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Folha atacada por pragas
O Verão acabou e é justamente nessa época que os estragos causados pelo calor e umidade, excessivos às plantas ornamentais, ficam mais evidentes. Um dos piores males é a infestação por pragas impulsionada pelo clima, que pode atingir diversas espécies e partes da planta, tirando o vigor, diminuindo a beleza e, em casos mais extremos, provocando a morte do vegetal.

O termo praga está relacionado a agentes visíveis, geralmente insetos, aracnídeos ou moluscos. Um exemplo são as lagartas, cuja proliferação em coqueiros e palmeiras é frequente na estação mais quente do ano. Bastante aproveitadas em projetos de paisagismo, espécies como fórmio (Phormium tenax) e cica (Cycas revoluta) também sofrem nessa época com o aparecimento de cochonilhas. Em gramados os problemas podem aparecer na forma de cigarrinhas e percevejos, apenas para citar alguns.

Pequenos, mas vorazes
Insetos sugadores como as já citadas cochonilhas, pulgões, percevejos e cigarrinhas atuam extraindo a seiva de folhas e flores e secretando um líquido açucarado que atrai formigas e favorece o crescimento de fungos que causam a diminuição da área fotossintética da folha.

No Verão, as plantas ficam mais suscetíveis ao ataque de insetos como pulgões, cochonilhas, besouros e ácaros rajados. Na foto, folha infestada por indivíduos adultos e ninfas de pulgão

As cochonilhas vivem em colônias e quase não se movimentam sobre as plantas. Elas geralmente se instalam sob as folhas, nos ramos e troncos das árvores e podem apresentar formas e tonalidades muito variadas: branco, marrom, avermelhada, verde ou enegrecida.

Algumas espécies possuem corpo mole e se depositam sobre as plantas como se fosse algodão, enquanto outras têm uma carapaça dura.

Com tamanho variando de 1 a 5 mm, os pulgões são perigosos por se reproduzirem rapidamente e atingirem principalmente folhas mais novas e delicadas. O resultado de um ataque desses insetos pode ser notado em pouco tempo, primeiramente através do aspecto enrolado e amarelo das folhas, depois pelo atrofiamento da planta.

Vale ainda atentar à ação das cigarrinhas, que além de sugar continuamente a seiva das plantas, injetam toxinas que causam deformações nas folhas. Um sintoma da infestação por esse tipo de inseto é a presença de uma espuma branca – que lembra neve – e pode cobrir parte de galhos de árvores e gramados.

As formigas provocam danos consideráveis às plantas cultivadas, sobretudo as saúvas e quenquéns, que cortam folhas e brotações

Os percevejos, por sua vez, provocam a secura das folhas. Esses insetos também apresentam tamanho e formas variadas. Algumas espécies, inclusive, exalam odor desagradável ao serem tocadas (as conhecidas marias-fedidas).

Numerosas e organizadas
Outras variedades de insetos a atacar os jardins, gramados e vasos são os sociais, como cupins e formigas. Os cupins se alimentam de materiais ligno-celulósicos (papéis, árvores e madeira em geral) e formam grandes colônias, atacando desde mudas recém-transplantadas até árvores adultas. Já as formigas provocam danos consideráveis às plantas cultivadas – sobretudo as das espécies saúvas (Atta spp) e quenquéns (Acromyrmex spp) – aos cortar folhas e brotações.

Igualmente vorazes, as lagartas são formas jovens de borboletas e mariposas e devem ter sua presença no jardim rigorosamente controlada. Isso porque elas consomem grande quantidade de alimento, causam desfolhamento da planta e, algumas espécies são gregárias, ou seja, formam galerias nos troncos ou folhas.

Entre as pragas que atingem as plantas ornamentais, há ainda os besouros, que podem alimentar-se de folhas, botões florais, flores e raízes. Assim como as lagartas, algumas espécies têm larvas que penetram nos caules e ramos formando galerias em seu interior.

