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Vanilla_planifolia

Planta trepadeira, nativa do sudeste do México, da Guatemala e outras regiões da América Central. Da família das orquídeas, é também usada como planta ornamental, de flores verde-amareladas, e cujo fruto é uma vagem alongada.

Clima e solo
É planta de clima tropical, vegetando bem em regiões que apresentam temperatura média superior a 21ºC a precipitação anual de 1.500-2.500 mm. Um período seco de aproximadamente dois meses é fundamental para induzir um bom florescimento. A baunilheira não deve ser plantada a pleno sol, pois não tolera fortes insolações e ventos diretos O solo deve ser fértil, rico em matéria orgânica.

Propagação e plantio
Ë feito por meio de estacas, cujo comprimento tem influência direta ao tempo necessário à iniciação do florescimento e frutificação. As estacas podem ser plantadas diretamente no campo e devem ter, no mínimo, 40 cm de comprimento. Remover de 2 a 3 folhas na extremidade a ser plantada na cova de plantio, deixando para fora pelo menos 2 nós.

Amarrar a porção das hastes acima do solo a suportes, até as raízes aéreas terem bom agarramento ao suporte ou tutor. As estacas podem ser armazenadas ou transportadas por até duas semanas. Para o plantio de 1.0 hectare serão necessárias de 1.000 a 1200 mourões. Plantar entre as árvores de sombra 6 x 4m plantando de 2 estacas por arvore-suporte ou estação.

A maior parte da produção comercializada vem do México e das Ilhas de Madagascar e Comore e na falta de seus polinizadores naturais (insetos existentes em seu habitat de origem), a Vanilla precisa ser polinizada manualmente.

As espécies mais longas atingem 30 m ou mais de comprimento. São plantas terrestres e facilmente reconhecidas pelo seu hábito monopodial de trepadeira com raízes adventícias e flores relativamente grandes.

Com exceção de uma espécie, todas são escandentes. Devido a este tipo de crescimento, todas as espécies precisam de um suporte onde seu caule possa se agarrar, como elas fazem na natureza ao aderir suas raízes às árvores. Quando elevadas, elas deixam seus ramos pendentes e assim florescem.

Vanillas não possuem pseudobulbo e suas folhas são coriáceas, verde-escuros, alternadas, algumas vezes reduzidas simplesmente a vestígios e ocasionalmente ausentes. Opostas às folhas, em cada nó, nascem uma ou mais raízes aéreas, razoavelmente grossas.

As flores, com bastante substância e razoavelmente grandes, são produzidas a partir das axilas das folhas ou dos vestígios delas. Elas podem ser muitas ou poucas, nascendo de rácimos muito pequenos que por sua vez produzem poucas flores. São flores vistosas mas, em quase todas as espécies, são de curta duração e produzidas em sucessão.

Com cerca de 15 centímetros de diâmetro, são na maioria, de coloração amarelo-canário, com labelo de cor mais carregada. Depois de 30 dias, as favas parecem estar quase murchas, mas isso somente se dá após 6 ou 7 meses, quando chega a sua inteira maturação. Quando maduras, é providenciada a colheita dos frutos. Eles chegam a ter de 20 a 25 centímetros de comprimento e 3 centímetros de grossura.

Uma grande dificuldade no seu cultivo destinado à obtenção da vanilina é justamente a necessidade de se fazer a polinização manual principalmente por causa da curta duração de suas flores fazendo com que esta polinização tenha que ser feita dentro de um período muito curto, até mesmo de horas.

Seu cultivo é considerado difícil. São plantas que precisam de luminosidade intensa, umidade constante e freqüentes doses de fertilizantes.
A rega deve ser regularmente mantida durante o ano todo, não havendo período de repouso muito marcado. Ao seu substrato (do tipo terrestre) pode-se acrescentar terra arenosa e detritos vegetais.

