Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




mistura de solos,jpg
Mistura rica em matéria orgânica:

1 parte de terra comum de jardim;
1 parte de terra vegetal;
2 partes de composto orgânico.

Ideal para plantas como: licuala ou palmeira-leque (Licuala grandis), camélia (Camellia japonica), cróton (Codiaeum variegatum), cica (Cycas revoluta), gardênia (Gardenia jasminoides), lantana (Lantana camara), planta-camarão-amarelo (Pachystachys lutea), azaléia (Rhododendron), flor-de-cera (Hoya carnosa), calceolária (Calceolaria herbeohybrida), petúnia (Petunia x hybrida), calêndula (Calendula officinalis), margarida (Chrysanthemum leucathemum).

Mistura argilosa:

2 partes de terra comum de jardim;
2 partes de terra vegetal;
1 parte de areia.

Ideal para plantas como: papiro (Cyperus papyrus), gladíolo ou palma-de-santa-rita (Gladiolus), narciso (Narcissus poeticus), bastão-do-imperador (Nicolaia elatior), prímula (Primula obconica), gloxínia (Sinningia speciosa), estrelitzia (Strelitzia reginae, copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), calla (Zantedeschia aethiopica ‘Calla’).

Mistura arenosa:

1 parte de terra comum de jardim;
1 parte de terra vegetal;
2 partes de areia.

Ideal para plantas como: palmeira-bambu (Chamaedorea elegans), planta-camarão vermelho (Beloperene guttata), buxinho (Buxus sempervirens), caliandra ou esponjinha (Calliandra), bico-de-papagaio ou poinsétia (Euphorbia pulcherrima), hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), hortênsia (Hidrangea macrophylla), ixora (Ixora chinensis), giesta ou vassoura espanhola (Spartium junceum), primavera (Bouganvillea spectabilis), lírio-da-paz (Spatiphylum wallisii), espada-de-são-jorge (Sanseveria trifasciata), lança-de-são-jorge (Sanseveria cylindrica), onze-horas (Portulaca grandiflora).

Mistura areno-argilosa:

1 parte de terra comum de jardim;
1 parte de terra vegetal;
1 parte de composto orgânico;
1 parte de areia.

Ideal para plantas como: palmeira-rápis (Rhapis excelsa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias fruticosa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias guilfoylei), gerânio (Pelargonium sp.), gerânio pendente (Pelargonium peltatum).

casinha de passarinho

plantas

Como fugir dos erros mais comuns na hora de cuidar das plantas

Água na medida certa e outros cuidados básicos são fundamentais

Você se acha um matador número um de plantas? Calma. Com alguns cuidados básicos e um pouco de atenção é possível reverter este quadro. Confira as dicas dos especialistas para fazer as pazes com os vasos de casa.

Escolha a planta perfeita
O primeiro erro é comprar espécies inadequadas aos ambientes, sejam internos ou externos. Para dentro de casa, aposte na flor de pimenta, no lírio da paz, na pleomele variegata, nas zaneiculcas e nas orquídeas. Ambientes internos, mas com muita luz podem ter patas de elefante ou sansevérias. Para jardins: calêndula, gerânio, girassol, hortênsia e amor-perfeito, entre outras. Na dúvida sobre qual comprar, consulte um jardineiro.

Não regue demais ou de menos
Não encharque as plantas. As regas não devem ser excessivas, pois podem apodrecer a raiz e o caule. Além disso, deixa a planta mais suscetível à doenças e pragas, como o pulgão, que pode ser percebido por uma secreção que escorre pelo caule da planta. Vale lembrar que dentro de casa há uma menor perda de água por evaporação, mas nos dias mais quentes esse nível é bem superior, o que pede atenção.

Regar pouco também pode matar ou atrapalhar o desenvolvimento das espécies. A planta é um ser vivo e por isso necessita de água para viver. Mas, como não exagerar na dose, regando pouco ou muito? Um truque é colocar o dedo na base, próxima à raiz, e se estiver úmida, não regue novamente. Crie uma relação com a planta, toque a terra e perceba se está árida ou argilosa.

Se estiver muito calor e for verão, molhe de três a quatro vezes por semana. No inverno, menos. Isso depende da espécie, pois há plantas que adoram água, como os bambus, e outras que precisam de menos, como cactos, lanças de São Jorge e bromélias. Na dúvida, molhe um pouco por dia.

Sol na medida
Algumas plantas não gostam de muito sol, portanto, nada de colocá-la para tomar um arzinho com a luz do sol batendo diretamente em suas folhas.“A queima da planta é outra situação bem comum. Tome cuidado.
Solução: espécies que vão bem em ambientes externos não precisam “tomar sol” de vez em quando. Mantenha cada uma em seu lugar.

Pode no momento certo
Muitos erram ao podar. Cortam uma espécie que está brotando ou dando botões. Aí, não floresce, pois a pessoa cortou sem saber. Para não errar, retire apenas os nós dos galhos, folhas secas e tocos secos, ou que apresentem algum doença.

