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Thunias

É uma planta de fácil cultivo, que não exige grandes esforços culturais. Possui a particularidade de perder as folhas do pseudobulbo logo depois a floração.  Este permanece desnudo até a próxima brotação, que acontece em princípios de setembro.

Após o desfolhamento tem-se a impressão de que a planta está morrendo, mas é apenas o resultado do amadurecimento do mesmo.  Logo, ele emite brotação na extremidade ou na base.

A propagação mais eficiente é feita pela partição do pseudobulbo maduro, cortando entre os gomos, deixando duas ou mais gemas.  Estes pedaços, colocados em ambiente favorável, (usamos recipiente plástico com mistura de fibra de coco e sphagnum), tem suas gemas despertas, formando novas plantas.

Após as mudas passarem pelo primeiro estágio – perda das folhas – colocamos cada mudinha em vasos individuais ou coletivos – dependendo do espaço e interesse.

Este processo de brotação e perda das folhas irá se repetir com as novas plantinhas e com 3 anos ou um pouco mais, dependendo da adubação, a planta floresce.

O cultivo se dá em vasos de barro padrão e também em vasos de plástico com substrato de fibra de coco, à sombra de ripado.  A adubação é quinzenal alternada das dosagens de NPK 10-30-20; 30-10-10 e 20-20-20, enriquecidos dos micronutrientes: Ca; Zn; Fe; Co; Cu; Mg; Mn; B e Mo no período de setembro a abril.

Uma vez tendo havido a 1ª floração, esta planta todo ano, no final de novembro a princípio de dezembro, presenteará seu cultivador com belas flores em um cacho pendente composto de 7 a 10 flores brancas com o labelo ricamente vincado de nervuras filamentosas da cor amarelo forte ao dourado.

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Phalenopsis (Small)

Essas plantas são cheias de segredos, mas quem desvenda os seus costumes é presenteado com uma grande e, dependendo da espécie, vasta floração.

Diz a lenda que, sendo as orquídeas da antiga Grécia de âmbito terrestre, algumas espécies possuem as suas raízes em forma de dois tubérculos paralelos, o que imita testículo humano e estas espécies eram usadas como chás, acreditando-se que o mesmo era afrodisíaco.

De acordo com o lugar de origem, as orquídeas são classificadas como epífitas, terrestres ou rupícolas. As epífitas são em maior número entre as orquidáceas. Estas vivem grudadas em troncos de arvores, mas não são parasitas, realizam a fotossíntese a partir de nutrientes absorvidos do ar e da chuva.

Através da fotossíntese elas transformam gás carbônico em carboidratos e oxigênio, com a intervenção da luz e da clorofila. Alimenta-se também pelas raízes, absorvendo água e sais minerais, armazenam detritos vegetais, poeiras carregadas pelo o vento, insetos em decomposição, de onde são tirados estes sais minerais necessários.

As orquídeas cultivadas em casa precisam ficar em ambientes protegidos, que lembre o seu natural, nestes em caso de epífitas, elas se agarram a árvores para alterar os períodos em que recebem luz e sombra, conforme o movimento do sol e das folhas das hospedeiras, cujas copas funcionam ainda como quebra-vento. Importante: a maioria das orquídeas não tolera exposição direta ao sol.

Desta forma, o ideal é fornece-lhes um abrigo em quintal ou em outra área ao ar livre coberto por telas ou ripas de madeira, bem arejado, mas longe de ventos fortes; iluminado, mas não colocado diretamente sob o sol. A tela apropriada, é uma sombrite escura de 50 a 70 %.

Ao se optar por uma cobertura de ripas, deve-se tomar o cuidado de dispô-las no sentido norte-sul; como o sol se move no eixo perpendicular a esse (leste-sul), as plantas estarão sempre recebendo luminosidade em partes diferentes.

As ripas de madeira podem ter cerca de 5 cm de largura e o espaço deixado entre elas de 1,5 a 3 cm de largura.

Uma boa maneira de segurar o vento é formar barreiras vivas com arbustos nas laterais do abrigo. Os vasos devem ficar preferencialmente pendurados sob a cobertura.

Se ficarem em prateleiras, esta deve ser ripadas (com caibros de 5 cm de largura e 1 cm de espessura) e respeitar um vão livre entre seu fundo ao chão de no mínimo 90 cm de altura.

Manter limpo o local onde as orquídeas são abrigadas; eliminando: lixo, vasos e xaxins velhos, o que evita o aparecimento de pragas e doenças.

Se houver um ataque de lesmas ou caracóis, o ideal é usar o meio de catação, mas se o ataque for intenso é viável o uso de iscas tóxicas, assim como produtos específicos, para combater fungos e demais doenças, mas sempre procurando primeiro auxilio em produtos naturais.

