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As Epífitas

As epífitas constituem o segundo grupo de plantas que vivem sobre as árvores, embora não sejam trepadeiras. Germinam no alto dessas árvores e aí crescem, mas apenas para obter um lugar ao sol. Não se trata de parasitismo. A maioria das epífitas é encontrada nas regiões tropicais úmidas, e o aspecto compacto das florestas tropicais se deve principalmente aos musgos, fetos, orquídeas e outras epífitas, que medram nos troncos e galhos das árvores.

Embora possa parecer bastante fácil para uma pequena planta tropical escapar das profundas sombras do âmago das florestas, utilizando-se de um galho de árvore sobre o qual possa crescer, são imensos os problemas que se deparam às epífitas. Poucas criam raízes suficientemente longas que lhes permitam alcançar o solo. Todas as demais têm de viver à custa da água e dos elementos nutritivos que consigam encontrar no alto das árvores. Em alguns casos, os pássaros distribuem as sementes dessas plantas, devorando os frutos que elas produzem e depositando-lhes as sementes, não digeridas, nos galhos das árvores. No entanto, numerosas epífitas possuem esporos muito leves, como é o caso dos musgos e dos fetos, ou sementes de reduzido peso, como acontece com as orquídeas e as bromeliáceas. As sementes são distribuídas pelo vento. Um único receptáculo de sementes de uma orquídea chega a conter até 3 milhões de sementes, o que proporciona, pelo menos a algumas, a oportunidade de se localizarem num galho.

Após a germinação, as epífitas enfrentam outros problemas, como o de se fixar e obter alimento. Portanto, não é de surpreender que realizem inúmeras adaptações a esse estilo de vida especial e precário. Muitas são plantas suculentas, que possuem reservatórios internos de água, sob a forma de órgãos capazes de armazená-la; tecidos como os dos caules intumescidos; e pseudobulbos, no caso das orquídeas; as folhas grossas, como as da Peperomia. Outras têm reservatórios externos de água, a exemplo das bromeliáceas, aparentadas com o abacaxi, que apresentam folhas de bases dilatadas, verdadeiras taças capazes de recolher certa quantidade da água das chuvas. Esses reservatórios das bromeliáceas são de tal forma eficientes que outros animais e plantas se tornaram deles dependentes.

Dischidia rafflesiana 1
A adaptação mais característica de todas talvez seja a da Dischidia rafflesiana, epífita que possui longas hastes enroscadas, precariamente ligadas aos ramos das árvores por um reduzido sistema radicular. Ao lado de folhas comuns, apresenta grandes folhas em forma de urnas, com as quais obtém água e nutrientes. Cada urna tem uma abertura pela qual se liga ao caule e por esse orifício a planta emite uma raiz que se ramifica no interior. Algumas das urnas, em forma de pé-de-meia, ficam pendentes e recolhem a água da chuva; outras, voltadas para cima, permanecem secas e servem de abrigo às formigas, que nelas vivem. Os detritos desses formigueiros constituem fonte ideal de alimentos, e a planta obtém nutrição e água graças a esses depósitos que ela mesma produz.

Asplenium nidus,
Outras epífitas coletam o humo nos lugares elevados em que se situam. Uma delas é o feto Asplenium nidus, que apresenta rosetas de folhas muito grandes, em forma de cestos. Quando caem as folhas menores, dos ramos mais altos, são coletadas por esses cestos. Com o tempo, forma-se neles tão grande quantidade de humo que até mesmo certos vermes aí vivem. Em Java, não é raro encontrar minhocas de 60 cm de comprimento nesse humo.

