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No cultivo das orquídeas, devemos estar atentos aos vários fatores que contribuem positivamente ou negativamente para esta cultura como: umidade, calor, frio, luminosidade, tipos de substratos, adubos, fungicidas, inseticidas e, principalmente, o clima determinado pelas quatro estações.

Cada espécie possui uma peculiaridade, que a torna única, e cabe ao colecionador estudar esses fatores, fazendo experiências com margens de segurança para obter um crescimento constante.

Em geral, as orquídeas florescem apenas uma vez ao ano e na primavera começa a brotar. É a época ideal par a adubação, pois deixam o repouso hibernal. Na composição do adubo temos três elementos minerais (nitrogênio, fósforo e potássio), que de acordo com a variação percentual de cada item, servirão para uma necessidade das orquídeas.

O nitrogênio é o responsável direto pelo crescimento, além de conservar as folhas sempre verdes e saudáveis, nos “seedings” (plantas logo após a germinação das sementes), assim como nas novas frentes de plantas adultas.

O fósforo é fundamental na boa produção das raízes e para a formação dos elementos florais (botões e flores). E o potássio é o elemento fortalecedor da planta, que a tornará resistente a pragas e doenças, além de auxiliar na boa coloração das flores.

O mais importante é o percentual de cada um deles em proporções balanceadas, que deverão ser utilizados nos diferentes ciclos vegetativos das plantas. Neste período do ano, quando as gemas começam a brotar, deve-se aplicar semanalmente um fertilizante na proporção 30.10.10 (meio grama por litro de água).

Essa proporção deve ser adotada até o aparecimento das espatas de floração. Após essa etapa, deve-se adotar a proporção 10.10.10 e após cerca de 10 dias, 10.30.10 até que os botões comecem a aparecer nas etapas.

Já no verão, quando as plantas estão em pleno desenvolvimento vegetativo e com o metabolismo acelerado, a adubação é imprescindível. A regularidade vai interferir também nas regas do seu orquidário.

Se for usada a concentração 1:1000, que é 1 grama para cada litro de água, as regas ou pulverizações foliares deverão ocorrer a cada 15 dias. Se a concentração for 1:2000 – 1 grama para cada dois litros de água – as regas e pulverizações deverão ser feitas semanalmente e com maior abundância.

Por haver maior insolação nesta estação, é necessária a verificação do estado das plantas e, se houver necessidade, o aumento do número de regas semanais. Lembre-se de que existem orquídeas em todas as partes do mundo, mas elas ocorrem com maior abundância nas regiões mais quentes.

Algumas doenças são mais propícias no verão, como a podridão negra, ocasionada pelo aumento do calor e umidade relativa do ar. Ela é produzida pela classe de fungos saprófitos e seu ataque é rápido e violento, pois ataca os rizomas e as gemas da planta e posteriormente as folhas. Para dizimar a doença, deve-se retirar a planta afetada do orquidário e incinerá-la juntamente com o substrato.

O outono é uma época crítica para o cultivo, pois inicia o processo de redução das atividades vegetativas, que atingirá o apogeu no inverno. À medida que a temperatura cai, diminui o volume de água requerido e não é aconselhável o replantio.

Devido a desaceleração do crescimento das plantas e consequente diminuição das necessidades de nutrientes, deve-se diminuir ou paralisar a adubação, pois o excesso de sais minerais prejudica o sistema radicular e pode matar as plantas. Isso não é válido para as espécies com floração nesta época, que podem utilizar adubação na proporção 10.30.10.

Por fim, o inverno. Nessa época, o inimigo número um do orquidófilo é o vento sul, que pode ser cortada com a colocação de plástico transparente na lateral do seu orquidário. Aproveite para fazer tarefas de caráter preventivo, como o combate às pragas, as doenças e limpeza, uma vez que os outros trabalhos como, divisão de plantas e replante, não são recomendados.

