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heliotropo (Small)

Confira os cuidados que a área verde deve receber na estação mais fria do ano

No inverno, as plantas podem sofrer com a baixa umidade. Borrifique água com frequencia

Com a chegada do inverno o jardim pede alguns cuidados especiais, afinal, ele precisa estar preparado para suportar as baixas temperaturas e chegar à estação das flores ainda mais vivo e colorido.
Então não perca tempo, preste muita atenção nas dicas abaixo e arregace as mangas.

Rega
Como esse período é marcado pela baixa umidade relativa do ar e escassez de chuvas, as espécies vegetais podem sofrer com a falta de água. Para não prejudicar o desenvolvimento das plantas é aconselhável borrifar água em suas folhas freqüentemente.
Porém, não se deve encharcar o solo, pois a evaporação nessa época é menor e o excesso de água pode gerar doenças causadas por fungos e apodrecer as raízes.
Uma dica simples para testar a umidade do solo: basta colocar o dedo na terra. Se estiver encharcada, cesse a irrigação.”

Poda
De acordo com a engenheira agrônoma e paisagista Daniela Infante, o abaste deve ser realizado somente no final da estação a fim de induzir a brotação durante a primavera.
No frio, as espécies vegetais ficam com o metabolismo desacelerado e entram na chamada fase de dormência. Portanto, podas não são recomendadas. Apenas limpe as plantas, removendo galhos e folhas mortas. Mas fique atento para não extrair galhos que contenham botões florais em formação.
Retire também os galhos mortos ou doentes e aqueles que estiverem impedindo a luz do sol de atingir o exemplar.

Transplante
O transplante é outra tarefa indicada na estação das baixas temperaturas, pois por estarem em dormência, as plantas sofrem menos danos. Ao realizá-lo, elimina-se parte das raízes e, consequentemente, a área de contato com o solo – pela qual a planta absorve a maior parte da água e nutrientes que necessita – é reduzida.
A vantagem é que no inverno muitos exemplares estão sem folhas e gastam pouca energia para sua sobrevivência.
Para replantar as mudas, faça covas com abertura compatível com as dimensões da planta e não economize no tamanho do torrão. Adube corretamente com produtos de origem orgânica, misturados a macro e micronutrientes.

Para essas tarefas não esqueça de utilizar instrumentos bem afiados e limpos para não esmagar os ramos ou contaminá-los.

Para plantas que produzem flores e frutos, o adubo mais indicado é o composto NPK 4.14.8

Adubação
No inverno, a adubação é indicada somente para espécies que se desenvolvem ou florescem durante o frio.

Para realizá-la, é necessário revolver a terra antes de aplicar o adubo. Dê preferência a produtos com ingredientes orgânicos (compostos de esterco, húmus de minhoca, farinha de osso e torta de mamona), que não precisam de tanto rigor no momento da dosagem porque são gradativamente absorvidos pelo solo. No caso dos fertilizantes adquiridos em lojas de jardinagem, existem alguns específicos para determinadas plantas.

Outra opção são os compostos NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) nas proporções 10.10.10, pois contêm ingredientes importantes para o desenvolvimento das espécies vegetais já formadas. Para exemplares que produzem flores e frutos, o mais indicado é o composto NPK 4.14.8.
Nos meses que antecedem o inverno é aconselhável adubar os exemplares que entrarão em dormência, pois, assim, podem aproveitar ao máximo os nutrientes. Opte também por adubos foliares aplicados por pulverizações porque, além de umedecerem as folhas, são facilmente absorvidos.

Para gramados, é recomendado o composto granulado, que deve ser espalhado pela superfície. Fique atento às recomendações do fabricante e lembre-se que o inverno brasileiro não é muito rigoroso, então, a camada de cobertura vegetal ou compostos deve ser de aproximadamente 2 cm. Além disso, aproveite o período para arear o solo.

jardineira

petúnias

Você é daquelas pessoas que não conseguem ter plantas bonitas em casa por muito tempo? Não é azar, não. É falta de cuidados… Veja as dicas para fazer com que elas vivam mais tempo.

Coloque sempre o dedo na terra para saber se falta água. “Aproveite para descarregar suas energias: as plantas gostam e sabem transmutar essa energia”, diz Edu Lotfi. “Seu contato com a terra vai criar uma relação de troca e identidade com sua planta.”

