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Epifitismo

Epiphytes
Epífitas são, por etimologia, plantas sobre plantas, ou seja, plantas que vivem sobre outras plantas.

O epifitismo é algo comum nas florestas tropicais, onde a competição por luz e espaço não permite que plantas herbáceas prosperem sobre o solo. Desta forma, certas espécies que conseguiam germinar sobre a casca das árvores, acima do nível do solo, foram selecionadas, e hoje se encontram milhares de espécies com hábito epifítico.

São tipos de vegetais que não enraízam no solo, fixam-se em outras árvores ou em objetos elevados; rochas; telhas; construções; etc., tem porte discreto, se fixam nos tecidos superficiais dos troncos e galhos para receber luz solar e umidade com mais facilidade do que diretamente no solo. Dispõem de sistemas específicos para absorver umidade do ar e extrair sua alimentação mineral da poeira que recai sobre si; necessitam de grande quantidade de umidade e de luz.

Em geral, as epífitas vicejam sobre o tronco das árvores e dispõem de raízes superficiais que se espalham pela casca e absorvem a matéria orgânica em decomposição disponível. Muitas vezes, as raízes são acompanhadas por um fungo microscópico conhecido como micorriza, que se encarrega de transformar a matéria orgânica morta em sais minerais, facilitando a sua absorção pela planta. Por vezes, o epífito não absorve matéria prima da superfície da árvore ou arbusto, e suas raízes podem ser atrofiadas ou ausentes, de modo que o epífito utiliza seu hospedeiro apenas como suporte para alcançar seu ambiente ideal nos estratos da floresta.

As epífitas jamais buscam alimento nos organismos hospedeiros. Suas raízes superficiais não absorvem a seiva da planta hospedeira, não há qualquer relação de parasitismo. Ou seja, a presença de epífitas não prejudica a árvore ou arbusto onde elas vegetam.

A incidência de espécies epífitas diminui à medida que se aumenta a distância para a linha do Equador, ou afasta-se das florestas úmidas para áreas mais secas.

Alguns exemplos de epífitas são as:
polipodiáceas (fetos ou samambaias);

Samambaias

cactáceas (flor-de-maio);

flor_de_maio

bromeliáceas (bromélias ou gravatás);

Tillandsia_cyanea1

as orquídeas (orquídeas).

Cochleanthes_discolor

Espécies epífitas são particularmente comuns entre as Bryophyta, Pteridophyta, Orchidaceae, Gesneriaceae, Begoniaceae, Bromeliaceae e Araceae. Há também certas algas verdes que vivem sobre árvores em terra firme.

No caso das bromélias, existem as epífitas e as não epífitas, todas têm seu cálice em forma de rosa no ponto onde as folhas se juntam, chamada de disposição rosácea; este mecanismo faz com que recebam água da chuva, poeira e pequenos insetos mortos, que decompostos pela água e misturados à poeira serão aproveitados em sua nutrição.

As orquídeas tem cerca de 800 gêneros e quase 35.000 espécies já catalogadas e aproximadamente 5.000 em processo de catalogação até 2004, estão presentes em todos os continentes, menos nas áreas polares, têm as raízes revestidas com uma espécie de velame, este é um tecido formado por  células mortas que atuam como uma esponja absorvendo a umidade e nutrientes.

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Pólen

Polen
O pólen é o conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores das plantas angiospérmicas (ou pelas pinhas masculinas das gimnospérmicas ), que são os elementos reprodutores masculinos ou microgametófitos , onde se encontram os gâmetas que vão fecundar os óvulos , para os transformar em frutos. Os grãos de pólen são normalmente arredondados, embora os dos pinheiros sejam alados, e podem ser muito pequenos, apenas alguns micra. O mais pequeno grão de pólen conhecido é o do Myosotis, com cerca de 6 µm (0.006 mm) de diâmetro. A forma e ornamentação dos grãos de pólen é típica de cada família ou mesmo espécie de plantas.

