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acer

Família – Aceraceae
Origem: Existem aproximadamente 200 espécies do gênero, sendo que a maioria são originárias das regiões temperadas do hemisfério Norte.

Espécies mais utilizadas para bonsai:
* Acer palmatum – originário do Japão, possui folhas verdes durante a primavera e o verão, sendo substituídas pela coloração castanho amarelada no outono.
* Acer palmatum “Deshojo” – no início da brotação (primavera) possui uma folhagem vermelho sangue que passa ao verde, mantendo-se até o outono, quando adquire a coloração outonal.
* Acer palmatum atropurpureum – suas folhas têm a coloração vermelho escuro ao longo de todo o ano, sofrendo uma leve variação no outono. Tem como característica, folhas um pouco maiores que os demais, sendo uma das poucas variedades de acer que não aceita a desfolha.
* Acer buergerianum – possui folhas em forma de tridente, de cor verde viçosa na primavera e verão, ganhando uma tonalidade que vai do amarelo alaranjado até o vermelho escuro no outono.
* Acer campestre – nativo da Europa, possui folhas verdes na primavera e verão que passam ao tom amarelado no outono.

Característica: Árvore de folha caduca, de exterior. Quando jovens, têm crescimento rápido, tomando-se lentos após ficarem adultos. Existe uma incomparável variedade de cores e formas das folhas, troncos e copas. Os acer, junto com os pinus, são as árvores mais importantes do cultivo japonês do bonsai. No inverno, quando perdem as folhas, mantém seu atrativo pela distribuição de seus ramos e galhos.

Ambiente: Ama os ambientes frescos e úmidos. Nos ambientes quentes e secos, ocasionalmente, pode ocorrer a queima das folhas com grande facilidade. Na sombra crescem melhor, mais rapidamente e com mais vigor. As plantas jovens e de espécies japonesas não toleram as geadas e devem ser protegidas no inverno. Os ventos frios constantes fazem com que os brotos cresçam escassos e irregularmente.

Rega: Estas espécies requerem regularmente muita água devido à sua folhagem densa e frondosa. Em períodos quentes pode ser necessário molhar mais de uma vez ao dia, desde que a terra tenha uma boa drenagem, pois estas espécies não toleram o solo constantemente encharcado. No viveiro deve-se regar somente quando o solo estiver levemente seco. Borrifar as folhas com freqüência, principalmente se a árvore encontra-se em um ambiente muito seco e exposto ao sol

Adubo: Aduba-se quando as folhas estão completamente desenvolvidas – aproximadamente quatro semanas após a brotação, até final do outono. Pode-se utilizar adubos líquidos (foliares) químicos ou orgânicos.

Transplante: De uma maneira geral, deve-se transplantar a cada dois ou três anos, eliminando 1/3 das raízes e procurando também eliminar cuidadosamente raízes mortas, lesionadas ou mal formadas. O transplante se realizará antes da brotação, cuidando para que, no período após o transplante e antes dos brotos novos surgirem o solo não fique encharcado, pois este fator poderia acarretar no apodrecimento das raízes. Os bonsai de acer necessitam de um solo com uma boa drenagem, sendo recomendado muitas vezes uma mistura de até 50% de areia média peneirada (2mm).

Poda: As de estrutura deverão ser feitas no inverno quando a planta estiver sem folhas, levando-se em consideração que uma boa poda estrutural proporcionará uma melhor brotação primaveril. Para conservar a forma, pinçam-se repetidamente os novos brotos desde a primavera até o verão. Somente quando se deseja um maior crescimento, deixa-se os brotos alcançarem a longitude desejada e só então pinça-se novamente. Devido a oposição das gemas, cada novo broto produzirá uma ramificação bifurcada, o que não é conveniente. Para evitar que isso ocorra, deve-se então eliminar a gema inoportuna antes que esta se desenvolva. Durante o período vegetativo ( de crescimento), deve-se podar os brotos com maior desenvolvimento, reduzindo-os sempre a 10 ou 20 pares de folhas.

