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Além da semeadura e da divisão de plantas adultas, há outro método de reprodução que garante a obtenção de exemplares idênticos ao original. Trata-se do meristema, também conhecido como clonagem ou micropopagação. É uma técnica que extrai parte de um broto para a retirada de tecido meristemático que, por apresentar divisão celular ativa, é capaz de se multiplicar, dando origem a uma nova planta.

A vantagem do meristema é reproduzir fielmente as características da planta-mãe, afinal, trata-se de uma propagação clonal.

Cada novo broto de um exemplar fornece de três a quatro meristemas (gemas laterais e apiacais). Os meristemas da base ou das pontas, principalmente os dois primeiros que surgem, são os melhores. Diferentes espécies e híbridos de orquídeas podem ser multiplicados por meio desse procedimento, como por exemplo, Cattleya, Cymbidium, Oncidium e Phalaenopsis.

Em geral, cada meristema rende aproximadamente 200 novas mudas. No processo realizado em laboratório, após brotarem, elas passam por uma seleção. As maiores são aprovadas e seguem para a próxima etapa. Enquanto as menores vão para outro vidro com meio de cultura e hormônio de crescimento.

Esse método pode ser feito domesticamente, mas é preciso muita cautela para que não haja contaminação. Por isso, escolha um local limpo e utilize ferramentas e materiais esterilizados.

Materiais

Os materiais a serem utilizados são:
- Orquídea com broto;
- bisturi;
- solução hipoclorito;
- pinça e recipiente de vidro.

a) Para a obtenção do meristema, o broto que surge do pseudobulbo deve ter cerca de 5 cm de altura (1). Usando o bisturi, faça um corte rente à base (2), retirando-o.

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b) Lave e esterilize o broto. Segure-o com a pinça e faça um corte longitudinal como o bisturi (3), para retirar as gemas (ou meristems). Depois do broto aberto, retire-as imediatamente (4), pois oxidam em poucos segundos.

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c) Em seguida, coloque coloque-as no recipiente de vidro com meio de cultura (5). Ele é a base de sais minerais, vitaminas e açúcares. A partir da germinação, as gemas geram protocórmos (estruturas que antecedem as mudas). Para eles, a formulação do meio de cultura é carvão e hormônios de crescimento. Com essa técnica eles se formam  em cerca de um mês (6).

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d) Á medida em que crescem, o vidro oferece uma quantidade limitada de nutrientes (7). Então, divida e passe-os para outro recipiente com meio de cultura, para que atinjam o tamanho ideal de cultivo fora do vidro (por volta do décimo mês). Este processo é chamado de repique.
Com o tamanho adequado, retire as mudas do recipiente (8). Suas raízes devem ser bem lavadas para eliminar vestígios do meio de cultura.

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e) Em seguida, faça o plantio coletivo (9) – as mudas passam a ser cultivadas em vasos com substrato e mantidas em estufas. O plantio deve ser feito em horários com temperaturas amenas para evitar que as plantas se desidratem. Plante-as em cachepots com furos no fundo e uma mistura de 60% de esfagno, 25% de casca de pinus e 25% de carvão. Depois devem ser mantidas em estufas com cerca de 27ºC, ventilação 24 horas e 80% de umidade. É uma fase de adaptação de cerca de dois meses.
Passado o período necessário, retire as mudas do vaso coletivo (10).

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f) Então, comece uma nova fase da orquídea. Elimine os vestígios dos substratos manualmente (11). Ela está pronta para ser replantada em um vaso individual (12).

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Jade-vermelha
As plantas trepadeiras são ideais para o paisagismo porque você pode, de fato, planejar e limitar seu tamanho. Suas alturas e larguras eventuais são determinadas pelas estruturas nas quais elas se desenvolvem. As próprias estruturas preenchem o espaço antes que as trepadeiras ou vinhas atinjam seu crescimento total.

Cuidado para não deixar que as trepadeiras escapem de seus limites e grudem em árvores próximas. As trepadeiras podem danificar a estrutura da casa ao expandir suas raízes dentro da argamassa, se esta estiver enfraquecida. Os caramanchões são as melhores opções para fixar as trepadeiras cerca de 30cm de distância da casa.