O pólen contém uma grande proporção de proteínas (16 a 40 %) contendo todos os aminoácidos conhecidos, assim como numerosas vitaminas, principalmente as vitaminas C e PP, sendo a principal fonte de alimentação das abelhas. Outro importante produto fabricado com pólen é a geleia real. Esta composição do pólen pode ser responsável pelas alergias que lhe são atribuídas.

Estrutura e formação do pólen
Os grãos de pólen são produzidos por meiose no microsporângio das plantas angiospérmicas, que é o estame, ou a escama masculina das gimnospérmicas. Cada grão de pólen é um gametófito que contém dois núcelos haplóides, um maior que corresponde a uma célula vegetativa e outro menor que é o verdadeiro anterozóide, que vai fecundar o óvulo. Esta célula “dupla” encontra-se encerrada numa cápsula de celulose, a intina, recoberta por um envólucro muito resistente de esporopolenina, um biopolímero ligado a ceras e proteínas. Esta camada externa é denominada exina e é composta de três partes:
* tectum, que contém os elementos esculturais que dão a forma exterior ao grão de pólen;
* columelas, uma estrutura em forma de colunas; e
* base , uma estrutura sólida formada sobre a intina.

    Este envólucro possui ainda pequenas aberturas (pontos de menor resistência) por onde sairá o tubo polínico, que penetra no estigma para fecundar o óvulo.

    Polinização
    A transferência dos grãos de pólen dos órgãos onde são produzidos até à estrutura reprodutiva feminina (o carpelo das angiospérmicas ou a escama feminina das gimnospérmicas) chama-se polinização.

    Durante o processo evolutivo, as plantas desenvolveram várias estratégias reprodutivas, para assegurar a sua multiplicação e colonização dos habitates. As espermatófitas, ou seja, as plantas que produzem flores, apresentam várias modalidades de polinização como estratégias reprodutivas:

    Autopolinização - algumas espécies de plantas admitem a germinação dos grãos de pólen no estigma da mesma flor que o produziu, ou em outras flores da mesma planta; esta estratégia diminui as possibiidades de recombinação genética, mas assegura que maior número de óvulos sejam fecundados.

    A maior parte das espécies, no entanto, desenvolveu estratégias para aumentar as possibilidades de recombinação – a trasnferência dos grãos de pólen por elementos exteriores à flor:

    Polinização anemófila – realizada pelo vento – estas plantas produzem grande número de grãos de pólen, muito leves ou com extensões da exina, como os grãos de pólen alados dos pinheiros, que lhes permitem ser transportados para flores de plantas que se encontram a maior distância da que os produziu, portanto com maior probabilidade de terem um genoma diferente;

    Polinização entomófila - realizada por insetos – as flores possuem características que atraem os insetos, tais como nectários, coloração ou cheiro especiais;

    Polinização hidrófila - realizada pela água – este tipo de polinização é mais frequente nas plantas aquáticas.

    Alergias ao pólen
    Alergia ao pólen é chamada febre do feno. Geralmente pólens que causam alergias são aqueles de plantas anemófilas, que produzem grãos leves de pólen em grande quantidade para serem dispersos pelo vento, e subsequentemente penetram as vias nasais humanas através da respiração. Plantas anemófilas geralmente tem flores imperceptíveis, ou seja, não são chamativas. Plantas entomófilas produzem pólens que são relativamente pesados e pegajosos, para dispersão através de insetos polinizadores.

    Frequentemente, nos Estados Unidos, pessoas falsamente culpam a flor entomófila “goldenrod” (Ambrosia trifida) pelas alergias.

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    O pólen dessa flor não é levado pelo ar, somente há um caminho para que ele alcance as vias nasais: seria retirá – lo da flor e colocá – lo nas cavidades nasais. No fim do verão e outono alergias causadas por poléns são geralmente por erva-de-Santiago, uma comum flor anemófila e não atrativa. O estado do Arizona foi considerado como um lugar seguro para pessoas alérgicas ao pólen, pois erva-de-Santiago não cresce no deserto.

