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As plantas para serem mantidas em interiores, normalmente, são adquiridas em casas ou estabelecimentos especializados e se encontram plantadas em vasos ou em embalagens especiais, inclusive sacos de plástico, de diversos tamanhos, de acordo com o crescimento ou porte das mudas neles colocadas.

Elas se encontram, portanto, em um ambiente totalmente “artificial” e, por esta razão, devemos proporcionar-lhes as melhores condições de cultivo, as mais parecidas com as em que vivem na natureza, retirando-as o mais breve possível de suas embalagens comerciais ou provisórias para que, quando for o caso, sejam plantadas em vasos especiais ou no solo, em bosques ou jardins.

No solo – Quando vamos colocar as plantas no solo, devemos escolher um que seja o mais fértil possível, por ser rico em matérias orgânicas e que não seja compacto, mas macio e poroso, para facilitar o crescimento e o desenvolvimento das suas raízes. Caso ele não apresente as condições desejadas, devemos adubá-lo, adicionando-lhe as matérias orgânicas necessárias e a cal, quando ele apresentar uma acidez acima do normal.

Um solo bem adubado concorrerá para a obtenção e manutenção de plantas sadias, com um bom crescimento e um elevado desenvolvimento. Quando houver necessidade de uma adubação química, ela deverá ser feita com todo o cuidado, para evitar prejuízos para as plantas.

A escolha do vaso – Preparada a terra, devemos colocá-la em um vaso, cujas características podem variar bastante , de acordo com as exigências ou necessidades das plantas e o gosto do seu dono.

O vaso pode ser de barro, cimento, madeira, plástico, metal, etc. Um item, no entanto, muito importante é o seu tamanho, que deve ser adequado ao das plantas nele existentes e que corresponde ao das suas raízes. Por esse motivo, devemos saber qual o tamanho ou desenvolvimento máximo da planta, para calcularmos o tamanho do vaso no qual ela deve ser plantada.

Esse vaso deve ter um orifício no fundo, para que por ele escorra um possível excesso de água causado pela sua irrigação e que deve ser recolhido por um pratinho colocado sob ele.

Para evitar um acúmulo de água, o que possibilita o desenvolvimento de larvas de mosquitos, devemos encher esse pratinho de areia. No fundo do prato, devemos coloca uma camada de brita para facilitar a drenagem de um possível excesso de água na camada de terra na qual é fixada a planta.

Luz e temperatura – Muitas plantas necessitam de bastante luz para o seu desenvolvimento, enquanto que outras são menos exigentes. Esse tópico é de grande importância, principalmente em ambientes fechados, como o de interiores de casas, apartamentos, etc.

Normalmente, quanto mais verde forem as plantas, de menos luminosidade elas necessitam. O contrário ocorre com as plantas mais claras, que requerem mais luz para o seu desenvolvimento, embora muitas delas não exijam uma exposição direta à luz do sol. Outras, que vivem na penumbra, exigem uma exposição maior, mas somente no período do inverno. Existem algumas espécies de avencas e de samambaias que resistem bem às condições de penumbra.

Outro fator de grande importância para as plantas é a temperatura ambiente que, normalmente, deve ser de 20°C a 25°C.

Quanto à água, as regas podem ser diárias ou não, dependendo de uma série de fatores como a temperatura, época do ano e, principalmente, o estado de secura do solo.

A formação de um jardim depende de vários fatores, entre os quais, o local do terreno, a sua área ou tamanho, a sua conformação, topografia ou perfil, qualidade ou composição do solo, etc. Depende também, logicamente, do desejo, gosto ou necessidades do seu dono e o uso a que se destina.

De acordo com o tamanho ou a área do jardim a ser feito, devemos dispor de uma série de ferramentas e utensílios, como os seguintes: enxada, enxadão, pá comum, pá de jardineiro ou direita, ancinho, regador, carrinho de mão, soquete, tesoura para poda, estacas ou piquetes de madeira ou bambu, com 40 a 60cm de comprimento e 2 a 4cm de grossura, rolo de cordinha e uma trena. Esses utensílios ou equipamentos e possivelmente outros, serão utilizados depois da criação do jardim, para a sua manutenção e outros serviços necessários.

Nos pequenos jardins, as passagens podem ter de 60cm a 1m de largura, para pessoas e de 2,5m para carros. Neste caso, para obtermos um resultado mais preciso, deve-se medir a largura de um carro que passará por este caminho e deixar um espaço maior, por segurança.

Sarjetas

Outro problema que deve ser resolvido é o escoamento das águas das chuvas e das regas, principalmente das que invadem os caminhos e estradas. A solução para isso é a construção de sarjetas, que nada mais são do que canais rasos e estreitos, que podem variar de largura, podendo ter 20cm de largura, nos pequenos jardins, o que normalmente é suficiente para o escoamento das águas. Quando as sarjetas são insuficientes, não dando vazão às águas, podemos lançar mão das caixas de escoamento ou bueiros.

