No feng shui, cactos são considerados grandes guardiões da casa e purificadores do ambiente – acredita-se até que formem uma barreira contra as ondas emitidas por aparelhos eletrônicos. Crenças fantasiosas à parte, esse nativo de regiões áridas e isoladas é um exemplo de perseverança, adaptabilidade e integração.
Os cactos crescem em muitas partes do mundo. A América do Sul e a África do Sul são especialmente representativas dos diferentes tipos de cactos existentes no nosso planeta.
Os Cactos pertencem à família Cactaceae e possuem aproximadamente 84 gêneros e umas 1.400 espécies..Em geral esse tipo de planta é usada para fins ornamentais, mas também pode ser utilizada na agronomia.
Podemos definir essas plantas como pouco usuais uma vez que estão adaptadas a ambientes extremamente áridos e quentes. Uma das principais e mais curiosas características dos Cactos é a capacidade de conservar água.
Essas plantas são um ótimo exemplo de adaptação ao ambiente extremo, o caule do Cacto se expandiu em estruturas suculentas verdes e perenes para conseguir conter a clorofila que é necessária para a vida.
Os espinhos são as folhas que no processo de evolução se reduziram, a principal função deles é realizar a respiração da planta. Também são essenciais para a produção de energia e transpiração do Cacto. Os espinhos ajudam a evitar a grande perda de água, um dos motivos que torna essa planta capaz de armazenar o líquido da vida.
Quando o Cacto está inserido na natureza os espinhos também têm a função de proteção da planta contra possíveis predadores.
Os cactos sempre foram plantas populares, em parte devido à enorme variedade de cactos que se pode encontrar, mas também pelos poucos cuidados que exigem para crescer e viver. Isto significa que os cactos são as plantas ideais para todo o tipo de jardineiro.
O fato da maioria dos cactos necessitar de poucos cuidados para gozar de boa saúde, torna-os extremamente fáceis de manter, tanto em interior como em exterior. Devido à enorme variedade de cactos, é difícil generalizar sobre as condições ideais para cada espécie. Cada uma tem as suas preferências. No entanto, existem muitos tipos de ambientes que se adaptam inteiramente, ou em parte, à maioria das espécies.
Vasos
O tamanho dos vasos é muito importante para os cactos. Se o vaso for demasiado pequeno pode provocar a asfixia das raízes. Os cactos crescerão pouco, ou nada, e eventualmente morrerão. Se o vaso for demasiado grande, terá demasiada terra e absorverá demasiada água, o que levará eventualmente ao apodrecimento das raízes.
Em geral, pode-se dizer que os cactos bulbosos (por exemplo, os da familia Lophophora) crescem mais confortavelmente em vasos que são apenas ligeiramente maiores que as suas raízes. Os cactos tuberosos (por exemplo, os da família Trichocereus) necessitam normalmente de vasos um pouco maiores.
Os vasos são normalmente de barro/cerâmica ou plástico. Em geral, as pessoas que fazem jardinagem como hobby, costumam escolher vasos de barro. Estes vasos permitem aos cactos respirar melhor e a terra seca mais rapidamente. Os vasos de barro são mais caros que os de plástico.
Assegura-te de que o vaso tem um ou mais buracos no fundo. Os cactos preferem absorver a água por baixo.
Terra
Uma boa mistura de terra pode fazer toda a diferença para o teu cacto. No entanto, a escolha do tipo de mistura depende em muito do tipo de clima.
A terra normal para vasos não é geralmente a adequada para a maioria dos cactos. Esta tipo de solo tem a capacidade de reter a água durante muito tempo. Isto é algo terrível para os cactos. Os centros de jardinagem costumam ter terra especial para cactos, que resulta bem para a grande maioria dos cactos. Mas, a maioria dos amantes da jardinagem prefere usar misturas preparadas por eles próprios, depois de vários anos de experiência.