    Pólen da Erva de Santiago
    Entretanto, com subúrbios crescendo e a população começando a cultivar gramados irrigados e jardins, a erva-de-Santiago estabeleceu – se com segurança e o Arizona perdeu seu status de isento da febre do feno. Exemplos de plantas anemófilas são o carvalho, a hicória (noz americana) e a noz-pecã; e no início do verão a grama também pode causar alergia. Flores cultivadas são frequentemente mais entomófilas e não causam alergia.

    A “doença do secamento do painel de sangria” (cessamento da extração do látex) da árvore da borracha também pode ser causada por vírus transmitido por grãos de pólens.” O Pólen é vendido como um suplemento nutricional, comercializado como “pólen de abelha” (embora seja de flores).

    abelinha

    epiphitas

    São encontradas diversas adaptações entre as epífitas, plantas que crescem sobre outras plantas, sem, contudo, parasitá-las.

    Estruturas especiais na epiderme proporcionam aparentemente o intercâmbio de gases quando a epiderme está saturada de água.

    A Dischidia rafflesiana possui uma modificação notável. Algumas de suas folhas são estruturas achatadas e suculentas, ao passo que outras formam tubos que coletam detritos e água pluvial. Colônias de formigas vivem no interior das “urnas” e ajudam no suprimento de nitrogênio. Raízes formadas no nó situado acima da folha modificada, crescem para baixo e penetram no interior da urna, onde absorvem água e sais minerais.

    Dischidia rafflesiana
    Adaptações para Armazenamento de Alimento
    As raízes na maioria, são órgãos de armazenamento e estas raízes tornam-se carnosas devido à grande quantidade de parênquima de reserva. O desenvolvimento de algumas raízes de reserva, como a cenoura (Dancus carota), assemelha-se essencialmente ao de raízes “não carnosas”, exceto pelo predomínio de células parenquimatosas no Xilema e Floema secundários.

    A raiz da batata-doce (Ipomoea batatas) desenvolve-se de modo semelhante ao da cenoura; contudo, na batata-doce, células adicionais do câmbio vascular desenvolvem-se no interior do Xilema secundário, ao redor de rasos individuais ou grupos de vasos.

    Ipomoea batatas
    Estes câmbios adicionais produzem também muitas células parenquimatosas em ambas as direções.

    flor

    forets-07
    Os líquenes existem em todo o planeta, podendo crescer em solo nu, troncos de árvores, muros, rochas, etc. São associações simbióticas entre fungos e algas específicos, caracterizadas por uma interdependência funcional e morfológica Inicialmente, terão sido relações de parasitismo que, por um processo evolutivo, passaram a relações simbióticas.

    Os fungos e algas que se associam em líquenes são diferentes dos outros fungos e algas não simbióticos.
    O fungo, heterotrófico e micobionte, obtém matéria orgânica sintetizada pela alga.

    A alga, autotrófica e ficobionte, obtém água e sais minerais absorvidos pelo fungo, que a protege contra a desidratação. Os líquenes podem ser classificados quanto ao talo ou corpo, nos seguintes tipos: foliáceo, fruticuloso e crustáceo.

    Num talo, podem encontrar-se as seguintes camadas:
    1 – córtex superior/externo  – constituído por hifas de parede espessa, ramificadas, curtas, dispostas numa rede densa;
    2 – camada algal – constituída pelo ficobionte com coloração verde intensa resultante da presença do pigmento clorofilino;
    3 – zona medular – constituída por hifas longas dispostas numa malha frouxa;
    4 – córtex inferior/interno – apresenta uma constituição semelhante à do córtex superior.

    Os líquenes de talo crustáceo não apresentam córtex inferior. Em líquenes de talo fruticuloso, o talo é constituído por filamentos cilíndricos achatados em que o córtex circunda a camada algal e a medula. Os líquenes de talo foliáceo possuem, na parte inferior, hifas fúngicas denominadas rizinas que servem de órgãos de fixação. O líquen de talo foliáceo é o único que possui todos os constituintes devidamente evidenciados e por ordem correta.

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