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Elas podem viver durante muitos e muitos anos. Algumas hibernam em determinada época para, em seguida, repetir o milagre anual da floração. Elas são as plantas com bulbos. Aprenda a cultivá-las!

O bom de cultivar plantas com bulbos é que elas são surpreendentes. Brotam rapidamente, precisam de poucos cuidados e, quando menos se espera, surge uma floração belíssima. Algumas delas são até perfumadas!
Existem espécies de plantas com bulbos adequadas a quase todos os climas e com possibilidade de plantio em todas as estações do ano. Sabendo escolher as espécies certas para a sua região e para cada estação, você poderá ter um jardim florido e colorido o ano inteiro.

A reserva de nutrientes é muito importante para estas plantas, pois é isso que vai garantir o impulso inicial para o seu desenvolvimento no próximo ciclo. Os bulbos têm tanta capacidade de acumular nutrientes, que podem florir até mesmo se forem esquecidos numa prateleira!

Outra coisa muito gratificante sobre estas plantas tão especiais: dificilmente ficamos sem elas, pois antes de terminarem seu ciclo, elas geralmente deixam “filhotes” para dar prosseguimento à sua história.
Existem plantas de bulbos com folhas perenes, ou seja, elas conservam suas folhas, mesmo sem flores, e também as chamadas “caducas”, que (após a floração, a planta perde as folhas, ficando apenas o bulbo sob o solo). Estas espécies são chamadas de plantas anuais.

Bem, depois de toda essa introdução, então mãos à obra! Vamos aprender a cultivar bulbos (ou cormos, rizomas e tubérculos…):

Escolhendo as espécies
Muitas vezes somos traídos pelos nossos desejos, por isso, na hora de escolher as espécies prefira as que são adequadas para o clima da sua região e para o local do plantio. Assim, você evita decepções e prejuízos. Existem espécies de plantas com bulbos para as mais variadas regiões, desde aquelas com clima frio até as mais quentes. Informe-se e pesquise bastante antes de comprar.

Comprou? Saiba armazenar
Depois da compra, se não puder plantar o bulbo imediatamente, armazene-o em local seco, fresco e arejado. Uma boa dica é colocar os bulbos numa bandeja forrada com areia ou com papel limpo e seco, mantendo-os separados uns dos outros. Para não perder a noção, cole próximo a cada um deles uma etiqueta indicando a sua espécie e também a data da compra. A circulação de ar é muito importante para evitar o apodrecimento e para prevenir doenças, mas é sempre bom evitar locais com fortes correntes de ar, especialmente frio.

Chegou a hora de plantar em canteiros
Sem precipitações. Se for fazer o plantio em canteiros, evite após dias seguidos de chuva, quando o solo está muito molhado. Nesse caso, espere alguns dias até que a terra fique menos encharcada.
A boa drenagem é condição fundamental para o sucesso no plantio de bulbos, pois evita o surgimento de fungos. Se o solo for muito argiloso, coloque uma camada de mais ou menos 2 cm de areia grossa no fundo da cova.
Por outro lado, um solo muito seco dificulta a floração dos bulbos. Neste caso, incorporar um pouco de composto orgânico à terra ajuda a garantir a umidade necessária.

Chegou a hora de plantar em vasos
Novamente é preciso lembrar que uma boa drenagem é fundamental. Os vasos devem ter furos de drenagem no fundo. Se não forem suficientes, aumente seu tamanho ou quantidade.
Quanto à mistura de solo recomendada para vasos, é só prepará-la de acordo com as necessidades da espécie a ser plantada.

O X da questão: profundidade de plantio
Existe uma regra básica orientando que os bulbos devem ser plantados com uma profundidade equivalente entre 3 a 5 vezes o seu tamanho. Mas é fato que a profundidade de plantio pode realmente afetar a floração dos bulbos. Se eles forem plantados muito profundos, podem perder energia até chegarem na superfície do solo e o resultado é que as flores podem até nem aparecer. Por outro lado, se forem plantados muito rasos, podem sofrer com a ação do sol, do vento e da chuva.
A regra básica é válida, mas é possível também se orientar pelas recomendações ideais para cada espécie.

Cuidados após o plantio
Para ter um crescimento saudável, os bulbos precisam de umidade adequada o ano todo. O solo deve ser regado de 2 a 3 vezes por semana. É claro que nos períodos muito quentes e secos, as regas devem ser mais regulares.
Muita gente prefere cortar as folhagens das plantas de bulbo assim que termina a floração, porque acham que vão perder a energia. Mas isso não é recomendável. Os bulbos obtém suas reservas de alimento justamente absorvendo a energia solar por meio do processo de fotossíntese de sua folhagem. Assim, o ideal é deixar que as folhas murchem, fiquem amarelas e somente depois disso devemos cortá-las. Outra dica: não descarte os bulbos que se formam ao redor dos maiores. Plante-os em local separado e terá belos “filhotes” de seus exemplares.

bulbo

polinização (Small)
Polinização é a transferência dos grãos de pólen das anteras (parte masculina) para o estigma (parte feminina) das flores, possibilitando a fecundação da flor e posterior desenvolvimento do fruto. Para compreendermos melhor a interação planta – abelha, é necessário conhecer as partes e funções da flor. Numa flor típica, encontramos peças que recebem os nomes de cálice, corola, nectário, gineceu e androceu.

