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Miltonia clowesii aurea

O estado do Rio de janeiro é muito rico em orquídeas. Elas são encontradas, sobretudo, na capital fluminense e na região serrana, onde está situada a Serra dos Órgãos, que e estende por diversos municípios, como Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim.

Particularmente, na cidade do Rio de janeiro há muitas espécies distribuídas em diferentes ambientes, como nas localidades do Parque Nacional da Tijuca, o Forte do Leme, a Prainha e a Pedra da Gávea. Na Prainha, por exemplo, uma pesquisadora está desenvolvendo sua tese sobre orquídeas e, nesse estudo, já identificou cerca de 30 espécies.

O Rio de janeiro é uma cidade abençoada por orquídeas, que tem como símbolo a Laelia lobata, espécie que, atualmente, é encontrada exclusivamente na Pedra da Gávea, no entanto, em trechos inacessíveis do lugar.

Já na região serrana, pode-se encontrar 25% de todas as espécies do País, mais exatamente na Serra dos Órgãos. Ali, elas estão mais protegidas do que nas áreas de restinga do literal, já que ficam mais expostas e vulneráveis ao avanço do homem. Hoje a maior parte delas está abrigda no alto das serras.

Brassavola, Miltonia, Oncidium, Cattleya, Cyrtopodium e Laelia são alguns dos gêneros encontrados em todo o Rio de Janeiro, além das microorquídeas, como as Pleurothallis.

Quando se fala do estado, as espécies que mais representam são a Sophronitis coccínea e as espécies Cyrtopodium, que apareciam em grande quantidade na Estrada do Sumaré – sliás o nome Sumaré remete a Cyrtopodium. Trata-se de orquídeas com propriedades medicinais, que não aparecem mais em abundância na região.

Em todo o estado fluminense as orquídeas estão desaparecendo com a destruição da natureza, como exemplo, a L. lobata, que está na lista internacional do Ibama de espécie ameaçada de extinção.

É preciso preservar as plantas que ainda vivem em seu habitat natural, além disso, sua preservação é a garantia de que as gerações futuras também poderão encontrá-las na natureza.

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Scuticaria_itirapinensisScuticaria itirapinensis. Espécie raríssima, da qual não há notícias comprovadas de espécimes em cultivo ou encontrados na natureza nos últimos trinta anos

Os estados da região sudeste do Brasil abrigam em seus territórios belas plantas. Para se ter noção da importância dessa região, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, segundo pesquisas de orquidófilos, possuem cerca de um terço das espécies que ocorrem em todo o Brasil.

São Paulo
A partir de São Paulo, seguindo do Sul em direção ao Norte do País, o clima já sofre uma mudança significativa. Do subtropical sulino, passa a predominar o tropical. Com isso, o estado apresenta também vegetação diferenciada e adaptada às condições encontradas, inclusive, as orquidáceas.

A Mata Atlântica é o local mais rico em diversidade de orquídeas em São Paulo. Mas no passado havia muitos outros lugares que as habitavam. Na beira do rio Tietê, encontravam-se Catleya loddigesii vegetando em árvores nas suas margens. Podem acreditar!

Elas sobrevivem, crescem e povoam essas localidades por predo minarem condições adequadas, com boa luminosidade e umidade. A Serra da Mantiqueira e o Vale do Paraíba são exemplos de áreas de Mata Atlântica com uma grande quantidade e variedade de orquidáceas.

Na verdade, segundo estudiosos, esse bioma é onde está a maior variedade dessas plantas no País.

As espécies epífitas são predominantes. É possível encontrar uma grande variedade delas na natureza. C. leopoldii, C. intermédia, C. loddigesii, C. harrisoniana, C. walkeriana, Laelia purpurata e L lundii são alguns exemplos das quais vegetam nas matas de São Paulo.

No entanto, a diversidade já foi muito maior, já que o estado paulista sofreu e continua sofrendo com a destruição de susa áreas verdes. Atualmente, muitas orquidáceas, que tinham como habitat diferentes localidades do estado, estão extintas ou praticamente extintas. Este é o caso da C velutina e da L. virens.