Diques

São obstáculos construídos nas sarjetas e se destinam a desviar para fora dos caminhos e das sarjetas, todo o excesso de água, principalmente das chuvas. Para que eles possam apresentar os resultados desejados, no entanto, só podem ser construídos nos trechos das sarjetas em que suas bordas exteriores não sejam altas demais. Na sua construção são muito empregados blocos de terra cobertos de grama, pois esta vai se enraizando, tornando-os firmes.

Terminado o acabamento das sarjetas, já pode ser dado o perfil do leito dos caminhos ou estradas, normalmente abaulados para as suas margens, o que pode ser feito pela consolidação e compressão, com a utilização de soquetes ou compressores ou, ainda, por algum tipo especial de pavimentação.

Pavimentação das passagens

Antes de ser feita a pavimentação dos caminhos ou passagens, devemos espalhar a terra sobre o seu leito, dando-lhe o perfil desejado. Depois, comprime-se a terra colocada sobre ele, espalhando-a com uma enxada, criando, assim, a forma desejada.

Terminada a preparação do leito das passagens, podemos fazer a sua pavimentação com pedras mais ou menos aparelhadas, lajotas de concreto ou de cimento, seixinhos lavados ou outros materiais adequados para esse uso.

florzinhas nos vasinho

arbustos (Small)Os arbustos podem ser utilizados de diversas formas em um jardim ou projeto paisagístico tendo, também, diversas utilidades práticas na manutenção e na estruturação de toda a área. Um jardim arbustivo pode ser bastante agradável e bonito, sendo da maior importância a escolha adequada das plantas arbustivas a serem cultivadas. Como elementos decorativos das plantas, temos que levar em consideração as formas, as cores, os frutos, as folhas e as texturas de cada espécie.

São plantas que não necessitam de grandes espaços para o seu bom desenvolvimento, o que é bastante útil em projetos para pequenas áreas. Muitas vezes, arbustos podem substituir árvores que não podem se desenvolver devido ao espaço reduzido. São muito utilizados, ainda, na delimitação de espaços, como cercas-vivas, no controle da erosão, principalmente em terrenos com maior grau de inclinação. Outra grande vantagem do emprego dos arbustos na delimitação de espaços é o fato de estas plantas delimitarem, sem obstruir a visão, o que nos faz ter a impressão de que a área é maior.

Jardins nos quais os arbustos são empregados de forma destacada, devem utilizar plantas que valorizem a arquitetura do local, que componham, com suas cores e formas, um ambiente agradável, podendo ser utilizados até mesmo como “objetos” de decoração, como uma estátua viva, por exemplo.

Para que arbustos sejam utilizados adequadamente em um projeto de jardim ou área arborizada, é necessário que se conheça o desenvolvimento de cada uma das espécies de arbustos a serem plantados. Desta forma, deve-se saber as colorações das flores, o tamanho e volume que cada arbusto desenvolve, a área necessária para o plantio de um determinado arbusto, os cuidados e tratos culturais necessários, etc. Conhecer bem cada espécie utilizada no jardim é vital, pois caso contrário, todo o desenvolvimento das plantas e, consequentemente, o projeto paisagístico poderá ficar comprometido.

Em algumas situações, dependendo do local e do projeto a ser desenvolvido, podemos utilizar arbustos em vasos, sendo importante, mais uma vez, escolher uma espécie que, além de ser decorativamente adequada, se adapte ao plantio em vasos. Podemos citar alguns arbustos muito utilizados em jardins, dentre os quais temos a Azaléia, bambu anão, gardênia, hibisco, buquê de noiva, quaresmeira, jasmim amarelo, hortênsia, Urucum, marmeleiro ornamental, coroa de cristo gigante, estrelícia, etc. Dentre as espécies a serem escolhidas, devemos dar preferência aos arbustos perenes, pois a sua manutenção é mais fácil, não alterando a composição paisagística.

Geralmente, os arbustos são plantas que não necessitam de tratos culturais mais complexos. As podas, normalmente, são feitas apenas para formação, ainda quando as plantas estão no viveiro. As podas de limpeza são mais comuns, feitas para retirar ramos e galhos com problemas ou mortos e, ainda, para facilitar a entrada de luz e a circulação do ar na parte central da planta.

jardim dos sonhos (Small)
Os meses de junho e julho podem parecer tristes e melancólicos, uma vez que as árvores ficam com os galhos mais vazios e as folhas douradas caem pelo chão. Mas na verdade este é um período de alegria, pois nele começa a grande alquimia da vida. Dá-se início à temporada de cuidados especiais nos jardins. Depois de enfrentar as altas temperaturas do verão, as plantas se preparam para o recolhimento no inverno. Os jardins e as plantas em vasos, que certamente passaram maus bocados com o calor do verão, precisam de cuidados para recuperar a forma e enfrentar as transformações que chegam com o outono.

