Nome Popular: Murta-de-cheiro, murta, murta-da-índia, jasmim-laranja, dama-da-noite
Família: Rutaceae
Origem: Índia e Malásia, Sul e Sudeste da Ásia
Ciclo de Vida: Perene
A murta-de-cheiro é um arbusto grande ou arvoreta, que pode alcançar até 7 m de altura, graças ao seu porte vigoroso.
O caule lenhoso é muito resistente e de fácil ramificação; esta ramificação acentua-se quando ela é podada, e graças a isso seu adensamento é grande, formando uma densa ramagem folhada.
Por conta desta característica ela foi muito utilizada como cerca-viva tanto em áreas rurais quanto urbanas. Além da proteção oferecida pela enorme quantidade de folhas elípticas verde-escuras, a murta-de-cheiro também produz flores pequenas, que lembram muito as inflorescências das laranjeiras: pequenas e de coloração branca ou creme.
Sua reprodução é facilitada pelas sementes que são espalhadas pelos pássaros, que se alimentam de suas bagas, os frutos do arbusto.
Contudo, a murta-de-cheiro tem sido sistematicamente banida do meio rural por ser vetor de propagação da bactéria Candidatus liberibacter americanus, a transmissora de uma praga que pode exterminar pomares de laranjais e limoeiros: o greening, que deixa as folhas amareladas e faz com que os frutos nasçam irregulares.
Como tem disseminação facilitada pelos polinizadores acima mencionados, foi considerada uma praga em algumas regiões e literalmente arrancada do solo.
Caso a murta-de-cheiro seja sua escolha paisagística para uso em cercas-vivas ou como arvoreta para sombreamento, certifique-se que não haja cítricos nas proximidades.
Escolha mudas oriundas de estabelecimentos de confiança, pois o arbusto é vulnerável a diversas pragas, como cochonilhas e pulgões, e doenças como a clorose férrica, uma espécie de “anemia” que a acomete. O solo deve ser fortalecido com esterco animal e húmus, além de facilmente drenável, para que comporte irrigações periódicas até que a murta-de-cheiro esteja plenamente estabelecida.
As adubações de reforço devem ser semestrais, assistidas com um suplemento de quelato de ferro para evitar a clorose.
As podas devem ser feitas preferencialmente na Primavera. O local onde o arbusto ficará deve estar e pleno sol ou meia-sombra. A murta-de-cheiro é eminentemente tropical, porém suporta frio moderado, sem geadas.
Planta que está sendo erradicada em diversas cidades
A murta-de-cheiro é sensível a cochonilhas, pulgões, nematódios, mosca-branca e clorose férrica.
Além disso é hospedeira do psilídeo Diaphorina citri, transmissor do Greening dos Citros (doença causada pela bactéria Candidatus Liberibacter americanus).
Esta doença causa sérios prejuízos econômicos à citricultura, motivo que levou algumas cidades a realizarem programas de erradicação da murta-de-cheiro do paisagismo urbano e rural. Devido a facilidade de propagação pode tornar-se invasiva.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente; principalmente no primeiro ano após o plantio.
Podas de formação e desfolhamento na primavera estimulam a renovação da folhagem e adensamento da planta. Aprecia o clima tropical, subtropical e mediterrâneo, tolerando o frio moderado, sem no entanto tolerar geadas fortes.
Adubações semestrais e suplementação com quelatos de ferro ajudam a prevenir a clorose férrica e fortificam a planta.
Multiplica-se por sementes e por estaquia dos ramos semi-lenhosos.