Aramação: O acer é uma das plantas com a casca mais delicada, por isso devemos prestar muita atenção para que o arame não marque o tronco. Procurar enrolar o arame cuidadosamente deixando-o ligeiramente folgado. Quando se arama um acer deve-se observar o crescimento dos ramos, que algumas vezes poderá ser bastante rápido, causando o seu estrangulamento. O ideal é aramar no outono, quando a árvore perde as folhas, tomando mais fácil a colocação do arame e deixá-lo durante todo o inverno. Também é possível aramar na primavera, desde que sejam observadas as regras de segurança necessárias. Recomenda-se que se utilize as técnicas de aramação somente quando as outras técnicas de condução já tiverem sido aplicadas.

Dicas: É habitual se fazer a desfolha do acer cortando-se o pecíolo da folha pela metade com uma tesoura bem afiada e nunca arrancando-as. A melhor época é quando as folhas amadurecem da brotação primaveril, ou seja, final de dezembro começo de janeiro. Com este processo conseguimos uma redução significativa no tamanho das folhas, melhorando a proporção da árvore assim como garantindo uma coloração mais duradoura e intensa no outono. Este método também é utilizado para melhorar a ramificação dos galhos.

regador e flores

ficus-nerifolia

Família - Moraceae
Origem: Regiões tropicais e subtropicais.

Características: É uma árvore de folhas perenes, brilhantes e verdes, e de um crescimento médio. Compreende cerca de 800 espécies, com as mais variadas características. Dentre elas podemos destacar o Ficus benjamina, Ficus retusa, Ficus natasha, que são mais conhecidos no Brasil como plantas ornamentais. Ainda temos as figueiras nativas assim como o Ficus oragnensis (região sul) e outras variedades que esporadicamente podem ser encontradas como: Ficus microcarpa; Ficus neriifolia; Ficus natalensis; Ficus formosa, etc…

Ambiente: Em zonas de clima temperado pode ser colocado em ambiente externo, desde que não haja perigo de geadas – seu crescimento se detém com temperaturas abaixo dos 13°C. Já em ambientes internos, este é um dos mais resistentes bonsai. Nesse caso, deve ser colocado próximo a uma janela bem iluminada. Lembre-se de girar o bonsai a cada quinze dias para evitar o crescimento desigual, devido à falta de luz. Como ocorre com todas as plantas que se adaptam a ambientes internos, o Ficus deve ser protegido de correntes de ar frio e jamais ser colocado perto de uma fonte de calor.

Rega: Necessita de uma rega abundante e diária nas épocas de intenso crescimento, entre a primavera e o outono. No inverno, deve-se regar com mais moderação. Quando a terra estiver levemente seca, regue com abundância até que a água comece a sair pelos orifícios de drenagem. É conveniente borrifar as folhas, já que lhes agradam os ambientes úmidos.

Adubação: Necessita de uma adubação abundante durante todo o período de crescimento. Poderá ser adubado com Nutri bonsai ou qualquer outro adubo para bonsai, a cada duas semanas, da primavera ao outono. Suspenda no inverno. E fique atento: nunca adube uma árvore doente ou recém transplantada.

Transplante: Anualmente ou a cada dois anos, conforme a situação das raízes. A época ideal para fazer o transplante é no final do inverno, antes do início da brotação. Procure cortar 1/3 das raízes.

Poda: Para podar os brotos é necessário esperar que desenvolvam cinco ou seis pares de folhas, deixando apenas dois ou três pares. Os galhos devem ser podados para corrigir a forma. Quanto aos galhos mais grossos, sua poda deve ser feita preferencialmente no inverno.

Limpeza: Eliminar as folhas amarelas. Limpe também o pó das folhas, usando um pano umedecido em água.

