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No mundo vegetal há plantas que se auxiliam mutuamente (simbiose), oferecendo e recebendo recursos para subsistir em circunstâncias difíceis. Cada uma dá à associada os nutrientes de que dispõe e recebe desta o que necessita.

Há diversas formas de parasitismo, onde no encontro de dois organismos somente um deles tirará o alimento do outro, sem nada lhe dar em troca.
Como exemplo de planta parasita, podemos citar o cipó-chumbo ou fios-deovos (Cuscuta racemosa), que com um manto de filamentos dourados cobre mais freqüentemente plantas úteis, principalmente as arbustivas ornamentais de jardins.

Em apenas 12 horas após ter saído de sua semente, o cipó chumbo lança seu caule em forma de gavinha à procura de um hospedeiro. Após um dia, esse caule já terá se enrodilhado firmemente em sua vítima. Ao cabo de uma semana invade o hospedeiro, momento em que rompe sua ligação com o solo para se tornar exclusivamente parasita. Como é totalmente desprovido de clorofila para fazer a fotossíntese, penetra no sistema vascular da hospedeira, sugando-lhe a seiva até levá-la à morte.

Existem também neste vasto mundo vegetal, as semiparasitas, que são as que dependem parcialmente das hospedeiras, pois geralmente possuem folhas e são clorofiladas, o que lhes permite realizar a fotossíntese, ainda que em pequeno grau. Lançando seus órgãos sugadores – os haustórios – (do verbo latino haurire, que significa beber), para dentro dos tecidos da planta que as hospeda, obtêm a água e os sais minerais de que necessitam para crescerem fortes e sadias, como é o caso da erva-de-passarinho ou do visco.

Além dessas, encontramos ainda as estranguladoras, como o mata-pau (ficus), que germina nas forquilhas de outras árvores.

Trazidas pelo vento, pássaros ou morcegos frugívoros, a pequena planta quando germina, desenvolve dois tipos de raízes. Um deles cresce envolvendo o ramo ou tronco, enquanto o outro tipo desce até o chão aereamente, ou rastejando pelo tronco. Com os resíduos de poeira e matéria orgânica, a plantinha obtém água e sais minerais de que necessita para crescer. As raízes que descem até o chão, agarram-se ao solo da floresta, enrijecem, tornam-se espessas e transformam-se em raízes adventícias.

Elas garantirão a sustentação da nova figueira (fícus) que se forma com novos ramos e folhas, fortalecendo-se a tal ponto que passa a espremer a árvore hospedeira, sufocando-a até a morte. A estranguladora, depois de matar a planta suporte, já é uma árvore independente, forte e com ramagem própria, chegando a atingir portes colossais. Além do Brasil, as estranguladoras são muito comuns nas florestas úmidas da Nova Zelândia, Austrália e outras regiões.

Até a conhecida Scheflera, uma árvore que cresce a partir do solo, dependendo das condições de vida da floresta tropical em que vive, passou a se desenvolver também como estranguladora. Ela costuma vitimar o tipo feto, que possui troncos recobertos por uma massa esponjosa e fibrosa, o que por si só favorece sobremaneira a germinação das sementes.

Além das plantas parasitas, outros elementos da natureza também prejudicam as plantas, como é o caso dos fungos parasitas que são responsáveis por diversas doenças que atacam as plantas.

As moléstias causadas pelos fungos podem ser facilmente visíveis e reconhecidas. É o caso do míldio das roseiras, que tem o aspecto de uma trama esbranquiçada que lhe recobre as folhas, como também as ferrugens, o mosaico do fumo, o apodrecimento das raízes dos cogumelos, a galha-preta que cresce num ramo de cerejeira em forma de nódulo, etc.

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Existem inúmeras diferenças entre o cultivo de plantas num jardim e o cultivo de plantas em vasos, mas a principal delas é a necessidade do transplante no cultivo em vasos. Veja aqui, quando e como realizar esta tarefa.

O cultivo de plantas em vasos nos permite ter dentro de casa as mais variadas espécies. É claro que para mantermos as plantas bonitas e saudáveis é preciso alguns cuidados especiais, principalmente com relação à luminosidade, temperatura, adubação e regas. Mas, existe também um outro fator fundamental, que muitas vezes é esquecido: o transplante.
No jardim, as raízes das plantas têm espaço e liberdade para crescer e podem buscar na terra toda a água e nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Mas nos vasos essa liberdade fica limitada. Com o tempo, mesmo com adubações regulares, a qualidade do solo fica prejudicada e o espaço para a expansão das raízes torna-se pequeno. Daí a necessidade do transplante.
Mas, como saber quando transplantar nossa plantinha? Alguns sinais podem indicar o momento certo.

