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Bulbophyllum rothschildianum

Os novos métodos da atualidade permitem a multiplicação de plantas selecionadas, em grande escala, através da divisão meristemática, tornando-as bastante acessíveis a qualquer bolso.

No Brasil, duas grandes famílias são muito representativas de sua espécie, pela beleza, colorido e porte; são as Cattleyas e as Laélias e seus híbridos, as Laeliocattleyas.

Uma planta portando flores, pode tranquilamente, permanecer dentro de casa de quatro a oito dias. Durante esse período, deve-se molhar o substrato, (geralmente xaxim) de duas a quatro vezes dependendo da umidade ambiente.

Depois, cortam-se as flores envelhecidas e coloca-se a planta em lugar arejado; varanda, jardim de inverno ou próximo a uma janela, evitando-se o sol direto.

Para a vida da orquídea, existem cinco fatores que influenciam no crescimento e desenvolvimento da mesma::
. Água;
. Luminosidade (artificial ou natural) ;
. Temperatura,
. Ventilação;
. Adubação;
. Umidade ambiente.

Qualquer alteração de um desses fatores modifica a correlação entre eles e altera um outro fator ou até mais de um.

Água
As chuvas prolongadas e regas excessivas são a principal causa do apodrecimento das raízes, porque estas, escondidas no substrato dos vasos, no qual as orquídeas são plantadas, recebendo água em excesso e sem a necessária aeração, acabam por entrar em decomposição devido à expansão de fungos e bactérias no meio favorável a essas moléstias.

É preciso abrigar as plantas do excesso de chuvas, com uma cobertura de plástico ou vidro a pelo menos três metros de altura e que permita a indispensável ventilação, ou transportá-las para um lugar abrigado, nos dias de chuva. O substrato dos vasos deve estar sempre ligeiramente úmido mas nunca encharcado.

Uma rega abundante pela manhã, é o bastante para manter o substrato úmido por vários dias, dependendo da localidade e da umidade ambiente, é possível que uma ou outra planta, precise de nova rega no dia seguinte, mas de modo geral, deve-se molhá-las, somente quando o substrato estiver seco.

No verão, as regas deverão ser mais freqüentes pois o substrato seca mais rapidamente, mas no inverno, devem ser mais espaçadas, talvez uma vez por semana ou até menos, dependendo novamente da região e da umidade ambiente. Quase todas as orquídeas têm uma fase de crescimento e uma fase de repouso.
A

fase inicial de crescimento se caracteriza pela aparição do broto e das raízes. A fase de crescimento ativo é o desenvolvimento deste broto em pseudobulbo (caule) e folhas. É nesta fase que a planta precisa ser aguada e adubada com maior freqüência.

Quando o crescimento desacelera, a planta entra na fase de repouso vegetativo e sua necessidade de rega diminui bastante. Depois vem a maturação com formação ou não da flor. Uma das maiores dificuldades do cultivo é a freqüência da rega.

Cada gênero e, às vezes, cada espécie, têm exigências peculiares. De uma maneira geral, rega-se abundantemente até a água escoar pelos furos do vaso e aguarda-se que o substrato (material onde ela está vegetando: xaxim desfibrado, casca de coco, (que só funciona bem no Nordeste) etc, seque.

Embora esta regra não seja válida para todas, a possibilidade de errar é menor pois é mais fácil matá-las pelo excesso de água do que pela seca. As espécies do gênero Cattleya, as mais populares, precisam deste tipo de rega.

Já as espécies do gênero Phalaenopsis, Miltonia, Cymbidium, Paphiopedilum, devem ter o substrato sempre ligeiramente úmido. Uma planta maior, por ter uma área maior de evaporação, exige uma rega mais constante.

Observa-se que diversos fatores vão fazer com que o substrato seque mais depressa ou mais lentamente:
.
seu tipo (fibra de coco, piaçava, cascalhinho, casca de coco),
. material e tamanho do vaso,
. a intensidade da luz,
. a temperatura e
. a circulação do ar
. a umidade ambiente.

O vaso de plástico ou cerâmica vitrificada vai secar mais lentamente pois não sendo poroso, não há evaporação. O vaso de argila seca mais rapidamente. Uma maior circulação de ar e/ou uma elevação da temperatura fará com que a evaporação se processe mais rapidamente, provocando uma queda de umidade.

Não se deve manter os vasos diretamente sobre pratinhos pois a água acumulada impede a oxigenação das raízes e é imprescindível que uma boa ventilação chegue até as raízes. Pode-se colocar pedra brita no pratinho, com um pouco de água, desde que não atinja a base do vaso.

Em dias muito quentes, é aconselhável borrifar água em volta da planta, com cuidado para não molhar a junção das folhas. Cultivá-las no mesmo ambiente das samambaias também pode ser um bom recurso para aumentar a umidade ambiental.

