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Oncidium sp.

As surpresas das orquídeas despertam a sensibilidade de pessoas das mais diferentes idades.

Aprenda a iniciar o cultivo e manter saudáveis estas plantas. O pequeno e simples trabalho aqui apresentado é dirigido especialmente aos orquidófilos iniciantes. É uma forma prática de facilitar o êxito no cultivo das orquídeas das diferentes espécies e também híbridos.

1- A orquídea é uma flor composta de três sépalas, duas pétalas e um labelo. O labelo é uma pétala modificada e sempre mais bonita e colorido.

2- Orquidófilos são aqueles que cultivam e colecionam orquídeas. Geralmente, são pessoas que gostam e cuidam de plantas.

3- A orquídea é vista pelo orquidófilo mais como um “objetivo vivo de coleção”, que propriamente apenas como uma flor.

4- Existem orquídeas de todas as formas e cores. Aos poucos, o principiante vai selecionando as plantas de sua preferência.

5- A orquídea, de um modo geral, é planta epífita, ou seja, vive sobre árvores ou outras plantas, sem causar-lhes mal algum porque não são parasitas.

6- Quem adquire uma orquídea deve cuidar dela o mais próximo possível de como ela vive ao natural. Portanto, plante-a de um modo que imite as próprias condições do seu habitat.

7- Em nosso meio, o modo mais comum de se plantar uma orquídea epífita é em xaxim desfibrado, adaptando-a a um vaso de barro. Ela também pode ser plantada em vaso de xaxim, vaso de plástico ou placa de xaxim, cachepô ou outros substratos, como piaçava, fibra de coco e casca de pinus. É importante não usar terra nas orquídeas epífitas.

8- Existem poucas orquídeas terrestres e algumas rupestres ou rupícolas, que vivem sobre pedras. Essas podem ser cultivadas em mistura de areia grossa e xaxim desfibrado, sempre com duas partes iguais de cada ingrediente.

9- É muito importante fazer uma drenagem perfeita no vaso em que será colocada uma orquídea. De preferência, os vasos devem ter pequenos orifícios na lateral e no fundo na parte interna.

Coloque uma camada de cacos de cerâmica, pedras tipo brita ou pedregulhos em até 1/3 ou 2/3. O excesso de xaxim conserva muita umidade e pode provocar podridão das raízes.

10- Lembre-se sempre do seguinte: as orquídeas morrem muita mais por excesso de umidade e sombra do que por alta de luminosidade e ambiente seco.

11- A adubação é um tema controvertido e só deve ser aplicado às orquídeas de acordo com cuidados especiais. Adubos orgânicos ou químicos precisam ser usados sob orientação de orquidófilos experientes. Convém lembrar que o aproveitamento do adubo é muito relativo. Não se deve esperar resultados espetaculares com esse ou aquele produto. A absorção pela orquídea é muito lenta e requer paciência por parte do cultivador.
Lembre-se de que as orquídeas epífitas que vivem na galhada das arvores, não recebem nenhum adubo. Elas retiram do ar úmido e dos resíduos de poeira os ingredientes necessários. Vivem perfeitamente com a luminosidade filtrada do sol entre as folhas e o fator umidade vem das chuvas, das neblinas e do orvalho noturno, com a drenagem própria das condições de vida.

12- O combate às pragas, como insetos, caramujos, lesmas, e doenças, como fungos, vírus e bactérias, deve ser orientado por especialistas. Cuidado com os excessos, tanto para as plantas como para os cultivadores. Às vezes, é preferível limpeza com água e sabão ou com o corte da folha ou pseudo-bulbos atacados.

13- Nunca coloque o vaso em suporte com água. Faça poucas regas, cerca de uma ou duas por semana. As raízes das orquídeas preferem retirar a umidade do ar.

14- Um bom hábito para o orquidófilo é, nos dias quentes, molhar bastante o piso do orquidário sem atingir as plantas. A umidade que evapora do chão proporcionará equilíbrio para as plantas.

15- A produção de orquídeas é um pouco complicada e trabalhosa. É preferível comprar os exemplares desejado de comerciantes especializados. Os resultados são bem mais compensadores.

16- Cada espécie tem um nome em latim identificando uma época própria da floração, que se repete todos os anos.

17- Espécie é a unidade. O cruzamento entre elas resulta em planta da mesma espécie. Híbrido é o cruzamento de duas espécies diferentes, uma espécie com cruzamento de híbrido ou híbrido com cruzamento de híbrido. O nome completo do híbrido não é latino.

