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Quem não adoraria ter um jardim florido e acordar pela manhã com aquele perfume de flores tomando conta do ar, ao invés da poluição e aquele colorido exuberante dominando a paisagem, vislumbrada da janela, ao invés daquele mar cinza e sem graça que vemos nas grandes cidades?

Todos nós, não é mesmo? Mas, a maioria dos pobres mortais não pode dispor de espaço em seus apartamentos para ter um jardim. Cada vez menores; esses apartamentos e até as casas atualmente construídas são meras caixas sem vida e sem personalidade, criadas para acomodar o maior número de pessoas possível no menor espaço. Mas não precisa ser assim. Mesmo com um espaço pequeno, você pode ter um jardim de flores coloridas, perfumadas e que alegrarão a sua vida durante todo o ano.

Basta seguir algumas dicas simples e garantir que suas flores plantadas em vasos vivam bem, floresçam com vitalidade e alegria e encham a sua vida com satisfação e regozijo.

A primeira dica é conhecer as espécies e compreender que cada uma delas tem exigências diferentes e podem ou não ter um bom desempenho quando plantadas em vasos. Conhecer as que se adaptam melhor a vida em vasos é a chave para o sucesso de um jardim em vasos.  Abaixo a indicação de algumas plantas que produzem flores e se dão muito bem em jardins plantados em vasos de qualquer tamanho. Ao mesmo tempo, algumas dicas de cultivo e de como obter uma bela flor de uma planta saudável.

Violeta africana
É muito bem adaptada à vida em vasos e é extremamente fácil de ser cuidada. Basta ter um solo bem adubado, bem drenado e em áreas que não tenham a incidência de luz solar intensa e nem de ventos fortes. Quando você for efetuar as regas, não molhe as folhas e jamais deixe a água que sair pelo furo do vaso ficar depositada no pratinho. Isso fará com que as raízes da planta apodreçam e sua planta morra rapidamente.

Begônias
As begônias vivem muito bem em vasos, aguentando o sol forte e pedindo apenas uma rega por dia e um solo muito rico em matéria orgânica. É fundamental que você tenha um cuidado especial com a drenagem das águas usadas nas regas para que a planta não fique encharcada e não apodreçam. Use bolinhas de argila expandida no fundo dos vasos ou pedras de brita para garantir que os furos do fundo do vaso permaneceram livres e permitirão uma rápida passagem da água.

Orquídeas
As orquídeas se dão muito bem em vasos e são plantas robustas que podem ser criadas sem casa sem problemas. Evite apenas o excesso de água, as rajadas de vento e o sol direto. Um local com meia sombra e a garantia de uma boa manutenção de umidade sem, no entanto, deixá-la encharcada.

Como você pode ver, a chave para o sucesso de um jardim plantado em vasos é conhecimento das espécies que melhor vivem assim, cuidados com a exposição ao sol e aos ventos em excesso e a garantia de uma boa drenagem das águas usadas para regar as plantas.

Fazendo isso e seguindo essas dicas, você garantirá uma vida mais florida e perfumada com um jardim que lhe trará apenas alegrias e paz.

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renda portuguesa

Veja como ter samambaias sempre verdes e bonitas em vasos e como cuidar, como podar, como adubar e como molhar. As samambaias não gostam de sol forte. O ideal é manter o vaso em local iluminado que pegue um pouco de sol de manhã. Essas plantas também são muito sensíveis ao vento, particularmente a samambaia-de-metro.

Regas
Fazer de duas a três vezes por semana, mas sempre no verão, as samambaias precisam mais água do que no inverno. Molhe o vaso por igual, tomando cuidado para não encharcar, o que poderia causar apodrecimento da raiz. O segredo é nunca deixar o vaso totalmente seco. As samambaias gostam de receber um chuvisco sobre as folhas.

Podas
Quando aparecem folhas amarelas, faça uma poda, abrindo espaço para as brotações. As mudas que surgirem da extensão do rizoma (caule subterrâneo) devem ser retiradas, evitando-se que a planta cresça demais e tenha que ser transplantada para um vaso maior. A renda-portuguesa e a samambaia-de-metro queimam com o frio; portanto, recomenda-se podá-las inteiramente antes de o inverno chegar ou deixá-las em local mais quente durante a estação fria. Depois, elas brotam vigorosas.

Adubação
Não deve ser realizada na época do plantio, pois pode causar deficiências nas raízes. Um mês após a muda passar para o vaso definitivo, faz-se adubação leve com 2 colheres (sopa) de torta de mamona e farinha de osso, repetindo a cada 40 dias. A adubação líquida é feita de 15 em 15 dias.

