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Os cuidados na hora certa de escolher as plantas e montar seu próprio jardim.

Já diziam os antigos que ter uma planta é o primeiro passo para um dia vir a ter um animal de estimação e um filho. E, a depender dos paisagistas, o ditado é mais do que verdadeiro. Elas precisam de cuidados constantes. É preciso ter disciplina.

Antes de escolher as espécies de plantas, avalie o espaço e a quantidade de luz aonde elas irão ficar.

Boa quantidade de luz natural, água quase que diariamente e fertilizantes a cada dois meses são algumas das obrigações que farão parte do dia-a-dia de quem decide ter seu próprio jardim.

O primeiro passo a se observar é a quantidade de luz em cada canto da casa. A partir dessa informação já é possível selecionar as plantas mais adequadas para os diferentes cômodos.

Em locais com menos luminosidade, dê preferência a folhagens como lírios, raphis, árvores da felicidade, espadas e lanças de São Jorge, que gostam mais de sombra e podem ser usadas em ambientes internos. Deixe as flores para espaços com maior luminosidade.

Planeje-se
Levando a luminosidade e a ventilação em conta, avalie antes o espaço que será destinado para a planta crescer. Veja se o local do plantio é de sombra ou sol e se há espaço para a raiz se desenvolver.

O tamanho a ser alcançado pelas plantas deve ser determinado pelo espaço que ela ocupará na casa. O paisagista lembra que, dependendo da espécie, e de como elas serão conduzidas, é possível controlar o tamanho da planta com o sistema de poda.

Arbustos (50 cm ou mais) podem ser comprados já com um porte médio, assim como as árvores que medem mais de 1,5 m quando adultas. Mudas maiores podem ser plantadas diretamente no jardim para responder rapidamente.

Fique de olho
Na hora da compra, prefira plantas vindas de fornecedores idôneos. Eles oferecem garantia do estado das plantas, as mudas devem estar viçosas e com as folhas vivas.

Se houver brotos ou, no caso de mudas com a raiz embalada com estopa, verifique se eles estão firmes. Se o torrão estiver mole, não compre, pois é sinal de que a muda não está enraizada.

Fique atento também a bichos, pragas e doenças. Eles são visíveis, basta ser um bom observador.

Cuidado com o transplante
Em casa, coloque a muda em um vaso ou direto na terra, levando em conta o tipo de planta. As espécies menores podem ser manuseadas facilmente, pois dificilmente quebram ou murcham durante o transplante, já aquelas da família das alpínias, helicônias e bananeiras não apresentam caule lignificado – ou seja, rico em lignina, substância que garante a dureza dos tecidos – por isso são mais frágeis e murcham facilmente.

Para o plantio e poda, as ferramentas básicas são tesoura, pá, garfo, além de terra adubada, vasos com dreno (furo), um regador e luvas. Vitaminas, como o NPK 10-10-10 para manutenção e NPK 4-14-8 para ser misturada ao bulbo no plantio, também são aconselháveis.

No dia-a-dia
No início, molhe as plantas, de modo que a terra fique úmida – não encharcada -, exceto cactos e suculentas, cujas raízes, talo e folhas são rígidos, como a babosa. Uma planta recém comprada e plantada ainda não está enraizada no novo local, por isso precisa de um pouco mais de água do que o normal.

Se pulgões e cochonilhas aparecerem recorra a remédios apropriados para o uso doméstico, à venda em supermercados e lojas de jardinagem.

barrinha de frutinhas

adubo
Fonte de nutrientes, os adubos são essenciais para garantir a beleza das plantas domésticas.

Fonte de nutrientes, o adubo deve ser colocado quatro vezes por ano

Dizer que tudo o que uma planta precisa para viver é apenas água e sol não é bem uma verdade. Para realizar a fotossíntese, o processo através do qual o próprio vegetal fabrica seu alimento, é necessário ter um solo rico em diversos nutrientes, como fósforo e potássio. É ai que entra o adubo e sua importância para a agricultura e também para a jardinagem.

Adubação é fundamental.
Porque a necessidade de adubos? no ciclo natural que acontece em uma floresta, onde, ao longo do ano, as folhas que caem das árvores se transformam em adubo natural, mas quando as plantas não estão mais em seu habitat é necessário que o homem dê uma ajudinha. É preciso ajuda a repor os nutrientes.

Quando adubar?
Na jardinagem doméstica, a adubação se faz ainda mais necessária. As espécies que ficam em vasos são as que mais precisam de atenção, porque a terra vai ficando sem nutrientes e a planta vai definhando.

Uma adubação normal deve ser feita, no máximo, quatro vezes por ano. Mas há quem exagere nos cuidados e reponha o adubo a cada 15 dias, o que pode deixar o solo ácido e pode acabar com algumas plantas.

Dia-de-Chuva

plantas (2)
Misturar duas espécies nem sempre é um bom negócio, afinal uma pode precisar de luz, outra não. E, colocá-las no mesmo vaso é problema na certa.

Para ter um vaso florido e cheio de vida iluminando a sua casa não basta só adubo e água. É preciso também ter cuidado para não misturar espécies que têm necessidades distintas. Como fica uma planta se a outra precisa de muito sol e ela não? Ou então se uma deve receber mais complementos orgânicos que a outra? Para se darem bem nos vasos, as plantas precisam apresentar as mesmas necessidades de umidade e características de solo.

Essa técnica de associações vegetais favoráveis é comumente usada para que as plantas produzam forças para crescerem melhor, como é feito na agricultura orgânica. Mas no jardim, misturá-las pode criar um conflito. O bambuzinho, por exemplo, consome muita água e acaba consumindo a parte da outra planta que estiver ao seu lado.

