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Philodendron_scandens

As plantas mais adequadas para ambientes internos são as que não necessitam de muita luminosidade. As mais indicadas são: chamaedora, philodendron, lírio da paz, bromélias, cactus, árvore da felicidade, pacová, palmeiras, palmeiras ráfis, sansiveria, ficus, spatiphilum e pinanga.

As plantas devem ser regadas pelo menos duas vezes por semana, dependendo do vaso escolhido. Se o vaso for pequeno, vai exigir rega mais freqüente. Se é feito em cerâmica vitrificada ou esmaltada, em plástico ou em outro material impermeável, vai pedir menos rega do que se é de barro cozido ou xaxim, já que estes facilitam a evaporação da água.

Existem duas formas de regar um vaso: por cima, derramando água na superfície do solo; ou por baixo, mergulhando o vaso num recipiente com água. Quando optar pelo rega por cima só pare quando a água começar a escorrer pelo furo de drenagem. As violetas, por exemplo, devem ser regadas poucas vezes e a água deve ser colocada no pratinho, o qual o vaso fica sobreposto.

Eliminar as folhas secas, adubar a terra todo mês e aplicar produtos para eliminar doenças e pragas sempre que necessário. Para garantir folhas vistosas em algumas plantas deve se borrifar água, pelo menos, uma vez por semana.

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Cattleya Schofieldiana

Todas as espécies vegetais possuem um determinado número de pragas e patógenos que as atacam. As orquídeas, embora plantas resistentes a muitas doenças que dizimam outras culturas, não são exceções. Há hoje identificadas mais de 130 doenças que afetam, em maior ou menor grau, as orquídeas, entre fungos, bactérias e vírus, somente nos Estados Unidos.

No Brasil não é diferente. Pode-se afirmar com segurança, que não há coleção no Brasil que não apresente um número (maior ou menor, dependendo dos cuidados fitossanitários adotados) de plantas atacadas por doenças. Portanto, já que não é factível erradicar as doenças do orquidário, essencial se torna saber mantê-las sob controle, de modo a não afetar de forma significativa a produtividade e beleza das plantas.

Antes de tratar das doenças em si, convém listar algumas medidas práticas que podem e devem ser adotadas, visando minimizar a incidência de doenças nos orquidários. Aqui o velho ditado se aplica à perfeição: “Prevenir é melhor que remediar”…

Cultive espécies ou híbridos adequados ao clima predominante, e proporcione às plantas as melhores condições possíveis em termos de cultivo (luz, água, adubação, umidade relativa, ventilação e substrato). Isso porquê as plantas “estressadas”, ou que estão em condições vegetativas insatisfatórias, são um convite ao ataque, tanto de pragas como doenças;

Procure adquirir plantas isentas de doenças aparentes, e em bom estado de cultivo. Cuidado com aqueles “presentes” de um ou dois bulbos traseiros.

Mantenha as plantas recém adquiridas afastadas do restante da coleção, por algum tempo (6 semanas), até ter certeza que não portam doenças ou pragas. Faça pelo menos um tratamento contra doenças, nestas plantas, durante este período.

Nunca misture sua coleção de orquídeas com outras espécies de plantas, que pode ser vetores de doenças. Cultivar orquídeas junto com dracenas, samambaias, violetas, etc, não é recomendável.

Faça uma inspeção detalhada de suas plantas, no mínimo uma vez por mês.
Se surgirem problemas nestas inspeções, aja rápido, para evitar que o problema assuma proporções epidêmicas no orquidário, após o que, o combate se torna caro e incerto.

Mantenha o orquidário limpo, sem restos de plantas, vasos velhos, flores murchas espalhados pelo chão e nas bancadas.

A adequada ventilação do ambiente é ponto crucial no controle da maioria das doenças causadas por fungos e bactérias, que, em sua maioria, são transmitida pela água parada nas folhas e no substrato.

Utilize fungicidas / bactericidas, quando necessário. Nunca aplique fungicidas sistêmicos de forma preventiva. Sempre alterne entre produtos, de modo a evitar o surgimento de resistência.

