As árvores, além da função paisagística, protegem lavouras contra ventos, diminuem a poluição sonora nos grandes centros urbanos, absorvem parte dos raios solares, fornecem sombras, servem de moradia a pássaros e outros animais, fornecem alimentos ao homem e a fauna, ajudam na conservação do solo evitando erosão, produzem madeira para construção e indústria, produzem vários derivados utilizados na indústria (resinas, essências, óleos, etc.), absorvem a poluição atmosférica e produzem mais oxigênio (através da fotossíntese).
Por isso tudo, é importante mantermos as florestas nativas e plantarmos árvores.
Um lugar sem árvores apresenta baixa qualidade ambiental, conseqüentemente problemas para a qualidade de vida.
Existem várias espécies de árvores nativas que podemos plantar em nossas cidades e áreas rurais. Algumas estão em perigo de extinção devido ao desmatamento e às queimadas. Devemos ajudar a natureza a recuperar estas espécies. Para isso, antes de tudo, solicite a orientação de um técnico do departamento responsável na Prefeitura de sua cidade. Ele lhe indicará as melhores espécies a serem plantadas.
10 Dicas de plantio de uma árvore
1 – Escolha a espécie adequada para as condições do local, considerando-se a proximidade de residências, existência de redes aéreas ou subterrâneas, existência de calçadas ou gramados, o tipo de solo (úmido, seco, raso ou profundo ou se aterro), além do clima da região. Ao escolher uma árvore, também não deve ser esquecido: existem espécies adequadas para sombra, produção de frutas, ornamentação, formação de bosques e quebra-ventos. Antes de qualquer movimento, temos que nos informar sobre a espécie a ser plantada, sob o risco de, no futuro, termos de cortar uma árvore plantada em local inadequado ou não obter o efeito desejado dela. A época correta para o plantio também deve ser levada em consideração. No Brasil tropical, o ideal é a época das chuvas. Nestes períodos a planta sofrerá menos impacto negativo do ambiente e terá maiores chances de pega. Procure realizar o plantio em dias nublados ou chuvosos ou então ao final da tarde. Então, planejar é a primeira dica;
2 – É importante certificar-se da inexistência de formigas cortadeiras, principalmente em áreas rurais. Elas adoram as folhas suculentas das mudas, podendo comprometer seriamente o plantio. Em caso positivo, procure um técnico habilitado para orientá-lo no controle desses animais;
3 – Definida a espécie e tomados os devidos cuidados com as formigas, escolha uma muda sadia, com haste retilínea e de boa procedência. É bom eliminar, com uma tesoura de poda bem afiada, galhos e raízes secas para evitar moléstias;
4 – O próximo passo é abrir a cova, que deverá ter diâmetro e profundidade igual a 60 cm. Inicia-se com a remoção para um dos lados da cova, dos primeiros 20 cm de solo (superfície), onde se encontra a terra mais fértil. Os 40 cm seguintes, cuja fertilidade é menor, deve ser posto separado.
5 – Aberta a cova, prepara-se a muda, retirando-se o recipiente que a acondiciona, caso contrário, a raiz não se desenvolverá. Retira-se a muda com o torrão de terra, sem quebrar o torrão. Lembre-se de recolher o recipiente, principalmente os de plástico que não são biodegradáveis. Dependendo do tipo de recipiente, você poderá reutilizá-lo para a formação de uma nova muda ou destiná-lo à reciclagem;
6 – Feito isto, cheque a profundidade, ajustando-a se necessário de acordo com a altura do torrão, utilizando-se da terra retirada do fundo da cova;
7 – No fundo da cova, colocamos 10 kg de adubo orgânico curtido e 100 g de cinza de lenha ou farinha de osso (não pode ser cinza de churrasco porque tem muito sal de cozinha que mata as plantas). Este material deve ser misturado com a terra fértil dos primeiros 20 cm;
8 – Após esse procedimento, o local está pronto para receber a muda. Então, coloca-se a muda, de forma centralizada ao diâmetro da cova, certificando-se de que está reta e tomando-se o cuidado para que o torrão ou a parte das raízes seja colocado sobre o material adubado, preencha a cova com o material restante;
9 – Para fixar a muda, devemos utilizar a terra retirada do fundo, pressionando um pouco o chão para deixar a muda firme. Cuidado para colocar a parte onde ocorre o contato do tronco com o sistema radicular no nível do solo da cova. Fora desta posição a planta pode morrer. No local da cova, o terreno pode ficar uns 2 cm abaixo do nível do solo, o que facilita a retenção da água da chuva ou durante as regas. Pressione com as mãos o solo em volta da muda para firmá-la. Manter o torrão igual ao nível da cova;
10 – O último passo é proteger a muda. Contra ventos, podemos utilizar um tutor, que consiste numa estaca reta e forte onde o tronco da muda deve ser amarrado com uma laçada em “8″. Um dos elos do “8″ amarra a planta e outro o tutor. Nunca deixe que o barbante “estrangule” a haste da muda. Essa amarração deve ser feita de forma folgada, permitindo que o tronco cresça livremente. Outro cuidado importante é a colocação de uma camada de folhas ou palha seca (matéria morta) ao redor da muda, o que favorece a retenção da umidade. Caso necessário, podemos providenciar a instalação de um protetor (gradil) confeccionado em madeira, bambu, tela ou outro material disponível, com a finalidade de proteger a muda de ataque de animais ou vândalos. Por último, realiza-se a rega.
Agora, é só garantir as condições adequadas para o desenvolvimento da muda, regando, limpando galhos mortos, adubando, cuidando do ataque de formigas e, principalmente, tendo muita paciência.