Pragas
É comum aparecerem lagartas que comem as folhas. Faça uma catação manual. Contra pulgões e ácaros, pulverize com calda de fumo para afastá-los. Se eles aparecerem na planta, corte as folhas afetadas tentando evitar que a doença se alastre. Para eliminar, só pulverizando com inseticida.

Mudas
A maneira mais fácil de fazer uma muda de samambaia é com parte do rizoma. Em algumas espécies, ele é um filamento, como ocorre nas samambaias-americana, de metro e rabo-de-peixe; em outras, parece o rabo de um bicho peludo. É o caso da mandaiana e das rendas portuguesa e francesa. No primeiro tipo, o rizoma lança novas mudas periodicamente (na rabo-de-peixe é mais raro).

Quando isso acontece, retire a muda cuidadosamente, cortando as folhas grandes na metade e tomando cuidado para não danificar os brotos. A seguir, plante-a em outro vaso. Quando os rizomas são do segundo tipo, formam um emaranhado compacto. Para fazer a muda, corta-se um pedaço, de preferência que esteja com broto, espetando-o em um vaso com substrato. Sempre no verão é a melhor época para retirar muda.

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estacas

A propagação vegetativa por estacas consiste em destacar da planta original um ramo, uma folha ou raiz e colocá-los em um meio adequado para que se forme um sistema radicular e, ou, desenvolva a parte aérea. A propagação por estacas baseia-se na faculdade de regeneração dos tecidos e emissão de raízes.

As estacas herbáceas são obtidas de ramos apicais, sua retirada deve ser feita pela manhã, quando ainda estão túrgidas e com níveis mais elevados de ácido abscísico e de etileno, que são elementos favoráveis ao enraizamento.
Várias partes da planta podem ser usadas como estacas, com procedimentos levemente diferentes.
Esse tipo de material constitui-se num dos mais efetivos, tanto pelo rendimento que oferece como na prática da estaquia.

Os principais tipos de estacas com suas características são:
* Estacas de folhas
É um método utilizado em plantas ornamentais principalmente em suculentas, mas são utilizadas comercialmente na produção de mudas de algumas espécies de eucalipto. As plantas geradas por este método são muito parecidas com a planta que as originou, sendo por isso um processo interessante.
Como exemplo, a reprodução da violeta-africana.
1 – Cortamos uma folha saudável da planta, retirando-a até a base.

2 – Enterramos aproximadamente um terço da folha em um substrato adequado, com a base da folha para baixo. Para o substrato, pode ser utilizada areia, terra, etc. O mesmo processo pode também, em alguns casos, ser realizado na água. Assim, as folhas enraizarão e formarão novas plantas.

* Estacas de ramos novos (ponteiros)
É o método mais adequado para ser utilizado para grande parte das plantas ornamentais, já que as plantas geradas por esse método são em geral, mais parecidas com a planta que as originou.
1Cortarmos uma ponta de ramo lateral, formando uma estaca de aproximadamente 7 a 12 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.

2 – Retiramos as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas.

3 – Colocamos os ramos em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas. Em alguns casos, colocam-se as bases da estaca em água ao invés de substrato, plantando as mudas em terra assim que enraizadas.

* Estacas de ramos semi-lenhosos (tenras na ponta e firmes na base)
Em plantas ornamentais, esse método é muito utilizado para propagar plantas arbustivas.
1 – Cortamos um ramo lateral, formando uma estaca de aproximadamente 10 a 15 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.
2 – Retiramos as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas. É recomendado que cortemos as folhas restantes pela metade, para diminuir as perdas de água por transpiração.
3 – Colocamos os ramos em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas.

* Estacas de ramos lenhosos (firmes, lignificados)
É o método mais utilizado para árvores (a maioria das frutíferas), arbustos e roseiras. Para as plantas cujas folhas caem no inverno (planta decíduas), é recomendado que as estacas sejam feitas quando a planta estiver sem folhas, perto do período de rebrota das folhas.
1 – Cortamos um ramo lateral firme, formando uma estaca de aproximadamente 15 a 30 cm de comprimento. Devemos escolher sempre os ramos mais vigorosos, saudáveis e sem flores.

2 – Caso a estaca possua folhas, retire as folhas da base das estacas, o que estimula o crescimento de raízes, principalmente nas bases das folhas retiradas. É recomendado que cortemos as folhas restantes pela metade, para diminuir as perdas de água por transpiração. No caso das roseiras, recomenda-se a utilização de ramos que já floriram, mas sem flores no momento.

