Anneliesia cândida – (ex.: Miltonia candida)
Espécie de grande beleza e fácil cultura. Pseudobulbos achatados de 8 cm de altura, de cor verde-claro, portanto duas folhas estreitas de 15 cm de comprimento. Inflorescência com cinco a sete flores vistosas, de 6 cm de diâmetro.
Pétalas e sépalas amareladas, zoneadas de máculas transversais castanhas. Labelo arredondado, anelado e largo, quase ceroso, de cor roxa na parte basal e branca na parte frontal. Floresce em março/abril.
Catasetum pileatum
Lindíssima espécie da Hiléia Amazônica que vegeta numa altitude entre 100 e 300 metros, em clareiras e a pleno sol. Tem grandes flores de cor branco-leitosa ou amareladas.
Labelo em forma de concha, amarelo-claro, dotado de curto esporão na parte interior de cor laranja-avermelhada. Pétalas e sépalas com 5 cm, cujo labelo atinge até 7 cm de comprimento por 8 cm de largura. A coluna apresenta dois cirros assovelados. São conhecidas e disputadas algumas variedades lindas e raras. Floresce no outono.
Catasetum: Gênero classificado por L. C. Richard ex Kunth, em 1822. nome deriva do grego “Kata”, penugem, fimbria, e “Seta”, encrespado, pela forma do labelo de suas flores. Gênero com mais de 300 espécies que despertam muito interesse dos botânicos por apresentarem extraordinário disformismo em suas flores (femininas, masculinas e hermafroditas encontradas muitas vezes na mesma haste floral), e o interessante mecanismo de sua polinização. Suas polínias estão alojadas num caudículo alargado e elástico, esticado sobre uma espécie de cavalete (saliência do epiquilio), que as lança a grande distância, graças aos dois apêndices sensíveis. Bastará que um inseto toque na antena para ela imediatamente se retrair e lançar para fora as políneas.
Baptistonia echinata
Delicada espécie que vegeta nas Serras do Mar e Mantiqueira, numa altitude entre 300 e 600 metros. Pseudobulbos muito alongados, estreitando-se na base, com 15 cm de altura, portanto duas ou três folhas estreitadas e lanceoladas de cor verde-brilhante. Inflorescência com 25 cm de comprimento, multifloras levemente curvadas em virtude do peso de suas flores. Flores de 2 cm de diâmetro com pétalas e sépalas branco-esverdeadas maculadas de cor castanha. Labelo interna e extremamente de cor amarelo-ouro com estrias púrpuras. Lóbulo central de escuro púrpura-avermelhado. Floresce na primavera.
Baptistonia: Gênero classificado por Barbosa Rodrigues, em 1877. nome dedicado ao etmologista Dr. Baptista Caetano D’A Nogueira, pela passagem de seu centenário. Encontra-se na subespécie Oncidieae. Gênero epífita com a única planta.
Capanemia supérflua (ex.: Capanemia uliginosa)
Pequena e linda espécie com aspecto semelhante aos Leptotes, ou a uma pequena Brassavola. Pseudobulbos cilíndricos de 1 cm de altura. Folhas também cilíndricas, espessas, carnosas e levemente acuminadas de 3 cm de comprimento e sulco longitudinal. Hastes florais com oito a doze flores brancas com 3 milímetros de diâmetro e minúsculo labelo amarelo. Existe uma variedade com flores róseas. Suas plantas do sul do Brasil são de maior porte. Sua cultura requer luz e umidade. Floresce entre setembro e dezembro. Vegeta em altitude entre 600 e 800 metros.
Capanemia: Gênero classificado por Barbosa Rodrigues, em 1877. Nome dedicado ao centenário do naturalista Dr. Guilhermo Schuch, de Capanema. Encontra-se na subespécie Oncidieae.
Cattleya amethystoglossa
Robusta espécie epífita ou rupícola que vegeta num habitat de muita insolação e numa altitude de 900 m. Pseudobulbos cilíndricos e rijos de até 1 m de altura, encimados por duas ou três folhas coriáceas e arredondadas de 10 cm de diâmetro, na cor rosa, densamente salpicadas de istmo de cor ametista. Floresce entre agosto e outubro.