Cálice – formado por sépalas, é a parte da flor normalmente verde. Constitui a base da flor. A corola é formada por pétalas, que são coloridas.

Essas duas partes da flor, o cálice e a corola, têm função atrativa e ornamental de grande importância para atrair as abelhas.

O nectário secreta um líquido açucarado chamado néctar. As abelhas coletam o néctar, desidratam-no na colméia e o transformam em mel.

Androceu - é o órgão masculino da flor, composto pelos estames que são formados pelo filete, conectivo e antera. Na antera são produzidos os grãos de pólen que as abelhas coletam para sua alimentação como principal fonte protéica.

Gineceu - é o órgão feminino da flor, composto pelos pistilos, que são formados pelo estigma, estilete e ovário. No interior do ovário estão os óvulos, dos quais se originarão as sementes.

Existem dois tipos de polinização: a autopolinização e a polinização cruzada. A autopolinização é a transferência dos grãos de pólen da antera de uma flor para o estigma da mesma flor ou de uma outra flor do mesmo pé. Neste último caso, a autopolinização também é chamada de polinização direta ou autogamia.

A polinização cruzada é a transferência dos grãos de pólen da antera de uma flor para o estigma de outra flor da mesma espécie, mas de pés diferentes. Neste caso, a polinização cruzada pode ser chamada também de alogamia. Na natureza, esse tipo de polinização é o mais vantajoso, já que possibilita a formação de novas combinações genéticas que favorecem a formação de sementes, originando novas plantas, mais vigorosas e produtivas. Para que isso ocorra, as plantas desenvolvem alguns mecanismos de defesa, como, por exemplo:

* Dioicia, quando a planta tem flores unissexuais sobre indivíduos diferentes, como o mamão.
* Dicogamia, quando os órgãos sexuais de uma mesma planta amadurecem em tempos diferentes.
* Heterostilia, quando os elementos das flores, os estames e os pistilos têm dimensões diferentes.
* Monoicia, quando a planta tem flores unissexuais sobre o mesmo indivíduo, como o milho.
* Auto-esterilidade, quando a flor é polinizada pelo seu próprio pólen, mas não é fecundada.

Diante de, alguns mecanismos de defesa que as plantas possuem para evitar a autopolinização, existem vários agentes polinizadores que favorecem a polinização cruzada, como o vento, os animais, a água e os insetos. Dentre todos, os insetos são os mais importantes, principalmente as abelhas, que desenvolveram na sua evolução mecanismos apropriados para se tornar excelentes polinizadores, como pêlos em todo o corpo, que favorecem o transporte dos grãos de pólen, e o seu eficiente sistema de comunicação, que permite a uma abelha campeira indicar rapidamente a todas as outras abelhas a localização de uma florada.

As plantas, por sua vez, para garantir a perpetuação da espécie, também desenvolveram mecanismos de atração das abelhas, como:

Cores: as abelhas diferenciam bem a cor amarela, verde, azul e violeta, e são atraídas por elas.

Aroma: as abelhas são muito sensíveis ao cheiro e facilmente treinadas a visitar flores com odores específicos. Costuma-se aconselhar os apicultores a macerarem algumas flores de grandes floradas e misturar em xarope, que será oferecido às abelhas em alimentadores próprios, com o objetivo de treiná-las a associar aquele cheiro a determinada fonte de alimento.

Forma: a forma da flor ajuda a destacá-la na folhagem e também favorece a aproximação da abelha.

Néctar: é o maior atrativo da abelha. Localiza-se nos nectários, que podem ser florais e extraflorais. Estes são encontrados no caule, folha, pecíolos etc., e aqueles no interior da flor, dentro da corola, na base do ovário, para atrair as abelhas e facilitar a polinização das flores. A secreção de néctar dentro da flor inicia-se na hora da abertura da flor e cessa logo após a fertilização.

abelinha

Thunias

É uma planta de fácil cultivo, que não exige grandes esforços culturais. Possui a particularidade de perder as folhas do pseudobulbo logo depois a floração.  Este permanece desnudo até a próxima brotação, que acontece em princípios de setembro.