Além de insetos, as espécies ornamentais podem ser atingidas por ácaros e moluscos. Vetores de viroses, os ácaros são semelhantes a aranhas minúsculas que tecem teias e formam grandes colônias. “Eles se alimentam raspando ou sugando a seiva do lado inferior das folhas, provocando manchas bronzeadas”, informa Takematsu.

Entre os moluscos, destacam-se as lesmas, normalmente incidentes em locais escuros e úmidos. Esses animais deixam um rastro brilhante e pegajoso por onde passam, além de rasparem e consumirem folhas, destruindo mudas pequenas e tenras.

Plantas bem adaptadas às condições ambientais tendem a ser mais resistentes ao ataque de pragas. Por isso, a primeira medida para evitar infestações é observar se a planta está bem irrigada e recebendo a quantidade adequada de luz, água e adubação. Esse cuidado deve ser observado tanto no verão, quanto nas demais estações do ano.

Outra recomendação é ter cuidado com a introdução de plantas novas no jardim ou próximas a outros vasos já existentes. Isso para evitar possível contaminação. Além disso, “é muito importante que seja feito trabalho preventivo junto aos vegetais, pois as mudanças de temperatura e a alta umidade propiciam não apenas o aparecimento de pragas, como também o surgimento de fungos e outras doenças típicas da estação que enfraquecem e podem matar as plantas”, acrescenta Vâner Silva, lembrando que o ideal é aplicar fertilizantes regularmente.

Como tratar
Uma vez detectada a infestação, deve-se dar preferência a métodos de tratamento orgânicos e seletivos. Na floricultura em escala comercial é comum o controle químico de pragas, mas em pequenas áreas é possível empregar a pulverização de produtos alternativos, como calda de fumo e solução aquosa de sabão ou de detergente caseiro.

A poda de limpeza para retirar partes de plantas infestadas é fundamental e deve ser feita sempre que necessário. No caso dos insetos, uma estratégia eficaz é o controle biológico através do uso de inimigos naturais das pragas, como joaninhas, tesourinhas e bicho lixeiro.

Insetos parasitóides como as pequenas vespinhas também podem se tornar grandes aliados na batalha contra pulgões. Isso porque eles depositam seus ovos dentro do corpo dos pulgões e suas larvas alimentam-se o do conteúdo interno do hospedeiro. Com o tempo, o inseto parasitado é mumificado, adquirindo aspecto e coloração diferente dos demais.

Mas é importante que essas múmias não sejam removidas, pois elas iniciarão uma nova geração de parasitóides que atacarão outros pulgões sadios, dando início a outro ciclo de parasitismo, ressaltando-se que nem todos os insetos presentes nas plantas cultivadas devem ser retirados ou exterminados.

Diante da presença de lesmas, a melhor solução é também a mais simples: retirar os moluscos individualmente. O uso de algumas armadilhas pode auxiliar nessa tarefa. Um exemplo é embeber um pano em leite e deixá-lo próximo às plantas. As lesmas são atraídas pelo leite e se abrigam sob o tecido durante a noite. No dia seguinte, basta recolher o pano com as lesmas, que deverão ser eliminadas.

Aprenda a receita de calda de fumo para controle de pragas em jardins.
Ingredientes

250 g de fumo de corda
100 ml de álcool comum
1 l de água fervente

Preparo
- Coloque o fumo picado em uma vasilha. Em seguida, acrescente a água.
- Tampe e deixe a mistura em repouso por 24 horas. Passado esse período, agite bem o conteúdo. Filtre o líquido em pano fino espremendo bem para retirar o máximo de extrato. Adicione o álcool, que servirá de conservante para a solução. Guarde a mistura em frasco escuro.
- Para o tratamento das plantas infestadas, dilua 100 ml da solução de fumo em 1 litro de água. Em seguida, acrescente dez gotas de detergente caseiro (para quebrar a tensão superficial da água) e pulverize a mistura sobre as plantas. Aplique sobre as plantas o quanto for necessário.

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Um erro freqüente no cuidado das plantas cultivadas em vasos é regar demais. Saiba como dar a quantidade certa de água que as plantas exigem.
Assim você evitará que a raiz apodreça, a proliferação de fungos e até a morte da planta.
1 – Mantenha os orifícios de drenagem do vaso desobstruídos.