O melhor para as orquídeas é mantê-las fora de casa. Mas nada impede que sejam levadas para dentro quando floridas e logo depois do termino de vegetação das flores, serem devolvidas ao abrigo do orquidário. Quem vive em apartamento pode cultivá-las em varandas, desde que recebem sol de manhã e pouco vento.

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Orquídea Caucaea

Tenthecoris bicolor Scott
Conhecido popularmente como baratinha ou percevejo, este inseto, quando surgi em nossas orquídeas, faz um estrago de grande proporção, ocasionando esbranquiçamento e um terrível mau aspecto às plantas, pois surgem em colônias e gostam de sugar principalmente o broto e as folhas jovens das plantas, gostando mais de atacar: Cattleya, Laelia e seus híbridos, e Epidendrum.

O Tenthecoris, ao visualizar a presença humana em distancia de até três metros, foge em disparada se escondendo por debaixo das folhas da planta, podendo ir até por entre a fibra no vaso, quando se sente ameaçado e esta em fase adulta, pode até alçar vôo impossibilitando a sua captura.

Apesar de sua difícil visualização em orquidários com mais de cem plantas, o seu combate é barato e simples em orquidários de pequeno porte, é só prepara uma solução de sabão liquido e neutro, em uma proporção de 500 ml de água por 5 ml de sabão e com esta bombinha comum encontrada no comercio poderás aplicar diretamente na folha juntamente no inseto danoso e repares que em poucos minutos verás que os mesmos terão morte instantânea.

Imediatamente pegue uma escova de dente usada e passe-a nas folhas atacadas pelo inseto até a mesma ficar livre das manchas esbranquiçadas e fezes do inseto, pois é nesta parte atacada que permanecem os ovos dos mesmos e que depois de eclodidos podem se espalhar por todo o orquidário.

Em seguida lave toda a planta com água, pois se exposta muito tempo ao sol pode queimar a planta.

Procure comprar plantas de um orquidário profissional de confiança e evite plantas de mateiros, em pesquisa de campo já pude perceber o ataque do Tenthecoris em Hoffmannseggella (ex Laelia rupícolas) e Epidendrum em pleno habitat.

Também existem produtos no mercado que evita o ataque deste e outros insetos, mas cuidado alguns são altamente tóxicos podendo causar danos a saúde, por isso caso queira aplicar procure uma pessoa especializada no assunto.

Cerataphis lataniae Boisduval
Praga muito comum nos orquidários, muito confundido com a cochonilha, este inseto localiza-se de sua preferência em brotos folhas e espatas florais, onde vive em simbiose com as formigas que ao mesmo tempo as protege (Cerataphis) esta praga e considerada não muito danosa as plantas e o seu combate pode ser feito como o das “baratinhas” (veja Tenthecoris bicolor).

Coccidae (cochonilha)
São insetos sugadores que atacam a planta a principio pela base do pseudobulbo e base das folhas, podendo tomar se não evitado a planta por completo, deixando-a debilitada e podendo causar ate a morte da mesma.

Para evitar o aparecimento destes, você poderá fazer o seguinte: fazer visitas periódicas ao orquidário, depois do fim da floração das plantas corta espata ou haste, retirar com escova de dente e sabão liquido juntamente com água as brácteas do pseudobulbo (brácteas é a película que protege o pseudobulbo) não se esquecendo que as Cochonilhas gostam de orquidários com muita umidade e pouca aeração, o controle desta praga poderá fazer com o óleo de Nim, óleo de origem asiática que previne e combate pragas e já é muito utilizado no Brasil, pois só com sabão poderemos reparar que a praga acaba voltando, também existe o óleo mineral que é muito usado.

Aqui podemos citar alguns nomes destes insetos que são de alguns milímetros: Diapsis boisduvalii Signoret, Parlatoria proteus Curtiss, Chrysomphalus fícus Ashmead, Arterolecanium epidendri Bouché, Niveaspis cattleyae Lepage, Coccus pseudohesperindum Green., e Icerya brasilienses Hempel.

Lesmas e Caracóis
São moluscos que em condições favoráveis podem proliferar em pouco tempo em seu orquidário, principalmente em locais de grande umidade e em época de chuvas constantes, as lesmas percorrem pelo orquidário em busca de alimentos e se alimentando dos botões, flores e brotos novos das plantas, já os caracóis mais comum em orquídeas são uns de ate 0,3 mm de tamanho de cor acinzentado e podem vir no substrato comprado e de má procedência e em plantas também compradas no comércio.

