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orchi

Se você sempre desejou ter uma orquídea em sua casa ou apartamento, saiba que é mais simples do que possa imaginar. Basta ter um pequeno espaço em seu lar com luminosidade natural , seja perto de uma janela ou mesmo na área de serviço, varanda, alpendre, preferencialmente aquela do amanhecer (entre 7 e 9 da manhã) ou do entardecer (entre 4 e 6 da tarde), de forma que incida sobre a planta sem queimá-la.

Caso a luminosidade seja excessiva, uma cortina de tecido sintético pode muito bem formar um filtro artificial possibilitando que passe apenas a quantidade de luz necessária para a planta desenvolver-se e florir sem maiores danos. Isso é válido para orquídeas que necessitam de maior incidência solar, tipo Cattleyas, Dendrobiuns, Denfals (Dendrobium Phalaenopsis) e a quase totalidade das terrestres.

Já as Phalaenopsis preferem luminosidade indireta, uma vez que os raios solares batendo nas folhas sem o necessário telado de sombreamento  pode provocar queimaduras nas plantas, resultando numa desagradável mancha de cor opaca, sem clorofila, e até a “mela” naquele lugar.

florzinha azul

dendrobium thyrsiflorum

Por que meu Dendrobium não floresce e só dá novas mudas?

Muitas pessoas iniciantes no adorável mundo do cultivo de orquídeas, iniciam-se nessa paixão, através da compra ou presente de uma Dendrobium nobile Lindley, conhecido por alguns como “olho de boneca” haja vista sua flor lembrar na coloração interna do labelo o olho desse brinquedo .

A espécie Dendrobium, em geral,  na época de floração, necessita de maior variação de temperatura entre frio e calor, assim como maior luminosidade e principalmente estresse pela falta de irrigação.

Se você tem um exemplar de Dendrobium nobile Lindley (esse é o nome correto da planta e da centena de híbridos que encontramos por ai – veja foto), cujas flores variam em muito quanto ao tamanho e coloração devido a quase incontável quantidade de cruzamentos, pode observar que ao comprá-la numa floricultura ou exposição de orquídeas, a planta apresentava-se linda com dezenas de flores saindo próximas de suas folhas laterais intercaladas.

O ano inteiro, depois da queda das mesmas, você cuidou dela com carinho, seja nas regas, adubação e controle de pragas, mantendo-a viçosa. Provavelmente surgiram novas mudas na  sua base  ou na haste, as quais,  ainda grudadas nela soltaram raízes.

Afinal foi ótimo o resultado, aquilo que era uma única planta de repente te presenteou com outros tantos filhotes, que você diligentemente arrancou torcendo e girando  as novas mudas pra soltarem-se  ou usou alguma faca para cortá-la rente a planta mãe, plantando noutras estacas de madeira  ou vasos.

Você esperava no ano seguinte que na época de floração, normalmente entre julho e agosto que sua planta mãe e as novas mudas dessem as mesmas floradas do ano anterior…mas, estranho, ao  invés de saírem flores, no lugar apareceram outras tantas novas mudas que enraizaram-se!

- E ai? Por que isso aconteceu? O que fazer? Afinal você gostou e gosta da planta em razão de suas flores!

Fácil resolver isso! Como disse no início, para que um Dendrobium nobile Lindley floresça precisamos controlar as regas, provocando-lhe o estresse pela falta d’água. Primeiro coloque o vaso num lugar onde receba uma boa luminosidade praticamente direta dos raios solares, preferencialmente da manhã e do entardecer, nunca do sol a pino que pode queimar as folhas da planta, que não está adaptada a essa mudança brusca e intensa de luminosidade direta.

Assim a partir do mês de maio, passe a apenas borrifar a planta sem encharcá-la duas ou três vezes por semana. A partir de junho uma única vez na semana. Provavelmente começarão a aparecer aquelas “verruguinhas” laterais, transformando-se em formato de “esporão” mais crescido com uns dois ou três centímetros de comprimento. Não se empolgue querendo encharcar a planta com água. Ela entrou num processo de dormência para floração!

A reserva que ela tem armazenada de água e nutrientes em suas hastes é o bastante para garantir a transformação dos esporões em lindas flores durante fins do inverno e início da primavera !