Catasetum fimbriatum
Espécie com pseudobulbos fusiformes de 15 cm de altura. Folhas em número de duas a quatro, elípticas, acuminadas, finas, plissadas, de cor verde-cana e que atinge 30 cm de comprimento. Inflorescências masculinas arqueadas com sete a quinze flores de 3 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas verde-amareladas, com leves máculas transversais avermelhadas. Labelo verde-amarelado em forma de leque, com muitas fímbrias longas de cor amarelada. Floresce o ano todo.
Cattleya elongata
Espécie com pseudobulbos eretos, cilíndricos, de até 1 metro de altura, com duas ou três folhas grandes, oblongas, elípticas e coriáceas e que se partem com facilidade. Inflorescências com mais de 40 cm de altura que surgem do meio das folhas, portanto duas ou três flores de 8 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas de cor bronze-avermelhadas. Labelo largo em forma de istmo de cor púrpura. Vegeta em campos arenosos alagadiços ou rochas, sob intensa insolação numa altitude entre 500 e 800 metros. Floresce em novembro.
Cattleya intermédia
Espécie bastante encontrada no litoral sul brasileiro, desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Planta com pseudobulbos roliços, sulcados e finos com até 30 cm de altura, bifolhados. Inflorescências com três a cinco flores de 10 cm de diâmetro. A planta tem pétalas e sépalas róseas ou brancas e labelo púrpura-carregado. Existem dezenas de magníficas variedades. Sua cultura, que pode ser avaliada como difícil, requer muita luz e umidade atmosférica. Floresce de setembro a novembro.
Cattleya schilleriana
Espécie em vias de extinção em seus habitats naturais. Pseudobulbos sulcados e bifolhados. Inflorescências com três a cinco flores de 15 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas de cor verde-oliva, matizadas de marrom-bronzeado, salpicadas de púrpura. Labelo profundamente trilobado e reuniforme, com lóbulos laterais exteriormente brancos com matizes purpúreos. Lóbulo frontal grande, séssil, carmesim, com veias e margens brancas e disco amarelo. Vegeta numa altitude entre 300 a 600 metros. Floresce no inverno.
Cattleya tigrina (ex- Cattleya guttata)
Espécie com pseudobulbos eretos, cilíndrico, de até 1 metro de altura com duas folhas oblongas elípticas. . Inflorescências com cinco a oito flores de 8 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas verde-amareladas, salpicadas de púrpura-escuro. Labelo trilobado com lóbulos laterais exteriormente esbranquiçados. Lóbulo central e frontal papiloso de cor ametista-purpúreo. Tem perfume de baunilha. Floresce em dezembro.
Cattleya: Gênero classificado por Lindley, em 1824. nome dedicado a William Cattley, entusiasta horticultor inglês. Encontra-se na sub-série Laeliae. Gênero exclusivamente americano que congrega cerca de 80 espécies com flores grandes, de invulgar beleza, que possuem quatro políneas.
Cattleya velutina
Espécie também em vias de extinção em seus habitats naturais. A variedade paulistana está completamente extinta, enquanto ainda aparece a variedade paulista, que tem por habitat o Vale do Rio Paraíba, e da variedade Litzeii aparecem sempre alguns exemplares. Esta última variedade apresenta pseudobulbos com 80 cm de altura, cilíndricos e com duas ou três folhas arredondadas e coriáceas. Inflorescências com três a cinco flores de 6 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas estreitas e bastante onduladas de cor castanho-ocre, salpicadas muitas vezes de violeta. Labelo largo, reuniforme, de cor branca com veias lilás-azulado com zona marginal ocre-claro. Gosta de locais sombreados. Vegeta numa altitude entre 300 a 600 m e floresce em fevereiro/março.
Cattleya eldorado
Espécie amazônica encontrada numa altitude entre 100 e 300 m. Pseudobulbos rijos e sulcados de 20 cm de altura, sustentando uma única folha de 30 cm de comprimento, oblonga e bem coriácea. Inflorescências com uma a três flores de 18 cm de diâmetro de cor rosa-pálido, branco ou rosa-lilás. Labelo mais comprido com cores vivas, limbo encrespado e marginado com grande mácula central alaranjada e marginada de cores branca e púrpura. É muito perfumada. Floresce em abril/maio.