Existem diferentes tipos de trepadeira e elas crescem de diferentes maneiras:
- as trepadeiras espiraladas precisam de algo no que se enrolar. Os novos galhos se enrolam em suportes à medida que crescem. Mastros resistentes e caramanchões são ótimos suportes. Exemplos são kiwi, buganvília, dulcamara americana, ipoméia, madressilva, glicínia americana e a amarelinha. Todas essas plantas trepadeiras podem crescer abundantemente em uma única estação;

- trepadeiras com rebentos precisam de cordas delgadas, arames ou suportes estreitos para se agarrarem. Exemplos são as clematites, maracujás e videiras. Elas são fáceis de moldar, mas não as deixe aderir em árvores. Elas podem ser usadas para embelezar cercas com elos encadeados, mas precisam de arames adicionais ou caramanchões para crescer em cercas de madeira;

- as trepadeiras aderem em objetos sólidos. Essas trepadeiras expandem suas raízes aéreas dentro das menores fissuras em paredes sólidas. Elas podem danificar alguns tipos de paredes, especialmente paredes de tijolos com argamassa antiga que está começando a enfraquecer, mas seu crescimento é seguro se a parede for sólida. Não as deixe crescer sobre superfícies que precisam ser pintadas periodicamente. As trepadeiras são ótimas sobre outros tipos de paredes e suportes resistentes. Essas trepadeiras incluem a hidrângea trepadeira, a trumpet creeper e a winter-creeper.

Como as trepadeiras desempenham uma dupla função no jardim.

Usos das Trepadeiras
As trepadeiras desempenham uma dupla função no jardim. Flores, folhagens ou frutas fazem delas acessórios verticais maravilhosos para emoldurar uma cerca, caramanchão ou poste de luz. Como um bônus, as trepadeiras podem ocultar visuais pouco agradáveis, proporcionar sombra e misturar troncos de árvores, paredes e cercas de um cenário com uma pátina de verde.
- Acrescente altura a uma borda perene com trepadeiras anuais ou trepadeiras perenes em gaiolas de arame, tendas em estilo indígena ou scrims. Quando desejar um ponto alto dinâmico para um jardim de flores, uma trepadeira com escalada direcionada resistirá durante a estação de crescimento e, às vezes, ainda algum tempo depois. Em contraste, muitas das trepadeiras perenes mais altas alcançam sua altura máxima apenas quando dão flores, o que pode durar por apenas algumas semanas.

Aqui estão algumas opções de suporte a ser levadas em consideração:
- gaiolas de arame: essas gaiolas funcionam como gaiolas de tomate, mas podem ser feitas de malha de arame em qualquer altura ou formato. Uma forma de pilar reta e estreita é bastante elegante em um jardim formal;

- tendas em estilo indígena: faça um suporte de postes inclinados unidos pelo topo. Plante uma ou mais trepadeiras na base e deixe-as subir e cobrir o poste;

- scrims: essas são estruturas abertas nas quais as trepadeiras podem se enrolar e subir e ainda oferecem uma visão velada do cenário além delas. Com imaginação, os scrims podem ser feitos de arame trançado ou outros materiais criativos;

- tente uma maneira bem fácil de suportar trepadeiras anuais com um caramanchão feito de barbante biodegradável. Posicione dois postes de 1,2m de altura distantes cerca de 1,2m um do outro e fixe suas bases no solo a cerca de 1m de profundidade. Passe o barbante entre os postes, dando nós aleatórios ao redor deles para que o barbante não deslize. Você pode desejar criar uma estrutura em forma de teia vertical trabalhando o barbante para cima e para baixo entre os postes horizontais, o que ajuda algumas trepadeiras a escalar com mais eficiência.

Plante trepadeiras anuais como a ervilha de cheiro, as trepadeiras cardeais ou a margarida amarela debaixo de novos caramanchões e deixe-as crescer, cobrindo-os. Quando a geada chegar ou as trepadeiras começarem a perder seu viço, basta cortar o barbante do caramanchão e jogá-lo, com as trepadeiras e tudo mais, em uma pilha de compostagem.
- Crie uma sombra de verão em uma varanda com um caramanchão de barbante coberto com trepadeiras. Caramanchões feitos de barbante, disponíveis em centros de jardinagem ou por meio de pedido por correio, podem ser pendurados em telhados ou postes. Posicione o caramanchão no lado sul ou oeste da varanda para bloquear a maior parte do sol.

