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Sophonitis brevipedunculata
As plantas foram classificadas em famílias, diferenciadas umas das outras pela estrutura de suas flores, hastes, folhas e raízes. Cada família é dividida em tribos e posteriormente em gêneros. Essas divisões são estabelecidas por similaridade na aparência e construção das peças florais. Por fim, cada gênero é dividido em grupos  que são as espécies.

A família orquidaceae é a maior entre as fanerogâmicas, ou seja, que se reproduzem por flores e frutos (sementes). Enquanto a maioria das famílias vegetais é constituída por menos de 100 espécies, ela apresenta cerca de 35.000, compondo assim cerca da sétima parte de todas as plantas do universo.

Essas espécies estão agrupadas em mais de 2.000 gêneros diferentes. Na sua biologia floral, em 1862, Darwin se preocupava com o estudo dos fascinantes mecanismos da polinização, desenvolvidos em seus diversos gêneros, o estudo dos agentes polinizadores e as suas identificações.

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Sophronitis coccinea (Lindley)

O nome desta espécie foi dado por Lindley, na Inglaterra, em 1836. Ela foi chamada de Cattleya coccínea e registrada no Botanical Register através de uma pintura da Sertum Orchidaceum, feita por Decoutilz.

Habitat
Vegeta em matas hidrófilas numa altura entre 600 e 800 m na Serra do Mar, nos Estados de São Paulo e do Sul do Brasil, e numa altitude maior nos Estados do Rio de janeiro e Espírito Santo.

Gosta de locais cujos troncos e galhos das arvores são repletos de musgos epífitas e permanece sempre úmidos. Vegeta e floresce melhor em galhos de árvores de porte pequeno ou arbustos mais abertos e com muita luminosidade. Floresce geralmente em duas etapas – no fim de Abril e de Julho a Setembro.

Características
Planta com pseudobulbos cilíndricos e alongados de 3 cm de altura, com uma folha oblonga e estreita do mesmo tamanho e de cor verde-escura, apresentando uma veia longitudinal de 1 cm de largura, de cor marrom-lilacínea no seu centro. Geralmente é uniflora, com flor vermelho-escarlate brilhante de 2 a 5 cm de diâmetro.

Variedades

Sophronitis acuensis

Abóbora
Conhecuda no exterior como “pallens type”, esta variedade não é muito rara e é encontrada na Serra do Mar. Pétalas, sépalas e labelo abóbora-forte.

borboleta ou burtterfly

Borboleta ou “butterfly”
Descoberta na Serra do mar em 1909, na região de Peruíbe, esta planta foi extinta. Ea vermelho-carmesim, com listras longitudinais amarelas nas pétlas. Em 1971 foi reencontrada na Serra de Caraguatatuba, na cor pêssego-avermelhada com fortes listras amarelas nas pétalas.

bicolor
Bicolor
Variedade endêmica nas altas matas da Pedra Azul no Município de Domingos Martins, no Espírito Santo. Flor com 3 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas de cor vermelho-pêssego e Serra do Mar. Tem pétalas  e sépalas amarelo-forte (ouro-velho) e labelo amarelo mais claro. É muito rara.

gigantea

Gigantea,hort.
Forma tretaplóide com pseudobulbos fortes e longos de 12 cm de comprimento. Folhas alongadas e fortes do mesmo tamanho. Flores gigantes de até 8 cm de diâmetro. São de excelente forma técnica e produzidas em laboratórios japoneses.

lobyi

Lobyi
É bastante rara aparecendo numa proporção de uma para cada 10.000 plantas normais. Flor com pétalas, sépalas e labelo de cor amarelo-pálido claro (limão).

pygmaea

Pygmaea
Minúscula e delicada variedade que produz flores com cerca de 1 cm de diâmetro. Existem de cor vermelho forte mas a maioria é de colorido vermelho pálido. Seu hábitat é o Espírito Santo, não muito longe do litoral e existe uma variedade na cor amarela.

rossiteriana

Rossiteriana
Magnífica variedade também da Serra do Mar com pétalas e sépalas de cor amarelo forte (ouro velho) e com labelo cor amarela mais clara. É também muito rara.