Lembre-se, se você irrigá-la demais na época da floração, com certeza você terá sempre mudas novas e dificilmente as flores que tanto gosta.  Essa técnica é aplicada na maioria das plantas do gênero, e não apenas a espécie Dendrobium nobile Lindley.

Sabia que o nome da espécie define-se como “árvore da vida”? Talvez porque como já vimos e sabemos, ela produz de sua própria haste outros tantos “filhotes” que prosseguem o curso da vida com novos indivíduos, e mesmo no estresse com falta d’água, naquilo que poderia ser um ultimatum em sobreviver, solta novas flores que polinizadas poderão render cápsulas com  milhares de sementinhas, que teoricamente produzirão   outra centena de exemplares (apesar do mais comum no cultivo doméstico ser a divisão da haste em estacas para se obter novas mudas ou as novas plântulas chamadas “keikis” que surgem nas hastes).

Classificação:
Gênero:
DENDROBIUM Sw
Espécie: Dendrobium nobile Lindl.
Tribo: Epidendreae.
Subtribo: Dendrobiinae.
Etimologia: Dendrobium, do grego “dendron”, árvore; “bios”, vida; portanto “árvore da vida” ou ainda “o que sobrevive em árvore”.
Gênero com mais de 1000 espécies, nativa da Índia e Sri Lanka, leste do Japão, inclusive Filipinas, Malásia, Nova Guiné até Austrália, Ilhas do Pacífico e Nova Zelândia.

A maioria é epífita e em menor escala, litófitas, como o Dendrobium speciosum, originário da Austrália. É possível obter novas mudas com estacas obtidas pelo corte da haste após floração e queda das flores.

descanso

cimbidium

Nas regiões onde o clima frio é mais acentuado, como na região Sul e Sudeste do Brasil, orquídeas do gênero  Cymbidium florescem com maior facilidade, isto porque a planta precisa de um maior contraste de temperatura diurna e noturna e estar exposta a uma maior luminosidade na época de sua floração que ocorre entre os meses de maio e agosto, época em que a temperatura é mais baixa em algumas regiões.

Não devemos esquecer que as plantas dessa espécie e vendidas no Brasil, em sua maioria são híbrida e não catalogadas, por isso levam apenas o nome genérico   Cymbidium híbrido, sem aquela de inventar nomes estranhos para colocar na planta, em que pese a beleza e nuances entre pétalas, sépalas e labelo das  flores vistosas, nas cores creme, amarela, amarronzada, alba e tantos outros matizes resultados de seu cruzamento em laboratórios, sem desmerecer os orquidários que desenvolvem trabalho sério, com toda uma estrutura  de pesquisa, produção e posterior registro do híbrido produzido, o que não é tarefa simples.

Não importando a região em que você resida no Brasil, mesmo na região Norte, onde o clima é  praticamente  o mesmo o ano inteiro, quente e úmido, é possível induzir a floração da Cymbidium, simulando a diferença climática necessária entre frio e calor.

Nas regiões de clima mais frio, o ideal é proporcionar maior luminosidade durante o dia, expondo o vaso com a planta aos raios solares gradativamente, se mantido sob telados ou sombreamento acentuado ou luminosidade indireta, evitando-se queima de suas folhas verde escuro.

E à noite deixá-la exposta naturalmente a céu aberto, para sentir o sereno e o frio da madrugada. Essas diferenças climáticas dentro das 24 horas no seu período de floração, proporcionarão que solte suas hastes florais e a desejada floração.

Nas regiões onde o clima frio é ameno ou praticamente não existe como no Norte e Nordeste e alguns Estados do Centro-Oeste, a sugestão é borrifar a planta com água gelada à noite e colocar pedras de gelo sobre as bordas do vaso, em cima do substrato, evitando-se que toquem nos bulbos da planta, e deixá-la exposta ao sereno da noite. Há quem afirme que a altitude também influencia na floração, concordo. Mas sabemos que a toda regra cabe exceção.

Orquidófilos que conheço afirmaram-me que usando essa técnica de indução expondo-a durante o dia a uma variação térmica e de luminosidade maior e à noite exposta ao frio, têm conseguido boas florações em suas Cymbidiuns.