Ao regar, pegue seu vaso e leve para uma área onde você possa molhar bem a terra e as folhas. “Após 1 hora da rega, jogue fora a água dos pratos, volte a planta para o seu lugar mantenha-a durante as semanas seguintes molhando com pequenas quantidades”. Você pode repetir isso no verão uma vez por mês, mas no inverno uma vez a cada dois meses já é o suficiente.

No inverno, as plantas não gostam de água à noite, elas preferem na parte da manhã. “Assim evitamos as baixas temperaturas da madrugada que ajudam a proliferar os fungos e parasitas.”

Não sabe a quantidade ideal de água?

Veja as dicas para um inverno seco:

- Vaso pequeno 1/2 copo a 1 copo cada 4 dias
- Vaso médio 1/2 litro 1 vez por semana
- Vaso grande 1 litro a 1 litro e ½ 1 vez por semana
- Vaso de barro precisam 2 vezes mais de água do que os de plástico
- Se a umidade está alta no ar, não é preciso molhar

Lugar ao sol (ou à sombra)
As plantas são seres vivos especiais porque podem fabricar o seu próprio alimento retirando a energia que vem da luz solar. Na hora da compra, basta perguntar qual a necessidade dela. E, depois, descubra o melhor lugar da casa para acomoda-la. “Pegue uma bússola e descubra qual janela recebe o sol, mas se não tem, basta observar onde o sol nasce, este lado é o leste. Onde ele se põe, o oeste”, ensina Eduardo.

Aprenda com o paisagista a escolher o local apropriado:
- Planta de sol: procure uma janela direcionada para norte ou oeste. Essa posição é excelente para esse tipo de planta, pois recebem o sol por mais tempo.
- Planta de meia sombra: uma janela voltada para o leste, que recebe a luz do sol da manhã, mas ficará na sombra o resto do dia.
- Planta de sombra: você deve procurar uma janela voltada para sul.

Adubação verde
Frutas e verduras fazem bem até para as plantas. “Faça uma adubação verde, mas líquida”, diz o paisagista. “Podemos alimentar nossas plantas com um suco verde, que ajuda muito a planta. Da mesma maneira que o nosso corpo absorve rapidamente uma vitamina que tomamos, o mesmo acontece com elas”, explica.

E ele ensina a receita: “Use as sobras de vegetais e frutas que não foram cozidos e estão sem temperos. Bata tudo no liquidificador com água e, depois de bem batido, coe para retirar o bagaço. Dilua esse líquido em 3 litros de água e, depois, é só molhar como já foi explicado. Mas use esse método uma vez a cada 15 dias, adubo demais prejudica a planta”, avisa Edu.

Outros adubos
Cada adubo tem a sua função. “Eu gosto de usar os químicos somente na época das chuvas, que dissolvem e são assimilados melhor pelas plantas. Procure intercalar os minerais e os orgânicos de 3 em 3 meses para equilibrar o solo e, no inverno, dê um descanso para o jardim”, diz ele.

A adubação química é aquela em que o adubo usado é formado por composto químico, originados industrialmente. São adubos sintéticos que contêm nitrogênio, fósforo e potássio.

Já a adubação orgânica é aquela feito usando resíduos animais ou vegetais que desenvolvem a flora microbiana e, por consequência, melhoram as condições físicas do solo. Os mais conhecidos são a “torta de mamona” e a “farinha de osso” e também são encontrados no mercado facilmente.

Por fim, a adubação mineral é extraída de minas e assimilada diretamente pelas plantas, ou sofrem pequenas transformações no solo para serem absorvidos. Também à venda em lojas de plantas.

buque

Tulipas

Durante o inverno, as plantas praticamente não se desenvolvem, elas passam por um período de dormência, apenas reservando suas seivas para a primavera. Utilize esse finalzinho de inverno e o começo da próxima estação para cuidar do seu jardim.

Algumas dicas para o período:
1. Prepare seu jardim para esse despertar deixando-o limpo. Retire todos os restos vegetais: folhas caídas, galhos secos e brotos mal formados.