Plantas recém divididas também precisam de um regime de rega um pouco diferente. Como suas raízes não têm o mesmo poder de absorção, deve-se limitar a borrifar o substrato durante 3 semanas e só quando começarem a surgir as raízes, voltar a regar normalmente.

As plantas em flor precisam de menos água e depois da floração, é necessário reduzir mais ainda a rega, até que comece a nova brotação e assim recomeçar todo o ciclo.

Luminosidade:
As orquídeas podem vegetar na sombra, meia sombra, luminosidade intensa e pleno sol (raras exceções). Em geral, elas não devem receber luz solar direta com exceção dos primeiros raios matinais. Por este motivo é necessário abrigá-las à sombra de um ripado ou sob a folhagem das árvores, em condições semelhantes àquelas em que vivem na natureza.

Além disso, elas agradecem muito um complemento de luz artificial no inverno, quando os dias são muito curtos. Sem luz elas não podem viver. É fácil verificar se a quantidade de luz é suficiente: basta observar a cor das folhas.

Se estas conservarem uma cor verde-alface, significa que o equilíbrio de luz está perfeita, se o verde tornar-se mais escuro, tendendo para o verde garrafa, há insuficiência de luz, e como resultado disto, no caso das Cattleyas e gêneros afins, os bulbos ficam alongados e caídos, com sérios prejuízos para a inflorescência.

Se a cor das folhas atingirem um verde amarelado, há sinais evidentes de excesso de luz e isso poderá causar uma grave desidratação da planta e conseqüente atrofiamento. Neste caso, é aconselhável proteger as plantas com tela de nylon, sombrite ou folhas de palmeira espalhadas sobre o ripado. Na estufa, a pintura dos vidros com água de cal, é muito útil, especialmente no rigor do verão.

* Na sombra: Vegetam, entre outras, as micro-orquídeas, Paphiopedilum e Miltônia.
* Na meia sombra: Cattleyas, Coelogyne, algumas espécies de Dendobrium, Laelia em geral (exceto as rupícolas, que vegetam nas rochas e que precisam de luminosidade intensa), algumas espécies de Oncidium e a Sophronitis Coccinea.
* Na luminosidade intensa: Catasetum, Laelia do tipo rupícola, Cattleyas walkeriana e nobilior, do tipo nobile, Vanda.
* Em pleno sol: Vanda teres, Brassavola tuberculata, Renanthera.

Temperatura
As orquídeas de clima quente são aquelas que toleram temperaturas mais elevadas, em torno de 35oC no verão e até picos mais elevados, não se adaptam a temperaturas abaixo de 15oC: Vandas, Phalaenopsis.

De clima temperado, plantas mais adequadas à temperatura situada entre 15o e 28oC: Paphiopedilum (com folhas manchadas), Cattleya, algumas espécies de Dendobrium principalmente o Dendobrium phalaenopsis e algumas espécies de Oncidium. De clima frio, máxima em torno de 20oC (raramente se elevando a 25oC) e mínima de 0oC: Cymbidium, Odontoglossum, Paphiopedilum em geral.

De modo geral elas resistem bem a temperaturas um pouco mais elevadas ou mesmo menores desde que não permaneçam expostas por tais extremos por períodos prolongados.

No Brasil não há necessidade de aquecimento artificial, porém as plantas precisam ser protegidas do vento frio e úmido, especialmente durante o inverno. Por outro lado, o calor muito forte deve ser compensado com regas mais intensas ou água pulverizada no ambiente e sobre as folhas.

Ventilação
A boa ventilação é um fator muito importante para o êxito da cultura de orquídeas.
Procurar sempre um lugar bem arejado e ventilado para a construção de um ripado ou uma estufa.

Somente nas regiões, frias as plantas devem ser protegidas durante o inverno, fechando um pouco os lados da estufas ou ripado para evitar correntes de ar frio sobre as plantas. O mesmo não acontece nas regiões de clima quente ou ameno, onde o arejamento deverá ser permanente.

Dentro das residências, a ventilação é um ponto muito importante. Sem ela não há possibilidade de se cultivar orquídeas.
Sempre que possível deixar as janelas abertas, o movimento constante do ar é a garantia de saúde das plantas.

Adubação
Há muitos adubos preparados especialmente para o cultivo das orquídeas:
Plant-Prood, Peters Dyna-gros e Hyponex, de origem norte americana; Yogen nº 2, de origem japonesa; Ouro Verde e muitos outros produzidos aqui no Brasil. As fórmulas mais usadas são : NPK 30-10-10, (N = Nitrogênio, P = Fósforo e K = Potássio) para as plantinhas novas em fase de crescimento e para estimular a brotação e enraízamento das plantas adultas, 18-18-18 ou 20-20-20 para o crescimento em geral, 10-30-20 para os quatro a seis meses que antecedem a floração e 7-6-19 para o período próximo à floração, até o momento em que os botões estão formados.

