Essa planta de origem colombiana tem uma característica bem curiosa, embora várias pessoas achem que sua estrutura vermelha seja uma flor, na verdade é apenas uma folha modificada para chamar mais a atenção dos insetos polinizadores, as reais flores dos antúrios são os milhares de pontos amarelados que crescem na espiga central da inflorescência da planta.
Essa planta é muito utilizada no Brasil por ser bem adaptada ao clima tropical e possuir um ótimo aspecto, com inflorescências de diversas cores diferentes e uma estatura máxima que dificilmente passa de um metro, podemos encontrá-la comumente em vasos ou em jardins formando grandes moitas com várias inflorescências.
Esta é uma planta de fácil cultivo, sendo bem resistente e apresentando ótimos resultados com um mínimo de cuidado. O mais importante é encontrar um local bem iluminado, mas protegido do sol a pino que pode queimar as folhas da planta (incluindo as inflorescências que também são folhas).
É aconselhável que se plante mudas já grande, cerca de 10 cm de estatura, para que assim elas não sintam um grande impacto pelo seu transplante e já comecem a se desenvolver rapidamente.
Como são nativas de florestas equatoriais, essa planta necessita de uma grande quantidade de matéria orgânica para se desenvolver, aconselhamos que misture cerca de 50% de fertilizante orgânico a seu substrato. Se estiver plantando no seu jardim, lembre-se de cavar uma cova bom tamanho, adicionar um pouco de areia grossa no fundo para melhorar a drenagem e depois preenchê-la com a mistura da terra ao adubo.
Embora não podemos encharcar o solo para não estimular a proliferação de fungos que trazem doenças às plantas, o antúrio necessita de umidade constante, logo regue diariamente, aumentando a dose durante a época de seca, para que o solo nunca fique completamente seco. Adicione um pouco mais de composto orgânico semestralmente para que a planta sempre tenha abundancia de nutrientes e floresça bem. Evite deixá-la em locais com ar condicionado.
Para que sempre estejam bonitos e saudáveis, é aconselhável transplantá-los quando começarem a crescer desordenadamente.
E como fazer esse replantio, e de quanto a quanto tempo se devemos fazê-lo? O ideal é que seja feito preferencialmente a cada dois anos, mas fiquem atento se morarem em alguma região em que o Inverno seja frio e úmido, como nas regiões sudeste e sul do Brasil, deixem para replantar ao final do Inverno ou início de Primavera, pois no Outono e Inverno, as plantas entram em dormência e quando cortadas ficam mais suscetíveis a doenças fúngicas.
Os antúrios são plantas fáceis de se multiplicar, e para isso você pode dividir as touceiras ou fazer estacas dos caules, aproveite a ocasião do replantio para repor a matéria orgânica dos canteiros, para isso acrescente terra vegetal, húmus de minhoca, torta de mamona, farinha de ossos e outros fertilizantes orgânicos.
Então façam da seguinte forma, cortem o excesso de folhas e raízes de uma planta alta e feia e plante-a em um vaso maior, afundando o caule, de forma que ele pareça uma planta “nova”, com isso, ela será forçada a produzir novas raízes no caule antigo, que ficará sob a terra, que a deixarão mais bonita e vigorosa.
Veja que se o caule for muito longo e grosso, o corte deve ser em estacas de 20 cm e plantar separadamente, nesse caso, cada estaca vai dar origem a um novo antúrio.
Uma coisa deve ser observada, os antúrios não devem ser podados, o que se pode fazer é a remoção das folhas mortas e doentes, pois as flores dos antúrios são muito duráveis e apropriadas para o corte, prestando-se para a confecção de belos arranjos florais, por exemplo.
Cortem as flores sempre que quiserem, não há uma época específica e o corte não faz mal às plantas, pelo contrário, cortem a haste floral próximo à sua inserção, sempre com cortes diagonais, em bisel, evitando assim que a água acumule sobre o local do corte e favoreça apodrecimentos, para esse trabalho utilizem sempre tesouras bem afiadas e limpas, e tenham cuidado para não cortar flores de plantas doentes e depois usar a tesoura contaminada em plantas sadias, pois assim poderão corre o risco de disseminar a doença entre os antúrios.