Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Dyck_elisbethae

Nome Científico: Dyckia SP
Nome Popular: Dyckia
Família: Bromeliaceae
Origem: Brasil e América do Sul
Ciclo de Vida: Perene

A Dyckia é um gênero botânico da família Bromeliaceae. As Dyckias possuem folhas duras e espinhosas, são saxícolas (vivem em torno de pedras) e terrestres (crescem no solo árido) com incidência solar direta e têm uma tendência natural a aglutinarem-se formando espessas esteiras de grande porte.
A maioria das cerca de cento e vinte diferentes espécies de Dyckia, são nativas do Brasil central, com alguns exemplares sendo encontrados no Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia.

A maioria dos exemplares cresce entre as rochas quentes em áreas ensolaradas variando de altitude de até dois mil metros do nível do mar.

Embora as Dycias não possuam tecidos de armazenamento interno de água, como as suculentas, na verdade elas são xerográficas e sobrevivem a longos períodos sem água em estado de dormência.  Suas rosetas de folhas grossas acabam murchando, mas a recuperação é rápida quando recebe algumas gotas de água. Por serem muito resistentes e rústicas elas suportam bem a negligência do que qualquer outra planta cultivada rapidamente se multiplica.

Sua única exigência é um pouco de água e muito sol. Inflorescência

Na primavera começam a surgir finas hastes que emergem ao lado da planta variando o tamanho, que vai de aproximadamente de dez centímetros de uma espécie pequena como a Dyckia Choristaminea a mais de dois metros para a Dyckia Marítima.

Embora não possuam flores grandes, elas variam na cor vermelha, amarela e laranja, o que as tornam bastante atrativas para abelhas, vespas e beija-flores. Os exemplares possuem coloração que variam de acordo com a espécie e estes podem ser verde, rosa, marrom, bege ou prata, já suas folhas podem variar de formas como longas e finas, pequenas e largas, profundamente lobadas ou quase lisas.

No paisagismo são ótimas para comporem jardineiras, barreiras de passagem, demarcação de caminhos sempre com a incidência do sol direto.

A maior parte das Dykcias não são exigentes em sua cultura, bastando para tanto se levar em conta as seguintes observações:
Elas gostam de sol e meia sombra. Preferem temperaturas altas em torno de 26 a 40 graus, mas resistem bem a temperaturas inferiores.

A maioria das espécimes não serão prejudicadas pelo clima frio. Como todos os componentes da família das Bromeliáceas as fertilizações têm quer feitas com muito cuidado, pois elas possuem alto poder de absorção foliar. O elemento cobre em alta concentração nos compostos químicos devem ser evitados, pois este as leva a morte.
É recomendada a utilização de fertilizantes hidrossolúvel com NPK 14-14-14 ou 10-10-10 na proporção de uma colher de chá diluída em um litro de água e aplicada com auxilio de um aspessor.

Se optar-se pela fertilização orgânica ainda melhor, pois não se correrá nenhum risco e os exemplares responderão com mais vigor – embora que um pouco tardio, mas que com certeza compensarão.

Embora elas sejam muito resistentes a seca, as regas devem ser feitas em dias alternados, principalmente quando se tratando de mudas novas, e em dias muito quentes. Estas deverão ser feitas com o sol frio pela manhã ou no final da tarde.

O substrato deve conter uma mistura de terra vegetal, areia e grande quantidade de matéria orgânica – proporção de 25% de areia lavada, 25% de terra vegetal e 50% de esterco de gado ou cavalo.

As Dyckias  podem ser tornarem invasoras quando cultivadas no chão, por esse motivo é sempre bom a utilização de contentores. Quando cultivadas em jarros, vasos, jardineiras, devem-se escolher os modelos que acolham o sistema radicular de plantas de grande porte.

As Dyckias apreciam um invólucro maior ou do seu próprio  tamanho. Mas atenção: quanto maior o invólucro e mais adubo orgânico tiver maior será a planta.

