A família Orchidaceae é uma das maiores entre as plantas floríferas, e assim representa o grupo mais evoluído na ordem Liliiflorae.
É sempre bom sabermos alguns detalhes básicos das nossas orquídeas, principalmente quando estamos iniciando no agradável hobby do cultivo de orquídeas, então vamos a esses detalhes:
Coluna ou Ginostêmio: Órgão carnudo que se projeta do centro da flor, resultado da fusão dos órgãos masculino (estame) e feminino (carpelo).
Antera: Contém grãos de pólen agrupados em 2 a 8 massas chamadas polínias.
Estigma: Depressão de superfície viscosa, órgão receptivo feminino onde são depositadas as polínias durante a polinização.
Ovário: Local onde se desenvolve a cápsula das sementes após a fecundação. Na maioria das plantas os ovários se apresentam: uniloculador, com placentas destacadas de maneira a se tocarem no centro do fruto. Esses frutos, depois de maduros, fenden-se com três aberturas, permanecendo ligadas na base.
Por essas fendas escapam as sementes, nos dias mais secos, arrastadas pelo vento.Uma semente média pesa aproximadamente cinco miligramas, sendo necessárias cerca de 200.000 sementes para se conseguir 1 g.
Genericamente, cada cápsula de semente de orquídea tem entre 300 a 500.000 sementes. Quando visitar um habitat de orquídeas em flor, polinize bastante flores, colaborando com a propagação da espécie.
Sépala dorsal: É a pétala que se localiza acima da flor da orquídea.
Pétala: Como o próprio nome diz, são as pétalas superiores da flor. Existe uma de cada lado.
Sépala lateral: São pétalas que se localizam abaixo das pétalas, uma de cada lado, separadas pelo labelo.
Labelo: É a pétala com formato diferenciado e que se localiza do centro para baixo. Possui, em geral, formato de cone ou canudo. Dentro dele está o órgão reprodutor da orquídea, com a antera, os estigma e a coluna.
Pseudobulbos: Só está presente em orquídeas de crescimento simpodial, ou seja, que se desenvolve na horizontal.
Rizoma: É o eixo de crescimento da orquídea e uma das estruturas mais importantes.
Raízes: Absorventes e aderentes, são responsáveis pela alimentação da planta e por sua fixação.
Gema: São estruturas de crescimento, podem estar ativas ou inativas.
Meristema: Tecido, cujas células estão em constante processo de divisão celular, é uma gema ativa de crescimento da planta. Nas variedades simpodiais é quem norteia a direção do desenvolvimento.
Folhas: Responsáveis pela respiração e alimentação da planta.
Espata: Cabo da flor nasce de uma espécie de folha dupla, que possui formato de faca, esta formação é que recebe o nome de espata.
Pedicelo: É a haste floral.
Bainha: Membrana paleácea que protege a parte externa e inferior dos pseudobulbos. Ela tem a função de preservar as gemas e as partes novas da planta contra os raios solares mais fortes e insetos daninhos. Muitas vezes revestem o rizona e os caules novos, secam mais tarde e se desfazem totalmente.
Depois de formado o pseudobulbo é aconselhável rasgar a bainha até o ápice, caso não tenha mais a função. Normalmente as bainhas, por seus formatos diferentes, determinam a classificação de plantas de diferentes gêneros.
Simpodiais: São as plantas que apresentam crescimento limitado, ou seja, após o termino do crescimento de um caule ou pseudobulbo, o novo broto desenvolve-se formando o rizoma e um novo pseudobulbo, num crescimento contínuo. como, por exemplo, Cattleya e Dendrobium, têm um eixo cujo crescimento cessa no fim de cada estação.
Na base cresce então um novo ramo, que desenvolve o seu próprio pseudobulbo (caule engrossado, semelhante a um bulbo) e, eventualmente, a sua própria flor.
Monopodiais: São plantas com crescimento ilimitado, ou seja, com crescimento contínuo. Suas folhas são lineares, rígidas e carnosas, muitas vezes sulcadas ou semi-cilíndricas e dispostas simetricamente no caule da planta. como, por exemplo, Vanda e Phalaenopsis, têm um caule que cresce continuamente ano após ano, produzindo hastes florais a partir das axilas das folhas, ou opostas a elas.
Cápsula: Quando ocorre a polinização, o estigma se fecha, a flor começa a secar e o ovário inicia a formação da cápsula, que contem as sementes, até 500 mil ou mais. Leva de 6 meses a 1 ano até o amadurecimento.
Flor: Desde os tempos do paraíso terrestre o homem vive no meio de flores. Tudo isso não foi feito por acaso, não é um simples divertimento da Natureza, um simples prazer para os olhos humanos, mas sim para atrair seus agentes fecundadores.
Folhas: As folhas das orquídeas apresentam grande variedade. Existem folhas laminadas, de consistência coríacea (ligeiramente semelhante à consistência do couro), que armazenam água. Outras de folhas finas (como as Miltonias e alguns Oncidiuns) bastante sensíveis.
Outras folhas, ainda, são caducas e caem quando o pseudobulbo completa o seu ciclo vegetativo (Catasetuns e Dendrobiuns do grupo Nobile). A folha é uma defesa da planta contra o excesso de transpiração, evitando perda de água e propiciando maior resistência à seca.
Pelo colorido das folhas podemos saber se as plantas estão recebendo luminosidade adequada. Quando amarelas ou amareladas, estão sendo cultivadas com muita luz. Se estiverem de cor verde escuro falta luminosidade para a planta.
As folhas devem ser mantidas sempre bem limpas para poderem respirar através dos Estômatos que se alojam no seu verso.
Cuidado para não expor plantas em pleno sol, pois a queimadura das folhas produz zonas necrosadas irreversíveis, que servem como uma porta aberta para pragas e doenças.