Quando o colecionador não tiver uma estufa, recomenda-se que recolha para a sua residência as plantas oriundas de regiões quentes, especialmente nas noites muito frias. A pulverização com uréia é bastante observada nesta época, na qual se notam efeitos imediatos, principalmente em plantas fracas e com folhas amareladas.

As regas devem ser comedidas, pois a planta fica exposta à proliferação de fungos e bactérias com o excesso de água. Recomenda-se que as regas sejam feitas entre 10 e 14 horas, para que ao anoitecer as plantas já estejam livres do acúmulo de água.

Com relação á luminosidade, deve-se ter uma atenção especial para evitar excesso, que provoca o endurecimento dos brotos, os quais e o amarelecimento ou morte das folhas e pseudobulbos.
Uma boa dica para saber se a iluminação está ideal é observar as folhas das plantas, que devem ter a cor verde-alface. Se estiver verde-escuro é porque há insuficiência de luz, e verde-amaralado, excesso de luz.

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Antes de plantar sua muda, é necessário saber qual o melhor local para ela. Algumas espécies, em seu habitat natural, não aceitam sol, enquanto outras, não aceitam sombra. Algumas têm preferências por locais úmidos, enquanto outras por locais áridos. Para você saber a preferência de cada espécie, vá até a nossa lista de espécies e aprenda tudo sobre a árvore que deseja plantar.

O sucesso do plantio está muito mais ligado às condições de Luz, Umidade e Solo, do que à técnica aplicada no momento do plantio. Porém, alguma regras devem ser respeitadas na hora de plantar.

Espaçamento - Deve-se fazer as covas com um espaçamento de no mínimo, 3 m entre elas. Isso é para respeitar o crescimento das copas.

Tamanho da cova
- Varia de acordo com o tamanho da muda. Para mudas acima de 1,80 m:- 60 cm de profundidade;
- Caso o solo estiver fofo, 60 cm largura;
- Caso o solo estiver muito compacto, faça uma cova cônica de 1 m na superfície, 50 cm no fundo.

Adubação
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A adubação pode variar com a espécie. O importante a observar é que a adubação no momento do plantio, serve para que a muda enraíze mais facilmente no novo local;
- 100g de NPK (04-14-08 ou 10-10-10)- 300g de calcário;
- 300g de super Fosfato Simples ou kg de Fosfato de Araxá;
- 20 litros de esterco de gado, curtido, ou de composto orgânico; ou 7 litros de esterco de galinha ou de húmus de minhoca.

Preparo da cova
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Pulverizar 1/3 (100g) de calcário nas laterais e fundo da cova.
- Misturar o restante do calcário e os adubos à terra da própria cova ou, se preferir, substituí-la por terra vegetal.

Plantio
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Retirar a embalagem da muda com cuidado para não desmanchar o torrão- Cobrir o fundo da cova com terra misturada até que o torrão fique nivelado com o chão.- Colocar a muda dentro da cova, bem na vertical, observando a altura do torrão com relação ao solo;
- Colocar uma estaca de madeira de 2,50m de altura rente à muda. Afundar até o fundo da cova;
- Completar a cova com terra misturada e pisar a terra em volta da muda para firmá-la no chão, de forma a não cobrir o caule com terra;
- Fazer uma vala em torno da muda, com o mesmo tamanho da cova, para captar água;
- Regar abundantemente mas sem encharcar.

Amarração
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Amarrar a muda à estaca com: borracha, sisal ou outro material que não fira o caule da muda (Nunca utilize arame).-
A amarração pode ser feita em forma de oito deitado, como mostra a figura ao lado.

Cuidados posteriores
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Se a muda for plantada em local sujeito a depredação, colocar grade de proteção
- Caso não chova, faça irrigação de 4 em 4 dias com aproximadamente 20 litros de água.

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Aeróbico – ser ou organismo que vive, cresce ou metaboliza apenas em presença do oxigênio.

Autótrofos – seres vivos, como as plantas, que produzem seus próprios alimentos à custa de energia solar, do CO2 do ar e da água do solo. Palavra originada do grego autos = próprio + trophos = nutrir.