2 – Existem várias formas de controlar o nível de umidade dos vasos. Você pode colocar os dedos no substrato para sentir se falta água ou está molhado demais. Ou pode bater no vaso com uma faca e observar o som produzido.

3 – Regue com mais freqüência quando a terra estiver seca e mais espaçadamente quando sentir que está empapada.

4 – Regue os vasos que estão em locais diferentes de forma diferenciada. Os que estiverem mais expostos ao sol e ao vento devem receber mais água.

5 – Modifique a forma de regar de acordo com a estação. Aumente a quantidade de água nas épocas que o ar estiver mais seco e os ventos forem mais quentes.

6 – Os vasos de barro e argila são porosos e perdem um pouco de água pelas paredes, portanto, exigem que você regue as plantas com mais freqüência.

7 – Você também pode usar vasos ou jardineiras que contem um depósito de água que a planta vai consumindo de acordo com a necessidade.

É melhor regar as plantas de menos do que em excesso.

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pulgões

Ataque de pulgões pode debilitar e matar plantas; sabia como acabar com a praga.
Quem vê o tamanho de um pulgão dificilmente acredita que um bicho tão pequeno, com no máximo 5 mm de comprimento, possa colocar em risco a saúde de tantas plantas ornamentais. Mas quem já observou a voracidade desses insetos pôde entender por que eles estão entre as pragas mais perigosas às espécies vegetais, ao lado de besouros, formigas e gafanhotos. Quando não controlada rapidamente, a infestação de pulgões pode ser fatal.

Sedentos sugadores de seivas, os pulgões excretam um líquido açucarado que favorece o crescimento de fungos de coloração escura, levando à diminuição da área fotossintética da folha. Esse mesmo líquido funciona como atrativo para formigas e, para piorar torna a planta mais suscetível a doenças causadas por fungos e bactérias.

Considerando os pulgões que atingem espécies cultivadas e silvestres, estima-se que haja cerca de mil tipos diferentes desses insetos, que podem ser pretos, brancos, marrons, amarelos, cinzas e verdes.

Folhas mais novas e delicadas são os alvos preferidos desses intrusos, que vivem em colônias. Os grupos são compostos quase que exclusivamente por animais do sexo feminino, que se reproduzem rapidamente por partenogênese, ou seja, sem participação de machos. O resultado da infestação pode ser notado em pouco tempo, primeiramente através de folhas amarelas e enroladas, depois do atrofiamento da planta.

Operação de salvamento
Capazes de migrar por grandes distâncias, levados pelo vento, os pulgões podem aparecer em qualquer época do ano, mas os períodos mais propícios ao ataque são a Primavera, o Verão e o início do Outono.

Algumas espécies, como a Aphis nerii, podem atingir até mesmo plantas tóxicas como a espirradeira, mas apesar da resistência desses insetos, controlar o seu desenvolvimento em ambiente doméstico não é tarefa complicada.

A principal recomendação é jamais tentar eliminar as colônias com inseticidas em aerosol indicados para controle de pragas urbanas, como baratas, pulgas, moscas ou pernilongos. Isso porque alguns tipos de pulgões, como o Myzus persicae e o Aphis gossypii, podem desenvolver resistência a esses pesticidas químicos, sobretudo quando aplicados repetidamente. Sem contar que o veneno tende a eliminar os predadores naturais do pulgão.

A presença de joaninhas, tesourinhas, bicho lixeiro, entre outros, é uma das formas mais eficazes para minimizar o aparecimento de pulgões. O controle biológico pode contar também com pequenas vespinhas parasitóides que colocam ovos dentro do corpo dos pulgões e alimentam-se do conteúdo interno do hospedeiro. O pulgão parasitado transforma-se em uma múmia, adquirindo aspecto e coloração diferente dos demais. Recomenda-se que que essas múmias jamais sejam removidas, uma vez que darão origem a outra geração de parasitóides que atacará outros pulgões sadios.