Nos orquidários podem aparecer também àqueles caracóis comuns de jardins e você os perceberá facilmente, quando acabar de fazer a limpeza em seu orquidário, pois quando eles sentem tirado o seu alimento natural que é os pequenos matos, acabam subindo pelo pé direito de seu orquidário e vão se alimentando das raízes brotos e ate botões florais das plantas.

Os modos mais comuns de combatê-los é comprar iscas próprias vendidas nas casas do ramo quando a proliferação estiver grande, e quando pequena por catação simples. Poderás também preparar uma isca do jeito caseiro que serve principalmente para as lesmas (veronicella sp) e caracóis de jardim que é o seguinte: coloque em um litro de água um copo de 200 ml de cerveja, vire em um balde comum, pegue um deste usado em cozinha e umedeça o mesmo nesta mistura, e os coloque nos locais onde percebes mais babas destes moluscos, no outro dia verás os panos infestado dos indesejáveis, pegue uma pinça e uma vasilha com água e sal e poderás facilmente fazer a catação colocando-os no recipiente com água e sal.

Já o substrato recomenda-se que o fervas em um latão deste de 18 lt ou deixá-lo de molho em um recipiente com  água e água sanitária, na proporção de 1 lt de água por 50 ml de água sanitária e nos o combate pode ser feito por meio de catação logo após a molha das chuvas ou a noite que é o horário preferencial de sua alimentação (moluscos), isto serve apenas para orquidários de pequeno porte.

Oniscus sp (tatuzinhos)
São Crustáceos de hábito terrestres comumente encontrados em jardins que quando molestados une suas extremidades ficando com uma forma arredondada como se fosse uma bola tendo o nome popularmente conhecido com “tatuzinho” ou “bichinhos bola”, vivem escondidos em jardins e entre o dreno e substratos do vaso de orquídeas, se alimentando das raízes das mesmas causando grandes danos durante o dia, mas podendo ser vistos facilmente entre entulhos meio úmidos ou passeando a noite e meio mais comum de combatê-los é conferindo sempre os vasos que estão nas bancadas e os eliminando por meio de catação.

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Catleyas (Small)
A adubação adequada é algo fundamental para o cultivo satisfatório de qualquer espécie vegetal, especialmente das orquídeas.

Ao contrário do que os orquidófilos iniciantes imaginam, a adubação é algo simples, que acrescenta pouco trabalho à manutenção das plantas.

Primeiramente vamos nos atentar aos três elementos químicos mais importantes para o desenvolvimento das plantas (macronutrientes):
N = Nitrogênio
P = Fósforo
K = Potássio

O nitrogênio (N) é fundamental para o crescimento das partes vegetais. Já o fósforo (P) é responsável, basicamente, pelo bom enraizamento, enquanto o potássio (K) está relacionado ao vigor da floração.

As fórmulas de adubos são elaboradas a partir da manipulação de porcentagens desses elementos principais. Mas não podemos esquecer que as plantas necessitam de vários outros (micronutrientes) em menor quantidade.

Adubação Química
As orquídeas normalmente apresentam períodos de desenvolvimento distintos: brotação, floração e enraizamento. Portanto, a ênfase em determinado elemento químico acompanhará, para favorecer, o processo em que se encontra cada planta.

Fórmulas para crescimento (teor maior de nitrogênio)
Exemplo:
NPK 15-00-00
NPK 30-10-10

Fórmulas para enraizamento (teor maior de fósforo)
Exemplo:
NPK 04-14-08
NPK 10-20-10

Fórmulas para floração (teor maior de potássio)
Exemplo:
NPK 12-12-36
NPK 15-15-30

Para quem não está familiarizado com o processo das orquídeas, é recomendado um adubo equilibrado, tipo 20-20-20.

A adubação mais prática seria a foliar (adubo líquido, diluído e borrifado sobre as folhas). No caso desse tipo de adubação é importante que:

1. A adubação seja realizada no final da tarde ou a noite (período de melhor absorção do adubo, que evita também queimaduras nas folhas, que seriam potencializadas pela exposição do adubo à luz solar);

2. A face posterior das folhas absorvem melhor o adubo;

3. A aplicação de adubo, em dose superior da indicada pelo fabricante, pode ser fatal para muitas orquídeas. Doses menores de adubo são extremamente benéficas quando aplicadas com maior regularidade;

4. Deve-se preferencialmente usar água desclorada (fervida ou deixada em descanso por algumas horas) para diluição do adubo;

5. Não se deve aplicar o adubo foliar em conjunto com inseticidas, fungicidas e/ou outros produtos químicos;

6. Pode-se adicionar 1 gota de detergente neutro por litro de água adubada. Esse procedimento ajuda na absorção do adubo pela planta.

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