Comprometa-se
Observar a sua planta com atenção é um dos pré-requisitos para mantê-la saudável. Tire as folhas que já chegaram ao fim de seus ciclos, passe um pano retirando a poeira que se depositou nas folhas e impede o processo de fotossíntese, e molhe periodicamente. Amor e comprometimento são os alimentos principais que mantém as plantas vivas.

Adube sempre
É importante que a terra tenha sempre nutrientes para manter a vitalidade da espécie. Mas não exagere: adubo de mais queima a planta. Uma vez a cada de dois meses, procure nutrir o solo com adubos naturais como esterco, húmus, torta de mamoma. Assim, você corre menos risco de errar na quantidade.

Ao usar os adubos, não espalhe por cima de caules ou folhas para não comprometer a planta. O ideal é jogar na terra. Se for parar na folha, pode queimá-la. Sempre após uma adubação, a planta e o solo devem ser regados para que o adubo comece a agir. A água é o meio de dissolver o produto e liberá-lo para as plantas.

cravo-de-defunto

Alelopatia: a química que existe entre algumas plantas estimula o crescimento e as protege das pragas.

As plantas têm uma maneira muito própria de se defender de pragas e de outras plantas. Elas liberam substâncias no solo ou no ar, processo explicado por uma ciência: a alelopatia. Esses aleloquímicos existem em todas as partes da planta e são liberados pelas raízes, folhas e caule. Já as substâncias presentes nas espécies aromáticas “voam” para as outras plantas sendo absorvidas rapidamente pela “pele” de suas vizinhas. Em outros casos, podem ser condensadas pelo orvalho e penetrarem no solo por onde chegam até as raízes das outras plantas. A principal função de um aleloquímico é defender a planta emissora, mas ele pode cumprir uma função ainda mais nobre. Plantas que liberam uma alta taxa de aleloquímicos de defesa contra pragas podem ajudar a defender outras plantas no mesmo canteiro.

Tenha pelo menos uma delas em seu jardim ou em sua horta
Todas as nove plantas indicadas são companheiras, ou seja, quando plantadas como bordaduras, podem repelir insetos e vermes de todo um canteiro, defendendo as plantas vizinhas:

• Cravo de defunto (Tagetes patula)
• Citronela (Cymbopogum nardus)
• Capuchinha (Tropaeolum majus)
• Arruda (Ruta graveolens)
• Alfazema (Lavandula angustifolia)
• Manjericão (Ocimum gratissimum)
• Sálvia (Sálvia officinalis)
• Urtiga (Urtica dioica)
• Mamona (Ricinus communis)

A “esperteza” das plantas
A alelopatia destaca a perfeição da natureza nos mínimos detalhes. O ácido cítrico que existe no sumo de muitas frutas assegura que as sementes não germinem antes da hora, da mesma forma que o tanino de alguns frutos impedem que eles sejam comidos antes do tempo. Além de proteção, a química das plantas pode funcionar como um bioestimulante. Se você plantar cebolas junto a roseiras, os botões de rosa desabrocharão com um perfume mais acentuado.

As plantas e seus poderes
Através da alelopatia, é possível identificar várias funções das plantas:

• Impedir o crescimento de certas plantas
• Estimular o crescimento de novas espécies
• Evitar o ataque de microrganismos indesejáveis
• Aumentar o vigor vegetativo das espécies vizinhas
• Conservar as sementes
• Provocar uma espécie de auto-intoxicação que controla a população daquela mesma planta
• Ajudar nos processos de nutrição, reprodução e fotossíntese
• Emitir substâncias repelentes, atraentes ou tóxicas para os insetos.

A alelopatia e o ecossistema
A sucessão vegetal que existe naturalmente em matas e florestas é ditada pela alelopatia. O estudo dessa influência nos ecossistemas começou em 1914 nos EUA, com pesquisas sobre a regeneração de terrenos agrícolas abandonados. Ele observou que o revezamento natural das plantas em suas funções era determinado por uma interferência de substâncias químicas.

As primeiras plantas que apareciam e ficavam no solo por dois ou três anos eram ervas daninhas altamente tóxicas que controlavam sua própria população. Em seguida, iniciava se uma fase mais longa, de cerca de nove anos, com plantas perenes que tinham seu crescimento estimulado pelas antecessoras.

Nesse período, as plantas protegiam o solo e exalavam substâncias alelopáticas inibidoras de plantas muito exigentes quanto à fertilidade, por exemplo. Esse processo já preparava o terreno para a terceira fase. Ao iniciar a nova etapa, o solo estava protegido e podia receber o novo grupo de plantas, agora arbustivas, que duraria cerca de 20 anos moldando a fase seguinte. Essa última, rica, diversificada, mostrando as grandes árvores de clímax que compõe as florestas.

Quando a lingua “amarra” os frutos ainda verdes contém tanino, responsável pelo seu gosto desagradável. Essa é uma estratégia da árvore frutífera, pois impede que seus frutos sirvam de alimente antes da hora.