Platycerium-superbum
Uma variedade mais complexa de receptáculo de humo é o que produzem os fetos australianos do gênero Platycerium. Vivem como epífitas, presos aos troncos e a grandes galhos verticais, e apresentam dois tipos de folhas: umas, largas e direitas, com suas bases apoiadas a troncos ou galhos e seus largos bordos projetados para fora; outras, mais estreitas, verdes por causa da presença da clorofila, projetam-se do ramo que lhes serve de hospedeiro. As folhas largas morrem ao cabo de algum tempo, permanecendo como cestas para a coleta de humo; as folhas verdes e estreitas, realizam a fotossíntese e produzem esporos destinados à reprodução.

barba-de-velho ( Tillandsia usneoides)
Uma das Epífitas mais bem sucedidas é o chamado musgo-espanhol nos Estados Unidos e barba-de-velho no Brasil. Aquela denominação é inteiramente imprópria, porque não é espanhol nem musgo. Na realidade, trata-se de uma bromeliácea que debrua as árvores das regiões tropicais e semi-tropicais das Américas. Não possui qualquer das adaptações que acabamos de descrever, ‘das epífitas que logram desenvolver-se bem. Não dispõe de tecidos capazes de armazenar água, nem coleta humo, como também é desprovida de raízes. Mais se parece a um emaranhado tapete cinzento a se decompor nos ramos do hospedeiro. No entanto, a barba-de-velho (Tillandsia usneoides) cobre mais árvores que qualquer outra epífita. Obtém água da chuva. Seus caules e folhas são recobertos de pêlos que se assemelham a escudos, fortemente comprimidos de encontro àqueles, e absorvem por capilaridade qualquer umidade que encontrem. A água é aspirada através das células protegidas de pêlos. Disso resulta um perfeito mecanismo de válvulas: a água penetra no interior das células, e quase nenhuma se evapora.

Esse mecanismo oferece ainda outra vantagem. Quando começa a chover, as primeiras águas que escorrem para dentro da planta, provenientes dos galhos situados acima dela, são ricas em minerais das células mortas do hospedeiro. Desse modo, a barba-de-velho se abastece amplamente de nutrientes, sob forma concentrada. Além disso, quando a água da chuva já tiver lavado os minerais, e escorrer pura, ela estará saturada, não a absorvendo mais. Isso explica porque ela é mais abundante nas velhas árvores, que lhe servem de hospedeiras, porque têm grande proporção de células e ramos mortos ou prestes a morrer. A barba-de-velho não mata os ramos onde cresce, conforme se supõe. Ao contrário, só prolífera quando seu hospedara tiver boa quantidade de células mortas.

As raízes de muitas orquídeas epífitas possuem uma característica que lhes é peculiar. Suas células externas são vazias de substância e cheias de ar. Têm raízes grossas, cinzento-esverdeadas quando secas, as quais absorvem a água da chuva de maneira rápida e total, como se fossem mata-borrão. Imediatamente após obter água, tornam-se verdes. A razão dessa estranha mudança de cor reside no fato de que tão logo a água da chuva substitui o ar, nas camadas externas das células das raízes, estas ficam translúcidas, ao passo que as células impregnadas de clorofila, situadas abaixo das primeiras, tornam-se visíveis. A exemplo da barba-de-velho, tais orquídeas também retiram da chuva seu supre-mento, pois esta carreia os minerais existentes nos galhos que lhes ficam acima.

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Araucária
O Brasil apresenta, em seu extenso território, distintas paisagens vegetais que variam de acordo com as características naturais e originais dos tipos de vegetações existentes no país.
A palavra fitogeografia quer dizer geografia dos vegetais ou como esses estão dispersos e classificados ao longo de um território. As vegetações presentes no planeta são derivadas de uma série de elementos, tais como luminosidade, temperatura, variedade de solo e umidade.

Os elementos que mais determinam uma vegetação são o clima e o solo, esses são responsáveis pela variedade de espécies da flora, um exemplo disso são as zonas intertropicais que, em razão do calor e a umidade, apresentam grandes florestas.

Os vegetais são distintos por causa de muitos fatores, um deles é proveniente da quantidade de água que determinadas plantas necessitam para sua manutenção, nesse caso existem três tipos distintos: as higrófilas, que se proliferam em ambientes com grande concentração de umidade; as hidrófilas, representam o grupo de vegetais que são adaptadas à água; e as xerófilas flora, que sobrevivem com a escassez de água.

No caso das vegetações presentes no território brasileiro é bom ressaltar que o fato de estudar as coberturas vegetais do Brasil não quer dizer que essas estão com seu aspecto natural, diante disso, o que é abordado é o estudo dos aspectos vegetativos originais, pois o espaço geográfico do país vem passando por uma série de transformações para atender aos interesses e às atividades humanas.