Tratos Culturais
As raízes da baunilheira são superficiais, por isso não se recomenda fazer capinas após o plantio. A prática da poda é bastante utilizada, corta-se a extremidade da planta à cerca de 10 cm de comprimento entre janeiro a março para estimular a produção de inflorescências nas axilas das folhas dos ramos pendentes. Após a colheita, podar também podar as hastes velhas e fracas.

Trata-se de uma planta que necessita de sombreamento em torno de 50 a 70% de luminosidade. Recomenda-se o consórcio com frutífera perenes de valor econômico.

É necessário conduzir a planta a uma altura conveniente para facilitar polinizações e colheitas. Enrolar as hastes em torno dos galhos baixos das árvores que servem de suportes ou sobre tutores inertes de forma a ficarem pendentes.

Nos plantios comerciais, recomenda-se a polinização artificial a fim de aumentar a produção. Na Bahia a floração ocorre entre os meses de setembro a outubro. Geralmente, em plantas vigorosas, são polinizadas de 8 a 10 flores em cada inflorescência e 10 a 20 inflorescências em cada planta. O rendimento médio dessa prática varia de 800 a 900 polinizações diárias.

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MILTONIA

A família Orquidaceae é sem dúvidas uma das mais numerosas de todo o reino Plantae (antigo reino Vegetal). São mais de 25 mil espécies já conhecidas.

As orquídeas epífitas vivem naturalmente sobre as árvores, sob a luz intercalada pelas folhas de sua copa, sob condições de luminosidade, umidade, temperatura e nutrientes ideais ao seu crescimento e florescimento.

Para o cultivo das orquídeas epífitas (a grande maioria das espécies), devemos tentar alcançar as condições encontradas no ambiente natural da orquídea, alcançando seu melhor desenvolvimento.

As 3 principais categorais
Há vários hábitos diferentes no meio ambiente, as 3 principais categorias no Brasil são: as epífitas, as terrestres e as saprófitas.

1 – epífitas
Abrange a maioria das orquídeas cultivadas. São aquelas que ficam sobre os troncos e galhos de árvores. Não são parasitas! Elas utilizam os troncos como suporte, nada mais. Elas retiram os nutrientes das folhas e outros fragmentos que caem próximos às raízes.

Luminosidade natural
Sob as folhas das árvores, as orquídeas recebem a luz do sol que passa entre as folhas, sendo essa a luminosidade ideal ao seu crescimento. Em cultivos comerciais, o efeito é reproduzido com sombrites e ripas, que simulam o sombreamento parcial das folhagens.

As raízes das epífitas são cobertas por uma casca porosa chamada velame , que consegue absorver água do ar. Em ambientes muito úmidos muitas orquídeas dispensam irrigação. O excesso de água gera apodrecimento dessas estruturas.

Alguns fungos chamados microrrízicos se associam às raízes das orquídeas, ajudando na absorção de água e nutrientes. Estudos demonstram que eles são essenciais às orquídeas. Mexer nas raízes das orquídeas constantemente causa quebra dessas estruturas, gerando problemas.

2 – terrestres
São quase a metade das espécies de orquídeas, mas são poucas as cultivadas comercialmente. São as que se desenvolvem no chão, e possuem hábitos semelhantes às outras plantas terrestres. São muitas as espécies no Brasil, e muitas são orquídeas muito decorativas, mas são pouco exploradas comercialmente.

3 – saprófitas
São orquídeas que não fazem fotossíntese, absorvem compostos orgânicos do substrato. Suas flores são pequenas e pálidas, sem grande interesse ornamental, O ambientes natural x ambiente de cultivo.

Como qualquer planta, para as orquídeas expressarem seu máximo potencial, o melhor método é a simulação das suas condições naturais. Fazemos isso com sobreamento artificial, irrigações controladas, substratos adequados, adubações complementares, entre outras.

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Angraecum_sesquipedale

Originárias das úmidas e quentes matas das Filipinas, são mais representadas na África tropical e Ilha de Madagascar.