18- Cultivar orquídeas é contribuir para a conservação de uma das mais preciosas plantas que a natureza criou. É ter perto de si um ser encantado, que nos envolve, exigindo apenas um pouco de cuidado e que cada ano, nos presenteia com lindas e atraentes flores.

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Freqüentar reuniões de orquidófilos, ler livros sobre o assunto ou navegar em sites ajuda no conhecimento do cultivo destas plantas e é imprescindível para quem deseja mergulhar de vez no universo das orquídeas. No entanto, muitas vezes torna-se difícil entender alguns termos específicos que fazem parte do vocabulário da orquidofilia.

Para você não ficar de fora do assunto, veja alguns termos mais comuns e que podem ajudá-lo a compreender cada informação e ainda se sentir à vontade para tirar as dúvidas sem medo de falar besteira. Veja só

A
Absorvente:
refere-se a raízes que possuem tecidos especiais capazes de absorver água e nutrientes.
Ácido: o solo é determinado ácido quando apresenta pH inferior a 7, decorrente da falta de substância alcalinas, como o calcário.
Aclimatar: adaptar um planta ao clima, luminosidade e solo diferentes dos originais.
Acuminada: folha terminando gradualmente em ponta plana.
Agente polinizador: ave ou inseto que fecunda a flor.
Alba: variedade branca, sem pigmentação.
Alcalino: refere-se ao solo que possui pH superior a 7, o contrário de ácido.
Anantero: desprovido de anteras.
Antena: cada um dos dois prolongamentos dos ginostêmios que a partir de um estimulo mecânico aciona a antera e esta solta os pólens.
Antera: órgão de tamanho variável que se situa na ponta do filete e com este forma o estame, onde estão os grãos de pólen. É composto por duas cavidades e só pode ser visto quando a flor se abre.
Apicais: provenientes do ápice.
Assimbiótico: processo de germinação de semente criado pelo homem em 1922, em laboratório.
Antese: período da floração.
Autóctone: diz-se das plantas naturais de um país.
Axila: ângulo situado entre um órgão e o eixo que o sustenta; geralmente é neste ponto que estão as gemas.

B
Bactéria:
microorganismo unicelular que se multiplica por cissiparidade.
Bífido: bi-lobulado.
Bifoliadas: são plantas que possuem sempre duas folhas apicais.
Bissexuado: o mesmo que hermafrodita.

C
Cálice:
invólucro da flor que contém a corola e os órgãos reprodutores.
Caudículo: pequeno caule.
Caule: parte aérea do vegetal que sustenta as folhas e os órgãos reprodutores.
Coluna: órgão que se projeta do centro da flor e que é o resultado da fusão dos órgãos masculino (estames) e feminino (pistilos).
Coriácea: de consistência e aspecto de couro.

D
Distal:
em relação à região nas proximidades do final de um órgão.

E
Epífita:
planta que vive sobre árvores.
Escapofloral: inflorescência.
Espata: o cabo da flor que nasce de uma espécie de folha dupla, com formato de faca. Bráctea protetora do escapo floral quando ainda em formação.
Estame: órgão masculino da flor, formado pelo filete que sustenta a antera.
Estigma: porção terminal do gineceu; sua função é recolher o pólen e servir de ambiente para a germinação. Cavidade existente na parte inferior da coluna, embaixo da antera, coberta de substância gelatinosa e que recebe as políneas para a fertilização.

F
Fauce:
extremidade do tubo do labelo.
Fungo: organismo vegetal heterotrófico, saprófito ou parasito, cujas células se organizam em filamentos; se reproduz por esporos.
Fusiforme: em forma de fuso (bobina).

G
Gema:
refere-se a qualquer parte do corpo de um vegetal que tenha o poder de originar uma nova estrutura ou individuo.
Gineceu: órgão feminino de uma flor composta pelo ovário, estilete e estigma.
Ginostêmio: estrutura existente atrás e por dentro da flor, composta de vários itens.

H
Haste:
caule característico das plantas herbáceas que serve como suporte para ramos, folhas e frutos.
Hermafrodita: individuo que possui o sexo feminino e o masculino juntos.
Híbrido: é uma planta formada a partir de duas outras diferentes entre si. Pode ser um híbrido interespécies ou intergenéricos, ou seja, um híbrido entre duas ou mais espécies diferentes, de um mesmo gênero, e outro entre duas ou mais espécies de gênero, e outro entre duas ou mais espécies de gêneros diferentes.

