As Orquídeas São Usadas em Bebidas, poções do amor, filtro, afrodisíacos e remédios!!!
Não sabemos desde quando a orquídea tem sido usada no preparo de bebidas mas desde o século I depois de Cristo, ela tem sido mencionada na literatura.
Dioscorides, médico grego, no século I depois de Cristo desenvolveu uma teoria de que os tubérculos das orquídeas deveriam ser eficientes para estimular a atividade sexual uma vez que eles eram semelhantes a testículos. Este princípio ficou conhecido como “Doutrina do Sinal” ou “Doutrina da Evidência”.
Deus teria criado as plantas para serem úteis aos seres humanos e elas teriam um indício, um sinal que tornaria evidente seu uso. Deste modo, os distúrbios seriam tratados através de partes de plantas que teriam alguma semelhança com o órgão afetado.
Esta crença permaneceu por muitos séculos principalmente durante a idade medieval. Acreditava-se que as orquídeas tinham um forte poder de não somente estimular a atividade sexual, aumentar a virilidade ou curar qualquer distúrbio de natureza sexual, mas também elas tinham a capacidade de fertilizar e provocar o nascimento de crianças do sexo masculino.
Usadas como afrodisíaco, as raízes eram maceradas e engolidas. Eram vendidas nas farmácias e mercearias para o preparo de muitas bebidas.
Este costume permaneceu até o século XVII.
Na Inglaterra, John Partridge, médico do rei Charles I, sugeriu que a poção do amor feita com “Orchis macula” teria uma forte força para despertar desejos sexuais e excitar ambos os sexos.
Em 1640, Parkinson, farmacêutico e jardineiro do mesmo rei, escreveu, em seu “Theatrum botanicum”, que as orquídeas provocam lascívia.
Dizia-se também que as bruxas usavam as raízes das orquídeas para preparar filtros e poções do amor, que eram também conhecidas como “Feitiço do amor”.
As partes das orquídeas eram também usadas para curar um distúrbio conhecido como o “Mal do Rei”, supostamente curável com o toque de um rei.
Em 1849/1554, o manuscrito de Jerome Bock intensificou ainda mais a crença em sua capacidade de estimulante sexual. Seu trabalho era baseado na suposição de que as orquídeas eram plantas sem sementes e neste caso, elas cresceriam do líquido seminal derramado pelos animais durante o acasalamento.
Em 1665, Atanasio Kircher, um jesuíta alemão, em seu trabalho “O Mundo Subterrâneo”, chamou as orquídeas de “satyria”, argumentando que elas cresciam nos campos onde os animais engendravam, evocando assim Jerome Bock.
Ainda hoje, algumas espécies ainda são usadas como medicamente (na forma de poções e bebidas) em muitas regiões do mundo para tratar de artrite, diarréia, dor de cabeça, febre, tosse, problemas digestivos, como anti-conceptivo e como cicatrizante de feridas e incisões.
Uma substância extraída da orquídea, com aparência de amido, ajudou durante os períodos de fome e durante muitos séculos foi produzido na Turquia e no Iraque. Era obtido a partir dos raízes tuberosas de “Orchis” e “Ophrys”.
Muito tempo antes da introdução do café na Europa, esta substância era vendida para preparar uma bebida quente para ser tomada no inverno. Já era conhecida dos gregos desde o século III antes de Cristo e foi espalhada pela Ásia (Índia e China) e pela Europa. Até o princípio deste século, era vendida nas ruas de Istambul, com o nome de shalep, salep ou saloop.
Alguns índios da América do Norte também usavam a orquídea para produzir alimentos.
As flores polinizadas da Vanilla planifolia, uma espécie mexicana, depois de se tornar uma fava era secada e curada para produzir a vanilina que é o princípio ativo da vanilla, usada para aromatizar chocolates, doces, tortas e etc…
A Vanilla é um género bem primitivo e, de acordo com estudiosos, sua origem data de 120.000.000 de anos.
Os astecas a usavam antes do Descobrimento da América, em 1492.
Existem outras espécies de Vanilla que também produzem a vanilina mas é de qualidade inferior à produzida pela Vanilla planifolia.
Na literatura ocidental, a Vanilla foi mencionada pela primeira vez em 1522, no mais antigo estudo sobre as flores da América do Sul.
Ela foi introduzida na Europa, na forma de fava, por volta do ano de 1510.
O óleo extraído da flor da orquídea é empregado na indústria de cosmética para preparar produtos para hidratação da pele.
Nas Filipinas e na Nova Guiné, a haste caulinar de algumas espécies de Dendrobium são usadas para tecelagem e para fazer cestas e braceletes. As hastes são postas para secar até ficar com uma tonalidade amarela bem forte, depois são cortadas em tiras finas e usadas para a fabricação de belas peças.
Em algumas tribos, a seiva da Cattleya labiata var. autumnalis é usada como cola para uso em instrumentos musicais.
Na América Central, os pseudobulbos ocos das espécies de Schomburgkia são usados para fabricar cornetas.
Aqui no Brasil já estão fabricando das Orquídeas, uma base para fortalecimento de unhas fracas e quebradiças; é o melhor remédio para tratamento dos últimos tempos. Já é encontrada em todas lojas que vendem produtos para manicura.