Muito parecidas com as monopodiais Vandas, com flores em algumas vezes perfumadas, chegando a medir até 15 cm de diâmetro. São plantas que variam muito no tamanho e formato das flores e folhas.

A maioria das espécies é epífita, como a maioria das orquídeas, se apoiando principalmente no tronco lenhoso de árvores, mas encontramos algumas espécies que preferem as rochas como substrato.

Com mais de 220 espécies descritas, ainda hoje estão descobrindo novas formas de Angraecum. Muitas espécies antes pertencentes ao gênero, foram recentemente reclassificadas.

O hábitat destas plantas são as florestas, do nível do mar até as matas úmidas de 2.000 m

A maioria das flores é branca, mas algumas são amarelas, verdes ou ocre. Algumas estão entre as mais magníficas orquídeas. Possui um esporão nectarífero delgado verde-esbranquiçado, pouco aparente. As flores são racemosas e crescem das axilas da folha, na maior parte brancas, mas algumas são amarelas, verdes ou ocres.

Os variados habitats em que se encontram as plantas deste gênero torna muito difícil aconselhar os cuidados de cultivo. O melhor a fazer é identificar a espécie, mas algumas generalidades podem ser ditas.

Gostam de muita luz, sem incidência de sol direto sobre a planta. Mas algumas, como o A soronium, não irão florir sem sol.

É importantíssimo atender as condições ideais de umidade que o Angraecum exige.

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A pragas e doenças atacam as orquídeas por muitos motivos e hoje existem diversas formas de controlar e combater as pragas e doenças, naturais ou industrializadas.

O controle adequado de luz, umidade e adubação correta do substrato favorece o não aparecimento de doenças e pragas. A disposição dos vasos com distância mínima de 20 cm também é aconselhado, para que parasitas não migrem de uma planta para outra.

A esterilização de tesouras e o próprio manuseio de plantas doentes devem ser feito com atenção, para que não se passe doenças para plantas sadias logo depois. Mudas, que são mais sensíveis às doenças, devem ficar separadas de plantas adultas.

Em geral, muita umidade pode trazer problemas crônicos para as raízes, causando seu apodrecimento. O acúmulo de água é também causa da perda e amarelamento das folhas, deixando-as com uma coloração verde-garrafa.

É também o excesso de umidade que atrai fungos que podem matar uma planta adulta num curto espaço de tempo. As pragas também são comuns em orquídeas, como os pulgões.
Uma planta sob ataque de um pulgão comum, da família dos afídeos (Aphidae), que adora sugar seiva de hastes novas (hastes de Oncidium são um alvo comum), e de botões florais, o que pode acabar com uma bela floração em poucos dias.

Além de danificar as flores, os pulgões podem transmitir certos tipos de vírus, notadamente o OFV (Orchid Fleck Virus). Outras pragas como Lesmas, caracóis, nematóides e conchonilas variadas, que comem as raízes ou atacam as folhas e flores.

No caso de lesmas e caracóis, recomenda-se a retirada manual através de armadilhas de miolo de pão embebido em cerveja ou mesmo cortes pequenos de chuchu.

Para retirada completa dos ovos (que medem de 1 a 3 mm) e o restante dos caracóis, deve-se afundar o vaso da planta por uma ou duas horas em água e repetir este processo nas próximas duas ou três semanas seguintes.

Ao comprar uma planta, procure sempre conhecer sua procedência, para não levar para casa uma espécie contaminada por vírus, nematóides, caracóis e fungos, por exemplo.

Se o problema dos pulgões e cochonilhas persistir, tente o uso do fumo de rolo. Ferva 100 g de fumo de rolo picado em 1,5 litro de água. Acrescente uma colher de chá de sabão de coco em pó. Espere esfriar e borrife sobre as plantas infectadas. É importante ferver o fumo, pois pode ser portador de vírus.

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