Causa: Cochonillhas, aranha-vermelha ou fungos (Alternaria ou Cercospora). É um dos problemas mais freqüentes em Cicas, geralmente é causada por excesso de regas, combinada com falta de luminosidade e drenagem deficiente.
Folhas com extremidades amarronzadas ou queimadas.
Causa: Ventilação insuficiente. Mude a planta para um local mais ventilado.
As folhas perdem a cor e secam.
Causa: Falta de luminosidade, frio ou excesso de umidade.
Folhas com extensas manchas descoloridas.
Causa: Congelamento por geadas, neve ou frio intenso. Neste caso é melhor prevenir, protegendo a planta com mantas ou plásticos. A planta emitirá novas folhas saudáveis na primavera e verão.
Folhas jovens e brotações novas amarelando.
Causa: Adubação em excesso ou substrato muito pobre em nutrientes.
Folhas adultas, inferiores, amarelando.
Causa: Adubação ou irrigação demasiada.
Queimaduras nas folhas.
Causa: Mudança muito brusca de luminosidade e umidade. Geralmente quando a planta sai de um viveiro sombreado ou de ambientes internos e a colocamos sob sol pleno. Agroquímicos aplicados sob sol quente também podem provocar queimaduras nas folhas.
Pequenas manchas amarelas e extremidades das folhas secas.
Causa: Carência de potássio (K). Neste caso convém aplicar uma suplementação com cinzas (sem sal) ou adubos químicos ricos neste elemento.
Folhas jovens retorcidas.
Causa: Falta de luminosidade.
Folhas jovens retorcidas e folhas velhas com pontos brancos e pretos.
Causa: Doença viral – nepovírus (mosaico). Não há cura.
Escamas do tronco caindo, bolinhas cor-de-café pulverulentas no tronco.
Causa: Ataque de cupins. A aplicação de inseticidas específicos nos túneis, seguido de ensacamento da planta (impede que os cupins fujam e auxilia na ação do produto).