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Catasetum fimbriatum2

Saiba como lidar com a planta, durante e depois da dormência.

Como lidar com a orquídea no período de dormência? Esta é uma dúvida comum entre os colecionadores. Mas, antes de sabermos os melhores cuidados nessa fase, é importante é entender o que ela significa e por que ocorre.

Ao contrário do que todo mundo pensa, o repouso vegetativo não está limitado apenas ao Inverno. O correto é afirmar que coincide com uma época não favorável ao crescimento da planta, o que varia conforme a espécie, podendo acontecer quando as temperaturas estão altas ou baixas, quando há seca ou excesso de umidade, etc.

Em circunstâncias inadequadas para seu desenvolvimento, existe a diminuição drástica do metabolismo para que consiga armazenar energia suficiente para florir e frutificar. Ela para de crescer momentaneamente, não emitindo folhas, flores, raízes, bulbos e gemas.

Esse é um mecanismo de defesa contra reações e no ambiente e faz parte da programação genética e da maturação da orquídea.

É uma adaptação para sua sobrevivência, além de ser uma vantagem seletiva, permitindo que a germinação aconteça em condições propícias para seu crescimento.

Essencialmente, o ciclo de desenvolvimento fisiológico vegetal está baseado em: crescimento, florescimento, frutificação e dormência. No primeiro, surgem novas brotações e raízes. No segundo, já com o pseudobulbo formado, começa a emissão das hastes e dos botões florais, além da floração. Depois há a produção de frutos e sementes, seguida da suspensão da atividade metabólica.

Cattleya loddigesii Cattelya loddigessi

Embora a maioria das orquidáceas siga esse padrão de desenvolvimento, existem as que possuem particularidades, como por exemplo, a Cattleya locidigesii, que brota em novembro e, quando tem início a seca e o frio, floresce.

Orquídea-bambú - Arundina graminifoliaArundina

Há espécies em que o repouso dura semanas e outras até meses. As variedades de Arundina florescem continuamente, sem passar pela dormência.

Cattleya tigrinaCattleya tigrina

A Cattleya tigrina, ao mesmo tempo que emite flores, solta raízes.

cyrtopodyumCyrtopodium

E a maior parte de Catassetum, Momodes, Cyrtopodium e Eulophia apresenta essa fase muito bem definida, quando as folhas amarelam e caem, restando apenas os bulbos e o rizoma.

Os cuidados
Quando a planta inicia o estágio de dormência, a ausência de atividades fisiológicas é visível, além de não aparecerem folhas, raízes e brotos novos, também ocorre o enturgecimento (aumento de volume) da gema frontal e da brotação. É preciso observar se realmente entrou em repouso ou está morrendo, pois os sinais podem confundir.

Como interrompe seu crescimento, é importante tomar alguns cuidados, não realizando cortes, principalmente do rizoma, nem replantio ou troca de substrato.  É recomendável diminuir a quantidade de água, porém sem cancelar seu fornecimento ou permitir encharcamento. Para conservar o vigor, é necessário manter o pseudobulbo túrgico (cheio de água). Além disso, com o metabolismo mais lento, aduba-se minimamente e com menor frequência.

Assim que as condições ambientais se tornam propícias  para seu crescimento, o exemplar começa a reagir, “acordando” do repouso. Ao entrar nessa fase, aparecem novas raízes, as gemas crescem, formando bulbos, e outras folhas surgem. Neste momento, pode-se fazer replante e troca de substrato.

Com a mudança fisiológica, deve-se aumentar as regas e realizar adubações periodicamente. É nessa fase que engordamos os bulbos de reservas nutritivas.

Durante a brotação, é indicado o uso de fertilizantes ricos em nitrogênio (N) e na fase de enraizamento se deve caprichar no fósforo (P).

Logo após, no florescimento, o ideal é elevar a quantidade de potássio (K), uma vez que há grande gasto energético em razão da emissão da espata ou haste e dos botões florais.
A irrigação continua sem exageros. Assim que os botões florais amadurecerem, elimina-se a adubação e coloca-se água apenas nos ‘”pés” das plantas, além de realizar leves borrifadas no verso e na frente das folhagens.

Portanto a dormência é apenas um estágio do ciclo de vida vegetal que precisa de alguns cuidados diferenciados para a orquídea florescer com vigor e continuar exibindo muita saúde.

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Ansellia Africana

Somente duas ou três espécies de orquídeas epífitas fazem parte deste gênero. Originárias das regiões tropicais e subtropicais da África, costumam crescer sobre as sombras das tamareiras, espalhadas pelos oásis africanos.
A espécie Ansellia africana é considerada por alguns orquidófilos, a única representante do gênero.