Eis alguns:

* raízes saindo pelos furos de drenagem;

* partes das raízes aparecendo na superfície da terra;

* o vaso começa a ficar pequeno em relação ao tamanho da planta;

* florescimento escasso ou inexistente;

* aparecimento de folhas muito pequenas ou defeituosas;

* raízes formando um bloco compacto e emaranhado.

Passo-a-passo, para não errar
Para facilitar o trabalho com o transplante de plantas, faça tudo planejado, em etapas:
1- No dia anterior ao transplante, de preferência à noite, comece os preparativos: regue todas a plantas que serão transplantadas, para facilitar a retirada do vaso. Limpe bem os vasos que serão utilizados. Se for utilizar vasos novos de cerâmica ou barro, mergulhe-os num tanque cheio de água até que parem de soltar bolhas. Isso ajuda a limpá-los bem e impedem que absorvam a umidade da mistura de terra que será colocada.

2 – Antes de iniciar o trabalho, escolha um local sombreado. Separe todas as plantas que necessitam de transplante e deixe todo o material necessário à mão (vasos, ferramentas, mistura de solo, cascalho para ajudar a drenagem, etc).

3 – Prepare a mistura de terra ideal para o replantio e reserve. Coloque cascalhos para drenagem no fundo do vaso, de forma que não obstruam totalmente o furo, prejudicando o escoamento do excesso de água.

4 – Coloque uma parte da mistura de solo no fundo do vaso e reserve.

5 – Agora é a hora de retirar a planta do vaso. A terra um pouco umedecida facilita o trabalho. No caso de haver muita compactação, afofe a terra superficialmente e passe uma faca de lâmina comprida entre o vaso e o torrão.

6 – Se a planta estiver num vaso pequeno, coloque a mão espalmada por baixo das folhas, cobrindo a superfície da terra e firmando as hastes entre os dedos. Vire o vaso para baixo e, para facilitar, bata-o levemente na beirada de uma mesa ou balcão. Normalmente, a planta sairá com facilidade, mas se isso não acontecer, evite puxá-la com força. Volte o vaso na posição inicial e tente soltar o torrão passando a faca novamente. Se houver nova resistência, quebre o vaso.

7 – Para retirar uma planta de um vaso grande, passe a lâmina de uma faca longa entre o torrão e o vaso. Deite o vaso na mesa e bata levemente com um pedaço de madeira nas laterais para soltar o torrão. Segure a planta com uma das mãos e vá virando o vaso lentamente, batendo devagar em toda a superfície. Quando perceber que o torrão está solto, puxe a planta delicadamente com o vaso ainda deitado.

8 – Com a mistura de solo já firmada no fundo do novo vaso, posicione o torrão da planta bem no centro. Na maioria dos casos, o topo do torrão deve ficar entre 2 e 5 cm abaixo da borda.

9 – Continue a colocar a mistura de solo, pressionando-a nas laterais para firmar bem a planta. Espalhe mais um pouco da mistura por cima e observe que a terra deve cobrir as raízes, sem encostar nas folhas inferiores. Para eliminar as bolhas de ar e acomodar a terra, bata o vaso levemente sobre a mesa e depois pressione a superfície com os dedos.

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Os filodendros são plantas de folhagem decorativa, que exigem poucos cuidados. São também excelentes plantas de interior. As folhas desta planta diferem consideravelmente no tamanho e na forma em função das espécies. Podem ser cordiformes, lanceoladas ou palmi-nérveas. Algumas têm a margem lisa; outras são muito recortadas. As folhas de algumas espécies atingem os 60 cm de comprimento. Na maioria, os filodendros são plantas trepadeiras.

Como tutorar a planta
Prenda as espécies trepadeiras de filodendro a um tutor inserido na terra do vaso quando a planta se começa a desenvolver. Use um fio de nylon ou de ráfia.
Para estimular a planta a emitir raízes aéreas para o tutor, envolva-o com uma camada de musgo de 5 em de espessura. Pulverize o musgo com água uma vez ao dia.