Primeira providência: limpeza e adubação do jardim. Em primeiro ligar, é necessário fazer uma boa limpeza no jardim, revolvendo bem a terra e retirando as plantas mortas, as ervas daninhas e os insetos que invadiram os canteiros e vasos. Para esta tarefa é bastante útil o uso de restelos e ferramentas adequadas para limpeza. Em seguida é importante fazer uma boa adubação. Nos vasos e jardineiras, use um ancinho para revolver a terra superficialmente. Além disso, sempre que possível, prefira ingredientes orgânicos (húmus de minhoca, torta de mamona ou farinha de osso) ou composto natural para fazer a adubação.

Segunda providência: Poda de inverno. No final do outono muitas plantas já entram no “descanso de inverno”. É necessário podas as árvores, os arbustos e as hortênsias. Esta poda, além de eliminar galhos, folhas e flores secas, serve para dar uma forma mais harmoniosa e bonita às plantas. É importante também fazer um bom corte nas cercas-vivas. Com tesouras de pontas finas é possível alcançar áreas de acesso mais difícil em arbustos e cercas vivas, mas, para hastes lenhosas é essencial usar uma tesoura de poda adequada que não ?mastigue? os caules. Para podar as folhas mortas, corte exatamente na extremidade do pecíolo (local entre a haste da folha e o galho).

Momento de pensar em irrigação. O cuidado com a irrigação é um fator que deve ser muito bem pensado. Ter um sistema de irrigação no jardim é uma grande vantagem, pois melhora a administração da água a ser irrigada no local, ajustando a quantidade adequada para cada tipo de planta com seus tamanhos e formas diferentes. Substituindo a mangueira comum por um sistema de irrigação subterrâneo ou de superfície, você estará proporcionando às plantas água na freqüência e dosagem adequadas.

Os sistemas mais simples

Os aspersores de superfície são dispositivos colocados na extremidade de uma mangueira, através de um engate rápido, com a finalidade de imitar a chuva. Eles podem ser de dois tipos: estáticos e móveis.

Estáticos: Têm uma base fixa, que se encaixa na ponta de uma mangueira e, devido à pressão da água e controle no próprio equipamento, a irrigação pode ser mais forte ou mais fraca. Pode ser utilizado em canteiros e gramados, porém este sistema não permite que a água chegue aos cantos do jardim porque a água é dispersa em formato circular, que varia de 2 a 5 m de raio. Entretanto, com um pouco de boa vontade e gastando-se mais que o necessário de água, é possível abranger o jardim inteiro, mudando sucessivamente a mangueira de lugar.

Giratórios: Os aspersores giratórios têm funcionalidade semelhante à dos fixos, porém a irrigação é feita por um jato dirigido de água, que é espalhado através do giro do aspersor : ele pode variar de 5° até 360°. Para escolher o modelo adequado, além do raio de alcance da água e intensidade com que ela é liberada, é preciso prestar atenção no tipo de base, que deve ser suficientemente firme e estável para não tombar com a pressão da água.

Oscilantes: São os aspersores de superfície mais comuns. Neles, o fluxo de água provoca a movimentação de um braço cheio de furinhos, não em círculo, como nos giratórios, e sim em meia-lua. Esse movimento é que permite a irrigação em áreas quadradas ou retangulares e de tamanho definido, conforme a regulagem do aparelho. Assim, é possível fazer regas perto de janelas, paredes e calçadas, sem molhá-las, evitando o desperdício de água.

Os sistemas sofisticados

Neles, os aspersores são alimentados por uma tubulação subterrânea instalada a 20 ou 30 centímetros de profundidade. Em geral, a rede subterrânea é dividida em diversos setores, cada um deles com a sua própria válvula, de modo a permitir a irrigação apenas das áreas desejadas. Se o seu jardim já estiver pronto, não tem problema: a instalação do sistema fixo e subterrâneo é rápida e não danifica as plantas, que são retiradas e repostas nos devidos lugares. Por ser um sistema fixo e subterrâneo, é recomendável que se use os aspersores Pop-UP. Estes aspersores são desenvolvidos com um pistão interno que emerge do solo sob pressão da água. Ou seja: enquanto a válvula está fechada, eles ficam embutidos nas suas bases. Contudo, uma vez aberto o registro, a pressão da água empurra o pistão para fora.

Os sistemas de micro irrigação: São sistemas especialmente desenvolvidos para a irrigação de pequenas áreas, como varandas, canteiros, vasos externos e internos ou estufas. Consiste em um tubo fino que é conectado à torneira através de um redutor de pressão + filtro, e que deve ser estendido por toda a área onde há pontos a serem irrigados. Em cada ponto onde existe uma planta ou vaso, coloca-se um difusor adequado para a finalidade desejada. Pode ser micro-gotejadores, gotejadores de linha, micro-aspersores e aspersores oscilantes, entre outros. No caso de estufas costuma-se usar o nebulizador.