As forrações podem ser divididas em três tipos, de acordo com seu ciclo de vida:
Forrações anuais:
Plantas que possuem o ciclo de vida dentro de uma ou duas estações do ano, ou seja, em menos de 1 ano tem-se o plantio, crescimento, florescimento, produção de sementes e morte.
São geralmente originarias de regiões mais frias, com invernos rigorosos com neve, pois nestas condições de extremo frio, a parte vegetativa não sobrevive. Para sobreviver de um ano para o outro, as sementes produzidas num ano, passam o inverno todo sob gelo, e começam a germinação na primavera.
A planta precisa crescer e florescer rapidamente, pois tem apenas a primavera e o verão para isso. No outono, as folhas começam a secar e cair, pois a energia é repassada para as sementes em formação.
No final de outono, época seca, as sementes cairão no solo e estarão prontas para ficarem sob a neve do inverno e germinarem na próxima primavera, fechando o ciclo.
Conhecendo este ciclo, podemos saber as características das forrações anuais:
* Geralmente são plantas de sol pleno, pois precisam de muita energia para crescer rapidamente.
* Apresentam crescimento rápido: precisam germinar, crescer, florescer e produzir sementes em, no máximo, 8 meses.
* Produzem flores em grande quantidade: para produzir bastante semente.
* Flores vistosas, coloridas e perfumadas: para atrair polinizadores e produzir bastante semente.
* Baixa durabilidade: no paisagismo, compra-se a forração com flores e quando estas secam, a planta tem de ser trocada, ou seja, a troca das plantas é feita a cada 30 ou, no Maximo, 60 dias.
Em paisagismo são utilizadas em canteiros onde se deseja um destaque colorido constantemente (fachadas de hotéis, lojas, empresas, etc.) ou plantadas em vasos e jardineiras. Entre as diversas espécies anuais podemos destacar:
_ Boca-de-leão (Antirrhinum majus)
_ Flox (Phlox drummondii)
_ Prímula (Primula sp.)
_ Amor-perfeito (Viola tricolor)
_ Cravina (Dianthus barbatus)
_ Gazânia (Gazania rigens)
_ Onze – horas (Portulaca grandiflora)
_ Cinerária (Senecio cruentus)
_ Angélica (Polianthes tuberosa)
_ Crista-de-galo (Celosia argentea)
_ Torênia (Torenia fournieri)
_ Tagetes-anão (Tagetes patula)
_ Zínia (Zinia elegans)
_ Petúnia (Petunia x hybrida), entre outras.
Forrações Bianuais:
As plantas bianuais possuem um ciclo que dura quatro estações, ou entre 1 e 2 anos.
_ Alisso (Lobularia marítima)
_ Sálvia (Salvia splendens)
_ Lobélia (Lobelia erinus).
Perenes:
São plantas de ciclo indeterminado, ou seja, seu ciclo compreende: germinação, crescimento até a fase adulta, florescimento, frutificação, produção de sementes. Porém, ao invés de perecer, elas voltam a crescer, florescer, frutificar, e produzir sementes, por vários anos, não necessitando de replantio.
Compreende a maioria das espécies do grupo das forrações.
Perenes biologicamente, mas anuais no paisagismo:
São aquelas espécies perenes com flores vistosas, utilizadas de forma destacada em jardins, vasos e jardineiras, que necessitam estar sempre floridas e bonitas. Neste caso, após o florescimento, replanta-se todo o canteiro, pois apesar de não morrer elas ficam com aparência ruim, demoram ou não têm boa recuperação na próxima florada. Como por exemplo:
_ Begônia (Begonia semperflorens)
_ Calanchoe (Kalanchoe blossfeldiana)
_ Sálvia (Salvia splendens)
_ Biri (Canna x generalis)
Preparo de solo para forrações:
Para o sucesso de um canteiro de forrações, é necessário um bom preparo do solo, pois geralmente são exigentes em fertilidade.
Este preparo segue os mesmos princípios já discutidos, e envolve as seguintes práticas:
Preparo do terreno:
- Verificação da qualidade do solo: se houve corte ou aterro no terreno, textura, aparência e cor. Com base nessas informações, será possível fazer um bom preparo do solo, corrigindo as propriedades físicas e químicas.
- Retirada de entulhos: remover restos de obras, galhos, restos de plantas, entre outros materiais para que a superfície fique regularizada e adubos e calcário sejam incorporados de forma homogênea.
- Erradicação de ervas daninhas.
- Necessidade de tirar ou colocar mais terra: deve ser de acordo com o nível preferido ou efeito desejado para o jardim, lembrando que o canteiro de forração deve ficar levemente mais alto que o gramado.
- Revolvimento do solo: pensar sempre que o ideal de um preparo de solo é ter 20 cm de terra boa na superfície, porém, isto pode ser inviável economicamente em grandes áreas.