Propagação
Corte estacas de caule no início da Primavera. As estacas devem ter um comprimento de 7,5 a 10 cm e ser cortadas abaixo de um nó. Retire as folhas de baixo e coloque várias estacas num vaso que encheu com uma mistura de 1 parte de turfa umedecida e 1 parte de perlite ou areia grossa.
Ponha um saco de plástico por cima do vaso, mantendo-o afastado da planta com uns pauzinhos, coloque dentro de casa e exponha-o a sol direto velado. Ao fim de três ou quatro semanas, as estacas devem ter enraizado. Retire o saco de plástico e regue pouco. Aplique mensalmente adubo líquido ao fim de cerca de três meses, mude cada estaca para um vaso separado e trate como plantas adultas.

Como mudar de vaso
Se as raízes tiverem enchido completamente o vaso, mude a planta para outro vaso. Encha-o com uma mistura de terra e terriço ou turfa grossa. Não faça esta operação durante o período de estado vegetativo de repouso.

Como regar e adubar
Regue de modo a umedecer toda a terra do vaso. Pare quando começar a sair água pelo orifício de drenagem do vaso. Deixe secar a camada superficial da terra do vaso antes de regar novamente. No Inverno, os filodendros atravessam um período curto de repouso vegetativo. Durante esse período regue a planta o suficiente para evitar que a terra do vaso seque completamente. No período de crescimento, adube com um adubo líquido próprio para plantas de duas em duas semanas.

Onde cultivá-los
Exponha os filodendros a sol direto, mas sempre de modo vigiado. Os filodendros não suportam durante muito tempo temperaturas inferiores a 13°C, mas dão-se bem à temperatura ambiente normal do interior da casa.

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Embora o assunto de reprodução seja delicado em alguns círculos, ela é uma ocorrência comum no mundo das plantas. Em vez de partir de uma semente, certas plantas precisam ser clonadas, ou vegetativamente reproduzidas, de mudas, caules ou de raízes de uma planta-mãe. Outras plantas precisam de mergulhia, que envolve o crescimento de um novo ramo ou caule fora de um existente.

O corte de caules envolve a poda de uma ponta de cultivo de uma planta madura e a colocação da muda em um recipiente com meio de enraizamento. Seguindo as dicas de cuidado, essa muda de caule logo se transformará em uma nova planta pronta para transplante e florescimento por conta própria.

A maioria das plantas anuais brota a partir de sementes. Contudo, outras podem ser cultivadas a partir de mudas do caule.
Para reproduzir as mudas do caule, escolha uma planta madura que esteja na fase de crescimento ativo no meio do verão. Prepare um recipiente preenchido com meio de enraizamento. Deve ter pelo menos 7,5 a 10 centímetros de profundidade, preenchido com 6 centímetros ou mais de meio de enraizamento. Areia grossa e limpa de construção, uma mistura com metade perlite e metade turfa, ou metade perlite e metade vermiculite são boas opções. Encha o recipiente com o meio umedecido, deixe-o assentar e escoar por meia hora.

Tire as mudas do caule pela manhã. Com uma faca afiada, corte as pontas de cultivo bem acima do nó, ou no ponto em que uma folha ou um ramo lateral esteja preso ao caule principal. Cada muda deve ter entre 7,5 a 15 centímetros de comprimento e de 4 a 6 nós. O corte do tecido do caule deve ser fácil.

Se houver algum galho de flor na muda, remova-o. Pode as pontas de qualquer folha grande que ficar na muda, para que permaneça um terço à metade de sua superfície.
Faça um buraco no meio de enraizamento umedecido, coloque a muda um terço de seu comprimento e pressione firmemente com os dedos o meio, ao redor do caule. Quando todas as mudas tiverem sido colocadas no meio, molhe a superfície.

Cubra as mudas com um saco plástico, formando uma tenda com pedaços de bambu ou pinos de madeira como suporte.
As mudas de plantas anuais enraizarão rapidamente. Deve-se verificá-las após sete ou no máximo dez dias. Coloque uma lâmina de faca estreita ou um garfo em baixo de uma das mudas e levante-a suavemente.
Quando as raízes mais longas tiverem 0,6 cm de comprimento, remova as mudas do meio de enraizamento e transfira cada uma delas para um pote de 2,5 a 3,7 cm cheio de mistura para plantas.

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