Banco de germoplasma – o mesmo que banco genético. Expressão genética para designar uma área de preservação biológica com grande variabilidade genética. Por extensão, qualquer área reservada para a multiplicação de plantas a partir de um banco de sementes ou de mudas, ou laboratório onde se conserva, por vários anos, sementes ou genes diferentes.

Biocenose – conjunto equilibrado de animais e de plantas de uma comunidade.

Biodegradável – substância que se decompõe pela ação de seres vivos.

Biodiversidade – representa o conjunto de espécies animais e vegetais viventes.

Bioma – amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de vegetação, com diferentes tipos climáticos. É o conjunto de condições ecológicas de ordem climática e características de vegetação: o grande ecossistema com fauna, flora e clima próprios. Os principais biomas mundiais são: tundra, taiga, floresta temperada caducifólia, floresta tropical chuvosa, savana, oceano e água doce.

Biomassa – quantidade de matéria orgânica presente num dado momento numa determinada área, e que pode ser expressa em peso, volume, área ou número.

Biota – conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico, em estreita correspondência com as características físicas, químicas e biológicas deste ambiente.

Biótico – é o componente vivo do meio ambiente. Inclui a fauna, flora, vírus, bactérias, etc.

Chorume – resíduo líquido proveniente de resíduos sólidos (lixo), particularmente quando dispostos no solo, como por exemplo, nos aterros sanitários. Resulta principalmente de água de chuva que se infiltra e da decomposição biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos. É altamente poluidor.

Ciclo vital – compreende o nascimento, o crescimento, a maturidade, a velhice e a morte dos organismos.

Clímax – complexo de formações vegetais mais ou menos estáveis durante longo tempo, em condições de evolução natural. Diz-se que está em equilíbrio quando as alterações que apresenta não implicam em rupturas importantes no esquema de distribuição de energia e materiais entre seus componentes vivos. Pode ser também a última comunidade biológica em que termina a sucessão ecológica, isto é, a comunidade estável, que não sofre mais mudanças direcionais.

Clorofila – pigmento existente nos vegetais, de estrutura química semelhante à hemoglobina do sangue dos mamíferos, solúvel em solventes orgânicos. Capta a energia solar para realização da fotossíntese.

Cobertura morta – camada natural de resíduos de plantas espalhadas sobre a superfície do solo, para reter a umidade, protegê-lo da insolação e do impacto das chuvas.

Decompositores – organismos que transformam a matéria orgânica morta em matéria inorgânica simples, passível de ser reutilizada pelo mundo vivo. Compreendem a maioria dos fungos e das bactérias. O mesmo que saprófitas.

Ecologia – ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e com o ambiente físico. Palavra originado do grego: oikos = casa, moradia + logos = estudo.

Ecossistema – conjunto integrado de fatores físicos, químicos e bióticos, que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espaço de dimensões variáveis. Também pode ser uma unidade ecológica constituída pela reunião do meio abiótico (componentes não-vivos) com a comunidade, no qual ocorre intercâmbio de matéria e energia. Os ecossistemas são as pequenas unidades funcionais da vida.

Epífitas – plantas que crescem agarradas a outras plantas, tais como as orquídeas, musgos, líquens, bromélias, etc.

Espécie pioneira – espécie vegetal que inicia a ocupação de áreas desabitadas de plantas em razão da ação do homem ou de forças naturais.

Fator ecológico – refere-se aos fatores que determinam as condições ecológicas no ecossistema.

Fitoplâncton – conjunto de plantas flutuantes, como algas, de um ecossistema aquático.

Fotossíntese – processo bioquímico que permite aos vegetais sintetizar substâncias orgânicas complexas e de alto conteúdo energético, a partir de substâncias minerais simples e de baixo conteúdo energético. Para isso, utilizam-se de energia solar que captam nas moléculas de clorofila. Neste processo, a planta consome gás carbônico (CO2) e água, liberando oxigênio (O2) para a atmosfera. É o processo pelo qual as plantas utilizam a luz solar como fonte de energia para formar substâncias nutritivas.

