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As orquídeas constituem uma família de plantas muito evoluídas, mas são relativamente rústicas, podendo ser cultivadas sem muita dificuldade. Baseados nos hábitos e habitat naturais das orquídeas é que devemos orientar o cultivo, procurando reproduzir o ambiente onde elas vivem.

As orquídeas vegetam nos mais diversos ambientes, desde regiões frias a quentes; secas a muito úmidas e elevadas até as mais baixas altitudes. De acordo com o lugar de origem, as orquídeas são classificadas como Epífitas, Terrestres, Rupículas, Humícolas e Subterrâneas.

* Epífitas – são a maior parte das orquídeas. Vivem grudadas em troncos de árvores, mas não são parasitas, pois realizam fotossíntese a partir de nutrientes absorvidos pelo ar e pela chuva.

* Terrestes – são as que vivem como plantas comuns na terra. Sua porcentagem é pequena em relação as epífitas.

* Rupícolas – são as que vivem sobre rochas, fixadas nos liquens e folhagens decompostas acumuladas nas fendas e partes rebaixadas da pedra.

* Humícolas – são plantas que vivem no húmus das matas, ou seja, no material orgânico em decomposição existente sobre o solo das matas.

* Subterrâneas – Um caso extremo de adaptação, ocorrendo no subsolo. São as raras orquídeas subterrâneas que vivem na Austrália.

As orquídeas são consideradas a família mais evoluída do reino vegetal. O tamanho das plantas e suas flores são variáveis, algumas são tão pequenas que são conhecidas como microorquídeas, enquanto outras podem atingir metros de comprimento.

A flor das orquídeas é constituída de três sépalas (mais externas) e três pétalas (mais internas). Na maioria das espécies, uma das pétalas é distinta das demais e recebe um nome especial, o labelo, que geralmente apresenta cores vistosas e serve como atrativo e campo de repouso aos polinizadores.

No centro da flor encontramos um órgão especializado, a coluna, resultado da fusão dos estames (órgãos de reprodução masculino) com o pistilo (órgão de reprodução feminino).

No ápice da coluna, os grãos de pólen apresentam-se em pequenas massas, ou polínias, protegidas pela antera. Logo abaixo, uma pequena cavidade representa a porção feminina, o estigma.

A maioria das orquídeas apresenta um tecido esbranquiçado e esponjoso revestindo suas raízes. Denominado velame, este tecido é responsável pela rápida absorção de água e nutrientes, permitindo que muitas espécies de orquídeas vivam em locais praticamente desprovidos de solo.

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Propagação por semeadura natural
Ocorre na natureza através da ruptura do fruto da orquídea que pode conter milhares de sementes, que são espalhadas pelo ventos, sendo que menos de uma dezena consegue encontrar condições ideais para germinar.

Semeadura artificial simbiótica de sementes
Era um processo muito utilizado pelos orquidófilos amadores mais antigos, com vistas a obter mudas de Laelias e Cattleyas e híbridos primários. A técnica consistia em espalhar as sementes em placas de xaxim devidamente preparadas para tal fim, além da pulverização com solução enriquecida de micorrhyza.

Semeadura artificial assimbiótica de sementes
Embora alguns orquidófilos mais avançados dominem esta técnica laboratorial, é mais praticada para a produção em escala comercial. Consiste na semeadura em frascos esterilizados, contendo em seu interior um substrato à base de agar-agar e outros nutrientes.

À medida que as pequenas plantas vão se desenvolvendo, são necessários os repiques, ou seja, a transferência para outros frascos, onde em menor quantidade podem se desenvolver melhor. Após atingirem um tamanho entre 5 e 8 cm as mudas (seedlings) são replantadas em um vaso coletivo, contendo substrato macio e bem arejado.

À medida que as mudas se desenvolvem, vão surgindo outros pequenos pseudobulbos e os seedlings deverão ser sucessivamente replantados em vasos coletivos ou vasos individuais. Orquídeas híbridas levam em média 7 anos do estágio da semeadura até a primeira floração.

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- Quando a flor é fecundada pelos próprios polínios.

Sibling – Quando uma flor é fecundada pelos polínios de outra planta da mesma espécie.

Híbrido – Quando a flor é fecundada pelos polínios de outras plantas de espécies diferentes. Deve-se pesquisar os gêneros e ou espécies compatíveis, pois vários cruzamentos são incompatíveis e não germinam.

Coleta de sementes
Para o adequado aproveitamento das sementes, a cápsula deve estar, de preferência madura, mas não aberta. As sementes podem ser guardadas por no máximo 6  meses, em envelopes de papel e em lugar seco.

Para saber se elas estão em condições de germinar, pode-se observá-las em um microscópio. Um grande número de sementes encorpadas e com o centro preto, indicam que estão em condições de germinação. As sementes desidratadas ou transparentes não irão germinar.

Para separar as sementes, férteis das inférteis, isto quando forem sementes soltas (fora da cápsula), coloque com cuidado, as sementes em um tubo de ensaio, coloque água da torneira, até quase encher o vidro. Agite bem e deixe descansar. Repita a operação mais duas ou três vezes.

As sementes boas irão se depositar no fundo e as inférteis irão ficar suspensas na água, com cuidado derramar essa água até sair a maioria dessas sementes inférteis.
Repetir a operação, se houver poucas sementes ruins, não há problema.
Coar em filtro de papel e deixar secar, á sombra.