Aramação: Pode-se efetuar em qualquer época do ano, nos brotos já desenvolvidos. Retire o arame após seis ou oito semanas. Preste sempre atenção nas épocas de crescimento vigoroso, para que o arame não estrangule os galhos.

Dicas: Para reduzir o tamanho das folhas, deve-se fazer a desfolha no mês de janeiro, preferencialmente. Com esta operação, é necessário cortar todas as pontas dos brotos para evitar o excessivo crescimento dos galhos. Lembre-se que esta operação somente deverá ser feita em plantas sadias e com um crescimento vigoroso.

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Ilex

Família – Aqüifoliáceas
Origem: Hemisfério Norte, América do Sul, Austrália, Polinésia

Características: Alguns exemplares vivem mais de 200 anos. Em condições de vida adequadas os ilex podem alcançar até 15m de altura. Arbusto cônico, de tronco reto, com ramas estendidas e levantadas nos extremos; de forma arbustiva e ramificada desde a base. Folhas ovaladas, recortadas em lóbulos terminados em espinhos, de cor verde escuro brilhante; os lóbulos desaparecem com a idade, ficando somente os espinhos terminais. Sua folha pode ser variegata (verde/amarela), ou também com a borda branca. As flores aparecem no inicio da primavera; são pequenas, de cor branca-rosada. Os frutos, que maduram no verão podem variar do roxo intenso brilhante ao marrom quase negro.

* Ilex aquifolium – Já encontrado no Brasil como planta ornamental e apresentando varias sub-espécies, entre elas o mini-hiragui. Arbusto muito ramificado, de ate 5m de altura, com tronco reto e forma piramidal. Folhagem espinhosa, de cor variando do verde claro ao escuro, podendo também ser encontrado na forma variegata.

* Ilex microphylla – Arbusto de até 4 m. de porte rígido, com numerosas ramas. Folhas abundantes, de cor verde escura, relativamente rígida e não espinhosa. As folhas podem ser levemente serrilhadas ou ainda “convexas” (levemente recurvadas). Apresenta frutos pequenos e negros. E a espécie com um dos menores tamanhos de folha e muito conhecido no Brasil como “azevinho” , ou ainda “mini-buxinho”

*Ilex serrata sieboldii – Arbusto compacto, com numerosas ramificações; frutos de cor roxa, permanecendo na planta durante todo o inverno. Na primavera aparecem pequenas flores azuladas. É o tradicional Ilex japonês que vemos em revistas e livros fotografados no inverno sempre sem folhas e carregados dos seus característicos frutos. Ocorre a necessidade de macho e fêmea para a fecundação e posterior formação dos frutos. Muito difícil de ser encontrado no Brasil.

Ambiente: No geral suportam bem o sol, inclusive no verão. Algumas variedades devem ser colocadas em uma meia sombra no verão, e a pleno sol nas outras estações. Preferem o calor úmido. Devem ser protegidas em temperaturas inferiores a 5 °C, devendo ser protegidas contra ventos intensos e frios. São plantas que preferem os ambientes mais externos e ventilados, mas que também poderão ser cultivadas muito próximo de uma janela com uma boa insolação e bastante ventilação.

Rega: Proporcionar mais água depois da eclosão das flores e ate o momento em que aparecem os frutos, com a finalidade de obter uma abundante frutificação. No restante do tempo, deixar secar levemente a superfície do vaso entre uma rega e outra. Pulverizar as folhas nas épocas mais quentes e secas.

Adubo: Na primavera e outono, aplicar um adubo orgânico de decomposição lenta. No outono, o Ilex requer um pouco menos de fertilizante do que na primavera, portanto, diminuiremos a dose mantendo a freqüência.

Transplante: No inicio da primavera, antes do inicio da nova brotação, a cada dois anos. Retirar cerca de 1/3 ou até a metade das raízes, e transplantar em um vaso de tamanho superior ao anterior se for necessário.