A maioria das espécies de Dyckias têm folhas municiadas de espinhos afiados o que faz o seu manuseio um trabalho doloroso. Muitas vezes é difícil separar os brotos da planta mãe. Sendo assim, recomendo que se utilize luvas de couro de cano longo, remova a planta do vaso e  inicie o trabalho a partir do fundo ou seja de trás para frente.

Tenha a mão uma faca afiada e resistente, uma pequena serra, e, em casos extremos uma machadinha que poderá vir a calhar na hora de se separar os brotos laterais.  Sempre que possível procuramos preservar o sistema radicular dos brotos. Se ele ainda não tiver raízes, passe um pouco de hormônio enraizador antes do envasamento.

old_church_trees_wind_blowing_md_wht

doençasPlanta infectada por vírus

Oídio, míldio, podridão… Saiba identificar as doenças das suas plantas. Várias são as doenças que podem afetar as plantas do seu jardim. Damos-lhe, de seguida, uma idéia de como as pode identificar e eliminar.

Enquanto umas costumam afetar as plantas ornamentais, outras só atingem certo tipo de plantas.

Oídio
Uma camada branca e poeirenta sobre as folhas e os rebentos de várias plantas é a sua marca. Ataca com força as macieiras, groselheiras-de-cachos, videiras, pepinos, pimentões, ervilhas, couves, rábanos, nabos, miosótis e rosas.  A altura mais propícia ao seu aparecimento é quando o tempo está seco, período em que as plantas recebem menos água.  Para evitar o oídio, regue as plantas com abundância. Corte os rebentos atingidos e, em último caso, pulverize com enxofre.

Míldio
Em casos extremos, o míldio pode penetrar nas folhas e matar a planta. Por isso, é importante atuar de imediato – o melhor é destruir a planta ou cobri-la com sulfato de cobre e cal apagada. Entre os seus sintomas encontramos o aparecimento de uma penugem na parte inferior das folhas. Ataca, sobretudo, quando o tempo está quente ehúmido.

Podridão Cinzenta
Favorecida pela deficiente circulação de ar, esta doença é caracterizada pelo desenvolvimento de uma penugem cinzenta sobre as folhas, caules ou frutos. Aparece, sobretudo, com o tempo frio e úmido e, para a eliminar, há que cortar e queimar as partes atingidas.

Fumagina
Este é um fungo negro que se desenvolve sobre a melada segregada por alguns insetos sugadores (os pulgões, por exemplo). Retira-se com água e apenas interfere com a quantidade de luz que a planta recebe.

Ferrugem
Pústulas castanhas, vermelhas, amarelas ou negras na parte inferior das folhas e nos caules – são estes os seus sintomas. A ferrugem afeta o desenvolvimento da planta e, em último caso, pode mesmo causar a sua morte. Só os produtos químicos constituem um tratamento fiável. Mesmo assim, pode experimentar retirar as folhas atingidas. As plantas mais sensíveis são as bocas-de-lobo, as íris, as ameixeiras, os pimentões, as cebolinhas e os alhos.

Manchas nas folhas
Provocadas por fungos, elas não apresentam grande gravidade. Excetua-se a doença das manchas negras que pode trazer sérios problemas às roseiras. Esta última caracteriza-se pelo aparecimento de manchas nas folhas mais velhas, que acabam por amarelecer e morrer. Por isso, retire de imediato as folhas atingidas.

Podridão
Pode atacar os frutos, rebentos, folhas, legumes de raíz e bolbos e é provocada por fungos. Nas plantas lenhosas, esta doença pode ser eliminada cortando as partes afetadas. A podridão pode, ainda, atingir plantas que estejam demasiado densas ou à sombra. No caso dos legumes e bolbos, é importante eliminar os que tiverem feridos ou moles pois podem contagiar os exemplares sãos.

