A umidade e o tempo fresco nos dias de Inverno, não o incentiva a ir até ao jardim. Para as plantas é uma excelente época. As temperaturas baixas não danificarão as plantas que, nesta época do ano, estão em repouso.
É nessa época que deveremos arrancar tudo o que não interessa no jardim, tal como as dálias e outras plantas de origem tropical. Praticamente em todas as regiões, a folhagem pode ficar gelada, mas as raízes ainda estão intactas, adormecidas.
Se o solo do seu jardim é muito argiloso, não deixe muita terra à volta das raízes, e não se esqueça de anotar as cores das dálias ou de, por exemplo, atar um pedaço de tecido que lhe recorde a sua cor.
Também pode proteger as plantas mais frágeis que ficaram na terra. O melhor material para este efeito está por cima da grama: são as folhas mortas. Colocadas em camadas espessas junto do pé, fornecem uma proteção contra o frio muito eficiente (quando está muito, muito frio, impedem o solo de gelar). Na Primavera, vão-se decompor e servem de adubo. É um material muito útil: seria quase criminoso queimá-lo ou mesmo levá-lo para a lixeira.
As folhas mortas são também de grande utilidade se forem espalhadas entre os pés das vivazes, pois vão tapar o solo e evitam a instalação das ervas daninhas durante o Inverno. Vão enriquecer o composto e transformam as terras pesadas em terras mais leves, desde que sejam colocados alguns centímetros de terra por cima.
Por fim, ao apanhar as folhas mortas também vai aquecer. Depois de acabar esta tarefa, vai conseguir ficar um pouco mais tempo no jardim e vai poder começar a podar as roseiras ou continuar as plantações em curso.
Cuidar de plantas, poder sentir seu perfume, vê-las florescer e alegrar o ambiente com sua beleza são caminhos que podem ajudar no combate ao estresse, ao cansaço de um dia árduo de trabalho ou, ainda, à ociosidade de não saber o que fazer nas horas livres.
Para ter um ambiente verde e trazer mais vida e alegria à casa não é difícil, mesmo quando não se tem espaço. Nesse caso, a solução é usar vasos.
O tamanho do vaso vai depende muito do porte da planta. O material (cerâmica, concreto, acrílico, porcelana, plástico, etc.) não importa, o que vale é preparar o vaso de forma correta e lembrar de sempre regar a plantinha.
Se você não dispõe de muito tempo para cuidar de plantas, o cacto pode ser uma boa opção; afinal, ele adora sol, só precisa ser regado uma vez por mês e sobrevive em qualquer época do ano.
Na hora de preparar um vaso de plantas (quer seja para o cacto, quer seja para outra planta qualquer), é necessário que sejam adotadas algumas regrinhas básicas.
A dica abaixo é sobre como preparar a terra de maneira correta.
1. Em um vaso com furos no fundo, coloque argila expandida ou pedra de brita. Tal processo auxiliará na drenagem da água, evitando que a terra tampe a saída;
2. A seguir, coloque uma parte de areia e, logo após, preencha o vaso com terra vegetal, deixando uma cova aberta. Ponha a planta de forma que o torrão da muda fique até dois dedos abaixo da borda do vaso (caso a planta esteja envolta em material plástico, retire-o, cuidadosamente, antes de colocá-la no vaso). Após colocá-la, complete o vaso com a terra;
3. Faça uma leve pressão, socando em volta do torrão, para fixar a planta;
4. Para decorar, coloque por cima da terra pedriscos;
5. A adubação deve ser feita uma vez por mês, de preferência com adubo líquido, pois é mais fácil de aplicar (basta jogá-lo na terra). A cada regada, o adubo penetrará mais fundo na terra;
6. Não se esqueça de regar o cacto uma vez por mês; ou outras plantas, três vezes por semana (principalmente se o tempo estiver muito quente).
Obs.: Não é aconselhável colocar duas plantas diferentes em um mesmo vaso, pois poderá haver concorrência de raiz e disputa das plantas pela água e nutrientes.
Entre as plantas que vivem à meia luz, estão: o lírio da paz, a palmeira ráfia, a palmeira fênix, a bromélia e o bico de papagaio; no entanto, o vaso deve sempre ser colocado próximo à janela.
Substratos e adubos para os vasos
Para a maioria das plantas é utilizada a chamada mistura básica, composta por alguns tipos de solo e outros ingredientes na seguinte proporção:
1/3 de areia de rio (a areia de mar não deve ser empregada devido à grande quantidade de sal);
1/3 de terra comum e 1/3 de material orgânico (húmus, esterco), do qual as plantas vão retirar os nutrientes fundamentais.
Caso queria dar mais leveza à mistura, pode-se substituir a areia por palha de arroz ou algum substrato que tenha vermiculita (rochas trituradas) , ingredientes que deixam a composição mais areada e mantenha água e nutrientes disponíveis por mais tempo.
Espécies tropicais, como as samambaias, que apreciam a umidade, podem ser plantadas em outra proporção de ingredientes: 2/4 de húmus, 1/4 de terra e 1/4 de areia.
Qualquer que seja o tipo de planta, as dicas abaixo ajudam a aproveitar melhor os nutrientes do solo de seus vasos:
• As regas vão achatando a terra. Sempre que notar que ela está endurecida, revolva para afofar, com o cuidado de não ferir caules e raízes.
• Se não conseguir deixar a terra soltinha, verifique se as raízes da espécie cresceram demais. Em caso positivo, é hora de transplantá-la para um vaso maior.
Ecotelhados
A utilização de telhados verdes não é recente. Ao contrário, há registros de sua presença desde a antiga Mesopotâmia. Quem nunca ouviu falar dos jardins suspensos da Babilônia, criados no século 6 a. C.?
Considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo, eles tinham, antes de beleza paisagística ou contemplativa, o objetivo de atenuar as temperaturas elevadas dessas regiões.
E as cidades do Mediterrâneo, com suas casas totalmente pintadas de branco, tradição antiga de moradores que sabiam dos efeitos desse recurso no meio ambiente? Ao longo do tempo, o uso desse sistema foi sendo aperfeiçoado e se propagou pelo mundo, constituindo elemento fundamental da arquitetura de países da Europa Central e da Escandinávia.
Nos anos 1960, as pesquisas foram intensificadas na Alemanha e novas tecnologias introduzidas, tais como materiais drenantes, membranas impermeabilizantes, agentes inibidores de raízes, substratos de baixa densidade e espécies adequadas de plantas.
Atualmente, a Alemanha é o único país do mundo com telhados verdes aplicados em escala significativa: cerca de 15% do total das construções. Em países de clima tropical, como o Brasil, o conceito existe há muitas décadas, porém sua viabilização mostrou-se muito difícil no passado.
Hoje, com o aquecimento global, o aumento das ilhas de calor e a degradação ambiental, o assunto vem ganhando maior atenção do poder público, das empresas privadas e dos cidadãos. As coberturas verdes se beneficiaram da evolução da técnica construtiva e, especialmente, dos recursos de impermeabilização.
Constituíram um dos princípios básicos da arquitetura moderna, já nas primeiras décadas do século passado. Uma referência pioneira é a antiga sede do Ministério de Educação e Saúde, atual Palácio Capanema, RJ, projeto de 1936, com o terraço-jardim de Roberto Burle Marx.