Poda: Despontar os novos brotos que começam a se desenvolver, assim como todos os brotos que não serão utilizados, por outro lado, deixar que os brotos que serão trabalhados se desenvolvam até o endurecimento as folhas.

Poda de estrutura: Quando se corta um ramo principal deve-se cuidar que este seja côncavo e aplicar uma pasta cicatrizante.

Poda de manutenção: Podar sempre que necessário para manter a forma da planta, sendo que normalmente deixa-se os brotos novos apenas com 2-3 cm. Eliminar sempre os brotos “ladrões” que surgem ao longo do tronco e próximos as raízes.

Aramação: Da primavera até o verão. Amarrar as ramas jovens com ráfia, utilizando também a ráfia para proteger as ramas ao aplicar o arame de cobre, já que quebram-se com facilidade, evitando-se sempre que o arame marque o tronco.

Terra: Mescla de partes iguais de terra vegetal e areia média (2mm) Crescem melhor em solos argilosos, calcáreos e arenosos. Necessita de terra fértil.

Limpeza: Eliminar as folhas amarelas e os frutos que permaneçam muito tempo na árvore para não fatigá-la.

Dicas: Mostra um crescimento lento (aproximadamente 6m em 10 anos). Escolher uma vaso de profundidade mediana, de cor terra esmaltado ou de cor azul cobalto.

Estilos mais utilizados: vertical informal, tronco inclinado, semicascata, cascata, raízes expostas, tronco duplo e paisagem.

Observação: Como exemplo de uma outra variedade de Ilex cultivada em grande escala no Brasil e outros países da América do Sul, temos a Ilex paraguariensis, que é a erva-mate, o tão conhecido chimarrão.

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pitanga


Família:
Myrtaceae
Origem: América tropical

Características: Possui pequenas flores brancas e solitárias, frutos pequenos e comestíveis de cor vermelho brilhantes com nervuras longitudinais. Seu tronco é liso de cor clara sendo comum trocar sua casca ao longo do ano. As folhas são ovaladas, lisas e verde brilhantes. As folhas dos novos brotos têm um tom avermelhado.

Ambiente:
É uma planta de exterior, podendo se adaptar em interior durante os meses de verão, desde que próxima a uma janela com uma boa ventilação. No exterior pode ser cultivada a pleno sol, resultando uma maior produção de frutos e diminuição no tamanho das folhas. Durante o inverno, se ficar exposta a baixas temperaturas possivelmente perderá todas as folhas.

Rega: Nos meses de verão, regue generosamente. Repita a operação quando o solo estiver ligeiramente seco. Durante o inverno, diminua as regas.

Adubação: Utilize adubo líquido. Do início da primavera até o final do verão, adube a cada quinze dias. Durante o outono e inverno, a cada quatro semanas.

Transplante: Transplante sempre que a massa de raízes estiver se tornando mais compacta, normalmente a cada um ou dois anos. Nessa época, aproveite para fazer uma poda vigorosa das raízes.

Poda: Regularmente corte os galhos e os brotos indesejados que interferem na forma, com o objetivo de manter um estilo definido. Devem ser podados os novos brotos que tiverem seis a oito pares de folhas, deixando-se apenas um ou dois pares. Para os galhos mais grossos, a melhor época é o início da primavera.

Aramação: Os galhos e ramos que estiverem começando a tomar a consistência de lenho ou madeira podem ser aramados. A melhor época é no final do verão, devendo permanecer até o início da primavera.
Propagação: Dá-se facilmente através de sementes retiradas de frutos frescos, imediatamente após sua coleta.

Dicas: Quando for iniciar um bonsai de pitanga a partir da semente, procure escolher aquelas provenientes de plantas precoces, cultivando no chão ou em vasos grandes nos primeiros três a quatro anos para estimular o crescimento e a produção de frutos. Uma outra forma rápida de se conseguir uma pitangueira produzindo é através do método de alporquia, utilizando algum tipo de hormônio enraizante

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