Trata-se de uma orquídea epífita, com pseudobulbo de até 60 cm de altura, de onde emergem folhas verde-brilhantes, levemente plissadas. As pétalas e sépalas, de 6 cm de comprimento, tem formato linear e são amarelas salpicadas de manchas de cor marrom-avermelhado. O labelo é amarelo-brilhante, margeado de marrom.

É uma orquídea muito fácil de cultivar, aprecia a alta luminosidade, porém longe do sol direto. Desenvolve-se melhor quando plantada em vasos de barro, numa mistura de fibra de coco e esfagno.

Requer regas regulares na época do desenvolvimento e produção das folhas, seguidas por um período de seca, para estimular a floração.

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Ulex_europaeus (Tojo)

O Tojo é um arbusto de 1 a 3 m. de altura, com ramos espessos, ereto e todo recoberto de espinhos. Destaca-se por suas grandes e belas flores amarelas presentes na maior parte do ano.

Suas vagens ovais possuem de 4 a 6 sementes que podem ser facilmente dispersadas pela ação dos ventos a qual garante uma reprodução rápida, sua propagação pode ocorrer também por brotação das touceiras roçadas ou arrancadas sem a remoção das raízes.

Ainda jovens, as plantas desenvolvem raízes vigorosas, tornando-as aptas a dominarem ambientes degradados com rapidez. Aprecia climas mais frios, enquanto jovem é muito sensível à geadas, mas com o passar dos anos ela se torna mais resistente. Não sobrevive em elevadas altitudes com temperaturas muito altas, muito baixas ou em terras áridas.

Seu melhor desenvolvimento acontece em terrenos bem drenados, portanto a temperatura, bem como o foto período, são fatores limitantes para sua distribuição o que possibilita seu controle.
Esta bela planta é considerada uma espécie invasora e merece atenção especial para evitar problemas maiores.

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oerstedella_centradenia

Dentre todas as famílias de plantas possivelmente as orquídeas é a família que apresenta maior espectro de variação floral. Geralmente apresentam flores hermafroditas mas, além destas, em alguns gêneros podem apresentar flores exclusivamente masculinas ou femininas.
O tamanho das flores varia de dois milímetros a mais de vinte centímetros. Suas cores vão de quase transparentes ao branco, com tons esverdeados, rosados ou azulados até cores intensas, amarelos, vermelhos ou púrpura escuro. Muitas flores são multicoloridas.

As flores normalmente apresentam simetria bilateral, com seis tépalas divididas em duas camadas, três externas chamadas séplas e três internas denominadas pétalas. Tanto as sépalas como as pétalas são grandemente variáveis em formato e tamanho e podem ocasionalmente apresentar-se parcialmente ou inteiramente soldadas.

A pétala inferior das orquídeas a que chamam labelo, sempre é diferenciada, ou expandida, podendo ser bastante simples e parecida com as outras pétalas ou apresentar calos, lamelas ou verrugas, formatos e tamanhos muito variados até bastante intrincados com cores diversas e contrastantes. Em muitos gêneros o labelo apresenta um prolongamento tubular oco ou um nectário próximo ao local em que se fixa à coluna, o qual recebe o nome de calcar. A observação das estruturas e padrões do labelo é uma das maneiras mais simples de reconhecer as diferentes espécies de orquídeas.

Os órgãos reprodutivos (androceu e gineceu) encontram-se reduzidos e fundidos em uma estrutura central chamada coluna, ginostêmio ou androstilo. O número de estames varia entre as subfamílias: Apostasioideae possui três; Cypripedioideae dois, com o estame central modificado; as demais apresentam apenas o estame central funcional, com os dois outros atrofiados ou ausentes. Também a observação das características da coluna ocupa posição importante na identificação das orquídeas.

Os grãos de pólen quase sempre encontram-se aglutinados em massas cerosas chamadas polínias, mas podem encontrar-se também agrupados em massa pastosa, ou rarissimamente soltos. As polínias ficam penduradas em uma haste chamada caudículo ou estipe, conforme sua estrutura, presas por um disco viscoso chamado viscídio, coladas por um líquido espesso secretado pelo rostelo. A maioria das espécies epífitas apresenta uma pequena capa recobrindo as polínias, denominada antera. O estigma é normalmente uma cavidade na coluna, onde as polínias são inseridas pelo agente polinizador. O ovário é ínfero, tricarpelar e possui até cerca de um milhão de óvulos.

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