I
Inflorescência:
floração, flores, conjunto de flores, haste floral, cacho ou espiga agrupando flores.

L
Labelo:
pétala diferenciada, maior e com coloração mais forte que as demais, característica das flores das orquídeas. Serve de plataforma para o agente polinizador pousar.
Lamelado: que possui membranas pronunciadas no labelo.
Lanceolada: folha larga no meio atenuando-se para as extremidades em forma de lança.
Linear: folha estreita com bordas paralelas.

M
Meristema:
o mesmo que gema. Método reprodutivo, que consiste em gerar novas plantas, idênticas, a partir de um pedaço de célula. Divisão clonal de uma planta.
Monopodial: em referência ao hábito vegetativo, onde as folhas crescem sempre do mesmo ponto, são plantas que vegetam sobre um só pseudobulbo, crescimento vertical.

O
Oblongo:
folha com base e ápice arredondadas.
Obtuso: folha terminando num vértice arredondado.
Ovário: parte que contém os óvulos e que, após a fecundação o óvulo vira um ovo e o ovário se transforma em fruto.
Ovóides: de forma oval.

P
Parasita:
vegetal que suga a seiva de outro vegetal.
Perlite: tipo de substrato.
Pétala: parte da flor que nasce do cálice e cerca os estames e o pistilo.
Polínia: massa formada por grãos de pólen grudados entre si (parte masculina da flor).
Protótipo: original, modelo, exemplar mais perfeito.
Pseudobulbo: bulbo ou parte da planta que armazena água e substâncias nutritivas.

Q
Quadrilobado:
que possui quatro lóbulos, quatro partes.

R
Racimo:
é um tipo de haste floral, bifurcada.
Rastellum: parte do lóbulo mediano do estigma.
Ressupinação: movimento que a flor faz  de 180 graus, antes de abrir-se, colocando o labelo em posição horizontal.
Rizoma: caule rastejante que espalha suas raízes na terra (substrato) e suas folhas na parte aérea. Une os pseudobulbos.

S
Sacos polínicos:
diz-se das partes da antera de um estame onde estão situados os grãos de pólen.
Seedling: planta nova. Período que varia da semente até a primeira floração.
Semente: óvulo fecundado que abriga o embrião do vegetal.
Sépala: folha que compõe o cálice de uma flor.
Simbiótico: processo de propagação das plantas na natureza em que o embrião das sementes são atacadas pelo fungo “Micoriza”.
Simpodial: em referência ao hábito vegetativo, são plantas que crescem sobre um rizoma, muitas vezes não aparente, formando, desta forma, diversos pseudobulbos, cada um com suas folhas e gemas. Crescimento da planta em dois sentidos (horizontal e vertical).
Sistema radicular: sistema de raízes de uma planta.
Sphagnum: tipo de musgo, utilizado como substrato para orquídeas.
Sibstrato: base em que a orquídea é plantada, geralmente é composto por resíduos de fibras vegetais e solo.

T
Tecido:
conjunto de células que possui a mesma estrutura e desempenha a mesma função.
Terrestre: planta que vive na terra, no solo.
Terete:
em referência à forma, parecida a um lápis, arredondada.
Trilobado:
que possui três lóbulos, três partes.

U
Unifoliadas:
são plantas que possuem normalmente uma única flor apical.
Ungüilado: de forma semelhante à unha.

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dendobriuns

Todas as orquídeas podem ser cultivadas em apartamento, basta que se tenha espaço e iluminação suficientes. Já constatamos floração até de Vandas e Cymbidiuns em varandas de apartamentos, no centro de São Paulo, entre centenas de outras variedades, florescendo bem. Mas,se você tem pouco espaço e quer ter flores o ano inteiro, cultive plantas que floresçam em datas diferentes.

Regras básicas para o plantio
A maior parte das orquídeas pode ser plantada em vasos de barro ou plástico, cujo tamanho deve ser o menor possível. Vaso grande pode reter demais a umidade, causando apodrecimento das raízes, embora esta não seja a única causa. (As raízes podem também apodrecer pela proliferação de fungos e nematóides.)

E, se a idéia é reservar espaço para o crescimento da planta, não vai adiantar nada, porque, de qualquer modo, ela deverá ser replantada a cada dois anos, pois o xaxim velho se decompõe e perde sua capacidade de nutrição.