Doenças nas sementeiras
Esta doença tem como consequência o apodrecimento do pé das plantas mais jovens. Para evitá-la, utilize composto comercializado para semear e evite sementeiras densas. Regue, ainda, os vasos e as caixas das sementeiras por baixo – a aspersão ajuda à propagação dos esporos patogênicos.

Cancros
Causando lesões nos caules, os cancros atacam as plantas lenhosas. Em casos extremos, a morte da planta é a última consequência. O cancro atinge, em geral, as árvores de fruto, mas as cerejeiras ornamentais, os chorões e as roseiras também podem ser afetados. Eliminar as partes atingidas é a melhor solução.

Deperecimento
Para combater esta doença, é importante usar sempre composto estéril para as sementeiras e para as plantações por estaca. Essencial é, ainda, eliminar as plantas gravemente atingidas. Cravos, crisântemos, clematites, pepinos e tomates são as plantas mais susceptíveis a esta doença.

Malformações
Exemplos: a hérnia da couve, as galhas, a lepra do pessegueiro e as vassouras-de-bruxa (malformações em forma de caldeirão em algumas árvores). Na sua origem encontramos perturbações no sistema hormonal das plantas, mas esta doença não apresenta alguma gravidade.

33

phanaelopsis

Logo após a floração da sua Phalaenopsis, quando as flores murcham e secam por completo e são manualmente removidas, é possível induzir o nascimento de uma muda clone que brotará na própria haste floral, com a aplicação de pó de canela no substrato.

Após o corte com tesoura de poda (esterilizada com fogo ou produto específico) no terceiro nó da haste floral da planta, é comum brotar uma nova haste que vai fazer sua Phalaenopsis gerar uma segunda floração no mesmo ano, quando bem tratada.

Mas se você fizer a poda da haste floral na altura do mesmo terceiro nó e colocar uma colher média de canela em pó em toda superfície do vaso, isto vai estimular o nascimento de uma nova planta que brotará na haste, na altura deste nó.

Em alguns meses, logo que a planta estiver com quatro folhas de cerca de quatro centímetros cada e emanando duas ou três raízes de até 3 centímetros, faça o corte da nova muda pela haste, um pouco abaixo e replante a nova muda em outro vaso menor.

Phalaenopsis Natural das Filipinas, a Phalaenopsis é considerada uma das mais belas e populares orquídeas e é produzida e cultivada em larga escala pela indústria brasileira. Por isto mesmo, existe hoje um grande número de híbridos, fruto do cruzamento de espécies em cativeiro.

Essas lindas orquídeas não são comuns como espécies puras em coleções, sendo a maioria das mais conhecidas híbridos gerados de semente, e depois reproduzidas do caule.

Conhecida por se adaptar bem até em apartamentos de centros urbanos, a Phalaenopsis é uma planta que precisa de rega a cada 7-15 dias, dependendo da época e tolera bem temperaturas mais elevadas.

O cultivo ideal é em estufas quentes, precisando de muita sombra.

Há dois tipos principais: o padrão e o miniatura. O primeiro pode chegar a 1 m de altura, enquanto as miniaturas ficam em torno de 30 cm. Ambos tem a estrutura bem semelhante, diferindo apenas no tamanho.

A Phalaenopsis se adapta bem em substratos ricos em casca de madeira e xaxim (este último, proibido por lei. Está sendo feito atualmente o uso de fibra da casca do coco). O carvão vegetal e os musgos (ou espumas artificias para reter a umidade) também estão presentes. Uma vez ao mês, pode ser feito uso de fertilizante NPK 10:10:10, numa pequena porção em uma colher de café para um litro de água.

Plantas floridas ou com suas raízes ainda não adaptadas ao vaso não devem receber estes fertilizantes. A Phalaenopsis deve ter sua haste cortada acima do terceiro “nó”, após as flores murcharem. Esta poda deve ser realizada com tesoura esterilizada.