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Cymbidium

Vírus
Além das doenças fúngicas e bacterianas, vista num capítulo anterior, as orquídeas, a exemplo de outras espécies vegetais e animais, são também atacadas por vírus, minúsculos seres (alguns nanômetros) que invadem as células, danificando seus processos metabólicos e de multiplicação, o que acaba por causar a morte das mesmas.

Os vírus vivem exclusivamente às custas dos processos metabólicos ou celulares de outros organismos, não sendo ativos fora da célula (embora possam permanecer por longo tempo, inativos porém infecciosos, em detritos vegetais ou mesmo na água).

Embora seus efeitos muitas vezes pareçam menos graves, à primeira vista, em comparação com o estrago causado por fungos como o Pythium e bactérias como o Pseudomonas, é certo que as viroses são as doenças mais graves das orquídeas, por sua facilidade de disseminação, perdas de valor e impossibilidade de tratamento.

Assim, a única forma de controle, nos dias atuais, é a erradicação das plantas atacadas, somado a outras medidas de prevenção de contágio.

Podemos afirmar, que após o grau de contaminação visível atingir 20 ou 30% das plantas de determinada coleção, o melhor é descartar e eliminar a coleção toda, pois as chances são de que a maioria das plantas também está contaminada, embora ainda sem sintomas.

Tipos mais importantes de vírus de orquídeas
Até o presente, foram diagnosticados cerca de 40 tipos de vírus que infectam as orquídeas. Destes, apenas alguns poucos produzem efeitos prejudiciais, em nível comercial, às plantas. Por “nível comercial”, entende-se efeitos que possam prejudicar a apresentação das flores, e o vigor da planta. Dessa forma, muitos vírus, embora tenham sintomas claramente visíveis, não são considerados de importância comercial, por não prejudicarem as florações nem a produtividade (o vírus da “pipoca” nas folhas, comum em Laelia purpurata, se enquadra nesse caso).

Dos vírus de importância comercial, existentes no Brasil, dois se destacam:

CyMV – Cymbidium Mosaic Virus.
Muito embora seus efeitos sejam, a princípio, pouco aparentes, o CyMV é o vírus mais perigoso para a coleção.

Explica-se: como apresenta sintomas menos “graves” do que o ORSV, muitas vezes as plantas são dadas como saudáveis, o que propicia a extensão da contaminação por toda a coleção. Quando se percebe, a coleção toda já está perdida. Por esse mesmo motivo, é o vírus mais comum nas coleções. Ataca inúmeros gêneros, desde Cymbidium, até Cattleya e Phalaenopsis.

Os efeitos deste vírus nas folhas são dificilmente detectáveis, mas, seguindo o princípio geral (vide abaixo), ocorrem leves riscos cloróticos nas nervuras. De modo geral, não atrapalha o crescimento da planta, nem sua capacidade de floração.

Nas flores, não há sintomas, de início. Entretanto, passados alguns dias (entre 7 e 15, dependendo da espécie), surgem riscos ao longo das nervuras dos segmentos florais, fruto da destruição do floema floral. Nas flores albas e amarelas, estes riscos são necróticos (marrons). Nas liláses e vermelhas, são riscos esbranquiçados. Muitas vezes, o dono da planta despreza estes sintomas, considerando que a flor está simplesmente “passada”.

Entretanto, os sintomas são claramente distintos da senescência natural ou mesmo a causada por gases de etileno, que se caracterizam pela perda de substância dos segmentos, e amarelecimento da ovário (pedúnculo).

O CyMV pode infectar uma planta, sem afetar sua produtividade ou vigor, por muitos anos.

ORSV – Odontoglossum Ringspot Virus
Identificado primeiramente em Odontoglossum grande, causando lesões circulares nas folhas, daí o nome. Este vírus, embora altamente destrutivo, tem seu controle facilitado pelos seus sintomas, bastante característicos e facilmente visíveis.

Nas folhas, são manchas irregulares de colorido vermelho a roxo (cuidado para não confundir com escurecimento arroxeado causado por luminosidade alta, ou pintas roxas em plantas semi-albas e algumas liláses e amarelas).