Um exemplo de planta endêmica do estado de São Paulo, que não é mais encontrada no País, é a espécie Scuticaria itirapinensis. No caso da C. velutina e da L. virens foram realizadas semeaduras, Por isso, não ocorrem mais riscos.

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Araucaria

Nome científico: Araucaria angustifolia
Nomes populares: Pinho, pinheiro-do-paraná, pinheiro-brasileiro, pinheiro-caiová, pinheiro-das-missões e pinheiro-são-josé
Família: Araucariáceas
Origem: América do Sul, Brasil

Trata-se de uma árvore alta com copa de formato de cálice. É a espécie arbórea dominante da Floresta Ombrófila Mista, que se destaca das outras espécies brasileiras principalmente por sua forma original que dá às paisagens do sul uma característica toda especial. Sua forma é inconfundível, com um tronco colunar que pode chegar a 50 m de altura e 8,5 m de diâmetro, com uma casca rugosa e persistente de 15 cm de espessura, sustentando uma copa de simetria radial em candelabro ou umbela. Também são encontradas em pequenos trechos da Argentina e Paraguai.

É conhecida por muitos nomes populares, entre eles, pinheiro brasileiro e araucária; é também chamado pelo nome de origem indígena – curi. É uma conífera terrestre de solo seco, perenifólia, heliófita, usualmente diótica.

Hoje, por conta de seu alto valor econômico, seu território está reduzido a uma fração mínima, pois  a intensa exploração da madeira utilíssima e sementes nutritivas, o que segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) coloca a Araucária em perigo crítico de Extinção.

No passado, antes que a lavoura de café e cereais cobrisse as terras paranaenses e antes que os trigais cobrissem os campos gaúchos, sua presença era tão comum que os índios chamaram de “curitiba” (que quer dizer “imensidão de pinheiros”) toda uma extensa região onde esta árvores predominava. E a palavra acabou imortalizada, denominando a capital do Paraná.

Presente no planeta desde a última glaciação – que começou há mais de um milhão e quinhentos mil anos, a araucária, já ocupou área equivalente a 200.000 Km no Brasil, predominando nos territórios do Paraná (80.000 km²), Santa Catarina (62.000 km²) e Rio Grande do Sul (50.000 km²), com manchas esparsas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, que juntas, não ultrapassam 4% da área originalmente ocupada pela Araucaria angustifolia no país.

É uma espécie resistente, tolera até incêndios rasos em razão de sua casca grossa que faz papel de isolante térmico. A capacidade de germinação é alta e chega a 90% em pinhões recém-colhidos. Espécie pioneira, dissemina-se facilmente em campo aberto. Esta gimnosperma é uma árvore de grande porte: atinge cerca de 50 m de altura e seu tronco pode medir até 8,5 m de circunferência. Seu fruto, a pinha, contém de 10 a 150 sementes – os famosos pinhões – que são muito nutritivas, servindo de alimento a aves, animais selvagens e ao homem.

A árvore cresce em solo fértil, em altitudes superiores a 500 m e atinge bom desenvolvimento em 50 anos. Seu formato é bem peculiar:o tronco ergue-se reto, sem nenhum desvio e se ramifica apenas no topo, formando a interessante copa, com os ramos desenvolvendo-se horizontalmente, as pontas curvadas para cima; superpostos uns aos outros, formando vários andares. Logo abaixo da copa, nos pinheiros mais antigos, aparecem às vezes alguns tocos de ramo, quebrando a simetria característica. É planta dióica, isto é, suas flores – masculinas e femininas – nascem separadas, em árvores diferentes. Assim, um pé de Araucária angustifolia possui inflorescências (chamadas estróbilos) somente masculinas ou somente femininas.

