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Existem várias espécies de mussaenda, todas pertencentes à família das Rubiáceas.

As mais conhecidas são:

Mussaenda alicia
Mussaenda alicia – Conhecida como mussaenda-rosa;

Mussaenda philippica
Mussaenda philippica – Conhecida como mussaenda-branca,

Mussaenda erythrophylla
Mussaenda erythrophylla – Conhecida como mussaenda-vermelha ou mussaenda-vermelha-trepadeira.

As duas primeiras apresentam porte arbustivo, chegando a atingir cerca de 2 a 3 m de altura; já a mussaenda vermelha é um arbusto escandente que pode atingir até 10 m.

A reprodução das mussaendas se dá por meio da estaquia dos galhos e das pontas dos ramos. A propagação por sementes é bem difícil. Para fazer as estacas, retire galhos floridos de uma planta já crescida. De cada galho, faça estacas de 10 cm, retirando as flores e folhas.

Utilize um hormônio enraizador para estimular a brotação da estaca e “plante-a” num recipiente com palha de arroz queimada, mantendo sempre úmido, em ambiente quente, mas protegido do sol. Normalmente as estacas enraizam num período de 15 dias. Depois disso, retire a muda e faça o plantio.

Observe que as mussaendas precisam de sol pleno e solo rico em matéria orgânica. Para o plantio da mudinha, prepare a seguinte mistura de solo: 1 parte de terra comum – 1 parte de terra vegetal – 2 partes de composto orgânico. As regas devem ser espaçadas, pois a planta gosta de solo úmido, mas não encharcado. Você pode adquirir o hormônio vegetal e o composto orgânico já preparado em lojas de produtos para jardinagem.

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Ao planejar um jardim, é necessário avaliar uma série de fatores além da estética, para escolher as espécies vegetais mais adequados. Diferenciar nativas e exóticas é mais um desses fatores.

musaendaMussaenda

sempre-vivaSempre-viva

De forma simples, pode-se definir nativas como plantas oriundas do país onde é cultivada. Por exemplo, diversas espécies de bromélias (Bromeliaceae), helicôneas (Heliconeae) e palmeiras (Palmae) são nativas do Brasil.

flamboyantFlamboyant

avencaAvenca

Enquanto aquelas originadas de países diferentes do lugar de plantio são denominadas de exóticas. Com isso, em território brasileiro, boca-de-leão (Antirrhinum majus), maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana) e hibisco (Hibiscus rosa-sinensis) são consideradas plantas exóticas.

O uso das primeiras é o mais indicado, já que sendo cultivadas em seu ambiente de origem estão perfeitamente adaptadas às condições climáticas regionais, desenvolvendo-se bem.
A probabilidade de um resultado melhor com seu uso não se compara com a de exóticas. Além disso, ao escolhê-las, contribui-se para sua preservação e também para a conservação da biodiversidade local.

Os riscos
No entanto, o emprego se exóticas não é proibido, desde que haja o cuidado de plantá-las num lugar que ofereça suas exigências de temperatura, luminosidade e umidade. Como necessitam de tempo para aclimatação, é recomendado usar um número pequeno dessas espécies.

Deve-se ter cuidado para não exagerar, pois é muito importante valorizar as plantas nativas dos ecossistemas do país. Outro cuidado primordial, é a contenção do avanço das exóticas, impedindo que se tornem invasoras.
Muitas delas quando introduzidas em uma nova área se adaptam tão bem que acabam originando descendentes férteis. Então, eles se reproduzem, alastrando-se e, assim, representando uma ameaça para a flora original, o que pode provocar sérios impactos ambientais.

A União internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) já considera as exóticas invasoras como a segunda causa mundial de redução da biodiversidade. A primeira é a destruição dos habitats pelo homem.

No Brasil, é exigido um laudo de análise de risco para importação e consequente introdução dessas espécies. No entanto, já há muitas delas disseminadas em todo o território nacional, como a maria-sem-vergonha e o lírio-do-brejo (Hedychium chrysoleucum).

Vantagens
Muitas exóticas aparecem de forma negativa, representando uma ameaça a ecossistemas locais, seja alastrando ou trazendo novas doenças. Porém com controle, é possível utilizá-las sem prejuízo.

O recomendado é a escolha de espécies que exijam condições mais próximas às encontradas em sua região de origem, o que facilita sua aclimatação. Vale destacar ainda que as arbóreas se adaptam mais facilmente do que as herbáceas.

No Brasil, árvores exóticas são comumente utilizadas na arborização urbana. Cássia imperial (Cássia fistula), flamboyant (Delonix regia), ficus (Ficus spp) e jacarandá-mimoso (Jacarandá mimosaefolia) podem ser admirados com frequência nas ruas brasileiras.

No entanto, também é possível encontrar espécies nativas típicas, como ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha), mulungu (Erythrina mulungu), pata-de-vaca (Bauhinia forficata) e pau-ferro (Caesalpinia férrea).

É necessário valorizar mais as plantas nativas, nada contra a introdução de exóticas, desde que sirvam como complemento.

Jardins compostos por nativas apresentam manutenção mais fácil, já que exigem menos cuidados devido a sua adaptabilidade. Além disso, elas criam áreas verdes mais naturais, pois são amostras dos biomas locais.

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