A guerra conta o pulgão pode ser vencida, ainda, com a aplicação de inseticidas de baixa toxicidade (malatiom, piretrinas) específicos para uso em plantas ornamentais. Outra estratégia de combate eficiente é a pulverização de extratos vegetais naturais, como a calda de fumo.

Por fim, vale lembrar que ter plantas saudáveis passa também pela realização constante de podas de limpeza, pela utilização de substratos livres de pragas, e por limpezas manuais periódicas, com um chumaço de algodão umedecido com água e sabão neutro.

flores de primavera

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Diferentes formas de cochonilhas, uma das pragas mais prejudiciais às plantas ornamentais
Primeiro surgem pequenas bolinhas brancas que se mantêm praticamente estáticas nos caules mais próximos às folhas. Depois, as folhas começam a apresentar manchas e murchar. Logo em seguida, a planta perde vigor a ponto de, em casos extremos, morrer. Esse é um roteiro resumido de um típico ataque de cochonilhas, uma das pragas mais prejudiciais às plantas ornamentais. Embora minúsculos, medindo não mais do que 35 mm, esses insetos sugadores de seiva podem fazer grandes estragos, não apenas pelos nutrientes que rouba, mas também por secretar uma espécie de cera que facilita o ataque de fungos, diminui a capacidade fotossintética da planta e, de quebra, atrai formigas doceiras.

Parentes próximos das cigarras e dos pulgões, as cochonilhas apresentam formas muito variadas, o que dificulta a sua identificação. A coloração pode ser branca, marrom, avermelhada, verde ou enegrecida. Algumas espécies possuem corpo mole e se depositam sobre as plantas como se fosse algodão, enquanto outras têm uma carapaça dura.

Sempre em conjunto, os insetos normalmente se instalam nas axilas das folhas (ponto onde a folha encontra o caule), sob as folhas, nos ramos e troncos das árvores e até mesmo em frutos e raízes.

A proteção do jardim contra esses intrusos começa na manutenção das plantas em condições saudáveis. O ataque dessa e de outras pragas sempre ocorre em plantas submetidas a condições ambientais e/ou nutricionais impróprias. Entre os fatores que propiciam esses ataques, ela destaca a existência de solo ou substrato inadequados, quantidade insuficiente de luz, falta de água, déficit de nutrientes ou adubação em excesso. Outro fator favorável às cochonilhas é a eliminação dos predadores naturais, como percevejos, joaninhas, moscas e alguns fungos.

Em teoria, todas as espécies vegetais utilizadas na ornamentação de jardins e de interiores, quando submetidas a condições inadequadas de cultivo, estão vulneráveis ao ataque de cochonilhas. No caso das suculentas, algumas espécies são mais suscetíveis, como nas Echeverias (rosas-de-pedra). Outras plantas comumente atacadas por esses insetos são a Hortência-chinesa, a camélia, as laranjeiras e os limoeiros.

Como intervir?
A boa notícia é que livrar o jardim das cochonilhas não é tarefa difícil. De acordo com a intensidade e as condições do ataque, o controle pode ser feito com a poda e a destruição das áreas mais comprometidas. A limpeza das partes mais infestadas com esponja ou escova secas, ou a remoção dos insetos com cotonete embebido em vinagre ou álcool etílico, também são medidas que surtem efeito.

Para os casos em que é necessária uma intervenção mais dura, uma solução é pulverizar a planta atacada com emulsões de sabão de coco ou detergente neutro e, em seguida, pulverizar óleo mineral emulsionável. O óleo mata os animais por asfixia ao formar uma película sobre eles que impede a respiração. Para maior proteção das plantas, é importante que a pulverização seja feita sempre no final da tarde quando há menor incidência de sol.

A batalha contra as cochonilhas pode ser vencida, ainda, com a aplicação de inseticidas de baixa toxicidade próprios para uso em plantas ornamentais. Outra estratégia de combate válida é a pulverização de extratos vegetais naturais, como a calda de fumo e a calda de santa-maria.

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