Ao contrário do que geralmente se pensa, as famosas pinhas usadas nos enfeites de Natal não provém das matas nativas de araucária, mas de espécies de introdução relativamente recente, pertencentes ao gênero Pinus. A pinha da araucária, ou estróbilo feminino, na maturidade, se desmancha soltando os pinhões e as escamas murchas. Quando chega a época da reprodução, o vento transporta o pólen das inflorescências masculinas para as femininas. É o tipo de polinização que os botânicos denominam anemófila. A araucária é, como já foi dito, uma gimnosperma (gymnos – nú; sperma – semente): suas sementes não estão encerradas em ovários. O óvulo nasce na axila de um megasporófilo, que é protegido por uma folha modificada – a escama de cobertura. Esta acaba envolvendo e protegendo o óvulo fecundado, constituindo o que se conhece como “pinhão”. Uma árvore feminina produz uma média anual de 80 inflorescências, cada uma com cerca de 90 pinhões.

A Araucária angustifolia é uma árvore útil: pode-se dizer que tudo nela é aproveitável, desde a amêndoa, no interior dos pinhões, até a resina que, destilada fornece alcatrão, óleos diversos, terebintina e breu, para variadas aplicações industriais. As sementes são ricas em amido, proteínas e gorduras, constituindo um alimento bastante nutritivo. É comum ver bandos de pássaros, principalmente periquitos e papagaios, pousados nos galhos das araucárias, bicando as amêndoas. É também costume alimentar os porcos com pinhões, hábito bem comum no sul do País. Mas é a madeira que reúne maior variedade de aplicações. Em construção, já foi usada para forros, assoalhos, e vigas. Vastas áreas de pinheirais foram cultivadas exclusivamente para a confecção de caixas e palitos de fósforos. E a madeira serviu até como mastros em embarcações. Em aplicações rústicas, os galhos eram apenas descascados e polidos, transformando-se em cabos de ferramentas agrícolas.

A aplicação do pinheiro-do-paraná ou pinheiro brasileiro estende-se ao importante campo da fabricação de papel. Da sua madeira obtém-se a pasta de celulose que, após uma série de operações industriais, fornece o papel. Curiosidades: A semente da araucária, o pinhão, é realmente muito nutritiva. Pesquisas históricas e arqueológicas sobre as populações indígenas que viveram no planalto sul-brasileiro, de 6000 anos até os nossos dias, registram a importância do pinhão no cotidiano desses grupos. Restos de cascas de pinhões aparecem em meio aos carvões das fogueiras acesas pelos antigos habitantes das matas com araucária. Um depósito de restos de pinhões em meio a uma espessa camada de argila evidencia não apenas a existência do pinhão na dieta diária dos grupos, mas também uma engenhosa solução para conservá-lo durante longos períodos, evitando o risco de deterioração pelas ações do clima ou do ataque de animais.

Árvore de longa vida e muitos nomes, a Araucaria angustifolia fornece madeira de excelente qualidade, mas também se tornou famosa pelo pinhão, semente produzida com fartura a cada dois anos. Esse mesmo pinhão que garante a alimentação de muitas espécies animais, principalmente roedores e pássaros, se tornou item obrigatório no cardápio de outono e inverno em milhares de residências do Sul. O apetite humano por esse fruto pode, inclusive, funcionar como o principal aval para a perpetuação da araucária, que, derrubada sem piedade para a extração de madeira, já esteve ameaçada de extinção. Não que, de repente, as pessoas tenham sido contaminadas por um surto preservacionista. A motivação é puramente econômica. Muitas famílias tiram o sustento da venda do pinhão e até grandes proprietários conseguem bom capital de giro com seu comércio, já que se trata de iguaria cada vez mais procurada aqui no Estado.

Como Plantar
A araucária é muito fácil de ser plantada, basta seguir os passos abaixo:
1 – Escolha boas sementes, ou seja, adquira uma boa quantidade de pinhão. O plantio da semente da araucária é feito quando os pinhões estão novos. O detalhe mais importante é que eles deverão ser enterrados deitados em um saco ou pote com terra rica em húmus (terra preta), cuidando para que esta terra permaneça úmida, mas nunca encharcada.

2- o Pinhão enterrado leva em média uma mês para começara a nascer

3 – Quando as mudas atingirem mais ou menos 20 cm, podem ser transferidas definitivamente para o solo .

4 – Esta espécie não gosta de sol direto quando nova (menos de 1,5 m.), portanto, pode-se plantar as mudas sob a sombra, em um espaçamento de  – 3 m entre as árvores.

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