O território brasileiro abriga uma variedade de coberturas vegetais proveniente de muitos fatores, dentre os principais estão: a localização geográfica onde há uma elevada temperatura, além de possuir uma extensa área de aspecto continental, que também proporciona uma diversidade de fusos, climas, vegetações entre outros.

Apesar da grande diversidade natural da flora presente no Brasil, atualmente existe somente 60% de áreas conservadas, isso para atender as atividades produtivas como a produção agropecuária, o processo de urbanização e o extrativismo (vegetal, mineral e animal).

Levando em conta as características naturais e originais dos tipos de vegetações existentes no Brasil, podemos encontrar as principais, que são:
Floresta Amazônica: é uma cobertura vegetal de origem equatorial constituída por uma grande variedade de espécies com grande concentração de plantas higrófilas, as árvores são de grande porte e copas largas, ou mata fechada, essa pode ser encontrada nos Estados do norte do país. Apesar de aparentemente apresentar uma cobertura homogênea existem diferenças, dessa forma podem ser classificadas em Mata de igapó (ocorre nas margens de rios que se encontram alagadas o ano todo), Mata de várzea (abriga uma imensa variedade de espécie e passa por inundações em determinados períodos do ano) e Mata de terra firme (não sofre inundações e ocupa grande parte da região).

Mata Atlântica: corresponde a uma cobertura vegetal tropical com árvores altas e densas, atualmente só resta um pequeno percentual, cerca de 7% , dessa importante vegetação que já cobriu grande parte do Brasil, pois cobria desde o litoral do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte e algumas partes mais interiores como São Paulo, Minas Gerais e Paraná e já abrigou uma riquíssima biodiversidade e ecossistemas.

Caatinga: vegetação característica de clima semi-árido que ocorre no sertão nordestino, constituído por plantas adaptadas à escassez de água, possui aspectos singulares com caules grossos e raízes profundas para garantir a sobrevivência ao longo de extensos períodos sem chuvas, nesses momentos essas plantas perdem suas folhas para evitar a transpiração e perda de umidade.

Floresta subtropical ou Araucária: ocorre na região sul onde prevalece o clima subtropical, dessa vegetação aciculifoliada, de árvores que atingem até 30 m e faz parte da família das coníferas, devido à intensa exploração através da agricultura e extração de madeira, só restam 3% do total original.

Cerrados: vegetação composta em geral por vegetais com troncos retorcidos e folhas grossas, é influenciado pelo clima tropical típico, com duas estações bem definidas, sendo uma seca e uma chuvosa. Essa cobertura vegetal é mais comum no centro-oeste do Brasil. O cerrado não é uma vegetação homogênea, pois existem variações em sua composição, desse modo existem os subsistemas do cerrado que são: cerradão, cerrado comum ou típico, campos e cerrado. A tortuosidade das árvores do cerrado é proveniente da acidez do solo e da alta concentração de hidróxido de alumínio.

Pantanal: nesse domínio é possível identificar uma série de coberturas vegetais, desse modo a região pode ser compreendida como sendo uma área de transição entre diferentes tipos de ecossistemas apresentados no território brasileiro. Diante da heterogeneidade do pantanal quanto a cobertura vegetal podemos destacar a presença de campos que periodicamente permanecem inundados no período chuvoso, além de floresta tropical e equatorial, esse domínio ocorre nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O pantanal é conhecido como um refúgio ecológico.

Campos: corresponde a um tipo de vegetação que possui plantas rasteiras compostas por gramíneas herbáceas e arbustos, essa característica vegetal ocorre com maior concentração no estado do Rio Grande do Sul.

Vegetação litorânea: conhecida também por áreas de mangues, essa vegetação é encontrada em regiões costeiras, composta por arbustos e espécies arbóreas e pode ser classificada em: mangue-vermelho, mangue-branco e mangue-siriúbo.