A poda deve ser feita na haste, após o terceiro nó, numa altura aproximada de 20 centímetros. Uma vez ao a Phalaenopsis emite cachos de até 12 flores, se bem cuidada. Suas flores têm muita durabilidade e resistência, persistindo por três ou cinco semanas antes de murcharem. Após a poda da haste, a Phalaenopsis pode voltar a dar novos cachos ainda no mesmo ano, numa ramificação.

new-girls (1)

coqueiros

O coqueiro é tido como uma das plantas cultivadas de maior importância no mundo, especialmente em algumas regiões, onde se constitui na principal fonte alimentar e de renda para a população.
De origem asiática, é cultivado em mais de 80 países localizados na zona intertropical.

Considerado por muitos como a “árvore da vida”, origina mais de cem produtos ou subprodutos, com destaque para óleos, água-de-coco, coco ralado, leite de coco, doces, sabões, cosméticos, álcool, fibras e madeira.
No Brasil a cultura do coqueiro encontra-se basicamente distribuída na faixa litorânea desde o Pará até o Rio de Janeiro, predominando a variedade Gigante. Entretanto, novos cultivos têm sido implantados fora da região tradicional, utilizando-se as variedades de coqueiros anões.
Nos últimos anos, o cultivo do coqueiro vem se expandindo, tanto nas regiões tradicionais quanto em novas regiões ou Estados como SP, MG e MT, principalmente com a utilização do coqueiro anão verde visando a comercialização do produto na forma de fruto verde “in natura” para consumo da água de coco.
Apesar das diferentes possibilidades para sua exploração, a cultura deve ser conduzida de acordo com as técnicas agronômicas visando um sistema sustentável, com alta produtividade e adequada qualidade de frutos.

Variedades
O coqueiro apresenta duas variedades principais, Gigante e Anã, sendo esta subdividida em Verde, Amarelo e Vermelho.
A variedade Gigante, introduzida no Brasil em 1553, caracteriza-se por apresentar plantas de porte alto, entre 20 e 40 metros, início de produção de 6 a 7 anos, frutos de tamanho grande, com aptidão para copra (albúmem sólido desidratado), destinados basicamente para as indústrias. Apresentam rendimento médio entre 60 e 80 frutos/planta/ano.

A variedade Anã, introduzida no Brasil a partir de 1925, caracteriza-se por apresentar plantas de porte baixo, entre 8 a 10 metros, início de produção de 2 a 3 anos, frutos de tamanho pequeno e arredondados, com aptidão para água, destinados basicamente ao consumo “in natura”. Apresenta rendimento médio entre 120 e 150 frutos /planta/ano. Essas características podem sofrer variações conforme o local de cultivo, material genético utilizado, manejo e tratos culturais utilizados na lavoura.

Um terceiro tipo, o híbrido, pode ser obtido pelo cruzamento entre gigante x gigante, anão x anão ou gigante x anão. O híbrido, resultante do cruzamento entre Gigante e Anã, tem sido muito estudado por reunir as características favoráveis das duas variedades. Entretanto, filhos de coqueiros híbridos não devem ser utilizados para plantio por apresentarem grande segregação, resultando em plantas heterogêneas e com baixa produtividade.
Para o sucesso de um coqueiral, é de fundamental importância conhecer a procedência e a qualidade genética das sementes ou mudas a serem utilizadas.