- Use um caramanchão de arame e trepadeiras para cobrir uma parede branca comum ou um encanamento. Uma parede coberta com um caramanchão ganha vida com o verde. Basta certificar-se de que o caramanchão está afastado o suficiente da parede, pois um caramanchão grudado à parede não é bom nem para a construção nem para as trepadeiras. Se você está ocultando um encanamento, certifique-se de deixar aberturas de acesso para manutenção.

- Use as trepadeiras para cobrir uma cerca com elos encadeados ou qualquer outra coisa desagradável aos olhos. As trepadeiras podem ocultar a sua garagem (ou a garagem do seu vizinho), criar uma área oculta para as latas de lixo, ou cobrir um tronco de árvore nu ou o corredor cercado de seu cão. Lembre-se de plantar as trepadeiras que se entrelaçam ou que possuem rebentos em suportes abertos como as cercas com elos encadeados e trepadeiras que escalam sobre suportes sólidos, como paredes.

- Use trepadeiras para ocultar uma árvore morta em uma grande área verde. Assim como as videiras podem cobrir árvores e torná-las uma massa verde de trepadeiras em forma de gotas, um velho toco pode se tornar um pilar para o jardim.

Em climas amenos, trepadeiras sempre-verdes podem proporcionar uma cobertura confiável o ano todo. Em climas frios, algumas trepadeiras sempre-verdes podem ser mais propensas a definhar quando as temperaturas caem muito. Procure trepadeiras com resistência superior para essa tarefa.

Plante trepadeiras sobre uma estrutura de pérgola aberta para criar um abrigo fresco e com sombra. Uma pérgola é uma estrutura arbórea com um caramanchão na parte superior, que forma um teto para o jardim. Ela pode criar um lugar com sombra para se sentar ao ar livre no verão e ao mesmo tempo proporcionar ao jardim uma arquitetura elegante.

Para preencher o telhado com folhagem e flores, tente plantar trepadeiras que possuam crescimento abundante para que elas sejam capazes de percorrer a distância necessária. Algumas possibilidades são a glicínia, a polygonum aubertii, o kiwi, o lúpulo e as videiras.

A versatilidade das trepadeiras pode fornecer muito mais do que uma bonita cobertura para o seu jardim.

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orquidea_sapatinho (paphiopedilum)

Saiba o modo mais fácil de propagar essa bela orquídea

A maioria das pessoas tem medo de multiplicar as orquídeas, talvez por acharem que ela é uma planta frágil, que ao menor solavanco elas vão acabar morrendo, mas não é bem assim. No geral, existem dois métodos muito utilizados na propagação dessas belíssimas plantas. Por divisão de pseudobulbos ou por divisão de rizomas.
As orquídeas deste gênero (paphiopedilum), mais conhecidas popularmente por Sapatinho, podem ser multiplicadas de uma maneira muito simples e bem prática.

Antes de qualquer coisa, porém, seria conveniente esperar até o final da floração, que começa no Outono e se estende até o final do Inverno. Portanto, a melhor época para se fazer essa multiplicação é no começo da Primavera.

O procedimento é o seguinte:
- Retire a planta do vaso, molhando o substrato e passando uma faca pelas paredes laterais, a fim de desprender as raízes e facilitar a saída da planta;

- Em seguida, faça uma poda de limpeza, procurando eliminar algumas raízes velhas. Se as raízes que sobraram estiverem muito compridas, pode-as também, deixando cada uma com uns 15 cm de comprimento. Nunca se esqueça que todos os instrumentos utilizados em podas, cortes de orquídeas, etc. devem ser previamente desinfetados, a fim de evitar a contaminação.

- Após ter feito essa poda de limpeza, basta repartir, manualmente, a sua orquídea em dus partes. Faça isso dividindo os fascículos (tipo de inflorescência em que as flores se inserem no mesmo nó caulinar) em dois.