Após o desfolhamento tem-se a impressão de que a planta está morrendo, mas é apenas o resultado do amadurecimento do mesmo.  Logo, ele emite brotação na extremidade ou na base.

A propagação mais eficiente é feita pela partição do pseudobulbo maduro, cortando entre os gomos, deixando duas ou mais gemas.  Estes pedaços, colocados em ambiente favorável, (usamos recipiente plástico com mistura de fibra de coco e sphagnum), tem suas gemas despertas, formando novas plantas.

Após as mudas passarem pelo primeiro estágio – perda das folhas – colocamos cada mudinha em vasos individuais ou coletivos – dependendo do espaço e interesse.

Este processo de brotação e perda das folhas irá se repetir com as novas plantinhas e com 3 anos ou um pouco mais, dependendo da adubação, a planta floresce.

O cultivo se dá em vasos de barro padrão e também em vasos de plástico com substrato de fibra de coco, à sombra de ripado.  A adubação é quinzenal alternada das dosagens de NPK 10-30-20; 30-10-10 e 20-20-20, enriquecidos dos micronutrientes: Ca; Zn; Fe; Co; Cu; Mg; Mn; B e Mo no período de setembro a abril.

Uma vez tendo havido a 1ª floração, esta planta todo ano, no final de novembro a princípio de dezembro, presenteará seu cultivador com belas flores em um cacho pendente composto de 7 a 10 flores brancas com o labelo ricamente vincado de nervuras filamentosas da cor amarelo forte ao dourado.

borboleta-flor

Phalenopsis (Small)

Essas plantas são cheias de segredos, mas quem desvenda os seus costumes é presenteado com uma grande e, dependendo da espécie, vasta floração.

Diz a lenda que, sendo as orquídeas da antiga Grécia de âmbito terrestre, algumas espécies possuem as suas raízes em forma de dois tubérculos paralelos, o que imita testículo humano e estas espécies eram usadas como chás, acreditando-se que o mesmo era afrodisíaco.

De acordo com o lugar de origem, as orquídeas são classificadas como epífitas, terrestres ou rupícolas. As epífitas são em maior número entre as orquidáceas. Estas vivem grudadas em troncos de arvores, mas não são parasitas, realizam a fotossíntese a partir de nutrientes absorvidos do ar e da chuva.

Através da fotossíntese elas transformam gás carbônico em carboidratos e oxigênio, com a intervenção da luz e da clorofila. Alimenta-se também pelas raízes, absorvendo água e sais minerais, armazenam detritos vegetais, poeiras carregadas pelo o vento, insetos em decomposição, de onde são tirados estes sais minerais necessários.

As orquídeas cultivadas em casa precisam ficar em ambientes protegidos, que lembre o seu natural, nestes em caso de epífitas, elas se agarram a árvores para alterar os períodos em que recebem luz e sombra, conforme o movimento do sol e das folhas das hospedeiras, cujas copas funcionam ainda como quebra-vento. Importante: a maioria das orquídeas não tolera exposição direta ao sol.

Desta forma, o ideal é fornece-lhes um abrigo em quintal ou em outra área ao ar livre coberto por telas ou ripas de madeira, bem arejado, mas longe de ventos fortes; iluminado, mas não colocado diretamente sob o sol. A tela apropriada, é uma sombrite escura de 50 a 70 %.

Ao se optar por uma cobertura de ripas, deve-se tomar o cuidado de dispô-las no sentido norte-sul; como o sol se move no eixo perpendicular a esse (leste-sul), as plantas estarão sempre recebendo luminosidade em partes diferentes.

As ripas de madeira podem ter cerca de 5 cm de largura e o espaço deixado entre elas de 1,5 a 3 cm de largura.

Uma boa maneira de segurar o vento é formar barreiras vivas com arbustos nas laterais do abrigo. Os vasos devem ficar preferencialmente pendurados sob a cobertura.

Se ficarem em prateleiras, esta deve ser ripadas (com caibros de 5 cm de largura e 1 cm de espessura) e respeitar um vão livre entre seu fundo ao chão de no mínimo 90 cm de altura.

Manter limpo o local onde as orquídeas são abrigadas; eliminando: lixo, vasos e xaxins velhos, o que evita o aparecimento de pragas e doenças.

Se houver um ataque de lesmas ou caracóis, o ideal é usar o meio de catação, mas se o ataque for intenso é viável o uso de iscas tóxicas, assim como produtos específicos, para combater fungos e demais doenças, mas sempre procurando primeiro auxilio em produtos naturais.

O melhor para as orquídeas é mantê-las fora de casa. Mas nada impede que sejam levadas para dentro quando floridas e logo depois do termino de vegetação das flores, serem devolvidas ao abrigo do orquidário. Quem vive em apartamento pode cultivá-las em varandas, desde que recebem sol de manhã e pouco vento.

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