Clima e Solo
Espécie tipicamente tropical encontra condições climáticas favoráveis entre as Latitudes 20º N e 20º S. Planta característica de regiões quente, úmida e ensolarada, não tolera sombreamento.
Precipitações pluviométricas anuais (chuvas) acima de 1500 mm, com boa distribuição mensal, temperatura média anual de 27º C, umidade atmosférica entre 80 e 85%, são consideradas ideais. Nas regiões com baixa precipitação anual ou com distribuição irregular de chuvas, a suplementação hídrica através da irrigação é fundamental para a obtenção de alta produtividade e estabilidade de produção.
Solos adequados são aqueles de boa fertilidade, sem impedimentos químicos ou físicos, profundos e bem drenados. Os solos arenosos ou areno-argilosos favorecem o seu desenvolvimento. Solos com lençol freático entre 1 e 4 metros de profundidade são muito adequados. Entretanto, as plantas não toleram solos encharcados.
A escolha da área a ser implantado o coqueiral deve ser criteriosamente avaliada, pois áreas de baixadas, próxima a rios, podem em determinadas situações serem inundadas, formando uma lâmina de água em sua superfície. Em situações onde o encharcamento do solo ocorre, num período de horas ou mesmo de poucos dias, em uma lavoura adulta, não tem sido verificada a morte das plantas nem afetado, de maneira significativa, seu desenvolvimento. Porém, se a planta for jovem, com pouco tempo de transplantada no campo, o encharcamento poderá comprometer definitivamente essa planta, ocasionando inclusive a sua morte.

Formação de mudas
Após criteriosa seleção das plantas matrizes, os frutos (sementes) são colhidos completamente secos, entre 11 e 12 meses de idade, e estocados por algumas semanas à sombra para completar sua maturação.
As mudas poderão ser produzidas por diferentes sistemas, passando por germinadores e/ou viveiros ou em sacos de polietileno (plástico) sendo posteriormente transplantadas no local definitivo. Em qualquer sistema é recomendável levar a campo mudas jovens, contendo em média 3 a 4 folhas, variando entre 4 a 6 meses de idade. Mudas com mais de 8 ou 10 meses de idade são consideradas mudas velhas, passadas, não devendo ser utilizadas.

Na semeadura, os cocos sementes poderão ser dispostos no solo, na posição horizontal, ou seja, deitados sobre a maior área plana do fruto, ou colocado na posição vertical, ou seja, em pé, com a região embrionária, ou seja, aquela da inserção do fruto no cacho, voltada para cima. Em ambas situações as sementes devem ser cobertas com solo até dois terços de sua altura.
Quando a semeadura for na posição horizontal, costuma-se efetuar um pequeno corte na casca do fruto, entalhe, na parte mais saliente, próximo do local de fixação da semente ao cacho. O objetivo desse entalhe é promover uma maior absorção de água e facilitar a germinação. Entretanto, dependendo do estágio de desenvolvimento do embrião e da profundidade do corte realizado na casca, esse entalhe poderá ser prejudicial se o corte atingir o embrião.
Atualmente, em sua maioria, os viveiristas tem preferido produzir as mudas no sistema vertical, pois apesar de ser constatado maior demora para a emergência, a região do colo da plântula fica melhor encaixada na semente, conferindo maior resistência às plantas jovens e conseqüente menor perda no transplante, ou seja, na retirada das mudas do viveiro e o plantio definitivo no campo.
Para uma boa formação das mudas, independentemente do sistema adotado, é indispensável o uso correto da irrigação, de fertilizantes e defensivos.

Plantio
Informações na literatura apontam para o plantio das mudas no campo a ser realizado no início do período chuvoso, entretanto, essa indicação baseia-se em coqueiros gigantes cultivados sem irrigação na região Nordeste. Em áreas sob condições irrigadas, como ocorrem na região Norte do Estado do Espírito Santo, o período de plantio poderá ser efetuado em qualquer época do ano, desde que, não seja constatada outra limitação climática. Em regiões onde ocorrem baixas temperaturas, a época de plantio deve ser criteriosamente avaliada, pois a planta jovem é mais sensível ao frio que as plantas adultas. O coqueiro quando jovem não tolera geada.
As covas de plantio devem ter dimensões mínimas de 60 x 60 x 60 cm e poderão ser abertas manualmente ou mecanicamente. No caso de serem abertas através de broca acoplada ao trator, o produtor deverá ter especial atenção, pois dependendo da umidade e do tipo de solo, poderá ocasionar espelhamento na parede da cova dificultando a penetração do sistema radicular, além de reduzir a infiltração da água no solo levando ao encharcamento na região da cova e comprometendo o desenvolvimento da planta jovem no campo.
O preparo da cova deverá ser realizado com antecedência mínima de 30 dias antes do plantio, utilizando-se normalmente, material orgânico, calcário e adubos químicos.
Especial atenção deverá ser dispensada ao preparo da cova, pois em várias situações é necessário o uso de fertilizantes que contenham micronutrientes, por isso, é indispensável conhecer as necessidades do solo através de análises laboratoriais.
O produtor deverá estar informado sobre a necessidade de uma cova bem feita, pois parte do sucesso de sua lavoura será em função de um bom preparo da cova, que permita um rápido e vigoroso desenvolvimento da planta jovem.