- O próximo passo é preparar os vasos, colocando no fundo, uma boa camada de cacos de telha, ou brita, para facilitar a drenagem das regas. Preencha com uma parte de substrato, fibra de coco, areia grosa lavada, esfagno e um punhado de terra preta. Coloque a nova muda e depois complete o vaso com o resto do substrato.

Pronto, agora é só colocar os vasos em local bem iluminado, protegido de ventos fortes, regando-os regularmente, a fim de manter o substrato sempre úmido. Isso é muito importante, já que, não conseguirem armazenar água no organismo, essas orquídeas requerem mais umidade do que o habitual.
No ano seguinte, as primeiras flores dos seus Sapatinhos começarão a desabrochar.

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Masdevallias

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São originárias de regiões de altitude das Américas Central e do Sul, inclusive no Brasil. No entanto, a maioria ocorre nos Andes em países como Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Este gênero abrange aproximadamente 500 espécies, embora este número seja bem maior por causa dos inúmeros híbridos desta planta..

Em geral,  são epífitas, mas também rupículas e outras que crescem sobre detritos vegetais.

São orquídeas desenvolvidas por cruzamentos, compostas por ramicaules eretos, com hastes florais que saem de suas bases.

Suas flores são pequenas, em média têm 4 cm e não são perfumadas, mas conquistam com seu formato de cálice, efeito proporcionado por três sépalas grandes e triangulares, com “cauda” longa. Suas cores vibrantes são um convite à contemplação.

Uma curiosidade desta bela espécie são suas pétalas e labelo que são pequenos e ficam escondidos dentro da flor.

Embora ela seja considerada de difícil cultivo, muitas pessoas desconhecem que ela só precisa de cuidados diferentes ao da phalaenopsis e cattleyas, nada mais além disso.

O que chama muita atenção é que ela não apresenta pseudobulbos, como a maioria das orquídeas, mas folhas com um caule fino que saem direto do sistema radicular, estrutura chama de ramicaule.

Em seu habitat natural, as masdevallias podem ser encontradas tanto em árvores e vãos de pedras, como também no solo, isto porque elas se alimentam apenas das substâncias liberadas pelos musgos que vivem nesses locais.

Para poder cultivar essa orquídea em casa, é necessário plantá-las em substrato preparado com partes iguais de pedras de construção (brita nº1) e musgo ou esfagno e em vasos de plástico para que se retenha melhor umidade.

Ela exige pouca água, porém com regas diárias e com adubações esporádicas, ou seja, uma adubação a cada três meses. Use 1 colher (café) de NPK 20:20:20, para cada 5 litros de água.

Para melhor aproveitamento da planta é necessário ainda replantá-la de duas a três vezes por ano, isso vai evitar que o substrato apodreça e solte substâncias que irão deixar as folhas com pontas amarelas e com pontinhos pretos.

As masdevallias apreciam muito clima entre 12ºC e 13ºC, mas suportam até 25ºC, desde que estejam em local bem ventilado e sob meia-sombra. Isto se deve pelo fato de serem originárias de regiões montanhosas.

Para estimular a brotação, não retire as hastes que estiverem verdes, porque elas voltam a florir, só corte quando estiverem secas. Elas podem florir mais de uma vez por ano, entre Junho e Dezembro.

Por não possuírem pseudobulbos para o armazenamento de água e alimento, a manutenção constante da umidade é vital. Por este motivo, é adequado o cultivo em vasos pequenos e manter o substrato sempre molhado, sem encharcar, para evitar o apodrecimento das raízes.

O substrato deve ser aconcicionado frouxamente, pois as raízes são delicadas e têm dificuldade para penetrar em ummaterial muito compacto.

Para a adubação, é aconselhável o uso de NPK 10-10-10 ou 20-20-20 diluído pela metade da concentração indicada pelo fabricante a cada 15 dias. A aplicação deve ser esporádica em baixas  concentrações. Diminua bastante no Inverno.

É preciso cautela com a adubação orgânica, pois são plantas muito delicadas. São sensíveis a óleos em geral (mineral e vegetal, como o nim). Assim o controle de pragas deve ser cuidadoso.

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