Habitat – ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis para o desenvolvimento, a sobrevivência e a reprodução de determinados organismos. Os ecossistemas, ou parte deles, nos quais vive um determinado organismo, é seu habitat. O habitat constitui a totalidade do ambiente do organismo. Cada espécie necessita de determinado tipo de habitat porque tem um determinado nicho ecológico.

Nicho ecológico – espaço ocupado por um organismo no ecossistema, incluindo também o seu papel na comunidade e a sua posição em gradientes ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras condições de existência.

Resíduos – materiais ou restos de materiais cujo proprietário ou produtor não mais considera com valor suficiente para conservá-los. Alguns tipos de resíduos são considerados altamente perigosos e requerem cuidados especiais quanto à coleta, transporte e destinação final, pois apresentam substancial periculosidade, ou potencial, à saúde humana e aos organismos vivos.

Seres produtores – seres que, como as plantas, possuem a capacidade de fabricar alimento usando a energia da luz solar.

Simbiose – associação interespecífica harmônica, com benefícios mútuos e interdependência metabólica.

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Ter hortas e jardins não é só para quem tem terrenos amplos ou pátios onde cultivar plantas. Até num apartamento pequeno se pode criar um espaço verde, decorativo e útil. Um Jardim Interior não é difícil de manter e nem precisa ter a lendária “mão-verde”. Basta seguir algumas regras muito simples:
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Escolha um local da casa com bastante luz solar. Qualquer divisão serve desde que as janelas deixem entrar luz suficiente e possam também ser abertas para deixar circular o ar. Se a quantidade de luz natural não for suficiente, opte por acrescentar alguma iluminação artificial.
Seja cuidadoso na seleção de plantas. Algumas precisam de menos luz, e tornam-se mais fáceis de manter dentro de casa, como por exemplo, Ficus pumila, com a qual poderá criar verdadeiras esculturas vivas, a Nephrolepis exaltata, a Saintpaulia, e o Philodendron.

Escolha vasos grandes e de fácil manutenção. Dentro de casa é extremamente importante que as plantas tenham terra suficiente para se alimentar. Tendo bastante terra as raízes poderão expandir-se, procurando nutrientes numa área maior e compensando assim também, de certa maneira, o menor aporte de luz solar.

Cuidado com a água. A evaporação no interior não é tão grande como no exterior. Se regar demasiado vai encharcar as raízes o que poderá levar ao apodrecimento das mesmas.

Pulverize as folhas das plantas regularmente. Isto não só vai ajudar a manter o nível de umidade como vai mantê-las limpas e permitir que “respirem” melhor.

Seja parcimonioso na administração de fertilizantes. Há plantas, como as orquídeas, que nem precisam de fertilizantes. Se administrar demasiado, as raízes vão ressentir-se rapidamente, trazendo consequências indesejáveis ao seu jardim.

Não junte muitas plantas. Deixe espaço entre elas para que se possam desenvolver. Pode no entanto, optar por agrupá-las, em caixas de madeira, por exemplo, criando um efeito de canteiro.

Alternativas.
Os Bonsai também são opção para quem pretende criar um espaço verde interior. Requerem no entanto, alguma manutenção feita com ferramentas e utensílios específicos. Não se esqueça também que os vasos destas plantas são pequenos, pelo que deve ter o máximo cuidado com a qualidade da terra.

Outra solução para ter um espaço verde em casa com inúmeros benefícios é criar uma horta. Tomate, alface e um sem-fim de outros vegetais são fáceis de produzir no interior. Neste caso, prefira cultivá-los na cozinha ou num local próximo, para evitar deslocações enquanto cozinha.

Em alternativa a plantas ornamentais e vegetais que ocupam bastante espaço, pode também criar um jardim de ervas aromáticas. Um jardim de ervas para chá, como cidreira, hortelãs e bela Luísa. Um jardim de cactos. Pode deixá-las num parapeito da janela, num recanto de bancada, etc. Dê-lhes luz suficiente e elas vão compensá-las com cor, aroma e sabor.

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