As regas da planta, como na grande maioria das orquidáceas, devem acontecer somente quando o substrato estiver praticamente seco, uma vez que rega excessiva pode provocar aparecimento de fungos ou simplesmente apodrecer  as raízes.

A Cymbidium é uma planta que precisa de boa adubação orgânica para um bom desenvolvimento e floração, como esterco de curral e/ou galinha curtidos, e na época de floração adubo químico diluído em quantidade mínima, com maior porcentagem de FÓSFORO (P).

A você que é iniciante no cultivo de orquídeas, vale lembrar que os adubos químicos em geral são conhecidos sob a fórmula “N-P-K” onde “N” é o Nitrogênio, “P” é o Fósforo e “K” o Potássio. Maior quantidade de Fósforo na composição do adubo auxilia na floração das plantas em geral.

Normalmente na nomenclatura dos frascos ou saquinhos vem escrito a quantidade de cada nutriente, em proporção, exemplo: “NPK 10-20-10″ – significa que  possui maior quantidade de fósforo e menor de nitrogênio e  potássio…portanto melhor para a floração da planta.

Nunca coloque adubo em excesso em qualquer orquídea sua, saiba usar o bom senso e leitura das normas do fabricante contidas nos saquinhos ou frascos, se se pede uma colher de café dissolvida num litro d’água, assim deve ser… ficar achando que “dando mais comida pra planta ela ficará mais viçosa e com flores mais bonitas…” ESTÁ ERRADO!.. fazendo isso matará a planta em poucos dias, pela queima química de suas folhas e raízes. Lembre-se, melhor adubar de menos que colocar a mais!

Replantando sua Cymbidium
Não esqueça de que os vasos de forma meio cônica e comprida, normalmente de plástico preto ou marrom, nos quais são plantados e vendidos as orquídeas Cymbidium que compramos já floridas, estas acham-se com suas raízes praticamente concentradas num mínimo de substrato interno, precisando serem replantadas em vasos maiores, ou até fazendo novas mudas com os pseudobulbos que perderam folhas e acham-se protegidos por  bainha de folhas secas.

A sugestão é de que, após a floração, molhe bem o vaso pra facilitar as raízes desgrudarem-se sem muito trauma, soltando-as e replantando noutro vaso maior ou mesmo no chão de seu jardim, com o substrato correto e lembrando de colocar uma boa base de pedriscos, telha ou tijolo de 8 furos quebrados, colocados no seu fundo ou cova em que será replantada, para uma boa drenagem da água que venha a receber.

Nesse replante poderá fazer novas mudas com aqueles pseudobulbos mais velhos que perderam as folha, cortando-os (com faca  afiada e desinfetada na chama do fogão) junto do pequeno rizoma, mantendo suas raízes.

No replantio, alguns orquidófilos usam podar  com tesoura desinfetada, cerca de 1/3 do comprimento das raízes no replantio. Prefiro plantá-las sem essa poda, porque assim ela estará mais protegida de eventual ataque de bactérias ou fungos.  Lembre-se de imunizar a área do corte onde destacou os pseudobulbos para replante, cauterizando esse corte com uma colher aquecida, ou passando uma pasta de canela em pó.

orquidea

CERSIS CH (Small)

A fantástica profusão de flores dessa espécie é tão intensa,que chaga mesmo a cobrir por completo todos os seus galhos e tronco principal.

Suas flores são de coloração mais forte do que as Redbud canadenses, são maiores e dobradas.

Com sua folhagem em formato de corações, essa encantadora arvoreta chama a atenção com flores ou mesmos em elas.

Verdadeiros coringas em um jardim, com floração precoce.

Podem ser cultivadas em vasos e se prestam extraordinariamente  bem para arte de bonsais, cultura essa muito marcante desse cultivar.

Mais resistente que a espécie comum e, mais adaptável aos climas de todas as regiões do Brasil.
Podem ser plantadas e áreas residenciais, pois suas raízes não são agressivas.

Podem ser cultivadas a pleno sol, em climas mais frios e meia sombra e em climas mais quentes.

Muito fácil de de crescer, adapta-se às mais diferentes condições.
Suas flores são em tons de fuccia arroxeadas e atraem diversos tipos de pássaros e borboletas, nos trazendo o maravilhoso prenúncio da Primavera.

árvore