Clonagem em plantas
A palavra clone deriva do grego “klón”, que significa broto e pressupõe, a existência de um indivíduo gerador e a ocorrência de reprodução assexuada.

Toda vez que um ser é gerado a partir de células ou fragmentos de uma mesma matriz, através de um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo (microrganismo, vegetal ou animal), acontece uma clonagem.

A clonagem pode ser natural ou induzida artificialmente. A clonagem é natural em todos os seres originados a partir de reprodução assexuada, ou seja, na qual não há participação de células sexuais (gametas), sendo este o meio mais frequente e natural de reprodução de vegetais. Ao fazerem mudas de plantas, os agricultores estão produzindo clones.

A clonagem é, às vezes, o único meio de fazer a multiplicação de uma planta. É o que acontece com a bananeira e, geralmente, com a parreira e a cana-de-açúcar. Se alguém corta um pedaço do tronco de uma bananeira e o joga no canteiro, outra vai brotar espontaneamente. Ou seja, a célula especializada do tronco é capaz de gerar um ser idêntico a si a partir de seu próprio material genético.

A clonagem induzida artificialmente é uma técnica da engenharia genética aplicada em vegetais e animais, ligada à pesquisa científica. Nesse caso o termo aplica-se a uma forma de reprodução assexuada produzida em laboratório, de forma artificial, baseada em um único patrimônio genético.

A partir de uma célula-mãe ocorre a produção de uma ou mais células (idênticas entre si e à original) que são os clones. Essa técnica é utilizada em larga escala em muitas culturas comerciais, com a finalidade de aumentar a produção, melhorar a qualidade e uniformizar a colheita.

A técnica da clonagem in vitro de plantas, também conhecida por micro propagação, devido ao emprego de porções de tecidos bastante pequenas, tem-se mostrado de enorme importância prática e potencial nas áreas agrícolas, florestal, horticultural, bem como na pesquisa básica em geral.

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Maxillaria schunkeana

A Maxillaria é uma orquidácea que beira a casa de 700 espécies, nativa da Flórida, nos Estados Unidos, América Central, Brasil e nordeste da Argentina, alcançando as Indias Ocidentais. A maioria das espécies são epífitas.

Algumas espécies não toleram perturbações do tipo muda de lugar constante ou manipulação excessiva assim como cortes para mudas.

Tais atos concomitantes podem estressar algumas espécies. Apreciam luminosidade média, mas nunca luz solar direta, originalmente vegetando em florestas úmidas, uma boa umidade ambiente é benéfica ao cultivo.

A Maxillaria schunkeana é uma das espécies do gênero Maxillaria, endêmica das florestas do Espírito Santo, no Brasil.

É conhecida no mundo todo como a Orquídea negra. Sua cor, tida como negra, na realidade é de um vermelho púrpura tão intenso, escuro, que à primeira vista dá a impressão de tratar-se de uma orquídea negra.

Sua flor tem apenas um centímetro de diâmetro mais ou menos. Literatura aponta como ideal cultivá-la em esfagno.

O exemplar que tenho adaptou-se bem numa forma semi-rupícola, plantada em vaso médio, colocando no fundo brita para uma boa drenagem, e misturando pedaços pequenos de telha quebrada a pedaços de xaxim, tem florido em épocas diferentes mais de uma vez no ano.

O gênero Maxillaria Ruiz & Pavon pertence a tribo Maxillareae, subtribo Maxillariinae. Etmologia: do latim “maxilla”, mandíbula.

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Não existem plantas agressivas, acontece, às vezes, certo descaso na hora de escolher uma determinada espécie, que com o tempo pode tornar-se invasora. E o caso desta trepadeira, extremamente resistente, que aproveita as margens dos rios para alastrar-se de forma a cobrir grandes áreas. Na região Nordeste, principalmente no Ceará, é vista agarrando-se nos troncos das carnaúbas até esconder por completo suas coroas foliares. Por isso utilize-a com prudência em situações que não prejudique a sobrevivência de outras plantas. É muito indicada para revestir muros e pérgulas. No jardim de la Pamplemousse, na Ilha Maurício, sua florada é simplesmente espetacular.

Nome científico: Cryptostegia grandiflora.
Nomes comuns: criptostégia, leite-de-bom-jesus, alamanda-roxa, boca-de-leão, viúva-alegre, margarida, unha-de-moça.
Sinônimos estrangeiros: palay rubber vine, india rubber vine, purple allamanda (em inglês); vid de goma, manto de cristo, caucho de la india (em espanhol); liane de gatope (em francês).
Família: Asclepiadaceae.
Características: trepadeira, liana ou arbusto escandente.
Porte: 2,5m em forma de arbusto, como trepadeira pode atingir 30m de comprimento em suportes.
Fenologia: primavera e verão.
Cor da flor: róseo e lilás.
Cor da folhagem: verde-escura.
Origem: Madagascar e Ilhas Mascarenhas (Reunião e Mauricio).
Clima: tropical.
Luminosidade: pleno sol.

Observação: ameaça a matas de galeria ao longo de rios no norte da Austrália, pois pode arrasar árvores nativas ao ‘escalá-las’ e privá-las completamente do acesso à luz.