A alelopatia  e o solo
Os aleloquímicos também podem ser liberados por restos vegetais em decomposição. A prática de deixar os resíduos das culturas sobre o terreno para formar a chamada “cobertura morta” é um dos processos em que a alelopatia pode ser mais utilizada. A ação da matéria vegetal sobre a temperatura e a umidade do solo cria um ambiente favorável ao desenvolvimento de microrganismos úteis na regeneração da terra. Com a decomposição desse material, a liberação dos aleloquímicos e seus efeitos posteriores sobre as plantas se prolongam. Essa química poderosa é uma prova de como as plantas se ajudam. Afinal de contas, amigos são para essas coisas.

botão de rosa vermelha

coqueiros (Small)

Considerada pelos botânicos como uma das mais importantes e úteis plantas para a humanidade, a família das palmeiras (Palmae) é representada por cerca de 3.500 espécies agrupadas em mais de 240 gêneros.

A propagação natural do coqueiro se dá quando os cocos maduros caem na água do mar e são levados pelas correntes marinhas para novas regiões, podendo boiar por mais de 6 mil quilômetros de distância e, mesmo permanecendo na água por mais de cem dias, mantém o seu poder germinativo.

O coco bóia na água, porque sua casca externa é impermeável, leve e cheia de bolhas de ar. Se ele chegar a uma praia arenosa de clima úmido e chuvoso e bastante ensolarado, o embrião, alimentado pela água retida na camada intermediária de sua casca e pelos nutrientes da polpa, germinará.

Em três meses, o pequeno coqueiro começará a criar raízes, para então, somente após cerca de oito anos, se transformar em uma palmeira adulta, podendo produzir até cem cocos por ano.

Tomemos como exemplo o coqueiro-da-baía (Cocos nucifera), a mais importante entre todas as palmeiras, que foi introduzida no Brasil pelos portugueses em 1553, na Bahia.

O coco adquire tamanho e peso máximo por volta de seis meses de idade, mantendo-se dessa forma durante até dois meses. A partir daí, decrescem tamanho e peso em razão de sua maturação.

O homem utiliza praticamente todas as partes da planta, mas é o fruto que lhe confere a sua maior importância econômica. Pode ser colhido verde, ainda longe de iniciar a maturação, fornecendo a água e a polpa em estado de creme, tenro e de agradável sabor.

O coco verde é de precária conservação. Ao atingir sua completa maturação, o fruto se desprende do cacho e cai. É o fruto em estado de industrialização ou mesmo de seleção da semente para plantio.

Do coqueiro tudo se aproveita: a fruta, o caule, a folha e a raiz. Existem mais de 100 produtos fornecidos pelo coqueiro. Dentre eles, os mais importantes são:

Farinha de coco ou coco desidratado
É amêndoa do coco tratada, reduzida a fragmentos para utilização na indústria de alimentos (a película externa da amêndoa e demais refugos são empregados na alimentação do gado bovino).

Óleo-de-coco
É utilizado na alimentação humana e na fabricação de margarina, sabonetes finos e velas.

Torta-de-coco
Obtida após a extração do óleo, é muito rica em proteína, constituindo-se em excelente forragem concentrada para ser fornecida ao gado misturada a forragens pobres de azoto.

Endocarpo
É a casca dura do coco, também conhecida por “quenga”. É de fácil polimento. Com ela produz-se copos, colheres, conchas, cuias, etc…

Palmito
O palmito é outra parte comestível do coqueiro; é bastante grande, carnudo e saboroso.

Leite-de-coco
A sua extração se dá através do albúmen ralado.

Raízes
Quando novas, além de medicinais, servem para fazer balaios.

Folhas
Além de forrageiras, servem para obras trançadas e quando adultas, para cobrir ranchos, cabanas e ainda para fazer chapéus, esteiras, peneiras, etc..

Flores
Suas flores são melíferas.

Pedúnculo floral
É resultante da inflorescência propriamente dita e faz parte do cabo do coqueiro, sendo utilizado na indústria do artesanato.

Água
A água de coco, reconhecido uso medicinal, é considerada anti-helmíntica, tenífuga e diurética.

Para o seu perfeito desenvolvimento, o coqueiro deve ser plantado nas condições ideais: clima tipicamente tropical e solos profundos, bem drenados, úmidos e férteis, próximos ou mesmo distante das praias.

Nos trechos próximos do mar, a areia tem de 10 a 12% de calcário formado de resíduos de crustáceos atirados pelas águas, que também fornecem sais de fósforos e potássio, indispensáveis às raízes do coqueiro.

Coqueiros mal-tratados demoram a produzir e sempre muito pouco. A falta de adubações justifica a fraca produtividade dos coqueirais. Outros fatores são as pragas e doenças. As palmeiras e em especial o coqueiro não admitem podas, exceto as de limpezas, lembrando que há muito a limpar e pouquíssimo a cortar.

Atualmente as fibras do coco são utilizadas também em jardinagem, como vasos para orquídeas e outras plantas, substituindo assim o xaxim ( Dicksonia sellowiana ) que já está em extinção.

palmeira