As soluções fertilizantes, em decorrência da maior concentração desse ou daquele macroelemento, podem ser de vários tipos, o que se expressa por três números: o 1º indicando a concentração do nitrogênio, o 2º do fósforo e o 3º do potássio.
Assim a fórmula 18-18-18 ou 20-20-20 é aquela em que os três elementos estão equilibrados. Na fórmula 30-10-10, o teor de nitrogênio é três vezes mais alta que o do P ou do K, perfazendo a fórmula 50% de elementos fertilizantes.
Ela é recomendada para as plantas novas (seedlings) desde a germinação até a primeira floração. Também é usada para estimular a brotação de plantas adultas e especialmente recomendada nas culturas de folhagens.
Na fórmula 10-30-20, vê-se uma predominância do fósforo, sendo muito usada na preparação da floração.
Do exposto acima podem-se resumir as condições para escolha da adubação foliar:
a) fase do crescimento ou na brotação - A fórmula mais adequada é a que,no balanço dos nutrientes, o nitrogênio predomina (30-10-10), podendo-se intercalar uma fórmula, isto é, pulverizar ora com uma nitrogenada, ora com uma fosfatada, tendo em vista que o fósforo favorece o desenvolvimento do sistema radicular.
b) fase de floração - É a que antecede à floração, nesta fase é fundamental um maior percentual de fósforo, elemento básico das boas floradas (10-30-20).
c) fase de frutificação - É a que segue a floração, sendo nutriente fundamental o potássio. É pouco usada na floricultura.
Modo de usar:
A aplicação deve ser criteriosamente feita para seu melhor aproveitamento.
De início impõe-se a regra básica do uso da fórmula certa, em época certa e com a regularidade necessária para que a planta se adapte.Devem-se usar os pulverizadores habituais, capazes de produzir um leque de gotículas bem finas, que molhem uniformemente as duas faces da folha.
Por uma questão pura de economia do adubo, deve-se evitar um excesso de molhagem ou gotas muito grandes, que fazem o escorrimento da solução. É bom lembrar, no entanto, que a solução que escorrer para o substrato, só pode fazer bem, pois as raízes também vão absorvê-la.
A aplicação periódica do adubo é mais indicada, desde que sejam usadas mais diluídas, cuja concentração ótima é determinada pela experiência em cada caso.
O adubo deve ser usado com um agente molhante de boa qualidade.
Para melhor aproveitamento pelas plantas, recomenda-se uma rega na véspera da adubação, para que as plantas fiquem bem supridas de água.A aplicação deve ser repetida cada 7 ou 15 dias, recomeçando as regas normais 24 a 48 horas após a aplicação.
O equipamento deve estar muito limpo, livre de resíduos que possam ser tóxicos para as plantas.
O uso simultâneo do adubo com pesticidas, fungicidas, etc., se não for bem equacionado, pode trazer problemas de incompatibilidade ou de desequilíbrio da fórmula do adubo.
O tratamento regular com o adubo produz crescimento mais rápido e viçoso, melhor floração, aumento da resistência das plantas às doenças e variações climáticas, facilitando ainda a aclimação e o enraizamento.”
Não se pode esquecer que os elementos químicos em pequenas doses são muito favoráveis as plantas, mas em concentrações altas são altamente tóxicos.
Adubações muito frequentes podem, pela evaporação da água do adubo, produzir concentrações altas dos sais, com depósitos nas folhas e raízes com graves consequências. Daí a conveniência de regas com água pura entre as adubações.
A adubação excessiva produz plantas muito fortes, com crescimento vegetativo abundante, com folhagem verde escuro, com muitos brotos novos em detrimento da floração.
Algumas pessoas argumentam ser a adubação foliar muito cara. É necessário lembrar que ela deve ser complementar, sendo as quantidades usadas muito pequenas.
A escolha do adubo é da maior importância.
Os adubos devem ter procedência garantida, e de fornecedores credenciados. Devem ser fácil e completamente solúveis na água, dando solução incolor, límpida, não depositando resíduo, mesmo após 24 horas.
Os produtos químicos usados são de alto custo pois devem ter alto grau de pureza. Cabe lembrar o caso da uréia, adubo de grande valor como fonte de nitrogênio orgânico. Esse tão benéfico elemento, no entanto, tem como contaminante habitual o biureto, substância altamente tóxica para as plantas, especialmente as novas. Outros sais, quando muito puros, podem ter acidez muito alta, queimando as plantas (nitratos, cloretos, etc.)
As plantas recém plantadas, ou mudadas, necessitam de adubação muito reduzida; praticamente só o nitrogênio (N) é exigido. Observem que essas plantas costumam ficar com as folhas amareladas pela falta de nitrogênio.
Não esqueçam que as plantas para absorverem alimento, precisam de água e a umidade do substrato é necessária para termos plantas com bom estado vegetativo.
Uma das grandes vantagens da adubação foliar é que as plantas absorvem aproximadamente 90 % do adubo, sendo que uns elementos são mais assimiláveis que outros. Enquanto isto, o adubo colocado no substrato perde no mínimo 50%.
Minutos após a aplicação do adubo, ele completa a primeira fase da absorção e no fim de algumas horas chega às raízes.