Outro exemplo é a trepadeira, com raízes agressivas. Ela se espalha com facilidade e invade o espaço de outras plantas, sufocando-as e levando-as à morte. Para evitar problemas assim no jardim, é importante manter uma distância entre 30 a 60 cm de cada uma e sempre observar como elas estão.

Dividindo o mesmo espaço
Cada espécie explora o solo de maneira diferente, extraindo as substâncias orgânicas para sua sobrevivência. Observar a reação de cada uma delas ao entrar em contato com a outra é uma boa dica para descobrir as que são amigas ou as inimigas. Outra saída é informar-se com um especialista antes de comprar e plantar no mesmo vaso.

Ao escolher, prefira as que precisam do mesmo solo, que tenham a mesma necessidade de água e que o crescimento seja adequado ao tamanho do vaso, sempre prevendo esse crescimento de um a cinco anos. O vaso deve ser colocado em local adequado, garantindo o sombreamento ou isolação de acordo com suas necessidades.

Há ainda plantas que, para se defenderem de pragas e insetos, acabam soltando no ar uma substância repelente. Esse é o caso do dente-de-leão, considerada como medicinal, que exala etileno. Só que, se colocada ao lado de outra espécie, o etileno inibe o crescimento de flores e frutos desta outra planta. Até mesmo as raízes podem expelir substâncias que tem efeitos positivos ou negativos sobre o subsolo e a micro vida.

Cuidados essenciais
Sol, sombra, água ou adubo. As necessidades de cada espécie variam e é preciso diferenciar também os cuidados diários. Espécies de sol precisam de mais água do que as de sombra e devem ser regadas três vezes por semana. As outras devem ser regadas uma vez só por semana.

Mas a beleza da planta não depende somente da harmonia das espécies e de água. Para crescerem bonitas, seja em jardim ou em vasos, é preciso também adubar a terra com produtos orgânicos e químicos.

A quantidade vai depender das necessidades de cada uma. Para as que estão florescendo, por exemplo, é recomendado adubar antes do inverno, para dar força para as flores na chegada da primavera, e adubar logo após a floração, no final do verão.

E para quem pensa em montar um vaso para colocar dentro de casa, uma dica: Além de escolher plantas compatíveis, opte por espécies adequadas para interiores, colocando-as em um vaso apropriado para o tamanho das raízes (torrão) e com quantidade de terra suficiente. O sistema de drenagem também é importante, e deve contar com argila expandida e manta. Sob o vaso, deve-se colocar um prato para a coleta de água, como forma de preservar o piso.

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Certamente, a beleza de um vaso é um dos fatores que determina a sua escolha, já que existem modelos capazes de dar o arremate ideal a uma varanda ou a uma composição de plantas em um jardim. Porém, deve-se observar se o tamanho está de acordo para a planta, caso contrário pode-se prejudicar o seu crescimento ou até mesmo determinar o seu fim a médio prazo.

Mais do que cuidados com a rega, adubação, poda e luz natura, as plantas precisam estar no vaso apropriado para que cresçam com saúde.

Os  vasos devem ser sempre proporcionais ao porte da planta. Se for pequenina, pode ser colocada em um vaso igualmente pequeno e, conforme o seu crescimento, ser transplantada para vasos maiores, de acordo com a altura, a quantidade de folhas e diâmetro que os seus caules forem atingindo.

Quando mudar de vaso
O vaso tem que ser de acordo com o torrão (ou seja, a raiz) da planta.
E é fácil observar o momento certo para a troca da planta para um vaso maior. Normalmente, deve ser feita quando se começa a visualizar as raízes saindo para fora do vaso, ou por baixo dele. Às vezes, as raízes fazem tanta pressão interna que o vaso acaba se quebrando ou trincando.

Estes são alguns dos principais sinais de que há necessidade da troca. É como se a planta quisesse pular para fora do vaso. Outro sinal é quando, no ato da rega, a água escoa muito rapidamente. Isso ocorre porque as raízes já tomaram conta de todo o vaso, não deixando espaço para a reserva de água.

Já o material do vaso também deve ser observado. A força das raízes deva ser levada em conta. Há plantas como as dracenas e os fícus que em um ou dois anos, com o crescimento de suas raízes, podem quebrar um vaso de cerâmica. Nestes casos, o melhor é investir em artigos de materiais mais resistentes, como cimento ou fibra de vidro.

O material do vaso não interfere no desenvolvimento da planta. Em todo o caso, sugere-se os sintéticos, como a fibra de vidro, o plástico e a resina, para evitar manchas e até o apodrecimento de pisos susceptíveis à água. Os de cerâmica e os de cimento, por serem permeáveis, são inapropriados nesses casos.

Atenção à água
Algumas plantas, como as orquídeas, necessitam de vasos com vários furos, para melhorar a drenagem. Mas para a maioria, basta um furo na base para escoar a água. Quanto a isso, não há um segredo. Sempre é necessário ter esse furo para a saída de água, pois sem ele as raízes apodrecem e a planta acaba morrendo.

O vazamento de água pelo furo não deve acontecer. Caso ocorra, é porque a quantidade de água na rega está em excesso. A rega serve apenas para umedecer a terra e nunca para encharcá-la.

Por fim, entre os acessórios, há um que gera discussão: aquele pratinho que se coloca sob o vaso e que algumas pessoas até o dispensam. Ele só é necessário quando o vaso está em um ambiente interno, sobre pisos que podem manchar, como madeira, mármore ou um tapetes. Mas em área externa, acho dispensável.

A sua função é uma só: Quando se rega em excesso, o prato serve como um termômetro da quantidade de água usada, e impede que a mesma derrame no piso. E o fato de sobrar água no prato quer dizer que a quantidade de água deve ser reduzida. Vale lembrar que é necessário usar areia nesse prato, para evitar o mosquito da dengue.

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