2. Retire, também, as ervas daninhas e passe a ter mais atenção a elas nas estações mais quentes que virão, pois o calor e a chuva são propícios para o nascimento delas.

3. Faça uma adubação no início de setembro, de preferência orgânica, para intensificar as floradas da primavera. Você pode usar adubo de farinha de osso, torta de mamona ou húmus de minhoca (todos encontrados em lojas de jardinagem). Mas escolha apenas uma opção dessas. Para adubar, revolva o solo e misture o adubo de acordo com a proporção indicada pelo fabricante.

4. Se você quer mudar a posição das suas plantas, aproveite a primavera, que a adaptação das espécies é melhor. Mas antes, faça um planejamento das mudanças. Veja o que você vai mudar e para onde antes de retirá-las da terra.

5. Como este ano o inverno foi muito úmido em muitas regiões do país, é importante fazer uma aeração nos gramados, que estão judiados. Existem sapatilhas com pregos na sola (também encontrada em casas de jardinagem), que você calça e pisoteia o gramado.

6. O corte do gramado deve ser cuidadoso. Não o apare com menos de 2,5cm de altura, pois ela está sensível por causa do inverno e vai começar a se recuperar agora. Se cortar muito, ficará feia.

7. Observe a presença de fungos típicos do inverno e os combata. Note se as folhas estão esbranquiçadas ou com manchas pretas. Se estiverem, aplique um fungicida, vendido em casas de jardinagem (e leia com atenção as instruções do fabricante).

8. O momento ideal de podar as plantas foi durante o inverno, para elevar a copa ou dar formato para a planta. Se você deixou passar a hora da poda, não mexa mais. Espere o período entre maio e agosto do ano que vem para isso. Mas se tiver que fazer poda de limpeza, para retirar brotos ladrões que roubam a energia da planta, terá que podar agora mesmo, apesar de são ser o mês ideal.

9. Enquanto o tempo estiver úmido, não faça regas à noite. O ideal, aliás, é sempre molhar as plantas pela manhã, pois é melhor para elas.

10. A primavera é uma época excelente para a florada de lírios, ericonias, íris, gerânios, gardênias e caliandras, que florescerão muito. Para plantar, compre mudas e não sementes. Se comprar agora, elas ainda estão sem as flores, o que as deixa bem mais baratas.

borboletinha azul

Você gosta de cultivar flores mas no inverno teme fazer isso? Diferente de nós, humanos, as flores não podem usar agasalhos para se proteger. Assim, o ideal é cultivar plantas resistentes ao frio e que também nos presenteiem com belas flores. Por isso, trazemos aqui dez dicas que podem ajudar na escolha da melhor espécie para a sua casa.

ciclameCiclame

Nome científico: Cyclamen persicum
Adequação: Gosta de ambientes com temperatura entre os 15 e 18 graus durante o dia e de 12 a 15 durante a noite, ainda mais se estiver dentro de casa. Mas agüenta temperaturas de 5 graus ou um pouco menos.
Cuidados:
No período de floração, ela deve ser colocada em local iluminado por luz indireta. Pede rega regular, mas não exagerada, durante o período de crescimento e florescimento. Durante a floração, mantenha o solo úmido, impedindo que ele seque.
Dica:
Disponha o vaso em local ventilado, mas sem ventos, onde possa receber luz pela manhã. No frio, irrigue a cada três dias ou quando estiver muito seco. Assim que as flores estiverem murchas ou caírem, retire as hastes, puxando-as pra cima. Recomenda-se que não deixe as hastes se deteriorarem, pois prejudicam a folhagem. A cada três meses utilize um fertilizante líquido para estimular a folhagem.

giesta (Small)Giesta

Nome científico: Spartium junceum
Adequação: Boa para ser cultivada sob o sol em solos férteis, com boa irrigação e drenagem. Gosta de um solo arenoso e do frio mediterrâneo e subtropical. Para a adubação recomenda-se a periodicidade anual na primavera para garantir uma floração eficiente. As podas devem ser bianuais.
Cuidados: A giesta é um arbusto muito bonito, e deve ser cultivada em jardins de tendência campestre, mediterrâneo ou contemporâneo. Não gosta de calor excessivo, mas encara numa boa solos pobres e salinos, além de curtos períodos de seca. É uma planta tóxica, que contém alcalóides como esparteína e cistina, e deve ser mantida longe de crianças e animais.
Dica: Sua beleza transparece ainda mais quando plantada isolada de outras plantas. Por ser uma leguminosa, pode conter erosões e contribuir para a fertilidade do solo.