BLUEBIRDS

Oncidium forbesii
É uma das mais lindas espécies. Pseudobulbos compridos e sulcados, lateralmente achatados, com 8 cm de altura, coroados com uma única folha lanceolada de 30 cm de comprimento.

Inflorescência com até 50 cm de comprimento, pouco ramificada. Flores de até 4 cm de diâmetro, castanho, margeadas por manchas amarelas. Labelo largo da mesma cor e centro amarelo.

Ela é toda ondulada e encrespada. Vegeta em matas escuras numa altitude entre 800 a 1.200 m e floresce entre Março e Maio.

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Branca, amarela ou lilás. Grande ou pequena.

Não importa a cor ou tamanho, é impossível resistir à beleza das orquídeas. A planta também é uma boa alternativa para decorar a casa, pois suas flores podem durar semanas.Para quem vai comprar seu primeiro exemplar ou quer diversificar o jardim, vale saber que há uma infinidade de espécies no mercado, com preços que variam de R$ 15 a R$ 3 mil.

Algumas são consideradas verdadeiras preciosidades, como a Cattleya walkeriana feiticeira. É uma orquídea única que não aceita clonagem e pode custar mais de R$ 2.500.

Cattleya walkeriana feiticeira

Outra espécie que atrai olhares é a Brasilaelia (Laelia) fidelenses, endêmica de São Fidélis (RJ), que pode ser comprada por R$ 2.500,00. Não é porque a planta é rara que precisa ser necessariamente um exemplar caro.

Há ainda algumas que parecem ter saído de um filme de ficção científica, como a Megaclinium purpureorhachis, que lembra um espiral.

Anomalias são bem-vindas
Mas afinal, o que torna uma determinada espécie rara? Para André Almeida, da Aranda Orquídeas, são aquelas ameaçadas de extinção, importadas ou de difícil cultivo, entre outros motivos.

Pode até parecer estranho, mas em alguns casos a planta é ainda mais desejada quando sofre uma mutação. As anomalias nos fascinam, pois criam exemplares singulares que dificilmente se repetirão.

A variedade de cores, texturas e formatos pode gerar dúvidas na hora da escolha da espécie ideal para cada ambiente. Ela não precisa ser grande ou cara demais para chamar atenção, o importante é eleger aquela que você mais simpatiza.

O que há mais de uma década era privilégio de poucos, se tornou acessível para a maioria das pessoas com a reprodução comercial de algumas espécies. No Brasil a orquídea sempre foi considerada um artigo de luxo, mas esse cenário mudou há quase uma década.
Atualmente existem diversas opções que podem ser facilmente encontradas nas floriculturas e até nas prateleiras das grandes redes de varejo, entre elas a chuva-de-ouro (Oncidium varicosum) e a orquídea borboleta (Phalaenopsis).

Outro fator determinante para a popularização das plantas foi o crescente interesse comercial por parte dos laboratórios para a pesquisa e reprodução da espécie. Isso proporcionou uma queda no custo e viabilizou a multiplicação na oferta.

Cuidados básicos
Apesar de serem plantas incomuns, os cuidados são os mesmos que se deve ter com qualquer outra orquídea. Ventilação, claridade, rega e adubação. Com apenas quatro passos você a mantém saudável, livre de pragas e em pleno desenvolvimento.Aliás, quando as flores murcharem não se desespere e nem jogue fora sua planta, pois ela ainda pode viver muitas primaveras e florir ano após ano.

Outra dica importante, de acordo com ela, é não usar terra para o plantio, pois as orquídeas não se desenvolvem, com exceção das poucas espécies terrestres. O ideal é usar um substrato, que pode ser palha de coco, casca de pinus ou musgo.

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