O gênero Galeandra conta entre trinta e quarenta espécies, cerca de metade delas presentes no Brasil, encontrada principalmente na região amazônica, em Minas Gerais, e em Goiás, também é encontra no México e na Bolívia, divididas em dois grupos bastante diferentes entre si. São espécies terrestres, rupícolas ou epífitas, nativas da América tropical, apenas uma do Sudoeste asiático.
Por tratar-se de gênero com grande número de espécies, variados são seus habitats, no Brasil, preferem os campos secos ou arenosos, mas há também representantes provenientes de brejos e matas abertas.
Possuem pseudobulbos perfeitos quando epífitas, que podem ser alongados ou globulares, com muitas folhas dísticas, ou poucas, apenas na parte superior; ou tuberiformes e enterrados quando terrestres, nestes casos muitas vezes sem folhas.
Suas folhas são lineares ou lanceoladas, com espessas nervuras longitudinais, comum caducas ou ausentes na antese. A inflorescência é terminal, racemosa, ereta ou levemente pendente, longa, geralmente com poucas flores, resupinadas, de tamanhos, cores e formatos variáveis, freqüentemente vistosas. O labelo de suas flores destaca-se muito em relação às sépalas e pétalas, é séssil, simples ou levemente trilobado, glabro ou pubescente, apresentando esporão, de formatos variados, algumas vezes muito longo, outras curto ou quase imperceptível, o disco do labelo contém duas a quatro carenas.
A coluna é curta, levemente arqueada e algo alada, com pé destacado. Antera terminal, e duas polínias cartilaginosas. Conhecida em algumas regiões como chapeuzinho-de-gnomo, as galeandras vegetam nas árvores retorcidas do cerrado, é encontrada principalmente na beira de rios e grotas. É muito comum encontrá-las em árvores que morreram, mas, que, ainda estão de pé no meio do mato, árvores mortas é seu local predileto.
O problema é que, essas árvores não duram muito tempo, logo caem, com todas aquelas jóias raras. Florescem no Verão até meados do Outono, mas, depende muito do inicio do período chuvoso, quando as chuvas chegam mais cedo, elas também florescem mais cedo, quando as chuvas atrasam, elas florescem mais tarde. Em outras regiões, florescem em meados do Outono e do Inverno dependendo da espécie.
Florescem apenas uma vez ao ano, suas flores duram em torno de 15 dias, com tamanho de 5 cm. Mas acontece muito de surgir outro cacho na mesma haste floral quando o primeiro cacho cai, mas para isso, é necessário que elas estejam bem nutridas e sem ataques de pragas. É um gênero com cerca de 26 espécies, terrestres e epífitas. Por causa da quantidade de flores que proporciona a espécie galeandra dives se tornou a mais cobiçada.
Não se deve regar as galeandras com o sol quente, e, se possível não molhar as folhas e flores, apenas o substrato, isso também vale para a adubação, aplique o adubo só no substrato, isso ajuda a controlar fungos e bactérias, as folhas e principalmente as flores das galeandras são muito sensíveis.
De preferência, regue pela manhã, ou no fim do dia. Muito cuidado para que elas não permaneçam encharcadas. Funciona da seguinte maneira: molhe, espere escorrer a água, então molhe novamente. Durante os meses de crescimento, elas gostam de boa iluminação e regas constantes. Sombreamento a 50% é o ideal. O excesso de sombra deixa as com um tom de verde-escuro e faz crescer a parte vegetativa, mas, atrapalha a floração. O ideal é que as orquídeas estejam com as folhas verde-claras, isso vale para todas as orquídeas.
As espécies desse gênero, assim como os catasetum, costumam hibernar no inverno, época em que a planta perde todas as folhas. Elas ficam em estado de dormência, não processam os minerais nem absorvem água. Nesse período regue apenas se elas começarem a desidratar, apenas de vez enquanto, se você regar normalmente neste período, elas vão apodrecer. No período de crescimento, a adubação deve ser feita uma vez por semana.
Adube alternadamente adubo Peter 20-20-20, ou pode usar o 30-10-10 para estimular o crescimento no primeiro mês, depois um mês antes de florir use o 10-30-20 para estimular a floração. Seguindo sempre as orientações do fabricante. Cuidado com excesso de adubo, pode queimá-las, principalmente se for aplicado durante o sol quente (de 10 às 4 da tarde). O melhor horário para adubar é bem cedinho, porque os estômatos das orquídeas estão abertos, facilitando a absorção dos nutrientes, se não der para adubar de manha, faça à tarde.
Se o fabricante diz 1 ml ou uma colher de chá por litro de água de 15 em 15 dias e você quer adubar toda semana, divida esse adubo, ou seja, coloque 1 ml ou 1 colher de chá para does litros de água.