Misturas a serem usadas para o substrato dos cactos:
- turfa
- fibra de coco
- terra para vasos
- cascalho miúdo
- perlite
- pedra pome
- pedra calcaria
A maior parte das misturas são compostas por 20 a 25% de matéria orgânica e o restante é material inorgânico. É muito importante que a mistura seja leve e solta. Caso contrário, irá absorver demasiada água, e provocar o apodrecimento das raízes. Os cactos também precisam de um certo número de nutrientes e de oligoelementos. Eventualmente, o solo ficará esgotado destes nutrientes.É por isso recomendada a adição de um pouco de estrume na mistura, uma vez por ano.
Luminosidade
A quantidade certa de luz é talvez a parte mais difícil na manutenção dos cactos. Especialmente se vives num país frio e escuro, deves assegurar-te que os teus cactos recebem bastante luz, pelo menos de vez em quando. Os cactos estão naturalmente acostumados a receber muita luz. A maior parte dos cactos consegue sobreviver com menos luz, mas o seu crescimento será mais lento e nunca irão florescer.
Durante o verão, os cactos normalmente recebem mais luz do que no inverno. A maioria dos cactos necessita, na realidade, de apenas algumas horas de luz solar.
Vale lembrar que excesso de luz também pode causar problemas. Se os cactos receberem demasiada luz, o lado exposto ao sol perderá a cor, resultando em queimaduras. Isto pode causar marcas permanentes.
Temperatura
É bem sabido que os cactos gostam de calor. É por isso que crescem nas regiões mais quentes do planeta. Mas mesmo os países mais quentes têm noites frias. Por essa razão, muitos cactos aguentam temperaturas mais baixas. Alguns até são capazes de suportar a geada, durante um curto período, desde que recebam calor e luz durante o dia.
Dentro de casa, os cactos podem geralmente ser mantidos a temperatura ambiente. Nas regiões onde os cactos conseguem também sobreviver no exterior, é melhor mantê-los dentro de casa durante o inverno, de qualquer forma.
Água
A causa mais comum para a morte dos cactos é o excesso de água. O nosso conselho é, portanto, não os regues demias. A maioria das pessoas acha difícil perceber quando é que os seus cactos necessitam de água. A melhor coisa a fazer é deixar a terra secar completamente antes de regar outra vez. Um medidor de humidade pode ser bastante útil nestas situações. Em caso de dúvidas, o melhor é não regar já.
No verão, os cactos necessitam de mais água do que no inverno.
Verão: rega os teus cactos uma vez por semana.
Inverno: rega os teus cactos 2 ou 3 vezes durante o período inteiro de inverno.
No entanto, estas recomendações podem variar dependendo dos cactos e do ambiente em que se encontram!
É melhor regar por baixo, onde se encontram as raízes. Por isso, os vasos devem ter sempre um ou mais buracos no fundo e um prato por baixo. Quando deitas água no prato, a terra absorve a água do fundo até ao topo, atingindo facilmente as raízes. Deita fora a água que não for absorvida após 2 minutos. Os cactos maiores poderão demorar mais 1 minuto ou 2, a absorver a água de que necessitam.
Transplante
Os cactos, e especialmente as suas raízes, não gostam de ser transplantados. No entanto, alguns crescem bastante rápido, e se os mantivermos num vaso demasiado pequeno, as suas raízes irão ressentir-se. Os cactos param de crescer e acabam por morrer. Por isso necessitam de ser transplantados, de vez em quando, para vasos maiores, para manter o crescimento.
São necessários alguns cuidados no transplante de cactos. Não são só os cactos que podem ficar danificados. Os picos são difíceis de passar despercebidos. Portanto, o melhor é usar luvas espessas ou um pano dobrado para proteger as tuas mãos, quando manuseias os cactos. A melhor época para transplantar cactos é logo a seguir ao período de inverno.
Doenças
A maioria dos cactos é vulnerável as mesmas doenças e pragas que as outras plantas de casa e jardim. Por isso é importante controlar regularmente os teus cactos. Também aqui, é melhor prevenir do que remediar. Assegura-te que crias o ambiente adequado, onde os cactos possam crescer bem, e os insetos e bactérias não tenham quaisquer hipóteses.
Os fungicidas e pesticidas podem rapidamente erradicar insetos e pragas. No entanto, tem cuidado com as super doses. Muitas vezes os cactos também morrem por causa desses produtos. Siga sempre cuidadosamente as instruções da embalagem.