Estas manchas ou pintas geralmente possuem regiões necrosadas (mortas). Os brotos podem ficar aleijados (tortos, fortemente pigmentados, e sem vigor). Nas flores, surgem manchas descoloridas, com aspecto de “aquarela desbotada”.

Não confundir com falhas de colorido de origem genética (variegata). Ocasionalmente, grandes variações de temperatura podem provocar sintomas de “color-break” idênticos aos provocados por vírus. Caso tenha ocorrido esse fator climático, aguardar mais um ano, para verificar se o sintoma se repete, para então ter certeza do diagnóstico.

Ao contrário do CyMV, o ORSV vai degradando o vigor da planta, terminando por matá-la ao cabo de alguns anos (por inviabilidade de brotação).

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Dalias

Dahlia, nome comum dália, é um gênero botânico pertencente à família Asteraceae. É uma herbácea de porte médio, perene. É originária do México, onde é muito popular. Os índios daquela região foram os primeiros a plantar dálias, ainda no período do império Asteca. Por volta do final do século XVIII, o diretor do Jardim Botânico de Madrid encantou-se com a flor, durante uma visita ao México. Foi o suficiente para que a dália atravessasse o oceano e chegasse à Europa, onde se adaptou muito bem ao clima temperado.

As dálias podem crescer desde 30 cm até 1,5 m de altura, com flores singelas ou dobradas de 5 a 25 cm de diâmetro, dependendo do tipo. As dálias florescem dos fins de Julho até ao fim do Outono.

As dálias são plantas de jardim que se podem  desenvolver partir de semente, e a partir de tubérculos. As sementes  vendem-se habitualmente em misturas de diferentes cores. Para a obtenção de flores de uma determinada cor, é preferível optar pela plantação de tubérculos.

As dálias desenvolvem-se bem em qualquer solo, desde que este não seja demasiado ácido nem demasiado alcalino. Um bom solo moderadamente argiloso e ligeiramente ácido é o ideal. Por precisarem de muito alimento, no Outono, deve misturar no solo uma boa quantidade de estrume, composto ou outra matéria orgânica, assim como adubo composto.

Como plantar: Todas as dálias, exceto as anãs, necessitam de estacas. Abra um buraco de 15 cm para cada planta e espete nele uma robusta cana de 1,5 m até à profundidade de cerca de 30 cm.

Como preparar o solo: As dálias precisam de luz abundante e, de preferência, canteiro próprio. Solo ligeiro bem drenado é o ideal, mas as plantas dão-se cm qualquer solo razoável. Se o solo for compacto, junte-lhe um pouco de areia. Prepare o solo, estrumando-o bem no Outono para as plantar na Primavera seguinte.

Como selecionar: Compre os tubérculos maiores que conseguir, pois são esses os que mais provavelmente produzirão as flores maiores e mais abundantes. Certifique-se de que são saudáveis. Rejeite os que tiverem cortes, pontos moles, sinais de apodrecimento ou zonas secas ou manchas poeirentas.

Nota: Os novos rebentos das dálias não nascem das raízes com tubérculos. Certifique-se de que um ou mais tubérculos estão ligados ao caule antigo e que têm pelo menos um olho. Introduza canas no local onde vai plantar as dálias.

As canas devem ser mais curtas do que a altura final das plantas. Abra uma cova de 15 cm de profundidade em frente da estaca, de tal modo que o olho (ou botão) na base do velho caule possa ser colocado junto à estaca.

Prepare mistura para plantar composta por um balde de turfa para 4 colheres de sopa de adubo orgânico rico em azoto, como por exemplo, guano. Encha metade da cova e coloque o tubérculo sobre essa base, de tal modo que o seu colo fique cerca de 5 cm abaixo da superfície do solo.

Se quiser obter dálias em vasos, proceda do mesmo modo, colocando estacas e plantando o tubérculo. Regue depois de plantar e novamente passados dois dias, se o tempo estiver seco.

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