Espaçamento
A implantação do coqueiral poderá ser realizada de diferentes maneiras dependendo do objetivo de sua condução e manejo. A instalação poderá ser em formato de quadrado, retângulo ou triângulo, em disposição de filas simples ou duplas.
O sistema triangular é o mais utilizado para plantios solteiros, ou seja, área formada somente com coqueiros, embora em sua fase inicial permita o consórcio com culturas temporárias para melhor aproveitamento da área. Os demais sistemas são mais recomendados para consórcios permanentes com outras plantas.
No sistema triangular as plantas são dispostas em triângulos equiláteros, distribuídas em espaços eqüidistantes, conforme a variedade a ser utilizada.

Apesar de não haver trabalhos científicos regionais para a definição do melhor espaçamento para o cultivo do coqueiro, adota-se como padrão os espaçamentos acima citados. Em caso de criteriosa avaliação, os espaçamentos poderão ser ajustados para um outro espaçamento permitindo modificações nas populações. Entretanto, em locais com acentuado nível de doenças foliares, deve-se ter cuidado na escolha do espaçamento, pois espaçamentos mais adensados podem favorecer a maior incidência dessas doenças, além de dificultar seu controle.
Durante a demarcação da área para a abertura das covas, deve-se dar especial atenção para o correto alinhamento e distanciamento entre os piquetes. O balizamento incorreto acarretará filas tortas, com um número de plantas por área diferente do recomendado. A disposição e a distância entre plantas de coqueiros da variedade Anã pode, ser observado na figura 1.

Adubação
O uso de corretivos e fertilizantes para a cultura do coqueiro pode ser dividido, na prática, em 3 fases: Plantio, Formação e Produção.
Qualquer que seja a fase da cultura o importante é determinar quanto, quando e como adubar, levando-se ainda em consideração o aspecto econômico.
As plantas de coqueiros apresentam respostas as adubações a médio e longo prazo, assim, torna-se necessário, um programa de adubação através do planejamento das operações de aplicações. Esta atividade deverá ser constantemente monitorada e acompanhada através de análises do solo e de folhas, a fim de correlacionar o nível dos nutrientes e produtividade.
Indicações na literatura recomendam adubações para o coqueiro no início do período chuvoso. Essa indicação refere-se à coqueiros gigantes instalados sem irrigação e em locais onde o período de chuva é bem definido, como ocorre em algumas regiões do Nordeste.
Em propriedades com adoção de maior grau tecnológico, verifica-se o uso da fertirrigação, onde os fertilizantes são aplicados de forma conjugada ao sistema de irrigação.
De forma geral, a adubação de plantio, para coqueiros anões conduzidos sob irrigação em solos arenosos de baixa fertilidade natural, tem sido utilizado com bons resultados, adubação na cova com 20 litros de esterco de curral curtido ou outro material orgânico equivalente; entre 600 a 800 gramas de Superfosfato Simples, ou equivalente quantidade convertida para outras fontes de Fósforo. Calcário, Potássio. Micronutrientes são recomendados conforme resultado da análise química do solo. Não é recomendado na cova o uso de fertilizantes químicos contendo Nitrogênio.
Para a recomendação de adubações nas fases de formação ou de produção, deve-se levar em consideração os níveis dos nutrientes no solo, nas folhas, idade da planta, variedade, manejo da lavoura, produtividade desejada e análise de custos. Portanto, a recomendação da adubação a ser utilizada somente será possível após uma criteriosa análise técnica.