glicinia (Small)Glicínia

Nome científico: Wisteria sinensis
Adequação: Muito utilizadas em muros e jardins. Fixam-se em árvores e gostam de tomar sol. Além disso, elas são resistentes ao frio e às secas.
Cuidados: Para que suas flores sejam saudáveis, é necessário podas constantes no verão. O ideal é que isto aconteça entre quinze e vinte dias. Contudo, no inverno, uma única vez já é o bastante.
Dica: Acrescente adubo orgânico ao menos uma vez por mês para que a floração seja cada vez melhor.

congéia (Small)Congéia

Nome científico: Congea tomentosa
Adequação: Quando bem adaptada é capaz de cobrir-se totalmente de flores. Seu crescimento é vigoroso e rápido. Ideal para climas quentes. Em regiões frias o resultado não é tão bom. Originária da Índia, necessita de sol pleno para florir em abundância.
Cuidados: Pede podas de contenção e suporte para o seu crescimento. Mantenha uma distância de um metro para o plantio. É muito vigorosa em seu crescimento aceitando podas de contenção e necessitando de suporte para seu desenvolvimento, o qual ocorre à pleno sol. Indicada para o plantio em muros e cercas.
Dica: Por necessitar de um suporte para crescimento, é ideal para o plantio junto a muros e cerca.

calendula.pgCalêndula

Popularmente, ela é conhecida como mal-me-quer e é muito parecida com a margarida, só que tem um perfume característico que a identifica.

Sua flor é graciosa e de cor forte, famosa por ser antialérgica e cicatrizante. Cura e diminui a gastrite e a úlcera duodenal, pois tem ação anti-tumoral. O ácido oleanóico encontrado em sua pétalas suaviza e refresca peles sensíveis e queimadas pelo sol. Favorece a regeneração de tecidos danificados e é antisséptico.

Pertencente à mesma família das margaridas – Asteraceae Compositae -, a calêndula (Calendula officinalis) é originária da Europa meriodional e se relaciona intimamente com o sol. Curiosamente, essa florzinha abre suas pétalas assim que o sol nasce e as fecha na hora em que ele se vai. Aliás, seu nome é derivado de uma palavra latina – Calendae – que significa “primeiro dia de cada mês”, de onde se derivou também a palavra calendário (que, sabe-se, é baseado no ciclo solar).

No Brasil, a calêndula adaptou-se facilmente, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Hoje, ela é cultivada tanto para fins ornamentais como para a fabricação de medicamentos e cosméticos. A flor, de coloração amarelo-alaranjada, caracteriza-se pelo inegável perfume e as folhas são macias e aveludadas. Planta anual, a calêndula pode atingir até 50 cm de altura e apresenta caules ramificados em duas hastes. As folhas inferiores são espatuladas e as caulinares são lanceoladas e alternadas.

Cultivo: Para cultivar calêndulas, você vai precisar de um elemento básico: luz do sol. É que ela precisa de no mínimo 4 horas diárias de sol direto. Lembre disso, ao escolher o local onde serão colocados os vasos ou mesmo na hora de plantar no jardim. A mistura de solo indicada para o plantio deve ser rica em matéria orgânica: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de composto orgânico. O ideal é adquirir as mudas já prontas, pois no plantio por meio de sementes o resultado é mais demorado. Lembre-se de regar a planta sempre que a terra apresentar-se seca – como a calêndula gosta de solo sempre úmido, é recomendável regar dia sim dia não e, nos meses mais quentes, todos os dias.

caliandra (Small)Caliandra

Nome científico: Calliandra tweedii 
Adequação:
Cresce e multiplica-se de maneira satisfatória em solos férteis, através de estacas.
Cuidados:
Ela é bastante rústica, e dispensa cuidados especiais além de sol e solo fértil. Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, sem cuidados especiais pois é bastante rústica.   Dica: Procure plantá-las em cercas ou isoladas, mas no segundo caso é recomendável poda para estimular seu adensamento.

chuvas