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pergolado

O pergolado ganha vida quando revestido por plantas, mas é importante observar se a espécie escolhida é compatível à estrutura, verificando se suportará seu peso depois de adulta, por exemplo.
É aconselhável que o plantio seja feito na terra, pois no vaso o crescimento da muda é inibido. Ao finalizar o procedimento, é preciso regá-la diariamente por uma semana, de preferência, pela manhã ou ao entardecer. Após 90 dias, é recomendável realizar uma adubação de cobertura do terreno.

A seguir, aprenda, passo a passo, como conduzir uma trepadeira.

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Antes do plantio, retire as plantas ao redor, pois a trepadeira é competitiva e pode se alastrar.

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Usando a pá, abra uma cova de 40 x 40 cm próxima a uma das vigas do pergolado

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Afofe o solo para arejá-lo e acrescente adubo na quantidade indicada para a espécie cultivada.

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A seguir, para o tutoramento, use uma estaca de madeira com altura superior a da muda.

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Prenda a planta com anéis feitos de arame encapado com plástico, mas sem apertar muito.

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Fixe a muda na base da estrutura do pergolado, fazendo anéis com arames encapados com plástico.

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heliconia rostrata 1

A Bananeira-do-mato, conhecida também como papagaio, é de origem tropical, apresentando belo formato que apresenta grande interesse ornamental e é fácil de cultivar.
As flores são protegidas por inflorescências de tons fortes como o vermelho, amarelo e verde (cores que lhe dão o nome de planta-papagaio em algumas regiões) e protegem flores muito bonitas e exuberantemente coloridas.
Essas flores pendem da planta e proporcionam um belo espetáculo de cor contrastante com o verde forte desta planta. Geralmente a flor possui uma cor vermelha intensa no centro, adquirindo uma tonalidade amarelada e esverdeada conforme vai se aproximando das bordas.

O néctar dessas flores é usado como alimento por diversos animais, em especial beija-flores. A Heliconia Rostrata atrai também diversas outras variedades de pássaros, por isso é muito plantada em jardins e outros locais com o objetivo de atrair esses animais.
Essa planta não se reproduz apenas através do plantio de sementes, mas também utilizando seus órgãos subterrâneos, que servem também como fonte de reserva de água e nutrientes para esta planta, para ser utilizado pela planta em caso de desenvolvimento sazonal ou escassez de recursos.

Quando bem cuidada e irrigada, essa planta floresce o ano inteiro, preferindo períodos mais quentes como primavera e verão. É uma planta que não se adapta bem a extremos de temperatura.
Esta planta é cultivada em ambientes domésticos para fins estéticos (como ornamentar jardins) ou como decoração de muros, ou como flores de corte. Quando adulta forma touceiras muito belas que lembram pequenas bananeiras.

Deve ser deve ser cultivada exposta a sol intenso ou no máximo a meia-sombra, pois não tolera o frio intenso, geadas ou ventos muito fortes.
O solo deve ser rico em matéria orgânica e fértil, e a planta também precisa de irrigação frequente. A plantação é feita a espaçamentos de no mínimo 80 centímetros, sendo que os rizomas são depositados a 10 centímetros de profundidade.

Se o solo for rico em matéria orgânica e fértil a Heliconia Rostrata não precisa de adubação constante. Caso contrário, o solo deve ser adubado com certa frequência para manter no solo os nutrientes necessários para a planta. O adubo pode ser feito com material orgânico como cascas de frutas ou esterco, ou comprado em lojas especializadas em jardinagem.

A Helicônia Rostrata não tolera estiagem, gostando de unidade moderada. Por isso em períodos de seca aumentar a quantidade de irrigações. Como também não suporta o frio intenso ou geadas, a planta deve ser protegida com lonas na ocorrência desses fenômenos.
A ocorrência de ventos fortes também prejudica a planta, principalmente se for cultivada com intenções ornamentais, pois o vento rasga suas flores e folhas.

É uma planta que não cresce muito, chegando no máximo a 3 metros de altura. No caso de ser plantada rente a muros para decoração, deve ser seguido um espaçamento de 3 a 3,6 metros entre cada planta.
Seguindo essas dicas de plantio e cultivo a Helicônia Rostrata crescerá bonita e saudável, podendo ser usada para fins ornamentais.

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