Pragas e Doenças
No Brasil muitas são as pragas e doenças que atacam esta espécie, da fase jovem à adulta, incidindo sobre raízes, estipe, folhas, inflorescências e frutos. Observa-se que no Brasil devido a grande extensão territorial onde são encontrados cultivos de coqueiros, com maior intensidade na zona litorânea desde o Rio de Janeiro até o Pará, as condições climáticas verificadas são muito variáveis formando microregiões climáticas. Essas microregiões podem favorecer o aparecimento de pragas e doenças em níveis endêmicos que em outros locais não se constituem em praga principal.

Dentre as principais pragas destacam-se: Broca da raquis foliar (Amerrhinus ynca); Broca do pedúnculo floral (Homalinotus coriaceus); Broca do olho do coqueiro (Rhynchophorus palmarum); Lagarta das folhas (Brassolis sophorae); Traça dos cocos novos (Hyalospila ptychis); Gorgulho dos frutos e flores (Parisoschoenus obesulus); Barata do coqueiro (Coraliomela brunnea, Mecistomela marginata) e Ácaro da necrose do coqueiro (Aceria guerreronis).
As doenças encontradas em cultivos de coqueiros apresentam maior ou menor importância dependendo da região, manejo cultural e da variedade cultivada. Destacam-se: Queima das folhas (Botryosphaeria cocogena); Lixa pequena (Phyllacora torrendiella); Lixa grande (Sphaerodothis acrocomiae), Helminthosporiose (Bipolaris sp); Murcha de fitomonas (Phythomonas sp.); Podridão seca (Agente causal desconhecido) e Anel vermelho, ocasionado pelo nematóide (Bursaphelenchus cocophilus).

Praga do Besouro
Para um bom manejo fitossanitário é de fundamental importância o monitoramento das plantas, sendo necessário o reconhecimento das principais pragas e doenças que atacam essas plantas.
O controle fitossanitário pode ser realizado com práticas manuais, culturais, mecânicas e químicas. Caso seja necessário, os produtos químicos somente deverão ser utilizados mediante orientação técnica para que não haja intoxicação ao trabalhador rural, contaminação dos frutos ou do meio ambiente.
Todos os esforços devem ser realizados no sentido de se buscar uma sustentabilidade da cadeia produtiva do coco através da implantação da Produção Integrada, onde a rastreabilidade do produto deverá ser implementada no processo de comercialização.

Colheita

Para coqueiros gigantes, em média são colhidos de 10 a 12 cachos por ano, com idade variando entre 11 e 12 meses, destinados à industrialização ou ao comércio de fruto seco com utilização na culinária. Nesta ocasião são realizadas as operações de limpeza nas plantas.
Para coqueiros anões, em média são colhidos 12 a 14 cachos por ano, com idade variando entre 6 e 8 meses, destinados ao consumo “in natura” da água de coco. Neste caso a colheita deverá ser processada com cuidado para não ocasionar danos aos frutos.
Na colheita, deve-se também, proceder a limpeza dos cachos, eliminando-se as ráquilas (rabicho do coco) para que não haja atritos com os frutos no transporte, evitando-se ferimentos e o escurecimento da casca do coco, que prejudicam a aparência do fruto, dificultando a comercialização.
Em plantas adultas, gigante ou anã, deve-se evitar subir nas plantas utilizando-se esporas. Este equipamento ocasiona ferimentos no tronco do coqueiro podendo inclusive transmitir doenças letais ao coqueiro, como no caso do anel vermelho. Recomenda-se o uso de peias de couro ou de nylon para esta operação.

Frajola