Echinocactus grusonii é uma conhecida espécie de cacto nativa do México. É popularmente conhecido como Cacto Barril Dourado, Bola de Ouro ou pelo divertido nome Cadeira de Sogra.
Nesta planta, assim como em muitas cactáceas não há folhas e o tronco é responsável pela fotossíntese. Os espinhos são longos e amarelados e seguem uma orientação radial, demarcando os sulcos profundos do caule da planta. Produz flores isoladas e grandes de cor amarela.
A despeito de ser um dos cactos mais populares em cultivo, é raro e considerado criticamente ameaçado na natureza.
Crescendo como um grande globo, pode ocasionalmente superar um metro de altura após muitos anos. Plantas adultas podem apresentar até 35 pronunciadas costelas, contudo estas não são evidentes em plantas jovens, as quais têm uma aparência nodosa e não se parecem com os exemplares adultos. Seus afiados espinhos são longos, retos ou levemente curvados, de vários tons de amarelo ou excepcionalmente brancos. Pequenas flores amarelas aparecem no verão ao redor da coroa da planta, mas apenas após esta atingir cerca de vinte anos de idade.
Jardins com inspiração desértica, no estilo mexicano e jardins de pedras são perfeitos para encaixar esta cadeira. Colecionadores de cactos costumam cultivá-la em vasos largos e rasos, com pedriscos.
Amplamente cultivado em locais de clima quente ao redor do mundo, é considerado fácil de cultivar e cresce relativamente rápido. Tem sido usado cada vez mais como planta escultural em paisagismo. Em cultivo existem também variedades de espinhos brancos e de espinhos curtos.
Mesmo fáceis de cultivar, estas plantas tem certas necessidades básicas, uma média mínima de temperatura no inverno por volta de 12°C, e boa drenagem com menos regas durante este período. Água excessiva durante o frio apodrece as raízes.
Exemplares de Echinocactus grusonii podem ser admirados em coleções de plantas do deserto em muitos jardins botânicos ao redor do mundo. Deve ser cultivada em solo permeável, regado periodicamente, a pleno sol ou a meia-sombra. Não tolera o frio ou geadas. Multiplica-se por sementes.
Reprodução do cactos por sementes
Os cactos desenvolvem-se em geral em solos arenosos, pedregosos e secos.
Para a reprodução de seu solo de origem deveremos usar substratos que não retenham água, como areia, cascalho, cascas de árvores decompostas e composto orgânico de folhagens junto com o solo mineral comum de cultivo.
Apreciam solo de pH mais alto do que a maioria das plantas ornamentais necessitam, em torno de 6 a 6,5, então devemos evitar a colocação de turfa, cujo pH é de 3-3,5, preferindo húmus de minhoca que tem pH em torno de 7,0.
As raízes dos cactos são superficiais e muito numerosas, mas o preparo do solo em profundidade de mais de 15 cm é necessário, para garantir uma boa drenagem de águas de chuva ou regas.
Para cultivo em vasos o fundo do recipiente deverá ser preparado com cacos de vasos brita ou manta geotêxtil (manta de não tecido, usada para filtro de ar, coifas e ar condicionado) para evitar a compactação da terra no furo de drenagem, ocasionando encharcamentos.
Adicione um pouco de areia antes de colocar o substrato. A mistura a ser colocada deve ter boa drenagem, alguma fertilidade e moderada capacidade de reter água.
A adubação de cobertura poderá ser feita com adubo granulado fórmula NPK com pouco nitrogênio.
Como este nutriente promove o maior crescimento do tecido vegetal, a planta poderá ficar com deficiência de outros nutrientes, ficando débil e sujeita a ataque de fungos e outras doenças.
A formulação do tipo 4-14-8 é a melhor e propicia também melhor floração.
Bandejas de semeadura podem ser adquiridas em lojas especializadas ou então use recipientes como bacias plásticas ou caixas de frutas forradas no fundo com furos para drenagem e encha com substrato feito de casca de arroz carbonizada, pó de coco ou substratos adquiridos no comércio.
Semear procurando distribuir as sementes, podendo cobrir com areia peneirada ou deixar sem cobertura nenhuma.
A germinação ocorre entre 30 e 45 dias para a maioria dos gêneros. A melhor época de semeadura para os cactos é no verão.
Evite regar a sementeira.
Se colocar a bandeja de cultivo dentro de outra com uma lâmina de água esta subirá por capilaridade não sendo necessário molhar.
Para que isto ocorra, a altura do substrato da sementeira deverá ser pequena.
Para uma mistura de pó de coco e areia, 5 até 6 cm, diminuindo para 4 se o substrato for areia pura.
Parece estranho manter esta umidade, mas as plântulas dos cactos não têm tecidos para armazenar água como nas plantas já desenvolvidas.
Não deixar a bandeja mergulhada na água, retirando após alguns minutos, evitando assim a proliferação de fungos.
Uma bandeja assim umedecida mas não encharcada poderá manter-se por muito tempo sem outras regas.
A observação da umidade do substrato, portanto, é fundamental.
Esta bandeja de sementes poderá ir para uma estufa ou para quem se inicia na prática, uma cobertura com plástico para manter a umidade.
Após a emergência das plântulas, retirar esta cobertura e manter a bandeja em local ventilado, mas à sombra.
Uma coisa importante: não semear espécies diferentes juntas e marcar o recipiente com o nome da planta.
Iluminação no cultivo dos cactos
Para ver as pequenas mudinhas crescerem, é preciso ir colocando na luz a cada dia mais.
No Brasil a exposição leste é a melhor, pois o sol ainda não está muito forte e assim inicia a aclimatação das plantas ao sol.
Quando estiverem crescidas, já envasadas ou em canteiros, a luz direta do sol é absolutamente necessária e poderão então ficar expostas ao sol o dia inteiro.
Temperatura no cultivo dos cactos
Os cactos apreciam altas temperaturas então sabemos que em regiões de invernos muito frios e úmidos a planta terá problemas. Como já foi comentado, a amplitude térmica não afeta estas plantas, com calor de dia e frio de noite, como nas condições de desertos.