1. Coloque uma camada de pedra no fundo do vaso (2 a 3 dedos) para permitir a rápida drenagem do excesso de água, a menos que o vaso seja muito raso e de barro. Nesse caso, um pedaço de tela, para proteger a abertura do vaso contra lesmas e outros bichos, será suficiente.

2. Complete com coco desfibrado. Se houver pó, jogue o xaxim num balde com água para dispersar o pó. Jamais use o “pó de fibra de coco” vendido no comércio. As raízes necessitam de arejamento.

3. Certas orquídeas progridem na horizontal, L. e C., por exemplo, e vão emitindo brotos um na frente do outro. Para esse tipo de planta, deixe a traseira encostada na beira do vaso e espaço na frente para dar lugar a novos brotos. Comprima bem o xaxim para firmar a planta, a fim de que, com o vento ou um jato d’água ela não balance, pois a ponta verde da raiz irá roçar o substrato, secar e morrer . Para saber se a planta está fixada bem firmemente, levante o vaso segurando pela planta. Se o vaso não se despregar e cair, está firme. Se necessário, coloque uma estaca para melhor sustentação.

4. Há orquídeas que dificilmente se adaptam dentro de vasos. Nesse caso, o ideal é plantar em tronco de árvore ou casca de peroba ou palito de xaxim, protegendo as raízes com um plástico até a sua adaptação. Alguns exemplos dessas espécies são: C. walkeriana, C. schilleriana, C. aclandiae, a maioria dos Oncidiuns, Leptotes, Capanemias.

5. Orquídeas monopodiais, como Vandas, Rhynchostylis, Ascocentrum devem ser colocadas em cesto ou vaso Sem Nenhum Substrato e exigem um cuidado especial todos os dias. Deve-se molhar não só as raízes, mas também as folhas com água adubada bem diluída. Por exemplo, se a bula de um adubo líquido recomenda diluir um mililitro desse adubo em um litro de água, ao invés de um litro, dilua em 20 litros ou mais de água e borrife, a cada duas ou três horas, principalmente em dias quentes e secos. Você pode perder a paciência, mas não a planta. Como são plantas que exigem alta umidade relativa, pode-se, por ex., usar um recipiente bem largo, como uma tina furada, encher de pedra britada e colocar a planta com o vaso sobre as mesmas, de modo que as pedras molhadas pela rega, assegurem a umidade necessária. A água que incidiu sobre as pedras que estão no fundo do vaso estará evaporando, dando a umidade necessária para a planta toda. Não se esqueça de que tanto o recipiente como o vaso deve ter furos suficientes para a rápida drenagem do excesso de água.

6. As plantas citadas acima também podem ser plantadas em vasos com  fibra de coco, desde que tenham uma rega controlada, isto é, devem estar protegidas contra o tempo de chuvas prolongadas. Nesse caso, molhe a planta por imersão por alguns minutos, mas somente quando perceber que o substrato está seco.

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quiabento

Origem: Brasil

O quiabento é uma arvoreta da família das cactáceas (Pereskia Zehntneri), perene e muito comum na Bahia, e que se caracteriza pelo tronco fortemente aculeado e pelas folhas bem diferenciadas.  Quiabento é um arbusto que tem na Caatinga como um ideal lugar para o seu crescimento.

Pode chegar a quase 5 m de altura, porém o normal é encontrá-lo com 3 m para menos. Ele sendo plantado em lugares com espaço se abre em circulo estendendo seus vários braços. Tem o corpo coberto por enormes espinhos. Basta uma chuva para que o mesmo fique todo verde, todavia é pouco exigente em água.

Suas flores, laranja, vermelho sangue em outros, noutros lilás, são lançadas no período que vão de Setembro a Março. Os frutos crescem juntos parecendo cachos, quando maduros eles caem, sua poupa possui um cheiro característico, forte e enjoativo.

As sementes são de coloração preta, fica no centro do fruto. Mas a principal forma de reprodução, ou disseminação, é por meio das estacas, basta fazer o corte de uma galha e acomodá-la ao chão em cova rasa que em breve ele se desenvolverá.

No sertão o Quiabento é usado para fazer cercas vivas, uma cerca bem feita, como se diz por aqui: “Não passa nem vento”. O Quiabento em tempo de seca perde toda a folhagem. Algo interessante que se deve relatar é que entre o emaranhado de espinhos as pombinhas adoram fazer seus ninhos entre os entroncamentos de galhas, em uma planta que abordamos havia três ninhos.

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