Uma adubação completa deverá além desses três elementos maiores, ter os elementos menores, especialmente traços de Magnésio, Ferro, Manganês, Boro, Cobre, Zinco e Molibdênio.

Além disso os adubos mais modernos, já tem incorporados os hormônios vegetais e o espalhante fixador para o produto se conservar colado às folhas o tempo necessário para ser absorvido pelas plantas.

Qualquer destas fórmulas deve ser preparada na proporção de 10 a 20 gramas para cada 10 litros de água,dependendo da rapidez que desejar o resultado, mas a de menor proporção é a mais aconselhada. Regar abundantemente as plantas (folhas e substrato) de 15 em 15 dias.

Após a rega deixar que as plantas assimilem o adubo por pelo menos 48 horas. Somente após esse tempo é que as plantas deverão voltar a ser regadas normalmente.
Os adubos mais recomendados são : Plant-Prood, Peters, ou o Viagra este ultimo é orgânico e muito bom.

Umidade
Na medida do possível deve-se manter a umidade relativa do ar ambiente, entre 40% a 80%, se não for possível mantê-la de modo natural, fazer irrigação artificial de preferência com bicos de nebulização (Israelenses ou com bicos de nebulização especiais para galinheiro), que quebram as partículas de água deixando apenas uma névoa que em alguns casos não chega ao chão.

Desinfecção
É indispensável, como medida preventiva, o uso de bons inseticidas e fungicidas, em pulverizações espaçadas de 4 a 90 dias, dependendo do defensivo usado, ou sempre que se manifestarem doenças.

Os insetos em geral danificam as folhas e perfuram os bulbos, que logo se deformam. As cochonilhas e os coccídeos, vivem agregados às plantas para sugá-las. Os Fungos são identificáveis como manchas escuras como ferrugem ou mesmo brancas na parte inferior das folhas. Os pulgões também causam prejuízos, porque sugam as plantas e transmitem vírus.

Os inseticidas mais usados em orquídeas são Rhodiatox-60 e Metasistox, e como fungicidas/bactericidas, Agrimicina 500, Quimicetina, Kasumim e principalmente  Mycoshield e Cercobim. É preferível aplicá-los alternadamente, borrifando as plantas com um inseticida e quatro a cinco dias depois aplicar um fungicida/bactericida isoladamente.

Eles devem ser aplicados (pulverizados ou borrifados) juntamente com um espalhante fixador, não só por cima das folhas mas também no seu verso pois é aí o local de maior incidência das pragas e moléstias

Para cochonilhas usar óleo mineral misturado com algum inseticida, pois o óleo mineral tampa os poros das carapaças serosas delas, matando-as por asfixia e o inseticida completa o trabalho.

Os pulgões podem ser eliminados com um bom inseticida adicionando-se uma colher de sobremesa de sal para cada 20 litros de água, pois o sal atrai os pulgões, o que facilita a ação do inseticida.

Para combater os vírus das orquídeas recomenda-se usar um produto que está sendo introduzido à pouco tempo na desinfecção destas plantas, o Virasole que dizem combater alguns tipos de viroses e 15 dias depois aplicar um fungicida isoladamente.

Ainda se devem combater as lesmas e os caramujos, alguns deles muito pequenos quase imperceptíveis a olho nu, que devastam as plantas comendo vorazmente as folhas em desenvolvimento, os bulbos, raízes e principalmente as flores.

Para isto devem se usar inseticidas organofosforados, tais como: Nitrosim, Lesmix, Lesmatox que infelizmente foram proibidos de ser comercializados mas existe um produto importado que é super eficiente mas muito caro e de difícil obtenção é o SLUG-IT granulado, o Mesurol também e muito bom, em caso de infestação deve-se combatê-los de todos os modos, inclusive por catação manual que em muitos casos é mais eficiente que os defensivos.

Existem ainda os tatuzinhos que se alimentam principalmente das pontas das raízes e que, em meio ao substrato contribuem para que o mesmo se deteriore mais rapidamente.

Recomenda-se o uso de um dos inseticidas citados acima. Uma boa prática é o uso de galinhas no periferia do Orquidário para eliminar essas lesmas, caramujos e tatuzinhos do chão o que já diminui em muito a infestação dessas pragas.

alameda chuvosa

tabebuiaalba

Nome científico: Tabebuia roseo-alba

Nome popular: Ipê-branco, Ipê-do-cerrado

Família: Bignoniaceae

Origem e ocorrência: Brasil – Goiás, Mato Grosso do Sul, Norte de S. Paulo, Minas Gerais.