3 – Colocamos os ramos (estacas) em substrato adequado (terra, areia, entre outros), enterrando a base sem folhas. Essas estacas podem ser plantadas também diretamente no local definitivo, apesar disso, é recomendado o seu plantio anteriormente em vasos ou sacos de mudas. Assim, novas raízes se formam na planta, originando novas mudas.

* Estaca-talão
Difere da anterior por trazer consigo parte do lenho velho, que se denomina talão. É obtida destacando-se um ramo no ponto de inserção com outro de dois anos. É utilizada quando a espécie ou variedade apresenta dificuldade de enraizamento.
O número de estacas, neste tipo, é inferior ao das simples, pois só podem ser obtidas quando os ramos apresentam bifurcação.

* Estaca-cruzeta
Assemelha-se ao tipo anterior, porém, em vez de ser retirada com um pedaço de lenho velho na forma de pata de cavalo, é obtida secionando-se o ramo de dois anos, de modo a permitir maior porção de lenho. Apresenta o formato de uma cruz.

* Estaca-tanchão
É um tipo de estaca pouco comum, que apresenta comprimento que vaia entre 60 a 80 cm ou mais e diâmetro de 4 a 20 cm. A presença de lenho velho na lingüeta favorece o enraizamento, por possuir raízes pré-formadas. O mesmo ocorre com as estacas de talão.

* Estaca-gema
O material de propagação é representado por uma única gema e é utilizado em casos muito especiais. Seu uso se restringe à multiplicação de material muito valioso ou quando não se dispõe de material em quantidade suficiente.

* Estaca-enxerto
As estacas de difícil propagação podem ter o seu enraizamento facilitado utilizando-a com garfo e a estaca de mais fácil enraizamento, como cavalo.

* Estaca-raiz
É um tipo de estaca pouco utilizado. A melhor estaca é retirada de plantas com dois a três anos de idade. A época mais favorável é o fim do Inverno e o início da Primavera, quando as raízes estão bem providas de reservas. Ao plantá-la, deve-se manter a polaridade correta.
A estaca-raiz produz primeiro uma haste adventícia, sobre a qual ocorre o enraizamento. A polaridade é inerente aos ramos e raízes. A estaca forma o broto na posição distal e as raízes, na proximal.

* Época de propagação
As estacas herbáceas, de ponteiro, são multiplicadas durante o ano todo, de preferência durante a primavera e o verão.
As lenhosas normalmente são empregadas após a queda das folhas, portanto, quando o ramo apresenta-se outonado. O enraizamento das estacas lenhosas está intimamente ligado às substâncias de reserva, daí a sua utilização durante o período de repouso vegetativo.

* Preparo das estacas e da estaquia
As estacas são preparadas cortando-se os ramos de acordo com o tipo desejado. A parte superior é secionada a um ou mais centímetros acima da última gema e a parte inferior, em bisel (corte enviesado), com uma gema do lado oposto ao corte.
A estaquia é feita em terreno preparado, e as estacas são fincadas no solo, de modo que apenas um terço permaneça exposto ou uma única gema, segundo o tipo de estaca utilizada. Exceção é feita para a estaca-gema ou semente, a qual requer os mesmos cuidados que os empregados na propagação de sementes.

* Desenvolvimento Anatômico das Raízes nas Estacas
O processo de desenvolvimento das raízes adventícias nas estacas caulinares pode ser dividido em três fases: formação de grupos de células meristemáticas (as iniciais da raiz); diferenciação desses grupos de células em primórdios de raiz reconhecíveis. E desenvolvimento e emergência das novas raízes, incluindo a ruptura de outros tecidos do caule e a formação de conexões vasculares com os tecidos condutores da estaca.

Nas estacas de raiz, devem ser produzidos caules e, em alguns casos, raízes adventícias. Em muitas plantas as gemas adventícias formam-se com facilidade sobre raízes intactas.
Nas raízes jovens, essas gemas podem originar-se no periciclo, próximo do câmbio vascular, podendo, no início, ter aspecto de primórdio radicular.
Nas raízes velhas, as gemas podem-se originar exogenamente num crescimento semelhante ao calo, originado de felógeno. Os primórdios de gemas também podem desenvolver-se de tecido caloso lesionado, que se prolifera dos extremos cortados ou das superfícies lesionadas das raízes.

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