Porte: de 7 a 16 metros de altura.

Flores: Agosto a outubro.

Características: Árvore extremamente ornamental, característica da região central do país. Sua florada é exuberante na cor branca, com a planta totalmente despida de sua folhagem. Planta decídua, de sol-pleno e solo preferencialmente seco e rochoso. Seu crescimento é rápido e sua florada pode ocorrer mais de uma vez no ano, mas sua preferência é de terrenos mais áridos, podendo inclusive ocorrer esporadicamente, também na caatinga do nordeste brasileiro.

cacia

Nome científico: Cassia leptophylla

Nome popular: Falso-barbatimão, Canafístula.

Família: Leguminosae-Caesalpinoideae.

Origem e ocorrência: Brasil, nos Estados do Paraná e Stª Catarina, na floresta de pinhais, em forma nativa. Em toda a região Sul desenvolve-se bem sob cultivo.

Porte: Altura de 8 a 10m, tronco com 30-40cm de diâmetro.

Características: Folhas compostas de 8 a 12 pares de folíolos pontiagudos na extremidade. Floresce em buquês de flores amarelas na ponta dos ramos, nos meses de Novembro à Janeiro.

Os frutos em favas amadurecem em Junho-Julho. É planta de folhas perenes (perenifólia) e desenvolve-se a pleno sol em regiões de altitude.
Seu porte médio a recomenda para arborização urbana, desde que fora da projeção da fiação elétrica.

flores da cáciaflores da Cassia leptophylla

Soleirolia solerolii

CARACTERÍSTICA DA ESPÉCIE:

Nome científico: Soleirolia soleirolii
Nome popular: Planta da sorte, barba de Moisés”, “lágrimas de bebê” e “cabelinho de anjo”.
Origem: Córsega e ilhas próximas à Itália.
Porte: Planta reptante de até 10 cm.
Florescimento: Final do verão, início da primavera.
Flores: Hermafroditas, minúsculas, branco-rosadas.
Folhas: É o atrativo especial da planta, conferindo, quando em vaso, um lindo efeito pendente e quando plantado no chão, uma textura uniforme de tapete verde.
Ambiente: Meia sombra. Necessita de bastante luminosidade. No frio intenso ela some, reaparecendo na primavera.
Clima: Úmido.
Solo: Com bastante matéria orgânica.
Reprodução: A maneira mais fácil de reproduzi-la é pela ramagem que já possui pequenas raízes nos nós.
Uso: A ”Soleirolia” pode ser usada como forração em locais sombreados. É uma ótima opção para aqueles lugares onde a grama normalmente não se desenvolve.
Indicações de cultivo: Esta planta não é exatamente um feto mas faz parte de uma família relacionada. Gosta de meia-sombra ou luz filtrada. Necessita de muita umidade, de preferência, água no prato e borrifos regulares com um borrifador manual.

A “soleirolia” pode ser adquirida em diversas embalagens ou vasos de cores diferentes. Uma raridade, talvez única no Brasil, seja os vasos de Anagama. São vasos cerâmicos feitos artesanalmente e colocadas uma semana no sol, depois uma semana em um forno, a 1000 ºC, com lenha de Pinus (para que sua resina impregne no barro do vaso) e para que não haja um choque térmico, mais uma semana para esfriar o forno. Após 3 semanas o vaso estará pronto e com impermeabilização e tudo, não precisando passar qualquer produto. Para os que dão valor a raridades… vale a pena.

Pode ser uma planta pendente em vaso mas, também pode ser empregada sob a sombra de árvores, pois cresce como se fosse um tapete, de preferência a meia sombra, em um substrato bem com bastante matéria orgânica e com boa umidade do ar. Não raro, sobe sobre pedras adquirindo até um certo status de invasora. É importante lembrar que não se trata de uma planta pisoteável.

A flor solta fumaça?
Uma curiosidade à parte da Soleirolia, diz respeito às suas minúsculas flores: quando maduras e secas, no menor toque, elas explodem, soltando um pozinho branco como acontece com a Pilea microphylla–“brilhantina”, da mesma família. Nas regas, percebe-se muito bem esse fenômeno. Na verdade são os grãos de pólen saindo do androceu, ou seja: do órgão sexual masculino. Na foto abaixo, vê-se 4 estames masculinos na parte mais apical da flor. O Gineceu (a parte feminina) fica por conta da parte mais baixa e rosada da flor.

Para tê-la em casa por um longo tempo, é só regá-la em dias alternados, sem encharcar. Para que ela não seja atacada por fungos (que podem melar a planta) coloque-a no sol de vez em quando. Melhor ainda, se ela estiver naquele cantinho onde pega um pouco de sol da manhã.

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